domingo, 9 de janeiro de 2011

O novo Sherlock Holmes ganha matéria na Folha de São Paulo



Ninguém consegue me convencer que Sherlock Holmes é viável em tempos de CSI, quer dizer, não a personagem em seu habitat natural, a Inglaterra (*principalmente*) da virada do século XIX para o XX, mas eu trouxe comigo "A Study in Pink" para assistir nas férias. Enfim, assistirei esta semana. O motivo principal é ver como o fofinho do Benedict Cumberbatch se vira como Holmes (*afinal, ele me encantou em Jornada pela Liberdade*), até porque, ser Watson (*interpretado na série por Martin Freeman*) é fácil, Holmes é que periga virar piada. A matéria a seguir saiu na Folha de São Paulo de hoje.

O Napoleão do crime

VANESSA BARBARA - vanessa.barbara@uol.com.br

Fica difícil condenar a pirataria quando uma série como "Sherlock" (2010), da BBC, não tem a menor previsão de ser exibida no Brasil. A primeira temporada contou com apenas três capítulos de 90 minutos cada um, chegando ao fim em agosto de 2010. Trata-se de um folhetim de ação e suspense que transporta o detetive Sherlock Holmes (interpretado por Benedict Cumberbatch) para os tempos contemporâneos.


Na minissérie, Holmes é fã de tecnologia, não desgruda do celular e gosta de provocar o inspetor Lestrade tumultuando entrevistas coletivas com torpedos SMS. Seu lendário parceiro, o dr. Watson (Martin Freeman), registra os casos num blog. Holmes passa o tempo todo agindo feito um maestro louco, insultando os policiais e rebatendo as acusações de que seria um psicopata ("Sou um sociopata funcional", diz). Em vez de charutos, ele é usuário ostensivo de adesivos de nicotina: "Este é um problema de três adesivos!", exclama no episódio-piloto, "Um Estudo em Rosa", que trata de suicídios seriais.

O visual da série acompanha o ritmo multitarefa do herói: numa cena de crime, letreiros se sobrepõem na tela para destrinchar as evidências encontradas, enquanto Holmes pesquisa simultaneamente em seu "smartphone" dados meteorológicos, rotas de trem, informações avulsas e recados pessoais. Embora saiba rastrear endereços de e-mail e tenha alma de hacker, o Holmes da BBC não é tão diferente do original. A um suspeito, diz: "Além dos indícios óbvios de que você é solteiro, maçom e asmático, não sei nada a seu respeito". Ao médico legista, pede que não enuncie seus pensamentos em voz alta, pois está diminuindo o QI de toda a rua. Ele também observa que deve ser "muito relaxante não ser eu" e aproveita cada novo assassinato, alegando que não dá para ficar em casa quando algo divertido assim acontece.

No final da temporada, Holmes sai ao encalço de seu arqui-inimigo prof. Moriarty, o "Napoleão do crime, organizador de tudo o que há de mal nesta cidade". Houve polêmica quanto ao desfecho da série, que atraiu 7,3 milhões de espectadores na Inglaterra, mas a segunda já foi confirmada para o fim deste ano.

4 pessoas comentaram:

Ela é ambientada na Inglaterra, mas não é na virada do século XIX pro XX. Se passa na atualidade. Bom, acho que eles tiveram a mesma opinião que você ao achar que não seria viável hoje em dia.

Apesar deu ter que confessar que assisti mais pelo ator principal :3
Com aquele rosto, seria fácil jogar as piadas sobre ele e o Watson serem um casal durante toda a série. Eles escutam muito isso. Mas sua atuação me surpreendeu :3

Que bom que vai ter uma segunda temporada. Achei aquela curtinha demais D=

Estava falando do Holmes original, Kyori. Leia a minah introdução de novo e vai ver que eu desconfio da validade da personagem nos dias de hoje.

Essa série é ótima, escrita pelo Steven Moffat, o novo showrunner de Doctor Who. Quem gostar de uma, pode se animar a assistir a outra. Te garanto que não tem nada mais imperdível na Tv mundial atualmente.

Acredite, eu tive a mesma duvida quando me falaram sobre um Sherlock moderno.

Tb achei desnecessario.

Mas depois que assisti, minha unica raiva é serem apenas 3 episodios.

Vou te contar esses britanicos sabem como fazer uma serie.

Recomendo muito.

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