quinta-feira, 6 de setembro de 2012

"Carrossel" fisga metade do público infantil da TV



"Carrossel fisga metade do público infantil da TV” é o título de uma matéria da Folha de São Paulo de hoje. Não é surpresa para mim, afinal, as pobres crianças nada têm para assistir na TV aberta nesse horário. Não há desenhos animados ou seriados focados em crianças ou que tenham grande apelo para elas. Rebelde, da Record, tinha adultos fingindo-se de adolescentes e, somente por conta da pressão de Carrossel, inseriu crianças na história. E foi assim mesmo, enfiou as crianças para que a coisa funcionasse. Não sei o que Carrossel tem de especial, mas tem, e funciona não só com base na carência de produtos infantis.

Enfim, segundo a matéria da Folha, “praticamente metade das crianças com idades entre quatro e 11 anos assistem a novela Carrossel", do SBT”. 49 entre 100 crianças, com outras alternativas, ou não, estão assistindo Carrossel. A média de audiência da novela é de 13,4 pontos e as crianças que mais assistem pertencem à Classe C, mas não somente elas, claro. A produção, que alavancou a audiência da faixa nobre do SBT, com média na casa dos 13,4 pontos (cada ponto equivale a 60 mil domicílios na Grande SP), não é apenas um fenômeno infantil. É um dos produtos mais assistidos pelos queridinhos da televisão: a famosa classe C. Segundo a matéria, “(...) 61% [da audiência] é composta por pessoas da classe C, 31% são das classes A e B e 8%, das classes D e E”. Outro dado relevante é que 60% do público é feminino. Entre os adolescentes, o público da novela é pequeno, 12%. E isso é um alívio, afinal, o produto não é para eles mesmo. Já entre adultos de 25 a 49 anos, os pais das crianças, temos 37% do público da novela.


Pensando na minha própria infância – que já vai longe – eu lembro que gostava de ver crianças, como eu, atuando na TV. Especialmente de ver meninas em ação. Uma das novelas que me marcaram quando criança foi A Gata Comeu. Pouco importa se a maioria das crianças atuava precariamente, eram crianças como eu e a trama tinha espaço para elas. Havia, claro, Sítio do Pica-Pau Amarelo, que era obrigatório para a maioria das pessoas da minha faixa etária. Das mexicanas, assisti Chispita com prazer. E o que é essa novela se não a revisitação da velha história da órfã de bom coração? Não era o mesmo com Candy Candy? Heide? E, mais tarde, quando eu já era adolescente, teve Top Model e Vamp. E a Globo colocava no ar vez por outra algum material com grupos de crianças resolvendo um mistério, vivendo uma aventura qualquer. Lembro que ouvi falar pela primeira vez da história da Pedra da Gávea, fenícios e ETs em um especial da Globo... Eu sempre preferi desenhos, mas gostava desse material com gente da minha idade, também. Agora, fico imaginando o que o Sílvio Santos está esperando para esculachar a Globo. Deveria pegar Carrossel e tacar no horário da manhã, bem na hora do programa da Fátima Bernardes. Seria um deus nos acuda e não ia ficar pedra sobre pedra. ^____^

2 pessoas comentaram:

kkkkk, rolei ocom a idéia de colocar no horário da Fátima xD

Criança gosta de ver criança na telinha....Lembro que eu assisti a primeira versão nos anos 80....Minha filha faz parte dessa galerinha que está assistindo a novela....A estória é bem pura e inocente, diferente do que costumamos ver na tb hoje em dia....Acho que é por isso que tem atraído tanto adultos quanto crianças...Eu particularmente não tenho assistido essa versão, mas meu marido(quem diria!!) e minha filha adoram....É melhor do que ver essa criançada assistindo aquele lixo da Malhação que já devia ter saído do ar a muito tempo.

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