sábado, 5 de janeiro de 2013

Coleção Vaga-Lume comemora 40 anos com edição digital e versões no cinema



Já comentei aqui que um dos meus traumas de colégio era a tal “Coleção Vaga-Lume”. Ler O Outro Lado da Ilha na 6ª série foi uma das maiores torturas escolares que enfrentei. :P Cem Noites Tapuias na 5ª série, doeu menos... Só que conheço muita gente que amava o material, meu irmão é um deles. Enquanto eu mergulhava na Coleção Elefante da Ediouro (*que adaptava clássicos da literatura mundial*) e nos contos de Sherlock Holmes, ele pedia livros da Coleção Vaga-Lume para os meus pais. Enfim, como uma colega me mandou uma notícia sobre a Coleção Vaga-Lume, decidi comentá-la aqui.

A matéria da Folha de São Paulo comemora os 40 anos da coleção de livros, que nasceu na virada de 1972 para 1973 e como ela dava a chance para novos escritores e escritoras publicarem suas histórias. Segundo a matéria, livros como "O Escaravelho do Diabo" e "Menino de Asas" continuam sucesso de vendas nas livrarias e sebos brasileiros. A série atingiu mais de 70 volumes.


Para os fãs da Coleção Vaga-Lume um presente, ela será lançada em formato digital e com novo acabamento gráfico. Para quem se lembra, os livros tinham algumas ilustrações e isso era parte do charme dessas coleções infanto-juvenis para mim. Já o livro "O Mistério do Cinco Estrelas", de Marcos Rey (1925-1999) vai para o cinema. A série também é objeto de estudo e a Folha cita as teses de doutorado de Catia Toledo Mendonça (Universidade Federal do Paraná) e Silvia Helena Simões Borelli (PUC-SP) sobre a Coleção Vaga-Lume.

Segundo o texto, a editora Ática não revela vendagens (*Ah, Brasil...*), mas a média era de vendagens até 1996 era de 100 mil exemplares ano, segundo levantamento feito para trabalhos de tese de doutorado. Até aquele ano, só "A Ilha Perdida", de Maria José Dupré, já ultrapassara os 2,2 milhões de exemplares vendidos. Também é comentado que a Coleção teve duas fases distintas, uma primeira com autores consagrados, como Dupré, autora de Éramos Seis, e uma segunda com livros inéditos de novatos, como Marçal Aquino, autor da A Turma da Rua Quinze, entre outros livros.


Bem, espero que os saudosistas gostem da novidade. Eu continuo gostando mais de outras coleções e dessas focadas no público juvenil, a Coleção Veredas da Editora Moderna estava muito mais ao meu gosto. Só espero que este interesse pela Vaga-Lume, essa ida para o cinema, abra caminho para Os Karas chegarem à tela grande. Aliás, cinema, TV ou quadrinho, já é mais que hora de A Droga da Obediência sair dos livros para outras mídias.

4 pessoas comentaram:

Ah, gostei demais da notícia... Na minha opinião, os livros da Ática são caros demais, incluso os da coleção. Mas se relançarem terei prazer em comprar. Os poucos daqui de casa sumiram. E também estou ansioso por esse filme...

Que boa notícia! Espero que mantenham as ilustrações originais e que essa versão digital faça muito sucesso. A Coleção Vaga-Lume era adotada como material paradidático na minha escola, e lia os seus títulos com gosto: lembro de "Açúcar Amargo", "Escaravelho do Diabo" e "Super-Tênis" (acho que era esse o nome). Engraçado você ter mencionado uma possível versão dos Karas para o cinema: outro dia mesmo estava pensando sobre como a história do Pedro Bandeira é boa para esse veículo. Mas teria medo da adaptação: geralmente filmes infanto-juvenis do cinema nacional costumam ser ruins - pelo menos, dos que eu me lembro. Fico aguardando o do "Hotel".

Não sabia que estes títulos ainda fazem sucesso. Na minha escola também era adotada esta coleção, lá nos anos 90. Na 5º série, cada grupo da minha turma tinha que ler e explicar o livro selecionado da coleção para os outros colegas e lembro que meu grupo pegou "Um cadáver ouve rádio", que eu detestei. Mas eu adorei "O escaravelho do diabo" e depois li alguns outros, mas não despertaram o mesmo interesse que aquele.
Mesmo que a coleção não seja lá estas coisas a nível de boa literatura, se despertar o interesse de crianças/adolescentes para os livros, já vale a pena.

Nossa! á faz 7 anos que a Folha publicou matéria falando sobre minha tese. Qualquer dia a Vaga-Lume completa 50 anos, agora revitalizada com novas publicações.
Fico feliz que minha tese tenha dado frutos!

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