terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Depois de tanto tempo e ainda não sabe o que é shoujo...



O site ICV está trazendo uma entrevista com Mike Richardson, CEO da Dark Horse. Como a Dark Horse não publica shoujo e teve somente uma experiência mal sucedida com mangás Harlequin escolhidos por gente que nada entende do público de shoujo/josei, nem dei bola. Mas eis que o ANN, comenta a entrevista e pontua que o Sr. Richardson afirmou que a Dark Horse tentou licenciar Fruits Basket nos EUA e não conseguiu. Fui para a parte do texto em que ele comenta o "causo". Não vou traduzir o texto, vou somente comentar o que li. Pois bem, Richarson diz que antes do mercado americano prestar atenção nos shoujo mangá e seus potencial, eles já tinham percebido. Perguntei-me: Uai, então por que não publicaram nenhum em mais de 20 anos de empresa? Segui lendo.

Ele comenta o caso Fruits Basket e eu acho muito estranho que uma Dark Horse perdesse para uma ainda quase nanica Tokyopop, mas segundo ele foi o que ocorreu. De repente, a Tokypopop tivesse mais dinheiro e apostasse mais; pois os contatos não deveriam ser muito melhores que os da Dark Horse com toda a sua longa experiência. E eis que o papo que estava estranho clareia... Ele fica falando que eles fizeram acordos com a CLAMP para mostrar que se interessam por shoujo, e que agora muitos títulos shoujo vendem bem nos EUA MAS – atenção aqui – quem tem o título em mais tempo de publicação são eles. E qual é o título? Ah! Megami-sama! ^_^ Enfim, ele realmente sabe o que é shoujo mangá? Não. Ano passado, quando a Dark Horse anunciou seu primeiro shoujo, Translucent de Kazuhiro Okamoto, na verdade se tratava de um seinen.

Dito isso, esse papo todo em torno de Fruits Basket se mostra muito suspeito. Realmente é difícil acreditar que a Dark Horse realmente tenha se interessado antes de todo mundo por shoujo, no máximo, reconheceram o potencial de um mangá seinen romântico que não sai do lugar, apesar de no Japão vender horrores. Sim, Megami-sama está há 20 anos em publicação e todo volume fica entre os dez mais vendidos pelo menos uma semana. Mas termino colocando o seguinte: não há mal algum em ser uma editora especializada em um gênero de mangá, o mal está em falar bobagem depois de tantos anos de mercado.

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Só um toque: faz sentido sim, porque o antigo responsável pelo setor de mangás da dark horse, o Toren Smith – e esse talvez seja um dos caras que mais entendem de mangá nos Estados Unidos – contou que havia colocado uma lista de hits nas mãos do richardson. Só que a distribuidora da dark horse na época faliu e deixou o pessoal numa crise que durou mais ou menos uns dois anos – e o Smith se aposentou, vendendo o Studio Proteus (que desde os anos oitenta fazia o trabalho de espelhamento e adaptação para editoras como a DH, a Viz – que ainda não era propriedade dos japoneses – e a finada Eclipse) para a Dark Horse. Minha teoria é: Sem o Toren, eles ficaram sem "o cara que entendia de mangás". E como o próprio toren smith disse, boa parte da lista de duzentos títulos que ele havia feito acabou sendo adquirido por outras editoras e virando hit certeiro. O que explica porque a Dark Horse, que foi a segunda no segmento mangá na época do mercado direto, agora está comendo mosca.

Não sei se a Dark Horse está comendo mosca ou não. O que me interessa aqui é que este pessoal não entende nada de shoujo mangá e cada vez que alguém desta editora aparece para falar alguma coisa, solta uma bobagem. Com 20 anos de mercado? Por favor... E eu continuo não acreditando neste papo de Fruits Basket, afinal, para eles Ah! Megami-sama é shoujo e o tal Translucent também. Editoras novatas se saem muito melhor.

Translucent me pareceu interessante.
Uma vez um amigo meu me disse que quando um shoujo me parecia interessante, é porque ou não era shoujo, ou tinha algo de muito errado com ele. :D

(pronto, agora começarão as pedradas) XD

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