O gênero mais comum nos shoujo mangá, aquele que muita gente acredita que representa 100% da demografia, é o romance escolar. Curiosamente, muitas escolas japonesas tem regras que proíbem seus alunos e alunas de namorarem, pois veem os envolvimentos amorosos como daninhos ao bom desenvolvimento da vida escolar. Há uma situação em Karekano (彼氏彼女の事情/Kareshi Kanojo no Jijou), que se remete a isso, quando Arima e Miyazawa são chamados à sala do diretor, mas a escola não tinha uma regra de não-namoro, era simplesmente um "conselho" mesmo, ainda que com uma grande carga, afinal, tratava-se de uma autoridade interpelando dois adolescentes. Enfim, na vida real, um aluno, ou aluna, pode ser convidado a se retirar da escola, ou ser expulso mesmo, caso se descubra um namoro às escondidas. Sim, eu já sabia disso, mas acho que vale a pena comentar essa matéria do Sora News.
Eu estudei em uma escola que proibia os alunos de namorarem com o uniforme escolar e dou aula em uma instituição que impõe a mesa regra. Veja, o problema não é a vida amorosa dos estudantes, mas o "bom nome" da instituição. E não acredito que rendesse expulsão, ou algo do gênero, nem proibia romances absolutamente, como no caso japonês. O caso relatado no SN ocorreu na com dois alunos do terceiro ano da Horikoshi High School, uma escola particular no bairro de Nakano, em Tóquio, no outono de 2019.
O SN relata que um/a professor/a descobriu que dois estudantes estavam namorando e eles admitiram que era verdade depois de um interrogatório (!!!). Não sabemos do que ocorreu com o garoto, mas a moça foi chamada à sala do diretor e "aconselhada" a sair da escola, mesmo faltando poucos meses para sua formatura. O conselho é um eufemismo, porque se tratava, obviamente, de uma forma de evitar a expulsão, o que poderia manchar mais ainda o currículo da menina.
A jovem está processando a mantenedora da instituição, a Horikoshi Gakuen, por abuso de poder e lhe causar danos psicológicos. A garota pede uma indenização de 3,7 milhões de ienes (US $ 35.750). Segundo o SN, o julgamento do caso começou na última quarta-feira. A escola diz que lutará até o fim e o site afirma que dificilmente este caso irá mudar a política da instituição, ou a filosofia do não-namoro em outras escolas. Motivo? A ação da garota é por excesso de dureza no cumprimento da regra e, não, contra a regra em si. É algo pessoal e, não, uma denúncia de uma imposição abusiva contra os jovens em geral. Bem, espero conseguir saber como essa história termina.
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