domingo, 11 de julho de 2021

Comentando o capítulo #2 Kageki Shoujo: A série começa a se afastar do mangá para falar mais do Takarazuka

Para quem não leu, fiz a resenha do primeiro capítulo de Kageki Shoujo!! (かげきしょうじょ!!) na semana passada e não consegui não resenhar o novo episódio.  Todo domingo temos um capítulo novo e, esta semana, foi divulgado que teremos treze episódios.  O mangá original, o primeiro, não o que está em andamento, tem somente 14 capítulos e três extras.  Dá para colocar tudo no seriado?  Dá.  Sobre espaço para inventar?  Sobre.  Agora, o que vi neste episódio #2 foi um enxugamento do conteúdo do mangá e a criação de material novo que, ou foi criado para a série, ou foi veio do mangá em andamento.  Mas vamos lá!

Kageki Shoujo conta a história de Sarasa Watanabe, uma garota muito alta que sonha em ser otokoyaku (*atriz que faz os papéis masculinos*) no Teatro Kouka (*uma homenagem ao Takarazuka*) e Ai Narata, uma ex-idol que só deseja passar dois anos estudando na escola que forma as atrizes do teatro para fugir da convivência com os homens.  As duas garotas, a expansiva Sarasa, e a antissocial Ai, são colocadas no mesmo quarto e obrigadas a conviver.  Neste segundo episódio somos apresentadas às veteranas, as senpai das meninas, que pela tradição da escola devem supervisionar e, em alguns casos, infernizar as colegas.  Neste segundo episódio é dito que Sawa Sugimoto, a primeira colocada no concurso de admissão, é a presidente da turma e recebemos, também, mais informações sobre as meninas do primeiro ano.

Enfim, neste episódio temos metade dele seguindo o mangá e a outra metade mostrando material inédito.  Na parte que segue o mangá, temos as meninas recebendo sua veterana e sendo colocadas para faxinar os diversos espaços da escola.  Ai recebe como sua veterana Hijiri Nojima, que tem cara de anjo e sonha em ser top musumeyaku (*atriz especializada nos papéis femininos*).  Hijiri é o mais próximo de uma vilã que temos no mangá e fará e tudo para atingir seu objetivo.

Já Sarasa recebe como sua supervisora Nakayama Risa, uma das garotas mais velhas da escola e com uma beleza madura que não é muito apreciada pelas colegas.  Risa tem fama de má, e realmente quer ser má com Sarasa, mas acaba não conseguindo, porque se lembra das maldades que fizeram com ela, especialmente, da perfídia de Hijiri.  Risa quer ser musumeyaku, mas como ela tem muitas curvas, Hijiri lhe diz que ela nunca poderá fazer a mocinha, ela será uma onnayaku (*onna é mulher*), mas ela usa em sentido pejorativo, não da forma não-oficial do Teatro Takarazuka, que é elogiosa.  Para Hijiri, Risa terá que fazer vilãs, ou mulheres mais velhas.

Risa diz para Sarasa que ela nunca poderá ser Oscar, a menina se desespera.  Então, ela não lhe diz a verdade, por convenção, o mocinho tem que ser mais alto que a mocinha.  Oscar precisará de um André mais alto e Sarasa é muito alta.  Então, Risa diz que nenhuma caloura que entrou debaixo da cerejeira na porta do colégio consegue ser top star, é uma maldição.  Nossa mocinha diz que vai quebrar essa tradição.  Risa acaba meio que se tornando a oneesan (*irmã mais velha*) de Sarasa.  Outra parte do episódio que vem do mangá é a apresentação que as meninas fazem em sala de aula.  E aparece o namorado de Sarasa, um jovem ator de Kabuki, mas ela não conta para as colegas.  Se o mangá for seguido, fica para o capítulo seguinte.  Só que o anime já anunciou que o próximo capítulo é sobre o ursinho de pelúcia, é o capítulo que conta o passado de Ai e seus traumas.  E, no mangá, esse capítulo é o sete, ou oito.

A segunda parte do capítulo é a que dá nome ao episódio, a ponte de prata.  O professor Andou, o mesmo que fez as meninas se apesentarem, leva as meninas para conhecerem o que acontece no backstage do Teatro Kouka mostrando a quantidade de gente que trabalha por traz das cortinas para que o espetáculo possa acontecer.  É uma parte muito legal, mostra uma série de profissionais trabalhando, a emoção das meninas, e tudo mais.  Só que elas não poderiam ir ao palco, mas Sarasa vai e pisa na tal ponte de prata, que é um lugar de destaque no qual somente as atrizes mais importantes podem ficar.  Vou colocar uma foto do Takarazuka para que vocês possam entender.

Enfim, e o que do mangá foi cortado?  Sarasa é uma otaku.  Ela ama animes, mangás, tokusatsu e séries históricas que assistia com o avô.  Só neste capítulo no mangá, ela citava, além da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), claro, Oniisama E... (おにいさまへ…), Maria-sama ga Miteru (マリア様がみてる), um seriado que não conheço e Evangelion (新世紀エヴァンゲリオン).  Não sei por qual motivo cortaram as referências todas.  Acredito que a maioria da audiência japonesa iria entender, mas desde o primeiro capítulo apagaram que o grupo ao qual Ai pertencia era uma referência ao AKB48.

Espero que a série não descarte material importante do mangá.  O problema que Ai teve no passado é muito pesado e precisa ser colocado em tela.  Da mesma forma, o mangá, apesar de leve e e fofinho, faz uma super discussão sobre gordofobia e transtornos alimentares na adolescência.  Não vou dizer qua personagem é a vítima, mas é uma subtrama muito bem amarrada do mangá.  É isso.  Resenha do episódio #2 feita.

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