segunda-feira, 22 de maio de 2017

Rever um material pode ser uma experiência bem surpreendente


Semana passada, fiquei assistindo uns fragmentos de novelas no Youtube.  Nada sério, mas a gente perde tempo e começam a aparecer sugestões naquelas janelinhas marotas.  Resultado?  Acabei mergulhando na Casa das Sete Mulheres.  lembro que assisti em 2003 e acabei não gostando de um monte de coisas. Minha lembrança era mais crítica do que positiva.  Lembro que detestava certos lenga-lengas, como Perpétua e Inácio, fora que achava a Daniela Escobar muito fora da idade para o papel de menina-moça.    Lembro que cheguei a comprar o livro, ler e não gostei dele.  Vendi.  Só que a minissérie é baseada não em um livro só, o A Casa das Sete Mulheres, mas em Os Varões Assinalados de Tabajara Ruas.  Fosse somente em A Casa, não veríamos os combates e mal teríamos contato com os homens que lutaram a Guerra.  Tenho a impressão que bebeu mais em Tabajara Ruas do que em A Casa e já comprei o livro no Estante Virtual.

As tais sete mulheres que, na série, são mais de sete.
Voltando ao ponto, ainda que gostasse muito de vários atores e atrizes do elenco, até hoje considero o melhor papel da Camila Morgado, acho que estava muito de mal humor, ou querendo exigir um rigor histórico muito grande, ou sem paciência para apreciar as traminhas românticas e o heroísmo de folhetim.  Revendo agora, me parece uma minissérie muito bem produzida, empolgante e muito bonita.  Bom para equilibrar com o terror do Conto da Aia.  Até me dei os DVDs de presente do Dia das Mães, eles devem chegar esses dias.  O problema é que a Globo edita muito mal suas minisséries e novelas.  Daí, a versão dos DVDs, que está no Youtube, elimina várias subtramas interessantes, reduzindo a participação de determinados atores e atrizes - em especial os criados e escravos - a quase nada.

Rosário e seu fantasminha.
Para a minha sorte, achei um sujeito que subiu os capítulos exibidos, provavelmente, na Croácia.  Sei que houve alguma edição, afinal, 53 episódios viraram 48, mas não é nada comparado com a tesoura da Globo.  Enfim, devo fazer outro post bem mais longo sobre a série, mas digo que mudei totalmente a minha visão dela.  Continuo vendo problemas, um deles, gritante, o luto é curtíssimo.  Do jeito que morre gente da família, as mulheres deveriam só andar de preto.   Mas deixa pra depois.  

Para aprender croata.
Lembro que, na época que assisti, achava a Rosário um porre, agora, a vejo como uma fofinha louca.  Já Manuela, bem, é uma das personagens mais chatas e intragáveis que já protagonizaram qualquer coisa.  Não é a Manuela do livro, dela, eu gostava, é a sua reinvenção para a tela que não me desce.  Fora, claro, que na sua obsessão por Garibaldi, ela ainda pisoteia o coração do bonzinho do Joaquim e do Teixeira Nunes.  Aliás, que homens idealizados esses de A Casa da Sete Mulheres.  mas está OK, em momentos que a gente precisa desanuviar, esse tipo de material é ótimo mesmo.  É isso!  Às vezes, vale a pena rever certas coisas.  Obviamente, não tenho intenção de rever os filmes que colocarei no meu post sobre "os que nunca assistirei de novo".  De repente, no fim de semana que vem escrevo sobre eles.

2 pessoas comentaram:

Oi, Valéria! Como/onde você assiste O conto da aia do Hulu?

Valéria, é croata sim! Essa emissora (HRT) costuma exibir muitas novelas (a maioria mexicanas, mas algumas brasileiras tbm). Curiosamente, a Croácia faz parte de um pequeno grupo de países que exibem novelas em seu idioma original com legendas na língua local. Outros dois países que costumam fazer isso são a Eslovênia e Sérvia. Inclusive aquela novela horrorosa com a Taís Araújo, Da Cor do Pecado, fez o maior sucesso na Eslovênia!

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