sexta-feira, 8 de maio de 2020

Hanakimi é um dos títulos gratuitos da Hakusensha e me deu vontade de falar da série!


Segunda-feira, publiquei um post sobre um projeto da editora Hakusensha que disponibiliza por poucos dias alguns dos títulos mais importantes já publicados na revista Hana to Yume.  Bem, segundo o Comic Natalie, a partir de amanhã e até o dia 12 de maio teremos  Koucha Ouji  (紅茶王子), de Nanpei Yamada, o outro, Hanazakari no Kimitachi e  (花ざかりの君たちへ), de Hisaya Nakajo.  

Koucha Ouji foi publicado entre 1997 e 2004.
Koucha Ouji, eu nunca li, mas Hanakimi já foi o favorito de oito entre dez fãs de shoujo mangá e um grande sucesso.  O mangá foi publicado entre 1996 e 2004 e teve 23 volumes.  Eu acompanhei todos eles e a gente torcia muito para que a série tivesse anime, mas não veio e nem virá.  Por outro lado, tivemos quatro doramas, dois japoneses, um chinês e um coreano?  Motivo?  Bishounen!  Não sabe o que é?  Meninos bonitos.  

Mizuki fica deslumbrada por Sano.
A protagonista da série é Mizuki Ashiya, uma garota que mora na Califórnia e que, um dia, vê uma competição juvenil de salto em altura.  O competidor do colégio japonês Osaka Gakuen,  Izumi Sano, chama a atenção dela por suas qualidades e atléticas, mas nossa heroína se apaixona por ele, também.  Mizuki decide que precisa estudar com ele.  O problema é que a tal escola é masculina (!!!!).  Filha de pai japonês e mãe americana, ela convence o pai a deixá-la fazer a high school no Japão.  Obviamente, ninguém sabe para qual escola ela vai, eis o absurdo, e ela consegue se matricular na Osaka Gakuen fingindo ser um rapaz e acaba no mesmo quarto com Sano.  


No mangá e na primeira versão dorama em 2007.
E temos Mizuki tentando esconder sua identidade, seu amor por Sano.  Se esquivar do assédio de outros garotos, inclusive da sombra do estupro, o que juntaria a violência e a descoberta de sua identidade.  Um amigo, o melhor jogador de futebol da escola, Shuichi Nakatsu, apaixona-se por ela e entra em parafuso, porque ele faz a linha super-macho e nunca se imaginou atraído por outro rapaz.  Ele quase fica maluco e havia quem sonhasse que Mizuki ficasse com ele.  O médico da escola descobre a identidade da menina e vira guardião de seu segredo e, com o tempo, outros garotos descobrem, também, e se calam.  O irmão mais velho da garota vem até o Japão, descobre tudo e quer levá-la embora.  São muitas emoções... 


Os presidentes das três casas no mangá e no dorama de 2007. 
O de cabelos longos gosta de ser chamado de Oscar.
Uma das partes mais divertidas do mangá, e já é chegando no final, é quando o capitão do time de judô acredita ter visto uma garota se trocando na escola.  Era Mizuki.  Ele, que era um sujeito austero, equilibrado, começa a achar que está ficando doido.  Há deboche e tudo mais.  Quem sabe do segredo, e a própria Mizuki, ficam com pena, mas na dúvida se contam, ou não, a verdade, porque o moço começa a surtar.  E temos homenagem à Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), como não teríamos?  Um dos presidentes das três casas, gosta de ser chamado de Oscar e há uma ocasião em que ele faz um cosplay, no mesmo volume, acho que era a feira cultural, obrigam Mizuki a ser Alice no País das Maravilhas.
Pensem na complicação.
Comum o plot?  Certo, é, sim, a garota travestida em um ambiente masculino temos aos montes, mas Hanakimi tem seu charme.  O primeiro, acho, é que Sano descobre que Mizuki é uma garota logo de cara e guarda o segredo para si.  Se a garota está na Osaka Gakuen, algum motivo ela tem.  Ele protege seu segredo e a própria Mizuki passa vários volumes sem saber que ele sabe.  E Mizuki é nossa heroína shoujo modelo quando se trata de inocência.  Como garantir que o segredo da menina não seja descoberto em meio a tantos perigos?  Já o rapaz começa a se apaixonar por ela e se torna quase insuportável dividir o mesmos quarto, com todos os afetos e hormônios envolvidos, mas os dois se entendem, claro... 

Uma situação um tanto insustentável.
Como acontece com os sucessos avassaladores, a autora foi pressionada a esticar sua história. Era visível nos últimos volumes que ela não queria mais fazer a série, a arte decaiu, a história se torna um tanto desinteressante, a gente lê saltando já, e deixam que ela faça seu último capítulo.  Pois bem, foi um último capítulo péssimo.  Para se ter uma ideia, Mizuki é descoberta e expulsa do colégio sem maiores desenvolvimentos.  Foi triste e revoltante e não ficou por isso mesmo.  As fãs japonesas fizeram um escândalo e a autora redesenhou o final de forma decente, inclusive com a melhor arte que ela conseguia fazer.  Não é um caso único na indústria de mangá, mas é o mais famoso.  Há scanlations de Hanakimi, comecei a colecionar a edição americana e lamento muito não ter terminado.  Era uma edição 3 em 1.

Capa da Hanayume.
Durante muito tempo desejei Hanakimi no Brasil, ainda desejo, na verdade, mas não acredito que venha.  Fico feliz, no entanto, que a série seja lembrada entre as mais importantes da Hanayume nesses 46 anos de história da revista, porque, sim, Hanakimi era uma delícia de se ler, tinha romance, tinha drama, tinha humor, tensão sexual e suas personagens eram ótimas, também.

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