domingo, 24 de fevereiro de 2019

Dia de Oscar: Independent Spirit Awards faz o desagravo à Se a Rua Beale Pudesse Falar



Ontem, aconteceu a última premiação que precede o Oscar, mas que normalmente não caminha junto com ele, o Independent Spirit Awards.  O grande vencedor, um filme que a meus olhos já se tornou o grande injustiçado do Oscar desse ano, foi Se a Rua Beale Falasse (If Beale Street Could Talk).  Por mera coincidência, assisti ao filme ontem, em casa mesmo. Sim, eu sei que não é o correto, mas não consegui assistir no cinema, poderia não conseguir e um amigo tinha enchido tanto a bola do filme que eu tinha que conferir.  Se eu tivesse visto no cinema, sem interrupções, acho que tinha chorado litros de lágrimas.  E vai ter resenha, acredito que hoje, mas pode ser que não, porque tentarei ver Roma ainda.  


Enfim, Se a Beale Street Falasse é um filme muito necessário, bonito e uma produção de baixo orçamento, algo visível, por exemplo, no figurino que é muito menos glamouroso que outro contemporâneo, Infiltrado na Klan, que foi ignorado no Oscar dessa categoria.  Foi ignorado no Oscar de melhor filme e diretor, afinal, a cota para diretores negros estava fechada com Spike Lee e enfiaram o sujeito de A Favorita (*sim, já tomei birra do filme e não posso falar de Guerra Fria*) sei lá por qual motivo.  Chega de derramamento de raiva, vamos em frente.

Ethan Hawke não pode estar presente na cerimônia.
Se a Beale Street Falasse levou Melhor Filme, Melhor Diretor (Barry Jenkins) e Melhor Atriz Coadjuvante (Regina King).  King está indicada ao Oscar, mas ela está longe de ser a favorita e eu, se pudesse escolher, daria para Amy Adams que é peça fundamental para Vice, mas, está praticamente certo, que o prêmio deve ir para as mãos de uma das indicadas por A Favorita.  Parece que Ethan Hawke e o filme No Coração da Escuridão (First Reformed), foram também ignorados no Oscar, recebeu uma indicação por roteiro e só.  O ator recebeu o prêmio de melhor ator, o filme foi indicado em outras categorias no Spirit Awards.

Glenn Close e cachorrinho, ou cachorrinha?
Do povo indicado ao Oscar, cabe destacar que Glenn Close levou Melhor Atriz por A Esposa e Richard E. Grant ganhou ator coadjuvante por Poderia me Perdoar? (Can You Ever Forgive Me?), filme que não estreou por aqui, mas o trailer está no final do post e, bem, acabei de descobrir que quero assistir esse filme. 😊  Enfim, Glenn Close e Olivia Colman são as duas favoritas deste ano.  Independente de quem ganhar, ambas fizeram um trabalho fenomenal, mas eu preferiria que a estatueta fosse para a intérprete de protagonista de A Esposa.  Já Grant, de quem eu gosto muito e tem uns olhos azuis impressionantes e foi um surpreendente Scarlet Pimpernel, é um dos favoritos.  

Richard E. Grant pode ser lembrado no Oscar hoje.
O Oscar de Ator Coadjuvante parece indefinido.  Há quem aposte em Mahershala Ali (The Green Book),  ele seria o favorito da categoria, mas ele levou por Moonlight faz pouco tempo.  Há quem diga que Sam Rockwell (Vice) está com a mão na estatueta.  Eu, que gostei muito de Vice, não vi no trabalho dele essa qualidade toda, não.  Li críticas afirmando que Sam Elliott fez um trabalho espetacular em Nasce uma Estrela (*não assisti e não tenho interesse*) e se levassem em conta o mérito, ele levaria.  Adam Driver, que está muito bem em Infiltrado na Klan, mas que eu não indicaria como coadjuvante, ele é co-protagonista mesmo, corre por fora.  Ninguém está apostando as fichas nele.

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