terça-feira, 13 de julho de 2021

E Loki termina amanhã! Grande resenha e celebração do episódio 5, uma das melhores coisas já feitas pelo MCU.

Estava atrasada nos episódios de Loki e coloquei tudo em dia hoje, poucas horas antes de ir ao ar o último episódio.  Assisti em sequência, com algumas interrupções domésticas, os episódios 4 e 5.   Confesso que minha conexão com o seriado veio de forma bem lenta.  Para quem está meio perdido, Loki é a nova série, na verdade, nem tanto, já vai terminar, da Disney+.  O Loki do primeiro filme escapa da sua captura, vimos isso no último filme dos Vingadores, ou seja, o passado foi mudado e, para corrigir as coisas, existe a TVA.  OK.  

Loki é capturado, fica sabendo que é uma Variante, esse ser que criou um desvio na linha sagrada do tempo, e que existe uma agência para corrigir isso.  Só que o agente Mobius (Owen Wilson) convence sua superior, Navona (Gugu Mbatha-Raw), a permitir que Loki ajude a encontrar e neutralizar uma Variante que está vandalizando a linha do tempo e provocando eventos nexus, a bagunça das linhas temporais.  Mas eis que descobrimos que a Variante é Loki, também, só que em versão feminina (Sophia Di Martino) e o Loki vindo do cinema e a sua versão da série decidem cooperar, ou são obrigados a isso, para descobrir qual o verdadeiro propósito da TVA, que, obviamente, não é o que parece... 

Assisti ao episódio 1, fiz a resenha enfatizando que salvo pelo carisma de Tom Hiddleston (*que estava particularmente bonito e galante nos episódios 4 e 5*), não tinha retirado muita coisa da experiência.  O episódio 2, com a revelação de que a Variante que estava sendo caçada era uma versão feminina do próprio Loki me empolgou ainda menos, demorei a assistir ao terceiro episódio, mas eis que ele já me atraiu muito mais.  A revelação de que Loki, que decidiu que queria se chamar Sylvie, estava se movendo de evento apocalíptico para evento apocalíptico para fugir da TVA e evitar a criação de um evento nexus, foi uma ideia interessante, mas eis que os Loki ficam presos em um desses eventos e quase são destruídos no episódio 3.

Loki e Sylvie são resgatados por Mobius, mas estão prisioneiros, este é o ponto de partida do episódio 4.  Agora, já no capítulo anterior, Loki e Sylvie desenvolvem um elo e, por isso mesmo, acabam criando o evento nexus que possibilita seu resgate.  Este elo pode ser amizade, ou amor, que queria a segunda possibilidade.  E, bem, Loki, narcisista ao extremo, só poderia se apaixonar por si mesmo.  Fora isso, existe muita química entre Hiddleston e Di Martino.  Não sei se a coisa vai se encaminhar para um romance, mas eu torço muito.  De resto, desenvolveram bem a personagem Sylvie, sabemos quem ela é, vimos flashback de seu passado envolvendo Navona, que está excelente na pele de  Gugu Mbatha-Raw, antes da promoção e como ela consegui passar anos escapando da TVA.

Neste episódio 4, é revelado que os Guardiões do Tempo, os criadores da TVA, são uma fraude.  Navona sabia disso?  É uma incógnita, mas, com certeza, ela está do lado dos maus.  Descobrimos, também, o que já era sugerido desde o episódio 2, que todos os funcionários da TVA são Variantes, gente que foi tirada de sua vida, que foi escravizada, para atender aos objetivos da agência.  E quais seriam esses?  Não sabemos ainda.  Agora, essa revelação possibilitou o crescimento, pelo menos aos meus olhos, da personagem B-15 (Wunmi Mosaku), a caçadora truculenta que queria apagar, ou melhor, podar, este é o termo usado, Loki.  De personagem clichê, uma versão feminina do policial sádico super doutrinado, B-15 se tornou alguém que quer saber quem foi antes de sequestrada e que quer recuperar sua vida.  Excelente esse desdobramento.

Mas Loki e Mobius terminam sendo podados e é revelado que os que são apagados não morrem, mas vão para uma espécie de lixão onde todas as Variantes são acumuladas.  Neste lugar, onde se você for destruído já era, não há segunda chance, Loki conhece outras versões suas, a idosa (Richard E. Grant), sua versão negra (DeObia Oparei), criança (Jack Veal) e jacaré.  Loki fica super confuso, mas não é só isso, no episódio 5 teríamos ainda mais.  O importante é que essas versões todas estão tentando sobreviver e cada uma delas foi eliminada por algum motivo, às vezes, muito banal.

Sou fã de Richard E. Grant desde que assisti sua versão de Scarlet Pimpernel e ele está uma graça como o Loki idoso, ou original, como alguns estão chamando por causa da roupa.  Mesmo com uma fantasia ridícula, a personagem transmite uma grande dignidade, além de uma amrgura enorme, também.  E achei maravilhoso quando ele explica como sobreviveu à Thanos, porque ele fez exatamente o que Loki deveria fazer.  Foi de lavar a alma, principalmente, porque a forma como Loki foi morto por Thanos foi ridícula, simplesmente, isso.  Já o menino Loki, que parece ser o líder do grupo, tornou-se uma Variante por ter matado Thor.  O Loki de Hiddleston fica sem palavras.

Mas eu não quero dar muitos spoilers, mas preciso dizer que o episódio 5 foi arrebatador, uma das melhores coisas que o MCU já fez.  Continuo gostando mais de WandaVision, mas como episódio isolado, o episódio cinco de Loki foi uma perfeição, teve drama, humor, nonsense e um final memorável com destaque para Richard E. Grant.  Acredito que o último episódio não irá superá-lo, o que acaba sendo anticlimático, mas é missão quase impossível. E a música do final do episódio, quando temos os heróis, quer dizer, os Loki, enfrentando um grande inimigo que para poder avançar e e descobrir quem criou a TVA, foi uma variação da Cavalgada das Valquírias.  Eu não conseguia me sentir tão mobilizada por um filme ou seriado fazia muito tempo.  Foi magnífico.

É isso!  Daqui a pouco temos o final de Loki, a culminância de toda a história em que Tom Hiddleston brilhou junto com um elenco muito bem afinado.  E foi muito interessante ver o processo de humanização de Loki entre o primeiro episódio e o último.  Vamos ver no que vai dar isso.  Espero ver amanhã e que o episódio 6 consiga fechar dignamente a série e abrir caminho para outras produções, seja o segundo filme do Dr. Estranho, ou outra série.  Aliás, torço por uma segunda temporada com Loki e Sylvie juntos.  Quem sabe?  Me deixem sonhar.

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