sábado, 23 de março de 2024

Comentando o episódio extra de Watashi no Shiawase na Kekkon: rever personagens queridas é sempre muito bom!

Hoje, graças à Jessica, assisti ao especial de Watshi no Shiawase na Kekkon (わたしの幸せな結婚) chamado Shiawase no Katachi (幸せのかたち), algo como "A Forma/Formato da Felicidade".  Ele  foi anunciado logo que a série estreou e funciona como um 13º episódio da primeira temporada do anime, mostrando a festa que ocupa o último capítulo do segundo livro.  O episódio tenta corrigir alguns deslizes da série, como omitirem o filho de Hazuki, irmã de Kiyoka, e oferece bons fanservices, como o quase beijo dos protagonistas.  Para quem quiser, há textos e vídeos sobre todos os episódios, o do último capítulo está aqui.

O episódio tem o tamanho padrão de 23 minutos e manteve a mesma abertura e encerramento do anime que está disponível na Netflix.  A cena de abertura é anterior a da festa que apareceu na série, com Hazuki acalmando Miyo, ela teme não se comportar adequadamente e envergonhar Kiyoka.  A jovem diz que é a primeira vez que usa um vestido ocidental.  No anime, colocaram Miyo passeando pela cidade com Hazuki usando um vestido ocidental.  

Imagino que foi retcon, ou esquecimento mesmo.  Melhor assim, porque, como pontuei na análise do episódio, não foi uma boa escolha e tirou o impacto da experiência de Miyo na festa.  Agora, no livro, ela usou foi um belo furisode mesmo, um quimono de moça solteira, e houve o comentário de alguém dizendo que, muito brevemente, ela não estaria mais usando uma roupa assim.  Miyo só usa um vestido ocidental no livro #3 e Kiyoka fica encantado.

No episódio extra, ele se mostra encantado, também.  Ele sorri mais que a média dele na série e olha com adoração para Miyo.  Há uma cena rápida, que eu acredito que é para colocar em cena o máximo do elenco, em que Godou embriagado reclama com Kazushi que Kiyoka só é gentil assim quando está com Miyo, que ele deveria tratar os seus subordinados da mesma forma.  É uma cena cômica, sem sentido e que não acrescenta nada.  Quem tem muito destaque, mais do que precisava, é o filho de Hazuki, Asahi.  

O menino foi cortado da série original, não é citado quando Hazuki fala de seu casamento e divórcio, então, pensei que ele seria tirado do anime por completo.  As cenas do garoto são bem diferentes do livro, porque, no episódio, ele se comporta mal, de forma ciumenta.  Ele acredita que Miyo está roubando sua mãe.  E é dito que Hazuki só vê o menino, que mora com a família do pai, a quem ele pertence, uma vez por mês, mas que, por causa de Miyo, nem essa visita ela fez ultimamente.  Nos livros, nada é dito sobre quantas vezes Hazuki visita o filho.

De qualquer forma, é algo que me soou forçado e que tem como objetivo discutir que há mais de uma forma de amar e que a gente pode amar várias pessoas.  Mensagem bem adequada.  Antes desse desenlace, temos uma cena bem óbvia do menino sujando o vestido de Miyo, sabia que ia acontecer, mas o como não foi como eu imaginava.  Em todas as cenas com o garoto, Kiyoka não fala dele ou com ele nenhuma vez.  Nada disso está nos livros.  É nesta conversa que Miyo descobre que  Ookaito, superior de Kiyoka, é o ex-marido de Hazuki.  Aliás, apesar da animação ser muito boa,  Ookaito parece o Megamente em alguns frames.  É como se tivesse dois cérebros empilhados.

Antes dessa sequência, temos a parte mais importante do episódio que é o encontro de Kiyoka e Miyo com o príncipe Takaihito.  Tudo o que não foi explicado na série, vai ser elucidado aqui.  Takaihito fala do papel do pai na conspiração contra os Usuba, do seu medo de que uma menina com o dom especial nascesse, de como manobrou os Saimori para que o pai de Miyo casasse com Sumi Usuba, de como o imperador decidira se livrar de Miyo e Kiyoka quando descobre que a moça tem o dom.

Takaihito fala que o pai perdeu seu dom e algo que foi ignorado na série é dito, o príncipe é o segundo filho do imperador, mas o único que tem o dom da Revelação Divina (Premonição), necessário para assumir o trono.  Não fica claro que Takaihito deu o golpe.  Miyo conversa de forma muito calma e digna com o príncipe e é elogiada por Kiyoka.

Depois da cena com o filho de Hazuki, voltamos para a casa de Kiyoka.  Em off, tanto Miyo, quanto Kiyoka, analisam o que é a felicidade.  Há uma cena inexistente com Kiyoka tomando a iniciativa para beijar Miyo, mas, como não poderia deixar de ser, alguém chega, neste caso, Arata, primo da moça.  Arata, Miyo e Kiyoka, com olhar assassino, sentam para tomar chá.  O rapaz se oferece para ser guarda-costas de Miyo e orientá-la a usar seu dom.  Kiyoka resiste, mas Hazuki chega com Yurie (*em sua única cena*) e ele termina sendo obrigado a aceitar.

Corta para outra cena e Kiyoka está saindo para o trabalho.  Miyo pede para ajeitar o laço em seu cabelo e, logo em seguida, ela acaricia a cabeça do rapaz.  Ele pergunta por qual motivo ela fez isso, ela diz que queria ser gentil e ele fala para ela se aproximar, porque ele esperava outra coisa.  Ele beija a testa da noiva.  É este o beijo que, no livro, é surpreendido por Arata.

O episódio tem outra cena rápida mostrando Kouji treinando e Kaya trabalhando.  É como escrevi da cena com Godou, parece que queriam mostrar todo mundo.  Só que, no caso de Kouji e Kaya, é para mostrar que eles estão se esforçando por mudar.  O que, para mim, nem precisava estar lá.  Quem se importa com eles?  Se eles voltam, não é por agora, porque estou lá no livro 4 e eles só apareceram no livro 1.

Concluindo, a animação estava ótima, Miyo, Kiyoka, Hazuki, Arata, Takaihito, estavam lindos. O quimono vermelho de Miyo, já no final do episódio, é uma lindeza. Agora, o figurino ocidental é uma desgraça.  Não vou falar do vestido moderninho de Miyo, ele é bonito, e parece que os animadores japoneses estão meio que apaixonados pela blusinha sem mangá embaixo do vestido.  É algo que aparece o tempo inteiro em 7th Time Loop, anime desta temporada.  

Fora isso,  não deram um uniforme especial para Kiyoka nessa festa, ele não iria a esse evento vestido com roupas de todo dia, já as roupas e cabelos das mulheres são uma desgraça.  Tudo é uma bagunça, as cores são feias, talvez para destacar ainda mais Miyo, não há coerência em relação à década das roupas.  E o vestido de Hazuki, mais uma vez, é preguiçoso.  Parece uma variação do vestido verde que ela usou mais de uma vez na série.  É isso, enfim.  Não sei se esse episódio vai para o Crunchyroll, o episódio veio como brinde com o oitavo volume dos livros.

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