domingo, 31 de janeiro de 2016

Mattel reage e Barbie abraça a diversidade




Por conta da correria, afinal, há dias que mal sento no computador, algumas notícias novas se tornam velhas e eu nem posso comentá-las aqui direitinho.   Dito isso, não deve haver um post sobre os brinquedos da Rey, aqueles que a Disney/Lucas Filmes aconselhou as empresas a não fazerem, porque, bem, nenhum menino gosta de brincar com personagens femininas... Nenhum menino gosta e nossos produtos – filmes da Marvel, Big Hero, Star Wars – também não são para meninas.  Enfim, mas já deixo o link para a notícia de que as empresas começaram a recuar e a Hasbro anunciou novas bonecas da Viúva Negra e da Rey.  

O assunto, entretanto, não é a Hasbro, mas sua companheira e competidora Mattel.   A empresa abraçou a diversidade e anunciou que agora terá três modelos de bonecas a tall (*alta e próxima da Barbie padrão no corpo*), a curvy (*com curvas, cheinha e da altura da Barbie original*) e a petite (*mais baixa, mas magrinha de qualquer forma*), quanto aos cabelos, cores de pele e olhos, serão 27 combinações iniciais possíveis, segundo a matéria da revista Time.  Ufa!  


Começo dizendo que a Mattel é uma empresa capitalista, mira nos lucros e como perdeu a linha princesas da Disney para a Hasbro e vinha perdendo público para seu produto principal, a Barbie, viu que era hora de correr atrás.  Confesso que nunca me incomodei muito com a Barbie em si, eu cresci brincando muito mais com a Suzy e nunca usei essas bonecas para me projetar.  Elas eram personagens das histórias que meu irmão e eu inventávamos.  Agora, o seu corpo um tanto estranho com aqueles encaixes deselegantes que a velha Suzy do meu tempo de criança não tinha me deixava desanimada... O caráter irreal dele, também era um problema, mas eu nunca me imaginei como a Barbie.  De qualquer forma, as grandes críticas que li era a este corpo que, nos seus padrões de beleza distorcidos, poderia representar o maior perigo para as meninas.  Por que estou dizendo isso?  

Sempre percebi na Mattel um esforço por fazer rostos diferentes, com traços étnicos marcados e mesmo fora das coleções especiais como a linda Black Label.  O problema, pelo menos aqui no Brasil, é que muitas vezes estas Barbies negras e latinas (*outras etnias realmente não eram bem representadas*) não chegavam e, pior, quando chegavam, algumas vezes ficavam encalhadas na prateleira.  Já comprei Barbie negra em promoção por ¼ do preço da sua original.  Sabe racismo?  Pois é...



Mas aí entra um problema que já li em sites americanos, acho que de mães feministas, ou não, não lembro bem.  Se a Barbie é “tudo que você quer ser” e ela, independentemente de suas amigas, é sempre branca e loira, quem não se enquadra nesse perfil está fora.  Visto por este ângulo, e ignorando absolutamente as formas como as formas subversivas como meninas e meninos brincam, pouco adianta que a Mattel tivesse outras bonecas no entorno da Barbie, porque o ícone era sempre a mulher loura, de cabelos lisos, branca e de olhos azuis.  Quem pudesse que corresse atrás.

Estabelecido isso, a Mattel – independente dos seus interesses econômicos óbvios – deu um grande passo e se isso for deixar meninas  felizes por se verem nas suas bonecas, ou ajudar-lhes a compreender que o mundo é feito de vários formatos, cores, estilos, ficarei satisfeita.  Se a boneca ajudar meninas a se sentirem melhor com seu corpo e tudo mais que as torna especiais, para mim estará ótimo.  Afinal, em 2016 ainda estamos reclamando do sumiço da Rey e da falta de representatividade negra nos Oscars.  Fora isso, as bonecas são lindinhas.  

Obviamente, se a empresa quiser abraçar de verdade a causa, outros desafios virão, como formatos de busto, só para começar, e o fato de que você pode ser tall e curvy, petite e curvy... E minha pergunta, a velha Barbie vai continuar?  Eu espero que, sim, afinal, reconhecer que ela é amada por muita gente é, também, aceitar que a diversidade das pessoas.  Júlia ainda está longe das Barbies, e eu farei o possível para que fique assim pelo menos até os 6, 7 anos, mas espero que quando e se ela se interessar por esse tipo de boneca, ela tenha como escolher e se ver nelas, caso esse seja o seu interesse.

De resto, queria que a Mattel parasse de produzir livros e desenhos cretinos com a Barbie, isso, sim, bem complicado para mim.  Não comentei aqui, mas há um livro que foi muito apedrejado meses atrás, porque a Barbie Engenheira de Computação (*há essa boneca*) ao longo da história era incapaz de programar, de livrar seu computador de vírus, enfim, de fazer qualquer coisa sem que amigos homens pusessem a mão na massa por ela.  



Um vexame que perversamente trabalha com padrões de gênero muito tradicionais, um deles, que é repetido por muitos machistas, é a de que mulheres são exploradoras, que o trabalho de verdade – o criativo e o braçal – sempre é feito por homens, o segundo é que computadores, matemática e coisas similares não são para mulheres mesmo, olha aí a Barbie fazendo bobagem.  

Eu não gostaria que uma criança lesse livros assim.   Minha filha não os lerá e, se o fizer, terá a versão feminista corrigida como contraponto. Esse tipo de livro, lindamente decorado, é muito, muito perigoso para a construção de uma identidade de gênero e de uma sociedade mais igualitária.  De que adianta ter para vender a Barbie Engenheira de Computação então?  Melhor continuar só com as profissões ditas femininas.



Terminando e resumindo, fico feliz com esse passo da Mattel, ainda que ele tenha sido tomado muito mais por conta da perda de mercado e não tanto pelas repetidas críticas.  De resto, ontem foi a entrega do SAG – o prêmio do sindicato dos artistas dos Estados Unidos – e, bem, lá mostraram o que é diversidade.  Indicações que apontavam para a pluralidade racial da indústria e para o talento que esses rostos não-brancos vêm mostrando a despeito da cegueira dos prêmios Oscar.  E, sim, o SAG é um prêmio mais sério que os Oscars, o problema é que um tem eco na mídia internacional e passa na nossa TV aberta faz décadas e o outro, não.  Visibilidade sempre é importante.  Sempre!

P.S.: Não sabia da campanha #ToyLikeMe, mas ela vem pressionando as empresas a darem mais visibilidade às crianças com necessidades especiais.  Funcionou com a Lego, ao que aprece.

sábado, 30 de janeiro de 2016

Tiragens das Revistas Shoujo e Josei Japonesas


Volta e meia, tropeço em algum site – normalmente francês – publicando as tiragens e, às vezes, as vendagens das revistas japonesas.  Os dados são sempre do Japan Magazine Publishers Association.  O site Animeland publicou os dados de vendagem das revistas masculinas (shounen e seinen) e femininas (shoujo, josei e uma ou outra BL) entre outubro de 2014 e setembro de 2015.  Vejam que não são vendagens, mas tiragens.  De qualquer forma, é significativo que a cada vez que eu tropeço nesses dados, as tiragens são menores.  Lembro que quando a Ribon tinha tiragem de 400 mil (*como ela é quinzenal nunca soube se era tiragem mensal somada ou de cada edição*) e com vendas em queda houve preocupação, hoje, a tiragem é de 195.834.  Como a tiragem da Ciao, que na mesma época era de 1 milhão, agora é 526.667, imagino que seja a tiragem de cada edição.  De qualquer forma, as tiragens estão recuando faz tempo e não somente entre as revistas femininas.  As pessoas estão lendo menos mangá?  Não necessariamente, só estão usando outros suportes, como a internet.  Não há queda significativa de vendagens dos encadernados, também, por exemplo.  Claro que revistas são canceladas, mas algumas são redundantes como edições especiais da Ribon, ou a The Dessert.  


Como tive curiosidade, fui até o link original e cheguei no ranking completo.  Descobri que os sites que usei como fonte retiram as revistas “menos conhecidas” no Ocidente, resultado, as revistas da Ohzora, como as Harmony, a Young Love Comic Aya, nunca aparecem.  E elas têm boa tiragem.   A Ohzora – que publica os mangás baseados em livros Harlequin e mesmo clássicos como os de Jane Austen – é a maior editora especializada em mangás para mulheres.  É interessante ver que a For Mrs. e a Elegance Eve, que parecem ser revistas josei mais conservadoras, têm uma bela tiragem.  Já outras, como a ARIA, a Melody ou a Cheese!, sinalizam que são bem de nicho mesmo, com periodicidade mensal e tiragens enxutas.  Comparem, por exemplo com a Betsuma.  Confirmei que as revistas shoujo da Akita Shoten (Princess, Princess Gold, Mystery Bonita) não aparece realmente nas listas, mas as josei tradicionais e até a Missy Comics Renai Hakusho Pastel, sim.  Não enviam dados?  É muito curioso... Enfim, de curiosidade, a Ciel e a Hanaoto são BL; a maioria das publicações são josei, mas eles incluíram Melody, Cookie e mesmo a Dessert nesse bolo; senti falta da The Hana to Yume, Betsuma Sister , Wings, Nemuki, Comic Zero Sum e da Ane LaLa; aprendi que há na família Manga Time (*que é enorme*) revistas 4koma que são consideradas josei e outras que aparecem como seinen.

The Margaret 79,000
Sho-Comi 118,000
Cheese! 61,250
Ciao 526,667
Nakayoshi 124,542
Hana to Yume 137,167
Betsucomi 56,334
Betsuhana 39,534
Betsufure 70,747
Betsuma 211,250
Margaret 51,566
LaLa 130,359
LaLa DX 49,700
Ribon 195,834
ASUKA 70,000
Silphy 70,000
ARIA 13,034
Office YOU 70,334
Kiss 82,221
Cookie 57,834
Cocohana 76,000
Dessert 47,900
BE・LOVE 108,566
FEEL YOUNG 19,700
Petit Comic 87,000
Flowers 33,750
MELODY 43,117
YOU 87,417
Elegance Eve 150,000
CIEL 38,000
Chou Hontou ni Atta (Marunama) Koko Dake no Hanashi 100,000
Harmony PRINCE 70,000
Harmony Romance 80,000
HatsuKiss 20,000
Hanaoto 70,000
For Mrs. 150,000
Bessatsu Harmony Romance 75,000
Manga Time Special 80,000
Manga Time Family 100,000
Manga Time 120,000
Young Love Comic Aya 85,000
Missy Comics Renai Hakusho Pastel 140,000

P.S.: Se quiserem as tiragens das revistas shounen e seinen, sigam o link do Animeland e se quiserem tudo, é só ir na página do Japan Magazine Publishers Association e fazer como eu fiz.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Ranking do Comic List


Este é o ranking do Comic List de 19-25 de janeiro e, antes que ele caduque, é preciso postá-lo.  Enfim, são três shoujo mangá e 1 josei no top 30.  Das semanas anteriores, retaram somente Chihayafuru e P to JK.

9. Tenshi 1/2 Hoteishiki #7 
14. Chihayafuru #30
27. Pochamani #6
29. P to JK #6

Enfim, os mangás da Hana to Yume e da Hanayume marcam forte presença esta semana, inclusive a edição de colecionador de Fruits Basket.  Destaque para Pochamani, para quem procura um mangá com uma protagonista gordinha. Imagino quando essa série vai ganhar filme ou dorama... Já em josei, temos três volumes de Dame na Watashi ni Koishite Kudasai por conta do dorama, Chihayafuru e Kyo wa Kaisha Yasumimasu。 ainda dominando e Otaku ni Koi wa Muzukashii que nunca vai embora.  De resto, vários títulos da Nemuki e da Jour, que nunca terão scanlations, e de outras revistas menos mainstream.

SHOUJO
1. Tenshi 1/2 Hoteishiki #7 
 2. Pochamani #6
3. P to JK #6
4. Fukumen kei noise #8
5. Umimachi Diary #7 
6. Yume no Moribito #3
7. Kimi ni Todoke #25
8. Akagami no Shirayukihime #15
9. Fruits Basket Collector's Edition #6
10. Hoshizora no Karasu #8
11. Hayaku Otona ni Narinasai。#1
12. Fukuro So Aki Arimasu #3
13. Shinrei Tantei #13
 14. Rakuji no Sakura
15.  Orange #5

JOSEI
1. Chihayafuru #30
2. Kyo wa Kaisha Yasumimasu。#10
3. Tsujiuraurii #14
4. Otaku ni Koi wa Muzukashii #1
 5. Power Spot No Aruki Kata Specialist Ni Kiku Seichi No Himitsu
6. Ijuin Tsuki Maru no Zannenna Rei no Kagyo #1
7. Goblins Lie Henjin Tantei M
8. Ijuin Tsuki Maru no Zannenna Rei no Kagyo #2
9. Shishunki Bitter Change #5 (Polaris)
10. Osawagase Marriage 
11. Totsuzen Desuga, Ashita Kekkonshimasu #4
12. Kominka Biyori #5
 13. Dame na Watashi ni Koishite Kudasai #1
14. Dame na Watashi ni Koishite Kudasai #7
15. Dame na Watashi ni Koishite Kudasai #2

P.S.: Depois, se tiver tempo, incluo as capas.  Tenho que correr agora.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Mangás atraem cada vez mais fãs no Brasil


Sabe quando você tropeça em uma pequena preciosidade?  Sim, esta matéria do Globo News cujo título é "Mangás atraem cada vez mais fãs no Brasil", entrevista várias pessoas que trabalham com mangá - editores da JBC e da Panini, por exemplo - que falaram com toda a propriedade e traz uma série de informações bem precisas.  O que caracteriza um mangá?  Ao invés de baterem em coisas como olhões, por exemplo, os caras foram bem além e levantaram duas questões importantes, diversidades de tema, ou seja, há mangás para todos e todas, e o fato de serem finitos.  O que motivou a matéria é o fato do mercado de quadrinhos ser um dos poucos que cresceu em 2015, ano do início da crise, e que foram os mangás - com quase 10% de crescimento (*Uau!*) - que puxaram tudo.  Enfim, é curtinho, vale assistir, Globo News de parabéns pela produção e edição.  É só clicar no link com o título da matéria.

Dia 27 de Janeiro, Quando Júlia foi ao cinema pela primeira vez e outros relatos



Enfim, ontem não postei nada, nadinha.  Na verdade, estive ausente da internet por várias horas seguidas desde o dia 26 por estar passando mal e ter uma criancinha para gerenciar ao mesmo tempo.  Íamos ver Snoopy na sessão de 15h50, aqui, pertinho de casa.  Júlia dormiu, eu cochilei, e acordei passando mal.  Estou com um diagnóstico de gastrite desde dezembro.  Não sei se isso influenciou, mas o almoço me fez mal.  Desconfio de que alguma coisa estivesse estragada.  

Raras vezes, senti uma dor tão aguda e um mal estar tão prolongado.  Parte complicada era a Júlia pedindo para que eu brincasse com ela, dançasse pela sala ao som de Patati Patatá e similares.  A coisa melhorou um pouco, mas só quando tudo, ou quase tudo, que estava no meu estômago saiu.  Só que estou arrotando azedo e o dia inteiro com um mal estar prolongado.  Vamos ver, hoje, como fica.  Reunião pedagógica não costuma me fazer bem mesmo, qualquer coisa, sigo para a emergência do hospital, já que consulta não consegui marcar mesmo.


Agora, o dia 27 é, também, um dia para ser lembrado por uma coisa muito legal: Júlia foi ao cinema pela primeira vez.  Tinha medo que ela enjoasse., que quisesse ir embora, enfim, que fosse uma experiência desagradável.  Não foi.  Só reclamou do excesso de trailers, aliás, quando vi eu sozinha só havia filmes infantis, desta vez enfiaram trailers adultos e preview de um filme da Nickelodeon que só estréia no próximo Natal...  Ela fez umas gracinhas, nada indigno para uma criança de 2 anos e 3 meses, mas foi muito divertido no final das contas.  Não teve pipoca, ela pediu várias vezes durante o filme, só que antes de entrarmos, quando eu ia comprar, ela disparou correndo (*é um dos seus esportes favoritos*) e eu tive que correr atrás, mas teve sorvete depois da sessão.  Queria que o sofá com Charlie e Snoopy que vi no Kinnoplex Nova América estivesse aqui no Terraço Shopping, também.  Ia ser legal ter uma foto da Júlia sentadinha nele. :)

De resto, há um estranho fluxo de entradas no meu site a dois posts em especial, um é a resenha de Kingsman - imagino que por conta do anúncio do segundo filme, mas, ainda assim, foi muita visita mesmo - e o outro, muito mais estranho, eu diria, para um comentário de anos atrás sobre uma prova problemática aplicada para crianças no Paraná... Por qual motivo as pessoas estão caindo aqui por conta disso?  Para mim, é um mistério.


Concluindo, a imagem acima é de um comentário surtado deixado no meu primeiro texto sobre Os Dez Mandamentos.  Não consigo não acreditar que não se trate de uma trolagem, isto é, alguém que entrou aqui para bancar o/a engraçadinho/a.  Tal e qual alguns comentaristas de portal, aliás.  Para mim, é muito difícil que alguém escreva normalmente um texto como este e com tantas incorreções de português e poste em um blog como o Shoujo Café, ainda mais acusando-o de ter sido criado para perseguir a novela da Record... Parece coisa feita para chamar a atenção mesmo, talvez postada em vários lugares, até com o intuito de ridicularizar o tipo de pessoa que paga para ver Dez Mandamentos no cinema. sei lá, é muita gente doente solta atrás de um teclado.

Enfim, de qualquer forma, comentando rapidamente o sucesso da pré-venda de Os Dez Mandamentos, para além do interesse genuíno de muita gente (*eu mesma estou curiosa, mas não pagaria para ver nos cinemas*) há uma pesada ação de marketing orquestrada pela Universal e pela Record.  Direito deles, não é este o ponto, mas chegaram para mim - do Rio e de Recife - duas histórias curiosas, uma a de arrecadação de fundos nas igrejas para a compra de ingressos para quem não pode pagar (*ingresso de cinema é caro mesmo*), e  a outra de que um político sozinho teria adquirido cerca de 22 mil ingressos antecipados.  Essas histórias - que acabam meio confirmadas pelo UOL e Folha de SP, só para citar duas fontes - ajudam a entender como um fenômeno de público pode ser hiperdimensionado, agora, fugir dos críticos nunca é bom sinal.  Veremos como a coisa se desenrola nos comentários pós filme.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Gaiden de Akatsuki no Yona na The Hana to Yume


Akatusiki no Yona (暁のヨナ) é um dos grandes sucessos atuais da revista Hana to Yume e foi adaptado para anime.  Pois bem, o Comic Natalie anunciou que um capítulo especial chamado Ohayou kara Oyasumi Made (おはようから おやすみまで) foi publicado na revista The Hana to Yume, uma edição especial da Hanayume.  De brinde, um livrinho com cartões postais. :)


Primeiro volume de Good Morning Call é brinde com a revista Cookie


O Comic Natalie anunciou que, graças ao anúncio do dorama, o primeiro volume de Good Morning Call (グッドモーニング・コール) é brinde com a edição atual da revista Cookie.  O dorama estréia no dia 12 de fevereiro na TV Fuji e no Netflix nipônico on demand. O site oficial do dorama é este aqui.


12-sai terá anime para TV


12-sai。 ( 12歳。), literalmente 12 anos, de Maita Nao, já teve anime direto para vídeo, dorama e game, vende bem e foi indicado à prêmios, agora, segundo o Animeland, a série terá animação para TV.  A série trata da difícil transição da infância para a adolescência.  O que é ser essa coisa que ainda é criança e já não é mais?  


O anúncio foi feito na última edição da revista Ciao.  A série tem 8 volumes até o momento e os dois últimos tinham a versão limitada com o anime como brinde.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Acabaram-se as Férias!


Estou voltando para Brasília hoje.  Na verdade, quando este post for ao ar, devo estar embarcando.  Enfim, estar em casa significa ter uma conexão decente, mas me imaginar voltando para dois dias de palestras e outras coisinhas pedagógicas ainda em  janeiro, não me anima muito.  Ademais, Júlia deve resistir um pouco na volta às aulas.  Terei ainda que preparar o primeiro plano de aula, porque a burocracia pede, ler um texto que me pediram para avaliar, e montar um resumo de proposta de simpósio temático para a ANPUH-MG (*Se aprovarem, estarei em Barbacena com a Natania em julho... Se não aprovarem, provavelmente, estarei do mesmo jeito, mas, não, falando sobre quadrinhos.*).  Viram?  Professores trabalham nas férias, pensam nas aulas e as planejam nas  férias.  Amo lecionar, mas esta é a parte chata.  Enfim, de volta à rotina.  


De resto, nada muda no Shoujo Café, ainda que eu quisesse um layout novo ou, pelo menos, consertar o antigo... Bem, bem, o texto sobrre os brinquedos da Rey e a resenha de Ōoku  (大奥)  #11 ficam para o meu retorno.

Nodame Cantabile terá gaiden na próxima edição da Kiss


O Comic Natalie noticiou que a Kiss trará dois gaiden de séries muito amadas pelas leitoras da revista.  Shiratori Reiko de Gozaimasu! (白鳥麗子でございます!), de Yumiko Suzuki, uma série "das antigas" por assim dizer, mas que terá dorama e filme este ano, ganhou uma história especial.  A outra série querida que será revisitada é Nodame Cantabile (のだめカンタービレ), de Tomoko Ninomiya.  Segundo o CN, a história girará em torno do Concerto No. 3 para Piano de Rachmaninoff.  Lançamento no dia 25 de fevereiro.   

domingo, 24 de janeiro de 2016

Ore Monogatari!! na reta final


Sempre gosto de ver séries de sucesso, boas séries de sucesso, tendo sua reta final anunciada. Sabe o motivo?  Eu desconfio que alguns mangás terminem se estendendo por 25, 30 volumes, por mera pressão dos editores e insegurança das autoras.  Será que conseguirei fazer de novo?  Acertar mais uma vez?  Enfim, por conta disso, o Comic Natalie (*obrigada, Animeland, porque tinha perdido o post, porque era entrevista*) ter trazido a informação de que o editor-chefe da Betsuma, Takaaki Imai, anunciou que a Ore Monogatari!! (俺物語!!) caminha para o seu fim me deixou contente.  

A série de Aruko e Kazune Kawahara teve anime e filme para o cinema ano passado e terá seu volume #11 lançado em 25 de fevereiro no Japão.  O sucesso continua grande, as vendas acompanham e ainda levou o Shogakukan Award este ano na categoria shoujo.  Agora, estar terminando pode significar tudo... Dois capítulos para o fim?  Três volumes?  Vamos aguardar maiores informações.  Ah, sim! E estar terminado, ter somente uns 15 volumes, pode ajudar a série a aparecer por aqui.  Em tempos de Real desvalorizado, passa a ser importante reforçar isso, também.

Miho Obana retoma Honey Bitter


Confesso que não sabia que a série estava em hiato, mas, enfim, o Comic Natalie noticiou que Honey Bitter (ハニービター) retornará na edição on line da revista Cookie.  A Cookie tem edição on line????  Outra coisa que eu não sabia... Ando muito desatualizada de certas coisas. :(   


Segundo o CN, a série está interrompida desde março de 2015 e retornará em formato digital em 1 de fevereiro.  Para quem não sabe, a protagonista de Honey Bitter também tem poderes paranormais.  Ela lê o "coração" das pessoas e isso, claro, lhe traz problemas.  Ela tenta, ao longo da série, assumir uma postura mais otimista em relação ao mundo.

Falando em sobrenatural... Nova estréia da revista Asuka aborda a reincarnação


Confesso que estou postando sobre a estréia de Tenran no Memento (天藍のメメント), porque achei a arte linda. :)  A série de Ichi Sayo estreou na última edição da revista Asuka, pode ser derivada de light novel- não sei se é, mas muita coisa da revista tem essa origem - e tem uma arte linda.  Pelo pouco que entendi do Comic Natalie, a protagonista é uma colegial entediada que começa a ter visões.  Sempre vestindo roupas de outra época, sempre sendo resgatada por um sujeito e sempre tudo terminando em tragédia... Enfim, não diz muito, mas foi o que consegui pescar.  


A Asuka tem uma tradição de publicar séries de aventura, ação e ficção científica que muita gente não consegue identificar como shoujo imeditamente, principalmente, quando acredita que shoujo é (*somente*) romance escolar focado em pessoas comuns.  Muitos shoujo anime também saem das páginas da Asuka, vamos ver como esse Tenran no Memento se comporta.

Série sobrenatural da revista LaLa ganha dorama


O Comic Natalie anunciou que a série Omukae Desu。 (お迎えです。), de Meka Tanaka, terá dorama em breve.  O mangá, que foi publicado entre 1999 e 2002 e tem cinco volumes, conta a história de Madoka, um rapaz que vê espíritos e é convocado por um sujeito vestindo uma roupa de coelho (!!!!!) para trabalhar em uma empresa, a GSG (Gokuraku So Gei) para conduzir almas para o além... e ele ganha uma moto mágica para agilizar o serviço.  Enfim, trata-se de um mangá comédia e tem scanlations pelo menos do comecinho.  Deve valer a olhada.  As informações sobre o dorama devem estar na próxima edição da LaLa.  E vai rolar continuação da série de mangá, também, afinal, é bom promover um revival completo.

sábado, 23 de janeiro de 2016

A Academia reconhece que os Oscars estão muito brancos mesmo. Quem diria?


Foi difícil terminar este texto.  Muitas interrupções e coisas para fazer, enfim, mas saiu, afinal, vocês estão lendo.  Quado comecei, tinha em mente comentar duas notícias, a primeira é o reconhecimento da Academia de Cinema de que a falta de representatividade das (*ditas*) minorias entre os votantes dos Oscars tem impacto na lista final da premiação e, a outra, é da história que está circulando furiosamente de que os fabricantes de brinquedos receberam a ordem de excluir Rey dos brinquedos da Star Wars, “porque nenhum menino quer brincar com uma personagem feminina”.  Vou ficar só no Oscar hoje, mas tentarei falar da Rey amanhã.  

Vamos aos Oscars primeiro, então.  Começo dizendo que não considero o Oscar uma premiação realmente séria, trata-se de uma celebração da indústria americana, um show feito por eles e para eles do qual nós, os outros, somos convidados a participar, afinal, o cinema americano é um produto feito para exportação, ao contrário de outros cinemas produzidos em vários países.  Por isso mesmo, só de um diretor, atriz, ator estrangeiro ser indicado a um dos grandes prêmios significa muito, muito mesmo, afinal, se você está lá é porque, de alguma forma, a despeito da língua, apesar de toda a grandiosidade da indústria local, você foi notado/a.  Agora, se alguém for pautar o sucesso de um produto nosso por indicação ao Oscar... Ai!  Vale mais um prêmio em Berlim, Veneza ou no Sundance.  

Esta é só a minha opinião, claro, mas acredito que ninguém de bom senso creia que Gwyneth Paltrow é melhor atriz que Fernanda Montenegro, ou que Jennifer Lawrence teve um desempenho melhor do que o de Emmanuelle Riva em Amor.  Aliás, falando em Jennifer Lawrence, um comentário do blog da Lola me fez refletir um pouco sobre ela e eu fiquei bem incomodada.  O excesso de indicações para alguém tão jovem e repetidamente é indício de que ela caiu no gosto da indústria, ela está na moda, por assim dizer.  No entanto, fico imaginando se é saudável ter tantas indicações e de forma tão seguida.  Isso pode afetar a cabeça de uma pessoa e espero que ela tenha equilíbrio para conduzir a sua carreira. 

Outro ponto que gostaria de comentar é que me incomoda muito que Lawrence venha sendo escalada e indicada por interpretar papéis que exigiriam atrizes mais velhas.  Mal ou bem, ela está tomando o lugar de mulheres que deveriam ter pelo menos dez anos a mais que ela, sabendo como é difícil para uma atriz passada dos trinta conseguir bons papéis, acho lamentável que ela não tenha declinado seus papéis em Trapaça e Joy.  Mas deixa para lá, talvez fale especificamente dela no futuro.

De qualquer forma, ao longo de décadas, já vimos filmes medíocres premiados.  Aliás, é muito comum premiar filmes ou papéis inferiores de grandes diretores(*porque mulher diretora, só uma ganhou...*), atores, atrizes para compensar gafes anteriores, ou então dar aqueles prêmios especiais para calar a boca dos críticos.  É raro quando alguma coisa dá errado e algo como Roberto Benigni ganhando o Oscar acontece... Raro, muito raro... E vale o ingresso e a pipoca, claro. 

Atores, atrizes, diretores e diretoras são esnobados o tempo inteiro.  Grandes filmes esquecidos... Aliás, eu vivo comentando do ano em que todos os jornais alardeavam que ou um negro (Spike Lee), ou uma mulher (Barbra Streisand), seriam indicados a melhor diretor e, bem, nenhum dos dois foi indicado.  A diferença, hoje, e isso é muito, muito bom, é que é impossível ignorar o escândalo da internet, especialmente das redes sociais, o Twitter (*Salve! Salve!*) tem infernizado muita gente.  Confesso que me incomodou muito mais a exclusão de Sufragistas – que tinha além de um magnífico elenco feminino, uma diretora e uma roteirista – do que o repeteco do #OscarsSoWhite, mas gostei muito do resultado até o momento.

Enfim, dois dias atrás a Lola escreveu sobre isso e não teria muito a acrescentar.   Aliás, concordo com ela quando escreveu que ano passado – com Selma, seu elenco e Ava DuVernay, a diretora, esnobados – eu me senti muito mais ofendida.  A exclusão foi inegável e escandalosa.  Este ano, mais uma vez, nenhum ator ou atriz negro, fora outras categorias, foi indicado. Não somente isso, se não considerarmos os atores de ascendência italiana como latinos, é o Oscar mais branco em muito, muito tempo.  Ora, eu concordo com Viola Davis, quando ela colocou que bons desempenhos de atores e atrizes negros – assim como de mulheres maduras ou jovens, de orientais, whatever – dependem de oportunidades. Se não há papéis, não como mostrar o seu bom trabalho.  

E mesmo quando os papéis não foram escritos para brancos, bem, podemos dar um jeitinho.  Vide o caso de Katniss, ou a surpresa quando J. K. Rowling disse que nunca tinha comentado que Hermione era branca... Oooops!  Como assim?  Ela tinha que ser branca, não é mesmo?  Ainda assim, de vinte indicações todos serem brancos por DOIS ANOS SEGUIDOS! Aí, resta pegar os votantes. Quem escolhe mesmo quem vai aparecer na noite dos Oscars?????   94% dos que votam são brancos e 77% são homens (*e há o fator idade, também... a maioria seria considerada idosa*), assim, é possível que eles e elas nem percebam que estão sendo [*Fale baixinho*] racistas.  É só uma questão de mérito.  Daí, dá vergonha alheia ler que a atriz Charlote Rampling, indicada a melhor atriz, tenha dito que racistas são os que reclamam... Estão discriminando os brancos por, bem, em um país plural como os Estados Unidos, que tem um presidente negro e coisa e tal, o maior prêmio do cinema ignorar quem não é branco.  Palmas para ela. SQN

O bom dessa brincadeira toda é que, assim como no caso de Angoulême, a Academia teve que recuar.  Presidida por uma mulher negra – o que diz muito pouco sobre quem tem poder de voto, como observado acima – a Academia anunciou que irá ampliar a diversidade dos votantes incluindo as (*ditas*) minorias:  mulheres, negros, asiáticos, etc.  Afinal, os Estados Unidos não é um país branco, nunca foi, e o cinema que eles fazem quer se vender como mundial.  A gente sabe que a coisa vai demorar para andar, que aumentar a diversidade pode não significar mudanças na forma como as pessoas pensam, afinal, estão todos imersos em uma mesma cultura, MAS é um sinal de esperança.

De resto, estou muito furiosa com esse Oscar por conta de Sufragistas, eu repito, afinal, era uma história sobre mulheres, contada por mulheres.   Aquele papo besta de “esse Oscar vai ser o mais feminista da história” morreu para mim.  Fora isso, queria muito ver os atores, atrizes, diretores e diretoras negros boicotando a festa, afinal, admitir que são discriminatórios, que fecham os olhos para bons produtos que não são feitos ou protagonizados por brancos, não significa que o desaforo desapareceu.  

Ranking da Oricon


Como tinha imaginava, metade dos títulos shoujo e josei que estavam na lista da Oricon semana passada saíram, no entanto, duas estreias de peso – Chihayafuru e P to JK – preencheram bem a lacuna junto como Umimachi Diary, grande vencedor do último Shogakukan Award, subiu de posição. Temos, portanto, dois josei e um shoujo  no top 10.  De resto, temos três sobreviventes, dois shoujo e um josei, se despedindo.  Kimi ni Todoke pode ainda sobrar, mas a depender das estreias da próxima semana, ele sai, também.

1. Chihayafuru #30
5. P to JK #6
8. Umimachi Diary #7
18. Kimi ni Todoke #25
24. Akagami no Shirayuki-hime #15
30. Kyou wa Kaisha Yasumimasu。 #10

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Vencedores do 61º Shogakukan Awards


Saíram os vencedores do 61º Shogakukan Awards e o aspecto interessante deste ano é que houve empate na categoria geral.  Normalmente – e eu considero isso emblemático de certa discriminação em relação aos mangás femininos – os josei normalmente ganham na categoria shoujo, enquanto a geral tende a premiar seinen, com algumas exceções.  Pois bem, este ano, um josei e um seinen receberam o prêmio geral.  Vejam como ficou: 

KODOMO (infantil): Usotsuki! Gokuo-kun  (ウソツキ!ゴクオーくん) de Makoto Yoshimoto.
SHOUNEN: Haikyu! (ハイキュー!!) de Haruichi Furudate.
SHOUJO: Ore Monogatari!!  (オレモノガタリ!!) de Kazune Kawahara e Aruko
GERAL: Umimachi Diary  (海街diary) de Akimi Yoshida/Sunny de Tayou Matsumoto

A entrega da premiação será no Hotel Imperial em Tokyo em março.  O Animeland não deu a data precisa.  Todos os premiados e premiadas recebem uma estátua de bronze e um prêmio de 1 milhão de ienes.  O júri desta edição contou com sete membros: Kiyoko Arai (Beauty Pop), Eiji Kazama (Kaze no Daichi), a romancista Mitsuyo Kakuta, Kaiji Kawaguchi (Zipang), Kenshi Hirokane (da série Kousaku Shima), o colunista Bourbon Kobayashi e Fujihiko Hosono (Sasuga no Sarutobi).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Good Morning Call terá dorama em fevereiro


Good Morning Call (グッドモーニング・コール) , de Yue Takasuka, foi um dos grandes sucessos da Ribon no final dos anos 1990.  O mangá conta a história de Nao, que no último semestre do ginasial é obrigada a morar sozinha por motivo de trabalho dos pais.  O problema – ou não – começa quando a menina descobre que terá que dividir o apartamento com outro estudante, Uehara.  Os dois acabam se apaixonando.  A série teve 11 volumes e foi publicado de 1997 até 2002.  Houve um OAV em 2001 e a série recebeu uma continuação josei – Good Morning Kiss (グッドモーニング・キス) – na revista Cookie.  A série ainda está em andamento e já caminhando para o volume #14, que sai este mês.


Pois bem, o Comic Natalie (*com a ajuda do ANN*) anunciou que a série terá um dorama na TV Fuji – e na Netflix – estreando em 12 de fevereiro.  Há um teaser trailer on line (*que vocês podem ver aí em cima*) e o elenco já está definido: 

Haruka Fukuhara como Nao Yoshikawa
Shunya Shiraishi como Hisashi Uehara
Dori Sakurada como Daichi (personagem original)
Moe Arai como Marina
Kentarō como Icchan
Shugo Nagashima como Micchan
Kōya Nagasawa como Jun Abe
Hinako Tanaka como Nanako
Erika Mori como Yuri Uehara

Ranking do Comic List


Este é o ranking do Comic List da semana de 11-17 de janeiro.  Sinalizando o que deve ter ocorrido com no ranking da Oricon, Chihayafuru lidera o top 30 geral.  O filme para o cinema ajuda, claro, vejam Umimachi Diary, no top 10 mais uma vez, também, mas o mangá mostra grande fôlego e já chegou ao trigésimo volume.  P to JK voltou do hiato e o volume #6 da série conseguiu ótima colocação, também.  Enfim, são cinco mangás femininos no top 30, dois josei e três shoujo.

1. Chihayafuru #30
8. P to JK #6
9. Umimachi Diary  #7
24. Kimi ni Todoke #25
29. Akagami no Shirayukihime  #15

De resto, o ranking do Comic List continua misturando shoujo e josei.  Se eu retirasse os josei do ranking de shoujo – começando como Umimachi Diary e Katsu Curry no Hi – já mexeria com o outro top 15 radicalmente.  Tudo que é da Flowers, revista josei, e da Ane LaLa, eles enfiam em shoujo.  Orange é aquilo, sabemos que é seinen, mas começou shoujo, então, deixa quieto.  No ranking de josei, há todos os mangás da Petit Comic, OK, encaixar em josei não ofende ninguém, basta ver o perfil das séries, mas a revista é oficialmente shoujo.  Marquei os dois da Comic Polaris, porque são shoujo mesmo.  De resto, o anime de Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu puxou o volume #1 de volta ao ranking e Wotaku ni Koi wa Muzukashii   (*que, com certeza, terá anime ou dorama ou filme em breve*) parece que nunca sai da lista de mais vendidos.  E olha que eu fiquei um tempão sem postar o Comic List... 

SHOUJO
1. P to JK #6
2. Umimachi Diary  #7
3. Kimi ni Todoke #25
4. Akagami no Shirayukihime  #15
5. Katsu Curry no Hi #2
6. Orange #5
7. Orange #4 
8. Orange #3 
9. Tableau Gate #17
10. Kawaii Hito #2
11. Orange #1
12. Orange #2
13. Hanakanmuri no Ryuu no Kuni Encore ~Hana no Miyako no Fushigi na Ichinichi~  #1
14. Nijiiro Days #11
15. Kimi wa Kawaii Onnanoko #1

JOSEI
1. Chihayafuru #30
2. Kyou wa Kaisha Yasumimasu。#10
3. Kominka Biyori  #5
4. Totsuzen Desu ga, Ashita Kekkon Shimasu #4
5. Mitsuyokon ~Tsukumogami no Yomegoryou~  #1
6. Koiiji  #3
7. Onegai, Sore o Yamenai de  #2
8. Shishunki Bitter Change  #5 (shoujo)
9. Doukyonin wa Hiza, Tokidoki, Atama no Ue。 #1 (shoujo)
10. Wotaku ni Koi wa Muzukashii  #1
11. Houkago Karte #10
12. Kannou Shousetsuka no Retsujou #1
13. Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu #1
 14. Toukyou Tarareba Musume #4
 15. Ochita Jiyannu Daruku

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Comentando Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme (The Peanuts Movie, 2015)



Segunda-feira assisti Snoopy e Charlie Brown - Peanuts, O Filme (The Peanuts Movie, 2015) e sai com aquela sensação esquisita.  Amo Peanuts, mas sei que não assisti a um bom filme, nem a um bom especial da série.  O filme se preocupa mais em ser uma celebração apresentando uma colcha de retalhos de situações vistas nos diversos especiais animados dos anos 1960 e 1970, principalmente, do que em contar uma história coesa.  Nesse sentido, eu esperava muito mais.  Por outro lado, o filme oferece aos fãs todos aquilo que tornaram as personagens tão queridas ao longo de mais de cinco décadas e serve de introdução para novos fãs.  Enfim, o que dizer? Gostei?  Não gostei?  Difícil me posicionar.

Peanuts, O Filme faz um apanhado de uma série de situações vistas nas tirinhas e especiais da turma de Charlie Brown, aquele menino legal, mas super azarado cujos colegas adoram humilhar e seu cachorro esquisito, Snoopy.  É recontada no filme a paixão do garoto pela simpática “Garotinha Ruiva”, seus esforços para ser notado por ela e seu desespero quando efetivamente é notado pela menina.  De resto, temos o confronto entre Snoopy e o Barão Vermelho em uma novela escrita pelo cachorro e seu fiel companheiro, o passarinho Woodstock.  


Vou começar dizendo qual o meu problema com o filme.  Simplesmente, para estimular a nostalgia e apresentar as personagens e sua história para a audiência, os roteiristas – filho e neto do autor original – comprimem no filme toda situação deprimente passada pelo pobre em várias de suas histórias.  Resultado?  Uma overdose de gags que não ajuda o filme a andar.  Como eu vinha de uma maratona de Snoopy – já que Júlia está apaixonada pelo cachorro – eu me senti cansada na primeira metade do filme.  Fora isso, quem leu as tirinhas e viu os especiais, o seriado de TV etc. sabe que o pobre Charlie não era humilhada e espezinhado dessa forma e o tempo inteiro.  As doses de crueldade eram sempre homeopáticas e havia mesmo histórias nas quais ele sequer sofria bullying.  


Esse excesso de “nostalgia” também colocou Patty Pimentinha tratando Snoopy como “aquele garoto esquisito de nariz grande” e o cachorro do Charlie Brown.  Patty acreditou por muito tempo que Snoopy era um menino, mas descobriu, depois de várias tiras, que ele era um cachorro e ficou meio traumatizada.  Enfim, as duas coisas nunca ocorrem concomitantemente, mas no filme, sim.  Outra coisa, Patty, Marcie e Franklin não eram vizinhos de Charlie, eles moravam do outro lado da cidade, mas, no filme, todos moram na mesma vizinhança.

Outro ponto, o filme cobre o material dos anos 1960 e 1970.  Eu conhecia Rerun, irmão de Lucy e Linus, em um especial para TV, acho que o último produzido, e não o conhecia. A maioria das tiras que li são dos anos 1950, 1960. Fui ler sobre ele e descobri que nas últimas tiras de Charles M. Schulz, morto em 2000, o menino era muito importante, um protagonista mesmo.  Esperava que ele estivesse no filme, assim como Eudora, a última menina importante a ser criada por Schulz.  


No filme só temos as personagens antigas mesmo: Shermy, Franklin, Marcie, Patty Pimentinha, Linus, Charlie Brown, Snoopy, Lucy, Woodstock, Sally, Schroeder, Pig-Pen, Frida e Violet.  Algumas delas, Shermy, Patty (*a primeira, não a Pimentinha*), Violet e Frida não apareciam mais nas tirinhas faz tempo, mas tem participação no filme exatamente porque ele se baseia em material mais clássico.

O filme faz uma homenagem à primeira dublagem brasileira de Snoopy, feita pela Maga.  Por que eu sei disso?  Porque eles colocaram na TV a Patty Pimentinha chamando Charlie de Minduim, uma sacada genial já que no original a série se chama Peanuts (*amendoins, formato do corpo das personagens*) e a Marcie chamando Patty de “Meu”.  Ao mesmo tempo em que eu amo a dublagem da Maga (*houve tempo em que a dublagem brasileira era excelente*) e sua criatividade, é preciso dizer que houve mudanças de nome, por exemplo, Sally nessa versão se chamava Isaura, o que não é legal, e, bem, preferia que fossem mais fiéis e colocassem Marcie chamando Patty de “senhor”(Sir), como nas tirinhas.  Motivo?  Vi gente reclamando que era paulistano demais.  É, sim, a dublagem da Maga era de São Paulo.

O que ficou realmente bom?  A história de Snoopy, que é viciado em I Grande Guerra, contra o Barão vermelho, ficou muito legal.  Eles queriam introduzir as personagens clássicas, então colocaram Fifi, a cadelinha que quase se casou com Snoopy, como uma aviadora destemida que é capturada e precisa ser salva... Sim, ela é a donzela em perigo, mas é bem ativa no seu resgate.  Só que essa história dentro do filme principal poderia ser separada em um especial a parte.

A história principal, isto é, Charlie Brown e sua paixão pela Garotinha Ruiva é bem trabalhada.  É outra historia que daria um especial de meia hora. Somem o tempo do filme – 88 minutos – e vejam que eu estou certa: mais ou menos meia hora para o Barão vermelho, mais ou menos meia hora para  a Garotinha Ruiva e o resto para essas gags repetitivas. Enfim, nos especiais mais antigos para a TV, a garotinha Ruiva nunca era mostrada e Charlie sempre se frustrava, nesse filme é um pouco diferente.


Quando termina a história principal, temos ainda duas cenas bônus.  A primeira, a gag importante que tinha ficado de fora, Lucy puxando a bola quando Charlie ia chutá-la, algo que sempre aparece nas tirinhas e especiais animados, e uma cena reunindo a cachorrada, Snoopy, seus irmãos e irmãs e Fifi.  Como pontuei, todas as personagens clássicas precisam aparecer.

Há algumas piadas legais, especialmente, a com o resumo do livro, que dá destaque para Marcie, uma das minhas personagens favoritas.  Marcie parece boazinha, usa óculos e é tímida, mas no especial em que aparece Rerun, ela é a única criança que não se intimida com o bully de plantão e bate nele.  Ela ama Charlie Brown, mas ele nem nota, claro... A outra é quando as provas são trocadas e Charlie vira o melhor aluno da turma por encanto... Não vou comentar tudo, porque se o fizer, perde a graça.


De resto, o filme não cumpre a Bechdel Rule, simplesmente, porque o assunto de todo mundo é Charlie Brown, mas é um filme que não ofende e tem uma ótima galeria de personagens femininas.  Peanuts não é feminista, nunca foi, a personagem feminina mais forte, Lucy, é detestável, no entanto, a série sempre trouxe questões contemporâneas para o universo das personagens.  Eu vi o filme na versão normal, mas eu recomendo a 3D, porque as texturas ficaram lindas e acredito que valha a pena.  Eu me arrependo de não ter visto em 3D, mesmo sendo um filme muito curto.

Vale assistir Snoopy?  Se você está nostálgico, sim, vale.  Se você é fã das personagens, pode dar uma chance, também.  Se você tem uma criança, ela pode gostar.  Se você quer um filme com um roteiro coeso, ou quer ver coisas novas de uma série já terminada, não sei se vale a pena.  Eu sai com aquela impressão, gostei, adorei as texturas, ver os cabelinhos das personagens, mas poderia ter sido melhor.  Devo levar a Júlia para ver quando voltarmos para casa.

Primeiras Cenas do filme da Mulher Maravilha reveladas


Se não der nenhum problema, ano que vem, 2017, teremos finalmente o filme solo da Mulher Maravilha (Wonder Woman).  A personagem faz parte da tríade icônica da DC, junto com Batman e Super Homem, e foi apropriado como um símbolo feminista.  Enfim, saiu o primeiro faturette (cenas de bastidores + entrevistas) e está no Youtube.  Entrevistas, cenas e, bem, foi pouco, mas ficou legal. Isso, claro, não garante um bom filme, mas, no momento, é o que temos.  então, vamos celebrar! :D 

Ranking da Oricon


Este é o ranking da Oricon da semana de 4-10 de janeiro.  Primeiro integralmente em 2016.  Muito bem, temos cinco mangás femininos – shoujo e josei – no top 30.  Se incluir Orange e Gekkan Shoujo Nozaki-kun são sete.  Dos títulos publicados em revistas femininas, três são josei: Umimachi Diary, Kawaii Hito  e Kyou wa Kaisha Yasumimasu。 De qualquer forma, é uma semana de saída, isto é, todos esses títulos já estavam no ranking por uma ou mais semanas e, pelo menos metade deles, não devem continuar.  

9. Akagami no Shirayuki-hime #15
10. Kimi ni Todoke #25
11. Umimachi Diary #7
18. Kyou wa Kaisha Yasumimasu。 #10
21. Gekkan Shoujo Nozaki-kun #7
27. Kawaii Hito #2
30. Orange #5

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Akiko Higashimura indicada a mais um Manga Taisho Awards... mais uma vez!


O Comic Natalie (*obrigada AnimeLand por ajudar*) publicou a lista com os 11 indicados a 9ª edição do Mangá Taisho Awards, que premia os mangás ainda em publicação e que tenham até 8 volumes publicados.  Se entendi bem o CN, a comissão de indicação deste ano tem 96 membros, a maioria funcionários de livrarias, e selecionou os 11 indicados entre 226 títulos.  A lista de indicados é a seguinte:

  1. Blue Giant de Shinichi Ishizuka
  2. Dungeon Meshi (ダンジョン飯) de Ryôko Kui
  3. Boku Dake ga Inai Machi   (僕だけがいない街) de Kei Sanbe
  4. Golden Kamui (ゴールデンカムイ) de Satoru Noda
  5. Hyakumanjô Labyrinth (百万畳ラビリンス) de Takamichi
  6. Koi ha Amaagari no You ni (恋は雨上がりのように) de Jun Mayuzuki
  7. Machida-kun no Sekai (町田くんの世界) de Yuki Andô
  8. Nami yo Kiite Kure (波よ聞いてくれ) de Hiroaki Samura
  9. Okazaki ni Sasagu  (岡崎に捧ぐ) de Saho Yamamoto
  10. Tokyo Tarareba Musume  (東京タラレバ娘) de Akiko Higashimura
  11. Tonkatsu DJ Agetarô (とんかつDJアゲ太郎) de Yûjirô Koyama e Ipyao

Não acredito que Higashimura vença com este mangá AINDA, fora que ela venceu no ano passado, mas outras indicações, o que já é muita coisa, virão.  De qualquer forma, dominam os seinen, mas isso é quase a regra.  A entrega do prêmio será em 29 de março.


domingo, 17 de janeiro de 2016

O que as crianças japonesas querem ser quando crescer? Salaryman


O resultado de uma pesquisa surpreendeu o pessoal do site Rocket News 24.  Segundo eles, a empresa Adecco fez uma pesquisa em sete países asiáticos.  A pergunta é esta aí do título.  Ao contrário de outros países nos quais as crianças – meninos e meninas entre 6 e 15 anos – sonham principalmente em serem atletas e artistas, os japonesinhos se mostram muito pragmáticos.  A profissão que lidera entre os meninos é “kaishain”, isto é, o “salaryman”, sujeito que trabalha em uma empresa, dá seu sangue por ela e, quem sabe, um dia, poderá subir na hierarquia da mesma.  Para as meninas, “kaishain” (会社員) aparece em terceiro.  Como nunca vi usarem “salarywoman”, fui checar e o que está entre parênteses depois de "kaishain" é Salaryman/OL.  Foram entrevistados 500 meninos e 500 meninas.

MENINOS 
9 (empate). Arquiteto/Gerente de Construção (2.8 por cento)
9 (empate). Paramédico/Bombeiro (2.8 por cento)
9 (empate). Engenheiro/Programador (2.8 por cento)
7 (empate). Motorista (ônibus, táxi, trem, etc.) (4.2 por cento)
7 (empate). Policial/Detetive (4.2 por cento)
6. Intelectual/Pesquisador (3.4 por cento)
4 (empate). Médico (6.2 por cento)
4 (empate). Jogador Profissional de Basebol (6.2 por cento)
3. Funcionário Público (6.6 por cento)
2. Jogador Profissional de Futebol (10 por cento)
1. Salaryman (10.2 por cento)

MENINAS
10. Cantora (2.4 por cento)
9. Mangá-ka (2.6 por cento)
8. Pianista ou Instrutora de Arte (2.8 por cento)
7. Fashion designer (3 por cento)
6. Enfermeira (4.6 por cento)
5. Funcionária Pública (4.8 por cento)
4. Médica (5.6 por cento)
3. Office Lady (5.8 por cento)
2. Professora (Pré-escola até a universidade) (6.4 por cento)
1. Pâtissière [Confeiteira] (11 por cento)

Vamos lá, em inglês, o RN24 usa “bussynessperson”, algo que é politicamente correto, mas que em nossa língua tem pouco significado e, ao mesmo tempo, mascara o sentido original japonês.  Pessoa de negócios em português brasileiro se remete muito mais ao empresário ou empreendedor, e em japonês também me parece algo que se afasta do sentido original.  De qualquer forma, é meio triste que os meninos tenham tão cedo no horizonte um trabalho que é sempre pintado como desinteressante, pouco criativo, carregado de obrigações e estresse.  



Segundo o RN24, confeiteira foi a primeira opção das meninas pelo segundo ano consecutivo, mas OL estava no top 3 do ano passado.  Há vários shoujo mangá que falam do sonho da menina de se tornar confeiteira ou chef.  Yumeiro Pâtissière (夢色パティシエール), que saia na Ribon, teve até anime, isso só para citar um famoso.  Há varios exemplos.  O mesmo vale para meninas que sonham ser cantoras, estilistas e, claro, mangá-ka.  Estranho que os meninos não sonhem em se tornarem mangáka... 

Já para os meninos, ano passado era jogador de futebol.  Somados meninos e meninas, acaba sendo a primeira opção das crianças japonesas.  Não sei como é o regime de trabalho de funcionários públicos no Japão, mas imagino que a profissão também apareça bem colocada por questões pragmáticas.  O exemplo dos pais sempre pesa, eu diria, mas pesa para o bem e para o mal... Abaixo está o top 3 de profissões para meninos e meninas nos países sondados pela pesquisa:

JAPÃO: 1. Salaryperson, 2. Professor/a, 3. Médico/a
CORÉIA DO SUL: 1. Médico/a, 2. Entertainer, 3. Policial
TAIWAN: 1. Professor/a, 2. Médico/a, 3. Cantor/a/Ator/Atriz
SINGAPURA: 1. Professor/a, 2. Policial, 3. Empresário/a
VIETNÃ: 1. Médico/a, 2. Professor/a, 3. Policial
HONG KONG: 1. Médico/a, 2. Professor/a, 3. Performer
TAILÂNDIA: 1. Médico/a, 2. Atleta Profissional, 3. Chef

De resto, apesar das profissões aparentemente chatas e depressivas, ambas as listas japonesas ainda me parecem muito próximas dos sonhos da maioria das crianças.  Quando crianças, normalmente, sonhamos com profissões “bonitas”, que implicam em serviço ao próximo e que, ao mesmo tempo, vem com a estima ou o status como bônus, ou com coisas que nem sempre parecem possíveis para os adultos, às vezes, a depender de onde estamos, quem somos, nossa classe social, são impossíveis, ou quase impossíveis mesmo.  Eu, por exemplo, se me perguntassem até os meus 12, 13 anos, diria que queria ser “desenhista de desenho animado”, enfim...

P.S.: Não sei se minha conexão está mais podre do que de costume, aqui no Rio, mas nenhuma imagem carrega.  Tentarei consertar mais tarde.