Hoje, apareceram as primeiras imagens da série The Other Bennet Sister, baseada em um romance de mesmo nome de Janice Hadlow, centrada em Mary Bennet, a irmã sem graça, pedante e moralista da protagonista de Orgulho & Preconceito. Mary, porque este é seu nome, chega a ser eliminada de algumas adaptações. Eu torço para que a série seja boa e, como eu antecipei no último Shoujocast, ela só estreia no ano que vem. Deveriam ter lançado este ano, mas devem estar contando o aniversário de 250 anos de nascimento de Jane Austen a partir do dia 16 de dezembro próximo.
Procurando mais informações, tropecei nesse artigo do The Times. Achei que valia a pena traduzir. Como costumo fazer, mantive a estrutura do original, com as mesmas imagens. Há outras fotos já circulando. Agora, essa ideia de "para a geração TikTok", por isso os episódios mais curtos, me assusta um pouco e as opiniões da produtora, Jane Tranter, me fizeram virar os olhos, porque qual seria a graça de ver uma série de época ou um drama histórico descaracterizado? Enfim, tudo em nome da audiência, ao que parece... Segue o artigo, para o original, é só clicar aqui.
A BBC busca atualizar Jane Austen para a geração TikTok.
A adaptação inspirada na obra da autora será exibida em dez episódios de meia hora, em um esforço para conter o declínio de popularidade entre os jovens adultos.
Alex Farber, Correspondente de Mídia
"Se um livro é bem escrito, sempre o acho curto demais”, escreveu Jane Austen certa vez.
Não se sabe ao certo o que ela teria achado da decisão da BBC de programar a mais recente adaptação dramática inspirada em sua obra em dez episódios de meia hora, em vez dos tradicionais episódios de 60 minutos.
Os produtores apelidaram The Other Bennet Sister de “Jane Austen para a geração TikTok”, antes de seu lançamento na primavera do próximo ano, em homenagem ao 250º aniversário do nascimento de Austen, em 16 de dezembro.
Eles esperam capitalizar sobre as 140 mil publicações sobre a autora na plataforma de mídia social, impulsionadas pela popularidade do drama de época da Netflix, Bridgerton.
Embora a série não seja tão escandalosa quanto a releitura "agressivamente provocativa" de Emerald Fennell para "O Morro dos Ventos Uivantes", de Emily Brontë, os executivos ambicionam explorar o crescente interesse por Austen entre o público mais jovem.
A BBC está tentando conter o declínio de popularidade entre os jovens adultos. Aqueles com idades entre 16 e 34 anos passaram uma média de 46 minutos por dia consumindo conteúdo da BBC no ano passado, contra 75 minutos em 2017.
Wayne Garvie, presidente da Sony Pictures Television, proprietária da produtora Bad Wolf, responsável pela série, disse que, embora a leitura esteja em declínio, as histórias de Austen continuam relevantes.
“Séries de sucesso em streaming como Bridgerton são inspiradas no mundo de Austen, serviços digitais como o BookTok estão repletos de referências a Austen. Duzentos anos depois, as lutas emocionais dos personagens parecem surpreendentemente modernas e o ambiente, estranhamente inspirador”, acrescentou.
“O formato de meia hora é mais comum para comédia e The Other Bennet Sister é definitivamente uma experiência divertida que o público pode consumir em pequenas partes ou maratonar — perfeita para um público mais jovem. Mas é isso que imaginamos como o início de uma maneira diferente de abordar o cânone de Austen, trazendo as histórias de personagens secundários para o primeiro plano e criando novos contos para uma nova geração de amantes de Austen.”
A Outra Irmã Bennet é baseada no romance de Janice Hadlow de 2020 e reimagina a história de Mary Bennet, a irmã do meio negligenciada de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, após sua mudança para Londres em busca de amor e autoaceitação.
A série é estrelada por Ella Bruccoleri, cujos trabalhos incluem Bridgerton e Call The Midwife, como Mary, ao lado de Richard E Grant e Ruth Jones como Sr. e Sra. Bennet. A adaptação é de Sarah Quintrell, que disse que sua criação no sul de Londres foi muito diferente dos anos de formação de Austen em uma casa paroquial em Hampshire.
“Nossa história se passa em um mundo familiar e muito amado, mas estamos abordando-a de um ângulo completamente novo”, disse Quintrell. “Quando criança, crescendo em Croydon, meu mundo não poderia ser mais diferente do de Jane Austen. Mas há uma universalidade em sua obra que transcende gerações e classes sociais, e mal podemos esperar para apresentar a família Bennet a um novo público.”
Jane Tranter, cofundadora da produtora Bad Wolf, também responsável pelos dramas da BBC Dr. Who e Industry, afirmou que os dramas de época precisam começar a quebrar convenções, incluindo a de que os atores "começam a falar de forma afetada" quando vestem trajes de época e que todos os figurantes andam muito devagar.
“Nem todo mundo falava com elegância naquela época”, disse ela ao Hay Festival em maio. “Você precisa tentar fazer com que os atores pensem além do fato de estarem usando trajes de época.”
Ela disse que os dramas de época precisam parar de “fetichizar” a era em que o material original se passa, acrescentando que havia “flexibilizado as regras” em relação aos penteados e chapéus da Regência.
“Se você pentear o cabelo exatamente como nas pinturas a óleo, ou colocar os chapéus, o público não conseguirá tirar os olhos desses cachos estranhos ou chapéus esquisitos. É preciso saber quais são as regras e então analisar onde as quebramos para construir uma ponte ou oferecer uma recepção calorosa ao público moderno”, disse ela.
“Porque se você fizer uma reprodução fiel, combinando tudo, ‘Aqui estão os botões exatos, aqui estão as calcinhas exatas que você está usando por baixo do vestido’, isso se torna uma abordagem tão fetichista que cria uma barreira entre o público e o que está acontecendo.”




















































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