quarta-feira, 5 de outubro de 2016

O Governador é uma mulher grávida

Tsugumasa Muraoka, governador de Yamaguchi, cansado após pendurar roupas. 
Sabe aquelas notícias que eu costumo postar do Rocket Neews 24?  Pois é, dessa vez, foi o Estadão que trouxe uma bem nesse estilo.  Enfim, em uma curiosa campanha, vários políticos japoneses colocaram um colete pesando 7.3 kg que reproduzem uma barriga de 7 meses de gravidez para incentivar os homens a participarem mais das tarefas domésticas.  No Japão, os homens dedicam em média, uma hora por dia às atividades domésticas, contra as cinco horas de suas mulheres, segundo um estudo realizado em 2014 pela Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), da qual fazem parte 35 países.

Desses políticos, três governadores de regiões do sudeste do país efetivamente fizeram as tarefas que boa parte das japonesas faz – colocaram roupa no varal, andaram de ônibus ou subiram e desceram escadas carregando compras etc. – ao final da experiência, estavam esgotados.  Tudo isso pode ser visto no vídeo de 3 minutos abaixo: 


Ao final da experiência, Shunji Kono, governador de Miyazaki, disse, “Vejo que é difícil carregar uma criança (no ventre) e fazer tarefas domésticas.  Acredito que preciso ser muito mais amável” Já Tsugumasa Muraoka, governador de Yamaguchi, disse: "Eu realmente não entendia.  Agora que compreendo, eu entendo o esforço que minha esposa fez durante meses.  Eu sou muito grato."  Ambos tem três filhos.

Os governadores da experiência.
Uma das bandeiras do primeiro-ministro, Shinzo Abe é valorizar a ascensão profissional das mulheres como uma forma de estimular a economia japonesa, já que, por conta do sexismo, as mulheres representam uma fatia tímida da força de trabalho e o país pontua muito mal do ranking de igualdade de gênero.  Por exemplo, segundo uma pesquisa do Ministério do Trabalho do Japão há alguns meses, 48% das mulheres grávidas em contratos interinos disseram sofrer humilhações, a maioria verbal, por parte de  seus superiores hierárquicos ou de seus colegas. A proporção é de 21% para empregadas com contratos fixos.

P.S.: A matéria saiu no RN24 e eu não tinha visto.  Olha ela aqui.  É possível ler sobre a experiência também no Japan Times e no The Telegraph, entre outros sites.



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