quinta-feira, 23 de julho de 2020

O que as crianças japonesas querem ser quando crescer? Área de Saúde em Alta.


Nem sempre vejo quando o Sora News publica essas pesquisas que saem no Japão todos os anos.  Consegui achar no blog a de 2016 (*que surpreendeu muita gente*) e a de 2018 (*com a profissão cientista em alta*).  Esta, que saiu agora, entrevistou 1.021 crianças com idades entre 11 e 12 anos.  Profissão em evidência este ano?  Médico.  E, claro, entre as meninas, aparece Enfermeira nas primeiras colocações.  Vamos aos números:

MENINOS
1. Atleta profissional (16,7%)
2. Médico (6,5%)
3. Carpinteiro/Artesão (5,4%)
4. Pesquisador (5,2%)
5. Engenheiro (4,4%)
6. Policial (3,8%)
7. Salaryman (3,3%)
8. (Empate) Criador de jogos (3,1%)/Trabalhador da construção civil (3,1%)
10. (empate) Professor  (2,7%) / trabalhador de TI (2,7%)

Já houve pesquisas que desmembraram futebol e baseball,
mas atleta profissional costuma juntar as duas.
Segundo o SN, é o terceiro ano consecutivo com atleta profissional no topo.  Olhando a de 2018 (*ano passado não postei*), se a gente somar jogador de futebol e beisebol profissional, passa para primeiro.  Eles pontuam, também, que Carpinteiro/Artesão apareceu no top 10 do ano passado, mas em 2018 era somente a 16ª profissão.  O site especula que a proliferação de programas do tipo DIY (*"Do it yourself"/Faça você mesmo*) na TV e no Youtube tenham papel nessa ascensão.  Já Criador de Jogos desceu no ranking e funcionário público sumiu do top 10.    

MENINAS
1. Professora da Educação Infantil (7,0 por cento)
2. Enfermeira (6,4%)
3. Patissier (Confeiteira) (6,1%)
4. Médica (5,7%)
5. Farmacêutica (5,5%)
6. Professora (5,3%)
7. Mangá-ka (5,2%)
8. Esteticista (4,8%)
9. Veterinária (4,4%)
10. Funcionária do zoológico/parque de diversões (4,2%)

O topo das profissões entre as meninas envolvem cuidar do outro.
No caso das meninas, temos duas profissões vistas como tipicamente femininas (*e, normalmente, mal remuneradas*), ligadas ao serviço ao próximo, no topo.  Não é surpresa, há uma forte carga cultural para que seja assim.  Mas o SN aponta que Médica subiu no ranking, em relação ao ano passado, mas em 2018, que é o que eu publiquei, estava em quarto lugar.  Agora, a surpresa foi Farmacêutica que não estava em 14º lugar na última pesquisa e pulou para o quinto lugar.  Veterinária, também é novidade no top 10.  Na página da pesquisa, é dito que cabeleireira caiu do 8º para o 12º lugar. 

O SN não deixou de perceber as questões de gênero e que algumas coisas estão mudando.  Um exemplo citado é que no top 20 das meninas já aparece Atleta profissional (14º lugar) e policial (19º lugar).  Agora, eu queria ver se no dos meninos temos profissões vistas como femininas aparecendo, também, porque são profissões que, normalmente, não envolvem status e poder.  

O futebol feminino japonês se destaca mundialmente.
O SN linkou para uma matéria do ano passado, que eu não vi, feita com adolescentes, que aponta como os interesses profissionais mudam (*e o site sugere que para pior*) quando meninos e meninas ficam mais velhos.  Agora, seria interessante ver se o COVID-19 não impactou os mais velhos, também.

1 pessoas comentaram:

Tantas meninas querendo ser professoras de educação infantil num país com a natalidade tão baixa? Vai ser difícil.

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