domingo, 25 de novembro de 2018

Jornal do Shoujo Café: Dia Internacional da Não-Violência contra as Mulheres e outras notícias da semana


Fiquei na dúvida se iria, ou não, fazer outro post como esse.  Como o primeiro ficou entre os mais visitados do site durante toda a semana, decidi que, sim, valia a pena.  Fui guardando algumas notícias e tópicos para comentar no domingo.  O mais importante, aliás, é marcar o que está no título, O Dia da Não-Violência contra as Mulheres.  E, só recordando, este site é feito por uma feminista, logo minha leitura tem um filtro e os parâmetros que eu deixo claros.  Aqui, não é um lugar de (*falsa*) neutralidade, tampouco de covardia.

As irmãs Mirabal: Pátria, Minerva e Maria Teresa.
1. "No dia 25 de novembro de 1960, as irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa, conhecidas como “Las Mariposas”, foram brutalmente assassinadas pelo ditador Rafael Leônidas Trujillo, da República Dominicana. As três combatiam fortemente aquela ditadura e pagaram com a própria vida. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício, estrangulados, com os ossos quebrados. As mortes repercutiram, causando grande comoção no país. Pouco tempo depois, o ditador foi assassinado.  Em 1999, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas instituiu 25 de novembro como o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher, em homenagem às “Mariposas”. Ou seja, durante um dia no ano, incitam-se reflexões sobre a situação de violência em que vive considerável parte das mulheres em todo o mundo." (via Revista Bula

Como vocês percebem, demorou um bom tempo para que a ONU se posicionasse e criasse não somente a data, mas a campanha de 16 dias de ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Por que 16 dias?  Porque o período termina no Dia dos Direitos Humanos, data estabelecida pela ONU, em 1950, dois anos após a Organização das Nações Unidas (ONU) adotar a Declaração Universal do Direitos Humanos como marco legal regulador das relações entre governos e pessoas.  O estabelecimento desse acordo internacional, do qual o Brasil é signatário, foi impulsionado pelo horror do Holocausto produzido pelos nazistas, não somente contra os judeus (*não que seja pouco*), mas contra ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, soviéticos etc.

Em tempos como os nossos, em que muita gente associa direitos humanos a tudo e todos que odeia, em que se nega a existência da violência contra as mulheres e de leis como a Maria da Penha, elogiada internacionalmente, ou que feminicídios existam, ou mesmo que o Holocausto, que ceifou só de judeus pelo menos 5 milhões de pessoas, tenha existido, é bom lembrar dessas datas e dessas mortes e dessas campanhas.  Como historiadora, e feminista, ainda por cima, uma das minhas funções é impedir que as pessoas esqueçam certas coisas, especialmente, as que as incômodas.  Não sei como será a vida de gente como eu nos anos por vir, mas, por enquanto, estou aqui cumprindo meu dever.  Em 2011, fiz um post por dia durante a campanha dos 16 dias. Eram posts como este aqui.  Um post por dia lembrando, ou noticiando, casos de violência contra as mulheres.  Não sei se tenho estômago para isso nesse momento, ou mesmo tempo, mas aguardem mais posts até o dia 10 de dezembro.

Irmã Cecylia, chamada de "a monja mais velha do mundo".
2. Já que falamos de mulheres e de Holocausto, faleceu no dia 23 último a monja doinicana Cecylia Maria Roszak.  Nascida em 1908, a religiosa teve papel ativo durante a II Guerra Mundial.  Quando da invasão de seu país, no início da guerra, mudou-se com um grupo de irmãs e fundou um convento em Vilna, hoje, Lituânia.  Ali, ela e as outras monjas abrigaram judeus que fugiam do gueto próximo e ajudavam a dar-lhes fuga.  O convento foi utilizado para abrigar judeus (*alguns deles abandonaram o refúgio para liderarem a resistência armada*) e esconder crianças, algumas órfãs, porque seus pais tinham sido assassinados pelos nazistas e seus aliados locais.  A Madre Superiora terminou sendo presa e as irmãs tiveram que voltar para a Polônia.  Em 2009, ela foi incluída entre os Justos entre as Nações (em hebraico: חסידי אומות העולם, Chassidey Umot HaOlam), grupo de pessoas que o Estado de Israel homenageou por terem arriscado suas vidas para ajudar os judeus durante o Holocausto.

Sim, é preciso marcar essas pequenas biografias e seus grandes atos de coragem.  Muitos cidadãos comuns, mulheres como a irmã Cecylia, ou Irena Sendler, coincidentemente ambas polonesas, oua  holandesa Corrie ten Boom, ou ainda a diplomata brasileira Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, chamada de "Anjo de Hamburgo", arriscaram suas vidas para salvar outros.  Católicos, Protestantes, Muçulmanos, Budistas, Ateus, a ajuda veio de todo o tipo de gente.  Aliás, o filme que resenhei recentemente, os Invisíveis toca nessa questão.  A guerra não se faz somente nos campos de batalha, manter os princípios, a bondade e a consciência em tempos difíceis pode ser um grande desafio.  A maioria acaba optando pela indiferença, é mais fácil, é menos dolorosa e basta, mais tarde, dizer "Eu não sabia de nada e, se soubesse, não poderia ter feito coisa alguma.".  Será?

Sem educação sexual e políticas públicas,
o número de mães-meninas pode crescer.
3. Falando em mulheres e voltando ao Brasil, esta semana voltou a circular um link de um programa Profissão Repórter que destacava que "Uma em cada 5 crianças no Brasil é filha de meninas entre 10 e 19 anos".  É de dezembro de 2017, imagino que, de lá para cá, nada mudou significativamente, mas se agravou o discurso de que "educação sexual" não deve ser assunto escolar, que é responsabilidade EXCLUSIVA da família.  Como natalidade tem seus custos econômicos e sociais, além da saúde pública, vivemos, por exemplo, uma epidemia de sífilis.  Como esse drama das mães adolescentes atinge em cheio as possibilidades de presente e futuro dessas meninas, o Estado e a Escola PRECISAM se posicionar, sim.  

Nos últimos anos, graças à políticas consistentes, o número de mães adolescentes recuou em 17% entre meninas de 11 e 19 anos.  Dados do Ministério da Saúde liberados no ano passado para os anos de  2004 e 2015.  Uma outra estatística do ano passado, considerando 2007-2017 apontou para um recuou de 24% entre as adolescentes de 15 e 19 anos.  Nossas taxas continuam entre as maiores do mundo, mas há números mostrando que a situação está melhorando e que educação na escola e promovida em outros espaços, além de políticas públicas vem ajudando bastante.  Agora, se começarmos a silenciar sobre o tema, como deseja, aparentemente, o governo que assumirá em 2019 e o Projeto Escola Sem Partido, o que poderemos esperar?  Ignorância não salva vidas, não protege a inocência de crianças e adolescentes, não impede o boom de crianças e adolescentes grávidas e bebês nascendo em condições precárias.  Isso é um assunto sério demais.

Muitos dos que são contra a educação sexual,
são complacentes coma a pedofilia.
4. Quando se fala da questão das gravidezes precoces, fala-se muito em educação sexual, mas ignora-se quase por completo que não raro os pais dos filhos gerados por meninas são adultos.  Se a menina é menor de 14 anos SEMPRE é crime, vejam bem, mas há quem se faça de desentendido.  Dê só uma olhada nessa conversa, eu não recrimino relacionamentos com idades díspares, não é esse o ponto, mas veja as preocupações desses homens adultos.  Talvez, alguns deles, sejam contra a legislação que visa proibir casamentos de menores de 16 anos.  Poderia pinçar um monte de notícias de pais e outros homens próximos que estupram suas filhas, enteadas, netas, mas vamos falar de um sujeito preso esta semana em uma operação contra a pedofilia promovida pela Polícia Federal.

O sujeito militava contra a educação sexual nas escolas, divulgava notícias falsas como o "kit gay" (*fake news*) e militava na internet contra o que chamava de banalização da pedofilia.  Resultado?  Ele tinha um grande número de arquivos pornográficos com crianças e adolescentes. "A hipocrisia é a homenagem que o vício presta à virtude" (François duc de la Rochefoucauld)  Eu queria alguma fonte mais robusta (*um jornal de circulação nacional*) para oferecer como fonte, aliás, o site primeiro parece que caiu por excesso de visualizações, no entanto, não é raro os mais virulentos defensores da moral e dos bons costumes sejam pervertidos da pior espécie.  

Educar é preciso e a escola DEVE continuar nessa equação, assim como o Estado, mas leis duras contra os pedófilos, os pais que abandonam grávidas e seus próprios filhos deveriam ser matéria de primeira ordem.  Não serão, no entanto, afinal, dificilmente homens (*hetero, ou que assim se dizem, cis, brancos etc.*) irão legislar contra si mesmos e ainda vão usar a religião como escudo, quer dizer, só as partes que lhes interessam, também.

Consentimento: a diferença entre sexo e estupro.
5. Uma das notícias complicadas dos últimos dias foi a denúncia da Anistia Internacional em relação à legislação sobre estupro em países da União Europeia e outros signatários da Convenção de Istambul que trata da violência contra as mulheres.  O relatório  "Direito a viver livre de violação: análise das legislações e contextos na Europa e padrões internacionais de direitos humanos" enfatizado por causa do Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres. O problema é que poucos países do bloco associam não-consentimento à estupro, isto é, o estupro só estaria configurado se houvesse marcas de violência.

Segundo o jornal O Público de Portugal "Foram analisados os enquadramentos legais dados ao crime de violação em 31 países europeus: os 28 Estados-membros da União Europeia, assim como Islândia, Noruega e Suíça. A conclusão é que apenas oito países têm na lei uma definição de violação centrada no conceito de consentimento, o que estaria de acordo com as recomendações da Convenção do Conselho da Europa para a prevenção e combate à violência contra as mulheres e a violência doméstica, conhecida como Convenção de Istambul. De recordar que, entre estes países — Irlanda, Reino Unido, Bélgica, Chipre, Alemanha, Islândia, Luxemburgo e Suécia — os dois primeiros cumprem este requisito mesmo sem terem ainda ratificado a convenção."

O que fica caracterizado é que sem marcas visíveis de certo tipo violência, ou não há pena, ou se abre caminho para a culpabilização da vítima.  Ameaça é violência.  Chantagem e outros métodos podem conduzir ao estupro, muitas vezes repetido.  Enfim, lamentável que mesmo na Europa as legislações sejam ainda tão machistas.  "Não" é "Não", ou, pelo menos, deveria ser visto como tal.  Sexo sem consentimento é SEMPRE estupro.  E, não, a Rússia está fora dessa discussão, porque lá a violência contra as mulheres foi praticamente legalizada.

Noiva japonesa em vestes tradicionais.
6. Para não dizer que não falamos do Japão, saíram duas matérias, o Sora New trouxe duas matérias sobre pesquisas feitas no país relativas ao comportamento sexual dos jovens adultos.  Vejam só, uma pesquisa com 1000 japoneses entre 20 e 69 anos e perguntaram com quantas pessoas elas tinham se se relacionado, namorado, enfim, antes de se casarem.  Mais da metade, 52.6%, tinha tido somente três ou menos parceiros.  Não sei qual seria a média no Brasil e é preciso pensar em termos geracionais, também, afinal, casamentos arranjados eram quase a regra no Japão até algum tempo atrás.  Até aí, nada muito preocupante.

O mesmo site publicou outra pesquisa, esta é feita JASE (Japanese Association for Sex Education) a cada 5 anos com jovens do ginásio à universidade.  Foram 13 mil entrevistados e, se entendi bem, o SN focou nos resultados dos universitários.  O que se descobriu?  Parece que a interação entre os sexos (*não sei se a pesquisa investigou alguma coisa sobre orientação sexual*) está cada vez mais complicada. A pesquisa descobriu que cerca de 30% dos universitários nunca teve um encontro amoroso (*date*). Cerca de 71.8% dos rapazes e 69.3% das moças disseram já ter saído pelo menos uma vez.  É a média mais baixa desde que a pesquisa começou a ser feita, em 1974.  Trata-se de uma diferença de dez pontos em relação ao pico entre os homens (81.9%) em 1999 e o entre as mulheres (82.4%) em 2005.  Falta de interesse ou de oportunidade?  Incompatibilidade?  As taxas também são declinantes em relação ao sexo e ao beijo, olhem o gráfico abaixo:


De novo, o que está em questão é a dificuldade, ou incapacidade de expresser afeto, seja o simples beijo, ou o sexo.  Daí, situações como as vividas por Hiramasa de Nigeru wa Haji da ga Yaku ni Tatsu (逃げるは恥だが役に立つ), um homem que chega absolutamente virgem aos 35 anos,  estão dentro do campo do possível.  O SN comparou de novo com 1974, os dados são curiosos, porque na primeira pesquisa, mais jovens japoneses de ambos os sexos tinham tido pelo menos um encontro amoroso, mas eles diziam ter beijado menos e feito menos sexo. 

Tomando por comparação a outra pesquisa, a maioria dos japoneses parece não se importar muito com experimentação quando o assunto é encontrar um parceiro.  O problema é que encontramos fácil outras pesquisas que falam de casamentos sem sexo e há a sombra da queda de natalidade.  Enfim, se nada for feito para que as pessoas consigam se encontrar, se entender e procriar, a população japonesa tenderá ao encolhimento constante.


As Aventuras de Poliana preenche um nicho importante. 
Criança também gosta de novela.
7. Terminando, porque está ficando longo demais e eu tenho provas para corrigir, vamos falar de picuinhas da TV brasileira.  Enfim, a novela infantil As Aventuras de Poliana, do SBT, foi reclassificada para 10 anos, sendo a primeira vez que uma novela para crianças da emissora deixou de ser considerada livre.  Segundo os sites que consultei (*UOL, TV Foco e Catraca Livre*), o despacho do Ministério Público dizia que a novela “bullying, exposição de pessoas em situações constrangedoras ou degradantes, supervalorização do consumo, ato violento e estigma/preconceito”.  Bem, bem, a única vez que comentei sobre essa novela foi exatamente para criticar a tentativa de culpabilizar os negros pelo racismo.  Está aqui.

Vamos lá, falando como mãe de uma menina de 5 anos, digo o seguinte, quando um produto é censura livre, normalmente o/a responsável se sente tranquilo em deixar sua criança assistir o programa.  Tipo deixar a criança sozinha vendo o programa e ir fazer outras coisas, já com uma classificação de 10 ou 12 anos, muitos pais, eu pelo menos, ficaria mais atenta.  Júlia não assiste novela, primeiro, porque ela não se interessa, segundo, porque eu tenho que estar junto e me posicionar sobre certas coisas.  E quando falo novela, digo das 18h, 19h, ou alguma coisa da Record.  Isso não quer dizer, claro, que eu endosse as neuroses de alguns membros do MP.  O que eu escrevi para Orgulho e Paixão vale para As Aventuras de Poliana, também.  Para que um produto receba classificação indicativa livre ou dez anos é preciso fazer um monte de malabarismos e a história periga ficar sem sal, sem açúcar e sem pimenta, insossa.  Não fosse a cena que eu comentei sobre a história do racismo, eu até defendesse o SBT sem parar para pensar duas vezes.

Otávio e Luccino tornaram-se um dos meus
casais favoritos das telenovelas.
Mas eis que veio gente (*claro*) falar em beijo "gay" em Orgulho e Paixão e no programa Amor & Sexo para ilustrar perseguição. Tsc... Tsc... Tsc... Gente, conteúdo impróprio não é necessariamente conteúdo sexual e, por questões culturais nossas, um simples beijo (*Ainda bem!*) é uma demonstração de afeto "censura livre".  O SBT já tinha sido notificado outras vezes em relação às suas novelas infantis, seja por essas situações vistas como violentas (*que eu acho que deve ser frescura do MP*), seja por algo realmente grave: estimular o CONSUMISMO.

Demorei a perceber, mas é, ou era, não assisto muito o canal ultimamente, que do nada uma propaganda de produto Jequiti piscasse no meio de um filme, ou do Chaves, enfim.  Nunca comprei nara da Jequiti, mas isso é propaganda subliminar.  Outra coisa, Carrossel quase foi reclassificado e sofreu advertência por colocar a Prof.ª Helena fazendo propaganda de produtos.  Vejam só, em um produto educativo, como se propunha a ser Carrossel, é aceitável e louvável que a Prof.ª Helena - uma voz de autoridade na trama - orientasse as crianças a escovarem os dentes, mas não é aceitável que ela diga que a pasta X ou Y é melhor estimulando a jovem audiência a pedirem aos pais a tal pasta, ou escova, enfim.  É por isso, por exemplo, que bichinhos fofos são proibidos em propagandas de bebida, ou cigarro.

Amor & sexo tem incomodado muito para um
programa com uma audiência tão modesta. 
O motivo, acredito eu, não é sexo, nem nudez.
Voltando ao programa Amor & Sexo, ele se tornou um favorito dos conservadores e partidários do novo presidente sendo identificado como uma forma de oposição ao que ele defende e aos valores que diz representar.  a apresentadora, Fernanda Lima, foi até ameaçada nas redes sociais.  Bem, bem, de novo, As Aventuras de Poliana não foi advertida por conteúdo sexual.  Segundo, trata-se de um programa para adultos exibido depois das 23 horas.  Eu não assisto o programa, que se propõe a discutir sexualidade, afetos, diversidade sexual de uma perspectiva feminista (*liberal*) muitas vezes.  Não tenho interesse por ele, confesso.  Agora, atentem para o disparate da comparação, eu que não vejo nem Poliana, nem Amor & Sexo, poderia ser levada a crer que a novela infantil tem conteúdo sexual.

Enfim, vivemos um momento péssimo no qualquer coisa que se mostre levemente progressista parece ofender com um monte de gente absolutamente incapaz de ser razoável por motivos meramente político-ideológicos, ou por incapacidade de interpretar textos, ou discursos.  Digo o seguinte, classificação indicativa muda toda hora.  Hoje, ela nem impacta no horário de exibição.  A única exigência é que as propagandas dos produtos estejam adequadas aos dos horários de exibição do programa no qual aparecerem.  Sabe, aquilo que no final dos anos 1980 e anos 1990 era coisa comum?  Pois é, agora, ainda bem, raramente seria mostrado em um programa televisivo para "toda a família" depois do almoço de domingo.  E não falo de propaganda, falo de Banheira do Gugu e assemelhados, tipo sushi erótico do Faustão.


Vamos a um exemplo: a propaganda de Amor & Sexo é 14 anos (*deveria ser 16 anos*) pode aparecer nos intervalos de do “Mais Você”, de Ana Maria Braga, mas como este programa é classificado como livre, nada que não seja "livre" pode ser exposto.  Simples, basta respeitar.  De resto, TV é concessão pública e nada impede, acredito eu, que no futuro se modifique a forma como a classificação é feita e se estabeleça que certas questões não possam aparecer na TV aberta.  Amor & Sexo exibiu nu frontal depois das 23h.  Não vejo problema, mas considero aceitável que as regras sejam revistas para que nudez total, ou parcial, seja vetada na TV.  Seria conservador, mas não seria absurdo.  Agora, eliminar simples manifestações de afeto entre pessoas simplesmente por serem do mesmo sexo seria absurdamente ofensivo.  Não quer assistir?  Desligue a TV, ou mude de canal.

Melissa quer dizer abelha em grego.
É isso.  Escrevi demais e nem comentei outras notícias que queria.  Tentarei ser mais econômica da próxima vez.  De resto, minha sobrinhazinha, filha do meu irmão, nasceu no dia 20, dia da Consciência Negra.  Prematura de quase dois meses, mas está bem e sendo bem tratada em um hospital público.  E foi um parto normal, o que muito me alegra, também.  Uma gota de felicidade no meio de tantos aborrecimentos.

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