quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Comentando Pantera Negra (Black Panther, 2018)


Terça-feira assisti Pantera Negra.  Imaginei que a comoção em torno do filme era exagerada.  Não era.  Longe de ser um filme perfeito, há alguns buracos de roteiro, vilões não são especialidade da Marvel, mas o efeito geral do filme é tão poderoso: visual inebriante, figurino muito bem construído, funcional e bonito, e atuações tão robustas do elenco.  Com isso tudo a seu favor, os problemas parecem pequenos demais.  Não é o melhor filme de herói que eu já vi, tampouco, o melhor filme da Marvel, na minha percepção, mas é um filme muito bom, divertido e político, oferecendo, também, um dos elencos mais bonitos que eu já vi em tela.  Mais assustador é que até o diretor, Ryan Coogler, é bonito, também.  E acabei de descobrir que o co-roteirista, Joe Robert Cole, é igualmente lindo.  é um negócio meio atordoador.

O filme abre com uma animação belíssima mostrando as origens de Wakanda e sua maior riqueza, o vribranium.  Depois, seguimos para 1992, o pai de T’Challa (Chadwick Boseman), T’Chaka (John Kani), está em Oakland, onde confronta o irmão, N'Jobu (Sterling K. Brown) está ajudando o criminoso internacional Ulysses Klaue (Andy Serkis) a traficar vibranium, o maior tesouro de Wakanda e que em mãos erradas pode ser uma poderosa arma.  N’Jobu nega as acusações, mas seu cúmplice é outro agente de Wakanda, Zuri, e a traição do príncipe é revelada provocando uma grande tragédia.  T’Chaka deixa para trás a esposa e o filho de N’Jobu. 

Tribos reunidas para reconhecem o novo rei.
Nos dias atuais, na verdade, pouco depois do segundo filme dos Vingadores, o príncipe T’Challa de Wakanda, o atual Pantera Negra, parte para uma missão secreta com sua general, Okoye (Danai Gurira), líder das Dora Milaje.  Eles precisam libertar um grupo de meninas e mulheres sequestradas por um grupo de radicais islâmicos (*membros do Boko Haram, estava evidente*).  Infiltrada entre as meninas está Nakia (Lupita Nyong'o), uma agente de Wakanda e o grande amor do príncipe.  A missão é bem-sucedida e o trio retorna para a cerimônia de coroação do novo rei, quando todas as tribos se reúnem e T’Challa pode ser desafiado por qualquer guerreiro (ou guerreira) pelo trono.  

T’Challa sai vitorioso sobre o único que o enfrenta, o líder dos Jabari, uma tribo das montanhas, M’Baku (Winston Duke) e assume o trono.  Tudo parecia consolidado e o novo rei planeja manter a grandeza de Wakanda escondida do mundo, até que Erik Killmonger (Michael B. Jordan), um poderoso inimigo aparecerá em Wakanda para exigir seu direito ao trono do país por combate.  Ele é filho de N’Jobu.  Killmonger tem uma agenda própria que implica em tirar Wakanda do seu isolamento e promover uma revolta mundial de minorias oprimidas, tornando-se, também, um líder mundial.  

o vilão tem nuances e é um dos melhores da Marvel até agora.
Pantera Negra é um filme de origem, mesmo que a personagem – T’Challa/Black Panther – já estivesse devidamente apresentada em Guerra Civil, o filme do Capitão América que, na verdade, foi um filme dos Vingadores, terminaram fazendo tudo novamente.  A questão, no entanto, é que era necessário apresentar Wakanda, o país africano super-tecnológico que é o lar da personagem, falar de suas origens e de sua organização social complexa.  Assim, Wakanda foi mostrado em todos os sentidos possíveis e cabíveis sem que a história ficasse em segundo plano.

O filme teve que apresentar tudo isso e o fez de forma bem convincente.  A Wakanda do filme é responsabilidade de uma mulher, a designer de produção negra (*preciso enfatizar*) Hannah Beachler, que bebeu em várias culturas do continente e representou a nação ao mesmo tempo como (super)moderna e tradicional.  Querem um exemplo?  Cada vez que havia um plano aberto da capital, era possível ver duas torres inspiradas nas mesquitas de Timbuctu, datadas do século X.  Pergunto-me se veremos afrofuturismo em outros filmes para além do Pantera Negra. Espero realmente que se lembrem de Wakanda nas premiações de 2018.

O elenco todo é um grande fanservice, eu diria.
A riqueza de detalhes, texturas, cores e culturas entrelaçadas na produção conseguiu deixar em segundo plano o grande problema de roteiro, isto é, por qual motivo o irmão do rei, que desejava mostrar Wakanda ao mundo e, de uma certa forma, vingar os negros oprimidos nos EUA e além, venderia vibranium para um traficante racista e violento como Klaue.  Se mantivessem o que foi no quadrinho – e eu não li, mas fui pesquisar – com N’Jobu traindo seu irmão de dentro de Wakanda e possibilitando que Klaue entrasse no país, seria mais coerente.   Nessa versão, o exílio foi a pena para a família do traidor, que é morto.  Só que quem se importa com isso quando se vê bombardeado com uma toda uma série de detalhes tão interessantes, além, é preciso ressaltar, do ótimo desempenho de Michael B. Jordan.  

Pantera Negra tem dois vilões, o primeiro, Klaue, esquecível, entra nos anais dos vilões meia boca dos filmes da Marvel, o segundo e o verdadeiro, tem uma presença enorme e convincente na sua dor e raiva.  Como pontuei lá em cima, é um filme de herói, um filme pipoca, mas é, acima de tudo, um filme político.  A escolha da direção, dos membros envolvidos na produção, a maioria negros, e do elenco, tudo isso aponta para o caráter afirmativo da película, que lembra os Blaxploitation dos anos 1970, houve, inclusive, menção a uma das estrelas negras dos anos 1970/80, Grace Jones, mas vai além, porque não tem problemas em enunciar as opressões, as pilhagens, enfim, tudo o que foi imposto ao continente africano.  Killmonger carrega ódio, vontade de vingar as gerações passadas.  

O retorno para a coroação.
Os sentimentos de Killmonger não são estranhos a de certos grupos de militância, seja lá, nos anos 1960, seja nos dias de hoje, mas, como T’Challa diz na primeira cena pós-créditos, é mais racional criar pontes e, não, muros.  Poderia ser para Trump – e eu acredito que era mesmo – mas poderia ser, também, para certos segmentos mais radicais que se recusam a dialogar.  Que desejam destruir a opressão e junto com ela os (*ditos*) opressores, que não percebem que há limite para a indignação e que justiça não é vingança.  E aí, entramos com o herói, T’Challa, que aparece celebrado em alguns textos na internet por se distanciar daquilo que chamamos de masculinidade tóxicas.

T’Challa já tinha se mostrado equilibrado em Guerra Civil.  Lá, ele poderia ter matado o vilão, mas ele o entrega à justiça.  Da mesma forma, ele estende a mão para M’Baku, ele poderia tê-lo matado em sua luta ritual para se tornar rei, mas prefere deixar que o líder tribal viva e não o humilha.  Ele não precisa disso para ser viril.  Também não precisa criar cenas de ciúme para mostrar que ama Nakia, a ex-noiva, e não se conforma que ela não aceite se ajustar ao papel de rainha de Wakanda.  Nosso herói não é perfeito, não pensem que estou dizendo isso, mas ele parece um herói e estadista para o nosso tempo, capaz de perdoar, de negociar, de impor sua autoridade sem excessos e que, sim, não se sente inferiorizado por ter mulheres fortes e inteligentes ao seu redor.  Ele é muito diferente de Killmonger, mas o vilão não passa de um Zé Pequeno (*Lembram de Cidade de Deus?  Pior, ou melhor, é que o ator disse que se inspirou nele... ) com uma agenda política que envolve a dominação mundial.  

Apreensão.
E já que falei de mulheres, Pantera Negra é um filme sobre um super-herói, um homem, mas será difícil achar alguma película onde as mulheres estejam tão bem representadas.  Sério.  Mulher Maravilha tem uma narrativa melhor, senti umas alterações bruscas de ritmo em Pantera Negra, mas, no geral, as mulheres deste filme são mais interessantes do que as do filme da Amazona.  E vou explicar.  Quando se preocuparam em criar uma sociedade plausível e complexa, as mulheres foram ajustadas ao modo de vida de Wakanda de forma que elas são parte e, não, um adendo para dizermos “há mulheres no filme” que vai além da Bechedel Rule, muito além!  

Os realizadores de Pantera Negra criaram uma sociedade com riqueza de detalhes, conseguindo colocar em tela a importância das tradições e dos anciões das tribos.  Daí, é importante ver a força das matriarcas, seja as velhinhas, seja a excelente Angela Bassett, que faz a rainha viúva, mãe do herói.  Elas têm voz nas assembleias, seus conselhos são ouvidos.  Embora Forest Whitaker, que faz Zuri, uma espécie de sumo-sacerdote ou xamã (*ele tem a função do babuíno do Rei Leão*), seja a principal autoridade durante a coroação, há mulheres representadas no corpo sacerdotal, elas são responsáveis por zelar pelas plantas que dão o poder ao Pantera Negra.  E há, claro, a Dora Milaje.

Angela Bassett confere muita dignidade à
rainha-mãe em todos os momentos.  Shuri está ao fundo.
Não sou leitora das revistas do Pantera Negra, mas sei que as Dora Milaje não foram criadas para o filme.  O grupo de guerreiras de elite que protege o rei de Wakanda, sua guarda pessoal, foi inspirada nas guerreiras Ahosi de Daomé, que causaram espanto aos colonizadores.  E quando o filme, quando mostra os guerreiros Jabari, também coloca mulheres entre eles. Sim, houve mulheres guerreiras, mulheres soldado, em vários momentos da História e em várias civilizações.  E, não, as pessoas não descobriram isso ontem.  O que ficou comprovado faz pouco tempo, como um tapa na cara, foi que o guerreiro viking do tumulo famoso era uma mulher.  Qualquer um com alguma leitura sobre a África, já tinha ouvido falar das Ahosi.   Mas a regra, durante muito tempo, é enfatizar que o lugar das mulheres, em qualquer época e lugar, é no espaço doméstico, que independente de quem seja a mulher, ela é sempre mais fraca que qualquer homem, qualquer um, e que só temos dois papéis a cumprir, papéis naturais e, portanto, incontornáveis, o de esposa e o de mãe.  

Não vou me prolongar nisso, o fato é que a construção das Dora Milaje ficou excelente.  As coreografias, a postura das atrizes, os uniformes.  Eu gostei mais das Dora Milaje do que das amazonas, ainda que ambas tenham um lugar no meu coração.  O destaque maior ficou para a atriz Danai Gurira, que faz Okoye, a general, líder das Dora Milaje. Que mulher maravilhosa aquela!  Talentosa, linda, com uma presença em cena...  E eu sei que sendo um filme de heróis, dificilmente se lembrarão dela no Oscar do ano que vem, mas viria bem a calhar que Gurira recebesse uma indicação para atriz coadjuvante.

Dora Milaje.  Wakanda forever!
Okoye é irmã de Nakia, a ex-noiva de T’Challa, e tem com ela um dos diálogos mais interessantes do filme, ele é sobre fidelidade ao rei, à pessoa, no caso o nosso herói, e fidelidade ao trono, à instituição e, claro, ao país.   Okoye serve ao trono, Nakia está presa à T’Challa por sentimentos que ela não consegue mais dominar e vai fazer de tudo para proteger a mãe e a irmã do herói, além de criar possibilidades para que Wakanda não fique nas mãos do extremista Killmonger.  Essas discussões tão relevantes se fazem presentes sem que o filme deixe de ser o que é, diversão.  Daí, comparo com Deus Salve o Rei, que tem capítulos e mais capítulos para fazer a mesma coisa, e o fiasco que está sendo oferecido em termos de construção de uma sociedade convincente e de personagens consistentes.   Mas sigamos em frente... 

Nessa história de fidelidades, meu marido reclamou de como foi incoerente que todos aceitassem um novo rei mediante combate e alguém como Killmonger.  Enfim, Wakanda, apesar de toda a sua tecnologia, é um país marcado por rituais e tradições.  “Ah, mas é absurdo!  Como iriam aceitar um cara qualquer como rei?  Ele caiu de paraquedas!”.  Sim, mas pense no poder das mentalidades, nas permanências de modos de pensar e sentir, e eu citei um exemplo para meu marido.  Em 2001, logo, não muito tempo atrás, o príncipe herdeiro do Nepal assassinou dez membros de sua família, incluindo o rei, a rainha, seus dois irmãos.  Feriu outros parentes.  Só não fez pior, porque o acertaram, mas vejam o estrago.  

Os Jabari salvam o dia e W'Kabi deveria pagar pela traição.
O monarca morreu e o príncipe herdeiro assassino, que estava em coma, foi declarado rei, apesar de tudo o que tinha feito.  Tradição.  Costume. Ritual.  É isso que garante que as monarquias sobrevivam.  Assisti um documentário sobre o caso, e um soldado da guarda pessoal do rei lamentou-se dizendo que percebeu o que estava ocorrendo, mas não podia atirar no príncipe, porque, afinal ele era “deus”.  Peguem o que ocorreu em Wakanda.  É perfeitamente aceitável – não racional, porque isso não se pauta na racionalidade – que Killmonger, sobrinho do rei morto, pudesse desafiar o primo e tomar-lhe o trono.  Agora, e não vou dar spoilers, a atitude do líder da tribo da fronteira, esposo/noivo/wathever de Okuye, amigo de T’Challa, W'Kabi (Daniel Kaluuya), é que foi de traição.  Sem maiores detalhes, pelo menos nos rendeu a cena muito legal com o rinoceronte. 

Falta falar de Shuri (Letitia Wright), a irmã caçula cientista e guerreira (*SIM!*) do herói.  Nos quadrinhos, ela também veste o manto do Pantera Negra quando necessário.  É uma personagem interessante, porque representa o lado moderno e tecnológico de Wakanda que, em alguns momentos, questiona a tradição.  São de Shuri algumas das piadas do filme, uma delas quando diz para o agente Ross, personagem de Martin Freeman, que serve como branco solitário no filme (*piada com o que já fizeram com tantos negros em tantos filmes*), e que acorda curado em um laboratório em Wakanda, “You’re not in Texas anymore!”.  A frase de o Mágico de Oz, reforça o caráter fantástico daquele reino africano escondido por tantos séculos.  

Okoye com detalhes dourados e as outras guerreiras prateadas.
Martin Freeman, chamado por Shuri de “colonizador”, está no filme para cumprir cotas, mas a coisa é evidentemente consciente, e eu gosto muito dele, dá umas lições bem boas, para quem quiser aprender.  Ele é agente da CIA e explica direitinho qual a função da agência norte americana, qual seja, garantir os interesses do país, promovendo golpes de estado, insuflando rebeliões, eliminando líderes indesejados.  Killmonger era um agente, também, só de um grupo especial.  Os interesses dos EUA, na maioria das vezes não estão em consonância com os interesses dos países onde seus agentes agem, talvez, de algumas elites locais que serão recompensadas, mas, nunca, nunca, da maioria da população.  Guardem isso como mais uma lição política de O Pantera Negra.

Terminando, não comentei as origens da personagem.  Pantera Negra foi a primeira personagem negra solo dos comics.  Criado por Stan Lee e Jack Kirby em 1966, ele estava em consonância com a luta pelos direitos civis dos negros e a resistência ao racismo.  A personagem precede a criação da organização política Pantera Negras, mas esta surgiu em Oakland, cidade natal do diretor e de Killmonger.  Para evitar uma associação entre a organização antirracista e o herói, no início dos anos 1970, tentaram mudar seu nome para Leopardo Negro, mas não vingou.  Já o filme não foge das discussões políticas e é fácil identificar Killmonger com Malcolm X e T’Challa com Martin Luther King.  Uma coisa curiosa é que as divindades de Pantera Negra são egípcias, enfim, as referências africanas, pensando no continente e em várias épocas, são plurais.

Shuri, a irmã cientista e muito segura de si.
É isso.  Raramente vi um filme de herói funcionar tão bem como Pantera Negra.  Tem problemas sérios de roteiro, eu os apontei, mas ele pontua tão alto em tantos aspectos que isso desaparece.  Fica Wakanda, as Dora Milaje, um herói forte e que faz as escolhas certas.  E são tantas mulheres em grandes papéis nesse filme que nem em A Mulher Maravilha me senti tão reconfortada.  Pantera Negra é um filme feminista, mais do que vários que se vendem como tal.  E eu vou reforçar, já escrevi sobre isso antes, representatividade importa.  Se ver em tela é importante.  E o olhar negro sobre a questão dos negros é igualmente importante.  Não houve liberdade total, mas os roteiristas, o design de produção, utilizaram cada espaço para passar a mensagem e foram muito felizes. O sucesso de Pantera Negra está ligado a tudo isso, com um bônus: o filme é bom e os supremacistas brancos não podem fazer nada a respeito.


5 pessoas comentaram:

Assisti semana passada e estou até agora me lamentando por não poder rever logo. Que filme sensacional! Tinha me apaixonado pelo Chadwick Boseman em Guerra Civil, mas agora o Michael B. Jordan está ocupando meu coração. Que homem espetacular! Lindo, lindo, lindo. E ainda gosta de anime. Preciso procurar os outros filmes dele. A cena final do Erik Killmonger, lembrando os negros que cometiam suicídio por preferir a morte à escravidão foi muito, muito impactante. Me segurei para não chorar.

Aliás, eu estava pensando a mesma coisa que você, sobre até o diretor do filme ser bonitão. E a Danai Gurira? E a cena em que a Okoye joga a lança através do vidro pra parar o carro? Que mulher linda e incrível! É ótimo ver a Lupita Nyong'o em um papel tão positivo também. A atriz que faz a Shuri eu vi esse ano no último episódio de Black Mirror. Gostei bastante dela.

Enfim, não vejo a hora de ir no cinema de novo. Virou fácil um dos meus favoritos da Marvel. <3

Achei seu comentário sobre o filme incrível! Não tenho interesse em assistir Pantera Negra, mas desejo sucesso para o filme e continuações.

Estava ansiosa por este filme desde guerra civil e tbm me apaixonei pelo Chadwick. Mas eu não gostei daquele vilão, primo dele ter morrido, como vc disse era um ótimo vilão e queria que ele pudesse ser ressuscitado de alguma forma. Tbm achei bonita e triste a cena em que ele fala do suicídio para fugor da escravidão, por isso queria que ele não morresse e mesmo que não se redimisse, virasse um vilão interessante para os próximos filmes, já que são tão poucos.

Ainda não consegui superar o Michael B. Jordan neste filme <3 E pensar que ele teve o Zé Pequeno de Cidade de Deus como uma referência!

Em todo caso, admiro muito essa nova onda de realizadores e criadores negros americanos: Ryan Coogler; Justin Simien (que também é gato); Jordan Peele (que tinha até sido convidado pra dirigir o remake de Akira mas recusou); Donald Glover; Ava Duvernay (quero ela dirigindo um filme da Tempestade); Issa Rae... e pensar que o audiovisual no Brasil continua sendo uma brincadeira de homens brancos :/

Gostei muito dos seus comentários, gosto quando você faz análises de filmes, e fiquei mais ansiosa ainda pra ver.

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