sábado, 4 de março de 2017

20 Anos de Buffy, the Vampire Slayer


Coisas que surpreendem a gente... Buffy, The Vampire Slayer já fez vinte anos.  Vários sites estrangeiros (*exemplo*) estão comentando aspectos da série, de como foi um marco na TV e coisa e tal.  Se estreou em um mês de março, eu tinha 21 anos quando Buffy começou.  Lembro que acordava cedo para ir pra faculdade, ou trabalho, não sei mesmo, e estava passando Buffy na Globo 5 da manhã. Lembro quando era exibido nas tardes de sábado, também.  

Para quem não viu a série criada por  Joss Whedon, contava as aventuras de uma jovem, Buffy Sanders (Sarah Michelle Gellar), que descobre ser uma caçadora (*slayer*), jovens escolhidas ao longo dos séculos para combater as forças do mal.  A moça só que levar uma vida comum de garota popular de uma high school americana, mas tudo dá errado, porque sua nova cidade, Sunny Dale, é um antro de toda sorte de criaturas do mal.  Vampiros são somente algumas delas.  Para azar de Buffy, ela se apaixona exatamente por uma das criaturas que deve destruir, um vampiro chamado Angel  (David Boreanaz).


Como nem tudo é tão ruim, Buffy tem seu mentor (*watcher*), o bibliotecário britânico do colégio  Rupert Giles (Anthony Stewart Head), e dois bons amigos, a tímida e inteligente  Willow Rosenberg (Alyson Hannigan) e o engraçadinho Xander Harris (Nicholas Brendon).  Há, também, a garota popular que persegue o grupo de esquisitos, Cordelia (Charisma Carpenter), que, ao longo do tempo, se torna parte integrante do grupo. Outras personagens que se tornam mais ou menos recorrentes ao longo da série, como outras caçadoras, enfim, foram sete temporadas (1997–2001) e 144 episódios.  O acréscimo mais interessante, a meu ver, claro, foi a irmã caçula de Buffy,  Dawn Summers (Michelle Trachtenberg), na ótima 5ª temporada.

Lembro que achei a primeira temporada uma deliciosa bobagem.  Vampiros que morriam com uma estacada na unha, um super vilão patético...Daí, a segunda temporada foi "Uau!", porque, bem, o melhor vilão de Buffy foi Angel.  Alguns episódios foram fantásticos.  Aliás, foi a melhor temporada de todas.  Daí, terceira temporada, Faith (Eliza Dushku)... Argh, como alguns episódios eram cansativos.  Ela era uma chata!  Detestei a traição da Willow com o Xander só para justificar o afastamento do Oz  (Seth Green).  Outro que partiu foi o Angel... a Cordélia... 


Na quarta temporada, quase larguei Buffy.  Detestei aquela trama de super soldado e o namorado que arranjaram para a heroína... Foi chato mesmo.  Só que o Spike (James Marsters) voltou e, bem, ele começou a se tornar muito interessante.  No início também não gostei da Willow se descobrir lésbica.  Como quase tudo na quarta temporada, a coisa me pareceu forçada, mas eis que, com o tempo, elas se tornaram um casal muito querido, ainda que certos traços da personalidade de bruxa da Willow me parecessem sombrios demais.  E veio a quinta temporada e eu amei.  Muita gente detesta a irmãzinha da Buffy, mas ela é uma das minhas personagens favoritas.  Assim como a segunda temporada, a quinta conseguiu me manter ligada do princípio ao fim.  Torcendo, vibrando e sofrendo, também.  E foi um final...  Fora que o primeiro episódio foi com a participação do prórpio Conde Drácula!

A sexta temporada teve seus momentos, o episódio musical Once More With Feeling, por exemplo.  E tínhamos o Spike e algum humor.  Se bem me lembro, até o Xander - que foi colocado no papel clichê do idiota (*é algo que os americanos gostam, vide o Carlton de Fresh Prince of Bellair*) teve seus momentos, afinal, ele salvou o mundo no final.  Só que essa sexta temporada foi meio que a gota d'água para mim.  Não gostei do que fizeram com a  Tara (Amber Benson) e com a Willow, foi desnecessário.  E o episódio final me deixou bem decepcionada.  


Não voltei para a última temporada.  Acho que vi uns flashes só.   A série parece ter dado uma guinada definitiva para a suposta seriedade e o sombrio, algo que, efetivamente, não combinava com Buffy, não com a série que eu amava assistir.  Sei que havia várias caçadoras - no início, só poderia existir uma por geração, mas foram criando novas possibilidades - e uma ameaça ao mundo realmente terrível.  De resto, quase tivemos desenho animado de Buffy e os quadrinhos talvez ainda estejam rolando por aí.

Independente disso, guardo a série entre minhas favoritas.  Tenho carinho pela personagem principal, uma garota normal, comum, que amadurece, que é forte e independente, ainda que mantenha a ternura e tenha alguns momentos de fraqueza.  Para muitos, Buffy era uma heroína feminista e um modelo de empoderamento para as meninas.  Fora isso, Buffy oferecia outras personagens femininas interessantes, citei Willow, Tara, a Prof.ª Calendar, a própria mãe da Buffy.   Houve umas mortes bem dramáticas, algumas com função na história, como a da professora Calendar, por exemplo, outras, nem tanto, como a de Tara.  O fato é que havia uma gama de personagens bem legais.  Aí embaixo, 10 momentos memoráveis da série:


De resto, gostava mais de Buffy quando a série não se levava à sério.  Era uma boa dramédia, mesmo que, volta e meia, ficasse mais pesada (*2ª e 5ª teporada*), mas quando decidiram investir no sombrio (*6ª e 7ª temporada*), aí, bem, a série meio que se perdeu para mim... De resto é isso.  Se você não conhece Buffy, recomendo.  E nem vou comentar sobre o filme ruim que serviu de inspiração para a série.  Todo mundo que lembra de Buffy só o faz por causa do seriado de TV.

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