sábado, 30 de abril de 2022

Ontem foi o Dia Internacional da Dança!

A dança é uma das expressões artístico-culturais humanas mais antigas e importante e acabei de descobrir que hoje é o Dia Internacional da Dança.  A data foi estabelecida pela UNESCO em 1982.  O 29 de abril foi escolhido por ser a data de aniversário de  Jean-Georges Noverre (1727–1810), considerado o criador do balé moderno.  Não conhecia a personagem, que era de uma família de militares, mas decidiu, e foi respeitado na sua escolha, ser bailarino.  Até postei alguma coisa no Twitter, porque vi o pessoal do Frock Flicks comentando, mas não tive ânimo para fazer um texto, mas queria muito.  Queria saber dançar e não sei.  Meu marido e eu tínhamos combinado fazer dança de salão e ainda não fizemos.  Já são mais de vinte anos de casamento... 

Fiquei pensando na importância da dança em alguns mangás/animes, séries e filmes que eu gosto.  Há o óbvio, Waltz wa Shiroi Dress de (円舞曲は白いドレスで), de Chiho Saito, no qual tudo começa em um baile no qual o mocinho (*ou o primeiro mocinho, pelo menos*) e a mocinha dançam uma valsa.  Mais tarde, a dança volta a ter importância em outro momento do mangá.  Fiz dois Shoujocast sobre a série (*1 - 2*).  Em materiais de época, a dança, um dos poucos momentos em que rapazes e moças poderiam ter alguma proximidade física e conversar, a dança tem um papel importante.  Era também o momento de mostrarem sua competência.

Em todos os livros de Jane Austen e nas suas respectivas adaptações, claro, as pessoas dançam.  Em Orgulho & Preconceito, o desgostar de Elizabeth por Darcy começa quando ele se recusa a tirá-la para dançar por ela não ser bonita o suficiente e eles até dançam, mas parecem duelar.  Em Emma, quando a protagonista dança com Mr. Knightley, ela começa a compreender onde está o seu coração.  A dança, assim como o banquete, tem uma função social importante desde a mais remota antiguidade.  Elas serviam para expressar alegria, vide Miriã liderando as mulheres que dançavam e cantavam depois da travessia do Mar Vermelho (*Que a Record cortou da sua novela*), ou as festas da colheita, ou uma série de outras expressões que mapeamos ao longo dos séculos e nas mais diferentes sociedades.  Mr. Darcy mesmo expressa seu aparente desprezo dizendo que "Todo selvagem sabe dançar."

  Transformar a dança em pecado é uma das coisas mais horríveis e eu cresci em um ambiente no qual a dança era vista como algo inadequado.  Por isso mesmo, talvez, Footloose (*o original*) tenha me impactado tanto, mesmo sendo um filme bem mais ou menos, afinal, ele mexia exatamente com algo que eu, adolescente, conhecia muito bem, a repressão a uma expressão humana tão básica.  O motivo?  A repressão sexual, claro!  E quantas vezes ouvi, ou li, bobagens que relacionavam a dança à licenciosidade, como se tudo se reduzisse a isso..

Lembrei agora de E o Vento Levou e Scarlett O'Hara, que não podia dançar por ser uma viúva recente, quebra as regras usando a caridade.  Ela nem queria dançar com Rhett Butler, ela queria é poder deslizar pelo salão e é, como tudo nesse filme, uma cena impactante.  Em menor escala, mas muito mais singela, é a cena em que o Capitão dança com Maria em A Noviça Rebelde.  É uma das minhas sequências favoritas do filme.

Voltando para o mangá/anime, vejo paralelos entre A Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), quando Oscar enfrenta a sociedade e dança com Rosalie, causando inveja em todas as mulheres e homens no salão, e a sequência de Shoujo Kakumei Utena (少女革命ウテナ) na qual Anthy é humilhada por Nanami, a irmã ciumenta e doentia de Touga, e tem seu vestido rasgado.  Utena faz um vestido de toalha para Anthy e as duas deslizam pelo salão com todos invejando as duas.  Aliás, em Candy Candy (キャンディ・キャンディ) temos uma sequência semelhante, quando Elisa empresta para a mocinha um vestido antigo e pequeno demais, ele se rasga e os meninos, os vizinhos apaixonados por ela, arrumam um jeito de vesti-la como uma rainha.  É durante este incidente do baile que ela finalmente encontra Anthony, o primeiro amor da sua vida. Os garotos que a ajudaram acabam nem conseguido a atenção da heroína. ☺️

E, sim, como não lembrar de cenas de tango. ☺️ Há um filme bem mais ou menos com o Colin Firth, Easy Virtue, no qual ele dança tango com Jessica Biel.  Ela era a nora indesejada de uma família nobre e ele era o sogro, que maltratado e rejeitado pela esposa.  Bem, bem, o pai era muito mais interessante que o filho.  Outra cena de tango que eu gosto é a da novela Desejo Proibido, quando Miguel e Laura dançam e acabam ficando encantados um pelo outro.  Ela é noiva e ele é padre, ainda que ninguém saiba.  Mais tarde, eles voltam a dançar de novo, mas a primeira dança e a confusão que se segue é insuperável.

E falando em dança bonita e romântica, vou terminar relembrando a última temporada de Bridgerton.  Sim, eu sei que é uma farofada sem fim, mas em um momento desesperador como o que vivemos, ver Kate (Simone Ashley) tão linda de laranja e Anthony (Jonathan Bailey) dançando me dá um grande prazer.  E termino aqui.  Poderia ter falado de balé, mas fica para outra vez.

Anunciados mais dois filmes de Sailor Moon em 2023 e algumas reflexões sobre o sucesso muito maior da animação original

Ontem, e eu estava muito cansada para publicar qualquer coisa, foi anunciado que teremos dois filmes de Sailor Moon em 2023.  A ideia é que Sailor Moon Cosmos (美少女戦士セーラームーンCosmos) coloque fim à nova adaptação animada que foi iniciada nas comemorações dos 20 anos da série.  O fato, como bem destaca o Sora News, é que a nova adaptação animada de Sailor Moon não conseguiu a mesma popularidade da original, que foi planejada para estrear quase que simultaneamente com o mangá.  Mas é preciso levar em consideração que, hoje, temos uma cartela muito maior de opções e que a série original representou uma nova e bem sucedida abordagem do gênero garota mágica, além de oferecer para a maioria dos ocidentais uma grande novidade, quando praticamente nada era oferecido para as garotas.  

E, sim, apesar de shoujo, Sailor Moon conquistou muitos fãs homens, independentemente da sua orientação sexual, porque é fato que meninos gays, que também eram subrepresentados e mal atendidos encontraram algo para si em Sailor Moon.  O sucesso da série original não pode ser analisado sem levar em consideração o contexto.  A ausência de representações mais diversificadas de mulheres, ou meninas, como heroínas, a forma como a série abordou a questão da sexualidade e identidade de gênero de forma muito natural é algo a ser levado em conta.  E o natural que usei tem dupla face, porque, por um lado, Sailor Moon mostrava, por exemplo, um casal formado por duas mulheres sem ligar para as sobrancelhas levantadas, por outro, não aprofundava discussões sobre o tema.  

Estava lá, é importante, é corajoso, mas não queremos ir além disso.  Tanto é que eu DUVIDO que a autora tivesse pensado Haruka Tenou/Sailor Urano como gender fluid, ou não-binária, não sei bem onde ela está encaixada, simplesmente, ela olhou para o mundo e para outras representações de mulheres andróginas, abundantes dentro da cultura pop japonesa, seja nos mangás, seja no Teatro Takarazuka.  Em 1998, a autora afirmou que a personagem era lésbica, já na época de Sailor Moon Crystal, a coisa foi além.  Além de Urano, havia outras personagens LGBTQUIA+, inclusive censuradas em dublagens e exibições em alguns países ocidentais.  


A série original, mesmo que de forma ingênua e superficial aos olhos de muita gente nos nossos dias, era muito avançada, o que não a impedia de ter momentos machistas, também, porque não se tratava de um material feminista, mas feminino e sempre pode surgir ruído na transmissão de uma mensagem.  Agora, antes o ruído do que o silêncio, ainda que ele fale muita coisa sobre certos produtos e a sociedade que os produziu.  O silêncio pode falar mais alto e gritar mais forte do que certos discursos muito arrumadinho que vemos por aí, aliás.  E, para quem quiser uma discussão mais acadêmica sobre os sentidos do silêncio, recomendo o livro As Formas do Silêncio da Eni Orlandi.

E vamos levar em conta que Sailor Moon é um produto direcionado para meninas entre 9 e 13 anos orginalmente.  Ainda que não devamos ser inocentes em pensar que lá no seu planejamento os empresários já não imaginavam que a coisa pudesse transbordar seu público alvo, como tantos shoujo antes de Sailor Moon, é preciso levar em conta que o mangá saia na Nakayoshi e a ideia era oferecer mais uma série de garotas mágicas, um dos gêneros mais consolidados dentro da animação para meninas e não somente, porque há mahou shoujo em todas as demografias.  Sailor Moon, o anime original,se destacou, também, por um diálogo com a moda da sua época, por exemplo, algo que não ficou tão evidente na nova adaptação.  Há um artigo traduzido aqui no blog sobre o tema.

Voltando para Sailor Moon Cosmos, os dois filmes para o cinema serão lançados no Verão japonês e terão um novo diretor, Tomoya Takahashi. Kazuko Tadano, designer de personagens do anime Sailor Moon original dos anos 90 e Eternal retorna no mesmo papel, assim como o roteirista Kazuyuki Fudeyasu, que escreveu Eternal, lançado em 2021.  A Netflix tem disponibilizado a nova série e a JBC lançou todo o mangá e em mais de uma versão.  O teaser do próximo filme, está logo abaixo:


sexta-feira, 29 de abril de 2022

Mangá sobre um gato youkai estreia na revista Be Love

 

Com a eminência do término de Chihayafuru (ちはやふる), é preciso encontrar um novo sucesso, e nem precisa ser tão grande assim, para a revista Be Love.  Enfim, o Comic Natalie noticiou a estreia do mangá Kamakura Bakeneko Kurabu (かまくらBAKE猫倶楽部), algo como Clube do Bakeneko de Kamakura.  A série de Saisuke Igarashi conta a história de uma jovem, um gato normal e um Bakeneko, um youkai que tem formato felino e, segundo o folclore japonês, pode manifestar vários poderes, como mudar de forma.  O Bakeneko assombra o lugar onde viveu, ou foi confinado.  Por enquanto, é a única informação que temos da série.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

Sakamichi no Apollon chega à HBO Max em Português

Sakamichi no Apollon (坂道のアポロン), ou Kids on the Slope, seu título em inglês, foi um anime de 2012 baseado no mangá de mesmo nome de Yuki Kodama.  A série em quadrinhos foi premiada com o 57º Shogakukan Manga Award na categoria geral em 2012.  Sakamichi no Apollon conta a história de Kaoru, um garoto de uma família muito bem de vida, mas que está sob a tutela dos tios, pois a mãe o abandonou ainda pequeno e o trabalho do pai o mantém sempre viajando.  Kaoru acaba se mudando para Nagasaki no Verão de 1966.  Lá, ele conhece Sentarou, um garoto que tem um passado conturbado, uma família amorosa e um coração de ouro e Yuki, filha do dono de uma loja de discos.  Com seus novos amigos, o garoto descobre sua paixão pelo Jazz em um momento no qual o Rock estava em ascensão e volta a tocar piano, para desgosto de sua detestável tia, que acredita que ele deve se dedicar integralmente à preparação para s exames de admissão na faculdade de medicina.  O menino também descobre as dores do primeiro amor e as dificuldades da transição da adolescência para a idade adulta.

A série de mangá, publicada na revista Flowers, é melhor, mas o anime é um dos meus favoritos e teve momentos muito tocantes e que me fizeram chorar várias vezes.  Enfim, segundo o JBOX, a série estreou no streaming do HBO Max por esses dias com o áudio original e dublagem em português e espanhol. O site diz, também, que a série não tem legendas, o que é uma falha grave, na minha opinião. Não tenho HBO e não posso comentar a dublagem, mas recomendo muito a série, em qualquer versão que vocês prefiram.  Fiz várias resenhas de Sakamichi no Apollon para o blog (*1-2-3-4*), inclusive do live action de 2018.  Fora textos que eu não lembro, claro.

quarta-feira, 27 de abril de 2022

Hagio Moto indicada pela terceira vez consecutiva para o Hall da Fama do Prêmio Eisner


Deveria ter sido indicada uma vez e colocada lá, mas lá vai Hagio Moto para a sua TERCEIRA indicação para o Hall da Fama do importantíssimo prêmio Eisner.  Chega a ser ofensivo, sabe?  Enfim, segundo o ANN, os outros indicados deste ano são  Howard Chaykin, Gerry Conway, Kevin Eastman, Steve Englehart, Larry Hama, Jeffrey Catherine Jones, David Mazzucchelli, Jean-Claude Mézières, Grant Morrison, Gaspar Saladino, Jim Shooter, Garry Trudeau, Ron Turner, George Tuska, Mark Waid, e Cat Yronwode.  Foram incluídos automaticamente este ano Max Gaines, Mark Gruenwald, Marie Duval, Rose O'Neill, Alex Nino, e P. Craig Russell.  Os japoneses que já estão no Hall da Fama são  Osamu Tezuka (2002), Kazuo Koike (2004), Goseki Kojima (2004), Katsuhiro Otomo (2012), and Rumiko Takahashi (2018).  E os japoneses indicados, mas não incluídos, além das duas vezes anteriores de Hagio Moto foram  Keiji Nakazawa (2020), Akira Toriyama e Naoki Urasawa (2019).  Me recuso a comentar, vamos aguardar os resultados.

Comentando Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (EUA/2021) ou tudo o que você precisa às vezes é um bom fanservice!

Anteontem e ontem, sim, em duas partes mesmo, finalmente assisti ao filme Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (Spider-Man: No Way Home).  O que dizer do filme?  Longe de ser um filme perfeito, ou o melhor filme de super-herói que eu já vi, mas, talvez, tenha sido o mais delicioso.  É uma armadilha mesmo, cheio de nostalgia, momentos muito simpáticos e engraçados, TRÊS HOMENS-ARANHAS e vários vilões, além de um final de cortar o coração.  E a gente fica querendo saber o que será de Peter Parker, o do Tom Holland, ou se teremos mais material com os outros Homens-Aranhas.  Era exatamente o que eu precisava assistir nesse momento.  Simples assim.  Filme de herói é para divertir mesmo.  Vamos para o resumo!

Ao final do segundo filme, Longe de Casa, Mysterio (Jake Gyllenhaal), o vilão da vez, revelou para o mundo a identidade do Homem-Aranha (Tom Holland) e o acusou de crimes que ele mesmo cometera.  Todos sabem que Peter Parker é o super-herói e isso termina causando problemas para todos que convivem com ele e podem atrapalhar o futuro de sua namorada, MJ (Zendaya), e seu melhor amigo, Ned (Jacob Batalon).  Tentando resolver a situação, Peter Parker procura a ajuda do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) para fazer com que as pessoas esqueçam a identidade do Homem-Aranha. No entanto, Peter quer interferir no feitiço lançado pelo Doutor Estranho, quer exceções para o esquecimento, e a magia termina sendo corrompida e vários convidados indesejados começam a aparecer em seu universo, fora isso, a própria estrutura com Multiverso parece ameaçada porque suas regras foram rompidas.

Eu gosto muito do Homem-Aranha do Tom Holland, mais do que as versões anteriores e já tive atritos com meu marido, fã assumido do Tobey Maguire, por causa disso.  É ridículo, mas dois velhos nerds cabeçudos gastam muito do seu tempo juntos discutindo esse tipo de coisa.  Um casamento não se mantém por vinte anos se a gente não tem vícios em comum.  Muito bem, esperei ansiosamente por este novo filme, mas a pandemia me impediu de vê-lo no cinema.  As sessões estariam cheias e eu não queria me arriscar e ainda poder contaminar minha família.  Cheguei a olhar um camrip muito ruim só para poder ver o que eu estava perdendo.  Mas não havia remédio, tive que esperar.

Ainda assim, foi emocionante rever os dois Homens-Aranhas anteriores e os vilões.  Eu nunca vi o terceiro filme com o Tobey Maguire, nem o segundo com o Andrew Garfield, só passei a apreciá-lo como ator muito tempo depois e nem resenhei o primeiro filme no blog.  Ainda assim, foi muito divertido - a palavra se aplica ao filme inteiro - ver os três Aranhas reunidos.  Foi legal quando o Electro (Jamie Foxx) disse para o Peter de Garfield que sempre imaginou que ele era um garoto negro por baixo da máscara.  Daí, Garfield, que de longe parecia ser o Homem-Aranha mais emotivo, responde que deve haver uma versão negra do herói em algum universo.  Era uma referência direta a Aranhaverso.  

Esta interação entre os Homens-Aranhas, as piadinhas, as referências, a comparação entre eles, vide o caso de como cada uma das versões lança suas teias, a dor pela perda de alguém querido, torna o filme muito especial.  O reencontro com os vilões, destaque para o Duende Verde (Willem Dafoe) e o Dr. Octopus (Alfred Molina), e vê-los descobrindo que estavam encontrando com um outro Peter, algumas cenas foram muito boas.  O roteiro tem falhas, mas o bom elenco, a nostalgia, o humor, esconde bem os defeitos aqui e ali.  Por exemplo, o filme é muito escuro e não pelo fato de ser sombrio, ele não é, ou não é o tempo inteiro, trata-se de uma forma de esconder imperfeições, em especial, nas cenas de batalha.

Vamos aos fatos, este terceiro filme é melhor que o segundo e mesmo mantendo certa continuidade, pode ser assistido só com a informação inicial de que a identidade do Homem-Aranha é de domínio público.  Há todo um investimento do roteiro em mostrar o drama de Peter Parker e como a revelação impactou a vida de seus amigos.  Daí, ele parte para sua visita ao Doutor Estranho.  O pedido de ajuda precipitado e a tentativa de intervir para que nem todo mundo esqueça dele.  Venhamos e convenhamos, era uma magia bem problemática.  

Quando o Doutor Estranho e Peter descobrem que algo deu MUITO errado, que o mago mexeu com o que não devia, o Multiverso, que já tínhamos visto em Wanda Vision e Loki (*há resenhas no blog*), acontece o grande problema de consistência do roteiro a meu ver, o Peter de Holland quer salvar os vilões e vai tentar neutralizar o Doutor Estranho para conseguir isso.  Sim, há todo o investimento no fato de que Peter Parker tem bom coração e que super-heróis, esses como o Homem-Aranha, salvam pessoas, não as matam, me pareceu uma escolha complicada depois de tudo o que o herói viu e passou durante a saga de Thanos (*1 - 2*).  Pareceu que tínhamos de novo o Peter inocente do primeiro filme.

Enfim, eu posso comprar fácil a brincadeira, porque o filme me pareceu agradável e tudo foi muito divertido, mas o fanservice, repito, não consegue esconder essas escolhas problemáticas de roteiro.  O fato é que Peter arrisca vários universos, e ele estava ciente, pelo menos em teoria, do que se tratava o Multiverso desde o segundo filme, para fazer o bem, se negando a aceitar o destino cruel dos vilões.  Não seria prudente, ainda assim, é neste caminho que o filme segue, explorando o humor e o drama e oferecendo um final bem emocionante para a audiência.  

Deve ter sido muito legal assistir Homem-Aranha: Sem Volta para Casa no cinema.  Imagino a vibração da audiência em algumas cenas.  E fiquei com vontade de dar uma segunda chance ao Homem-Aranha de Andrew Garfield.  Aliás, ter mais material juntando aranhas de universos diferentes, seria muito interessante e, imagino, muito lucrativo.  E, sim, Matt Murdock!  Adorei a participação da personagem, também.  Não vi a série da Netflix com Charlie Cox, mas me deu vontade de ir atrás dela e torço para, de repente, o Disney + investir em mais material do Demolidor.

Benedict Cumberbatch não roubou o filme, houve quem temesse isso, mas sua presença foi fundamental para fazer a história andar.  Fora isso, ele estava muito bonito como Doutor Estranho.  A última cena pós-créditos do filme antecipa Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, que estreia na semana que vem, ao colocar o herói indo procurar Wanda.  Eu quero muito poder ver este filme no cinema.  Não sei se irei conseguir, mas, pelo menos, vou tentar ver o material necessário para compreender a película.  O MCU (Marvel Cinematic Universe) é todo interligado e, agora, inclui as séries do Disney +.

Como estamos em um site feminista, preciso falar das personagens femininas.  A Bechdel Rule não se cumpre.  A Tia May de Marisa Tomei estava lá para dizer a frase "Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades" e cumprir seu destino para que o herói pudesse crescer.  Sim, personagens femininas são mortas, ou sofrem para que alguma personagem feminina seja impulsionada.  Clichê.  E os Aranhas conversam sobre suas perdas e suas dores.  Cabe ao Peter de Tom Holland aprender a lidar com as deles.  Já a MJ de Zendaya é ótima como foi nos filmes anteriores, mas sua função maior é ser a namorada do herói e Peter precisa escolher entre seus interesses pessoais e salvar os muitos universos.  Vocês sabem o que ele irá preferir.

Fora isso, eu não imaginava que os boatos de que teríamos os três Homem-Aranha em cena se concretizasse.  Só este detalhe já tornou o filme um evento e muito mais legal do que eu jamais poderia imaginar.  E, sim, vivemos tempos tão tristes que eu não vou ficar reclamando de fanservice ou furos de roteiro, eu quero material que alivie a minha tensão cotidiana, que me faça rir, que me emocione até, porque eu consegui chegar a isso, mesmo sabendo que trata-se de um filme meticulosamente planejado para a catarse, para provocar um turbilhão de emoções conflitantes. O nome disso é escapismo e este filme se encaixou como uma luva nas minhas necessidades do momento.  Eu compraria o Blu-ray, porque tenho os outros, mas nem sei se irão lançar no mercado brasileiro.

Concluindo, é bom ver que não roubaram o último filme do Homem-Aranha como fizeram com o do Capitão América (*Guerra Civil é um filme dos Vingadores*), no caso de Sem Volta para Casa, ter mais, muito mais gente, foi muito positivo para o crescimento do Peter Parker do Tom Holland.  Resta saber se teremos mais filmes live action com ele, como a coisa será conduzida, se pela Disney-Marvel ou pela Sony.  Se a coisa já ficou resolvida, eu não fui pesquisar, confesso.  Sei que há muito material do Aranhaverso em produção, desde desenhos até filmes.  Como um dos super-heróis mais populares de todos os tempos, o Homem-Aranha estará entre nós durante muito tempo e, com certeza, trazendo muito lucro para todos os envolvidos.


terça-feira, 26 de abril de 2022

Anunciado filme live action de Watashi no Shiawase na Kekkon

Watashi no Shiawase na Kekkon (わたしの幸せな結婚), a série de livros de Akumi Agitogi, ilustrados por Tsukiho Tsukioka, está em alta no Japão.   Há mangá, o anime foi anunciado e, agora, saiu a notícia do filme para o cinema.  Percurso digno de um grande sucesso.  Pois bem, segundo o ANN, a série terá filme para o cinema na primavera japonesa de 2023. Ren Meguro, do grupo Snow Man, será Kiyoka, já Mio Imada será a protagonista Miyo.  A página oficial do filme é esta aqui.

A série original conta a história de Miyo, que pertence a uma família importante e poderosa em um Japão de fantasia que estaria no correspondente à Era Meiji.  Miyo, no entanto, nasceu de um casamento arranjado sem os poderes especiais comuns em sua família.  Após a morte da mãe e o novo casamento do pai com sua antiga amante, ela passa a ser tratada pela madrasta e pela meio-irmã como se fosse uma criada.  Crescida, Miyo não tem grandes esperanças de ser feliz, mas o seu único amigo de infância sinaliza que gosta ela e a moça é chamada pelo pai só para lhe comunicar que o rapaz está de casamento marcado com sua irmã e que ela terá que ir para a casa de seu futuro noivo, um sujeito de família igualmente poderosa, mas que já espantou várias noivas.  Só que Miyo não tem para onde voltar, logo, ela precisa transformar seu casamento em um matrimônio feliz.  Até onde li do mangá, o achei clichê, mas muito simpático.  Preciso comprar a primeira novel pelo menos.

domingo, 24 de abril de 2022

Satoko to Nada e a importância do voto: Não desperdice a sua chance em 2022!

Satoko to Nada (サトコとナダ), que eu já comentei aqui, mas não fiz a resenha do volume #1, que é o que eu tenho em casa, conta a história da amizade improvável de duas alunas de intercâmbio, uma japonesa e uma saudita que dividem o mesmo apartamento.  O volume que li é bem interessante, ainda que o traço de Yupechika nada tenha de atraente, ele é bem simplezinho mesmo.  

Na série, Satoko é uma jovem japonesa de classe média, que conhece muito pouco do mundo, e que passa a abrir seu horizonte ao conviver com a complexa Nada, uma moça moderna e, ao mesmo tempo, apegada às tradições e costumes do seu país, um dos que tem uma das leituras mais fechadas a respeito do Islã.  Para além do que considero falta de senso crítico e sensibilidade da autora, como colocar uma jovem afegã, que mantém um relacionamento muito apimentado com o marido e adora vestir roupas bem reveladoras, envergando orgulhosamente sua burka na universidade.  Sim, burka, não o hijab simples, ou mesmo o niqab, a série tem boas discussões e a amizade de Nada e Satoko são um dos pontos altos da série.

Um dos grandes destaques do volume #1 é o processo de Nada para tirar sua carteira de motorista, na época ainda proibida às mulheres em seu país (*a permissão foi dada em 2018 e há uma notinha na edição norte americana*), e como ela salva Satoko de um sujeito, porque a japonesa aceita uma carona imaginando-se segura, quando não estava.  E há outras personagens na série para além da amiga afegã de Nada.  Há um rapaz de ascendência japonesa que estuda com Satoko e quer ser fluente em japonês e é apaixonado por anime.  Nada também é, ela comenta sobre a censura aos animes em seu país em um dado capítulo.  E temos Miracle, a amiga cristã que interage com as duas.  A série é divertida e educativa, ainda que eu tenha ressalvas.

Muito bem, em dado momento do volume #2, Satoko observa a movimentação eleitoral nos Estados Unidos.  Ela presencia um rally (comício) e fica fascinada pelo entusiasmo dos jovens norte americanos, porque, em seu país, os velhos dominam a política e os jovens tendem a se manter alienados do processo, eles e elas sequer se interessam por votar.  Satoko, por exemplo, nunca pensou em votar, ela pondera, também, que os jovens podem votar mais cedo nos EUA do que em seu país, que ainda estava discutindo a redução da idade de voto dos 20 para os 18 anos.  No Japão, como na maioria das democracias modernas, o voto é facultativo.

A jovem japonesa conversa com Nada sobre o tema e a jovem saudita, em um raro momento no qual critica qualquer aspecto de seu país, comenta com Satoko que as mulheres sauditas tinham conquistado recentemente o direito ao voto.  Elas só puderam votar nas eleições dos conselhos municipais em 2015.  A saudita conversa com Satoko sobre a importância de participar das decisões de alguma forma e que o caminho seria o voto.  Ela fica surpresa que Satoko não valorize o que, para ela, uma saudita, foi fruto de muita luta e espera  A partir daí, Satoko pensa consigo mesma que precisa rever sua atitude em relação à política a partir do que está vendo nos Estados Unidos e da conversa com a amiga.

Não vou comentar mais o mangá, mas aviso que vale a leitura, só tem quatro volumes (*Disponíveis no Amazon*) e tem scanlations de quase tudo em inglês, até em português tem alguma coisa.  Enfim, a minha pergunta é você está com o seu título regularizado?  Pretende votar este ano?  Tem entre 16 e 18 anos?  Esta é uma das faixas etárias que participa cada vez menos do processo eleitoral.  A Justiça Eleitoral brasileira possibilita que você tire o seu título, ou o regularize, pela internet.  É um momento muito sério da história de nosso país para que você deixe de opinar.  As eleições presidenciais são somente a ponta do iceberg, 1/3 do senado será renovado, há a câmara dos deputados e as eleições estaduais.

Políticas públicas importantes podem ser definidas na próxima legislatura.  Seu direito a ter uma universidade pública, a própria existência do ensino público superior.  A reversão de aspectos daninhos da reforma trabalhista, uma reforma tributária que não pese sobre os mais pobres e as classes médias.  O avanço do fundamentalismo religioso e das políticas que favorecem o crescimento da miséria e que as armas sejam consideradas mais importantes que o pão na mesa das pessoas. E, claro, se você concorda com o rumo atual da política brasileira, regularize sua situação e mostre que o Brasil está no caminho certo. O fato é que os jovens deveriam se preocupar mais com decisões que terão impacto direto sobre a sua vida.  

Enfim, é uma meia resenha e um post político.  Eu precisava fazê-lo, porque o título eleitoral foi o primeiro documento que tirei sozinha.  Completei 16 anos em uma quarta-feira, no dia seguinte, peguei o ônibus para Vilar dos Teles, onde ficava a prefeitura e os órgãos públicos da minha cidade, São João de Meriti, e fui tirar meu título.  Tinha sido muito frustrante não ter idade em 1989, nas primeiras eleições presidenciais depois do fim da Ditadura Civil Militar (1964-1985) e eu queria votar.  O voto é um direito e uma arma, deve ser usado das duas formas, precisa ser usado.  É triste ver os jovens tão desinteressados da política e deixando que os velhos, ou a abstenção, decida seu futuro.  Sim, o FUTURO de VOCÊS.  Se puder, não deixe de votar. Para maiores informações de como regularizar a sua situação eleitoral, clique aqui.

Dorama de Yangotonaki Ichizoku já está no ar (*Eu nem vi quando foi anunciado*)

Yangoto naki Ichizoku (やんごとなき一族) é publicado na revista Kiss desde 2017 e eu sempre fico esperando pelas scanlatiosn que nunca vieram.  A série de Yukari Koyama, que já teve outros mangás transformados em dorama, caso do importante  Barairo no Seisen (バラ色の聖戦) e da série Holiday Love: Fuufukan Renai (ホリデイラブ~夫婦間恋愛~ ), conta a história de Sato, uma mulher de origens modestas, que se casa por amor com um sujeito muito rico e de uma família muito tradicional.  Nossa cinderella é recebida com frieza pela irmã e pelo irmão mais velho do marido, é tratada com rigor pelo sogro, mas há algo no ar, porque parece que o velho tem planos para sua jovem nora.  

Como nunca consegui ler nada dessa série, porque não leio japonês, quando olho o mangá sempre imagino que seja uma família de mafiosos.  De repente... A série tem 11 volumes até o momento e continua em publicação.  Enfim, o dorama estreou no dia 21, há mais informações no My Drama List e no Comic Natalie. A página do dorama é esta aqui.

sábado, 23 de abril de 2022

Já temos a primeira imagem do anime de Niehime to Kemono no Ou


A animação de Niehime to Kemono no Ou  (贄姫と獣の王), baseado no mangá de Yuu Tomofuji, teve seu anime anunciado já faz algum tempo, mas somente esta semana tivemos sua primeira imagem e informações sobre quando irá estrear.  O Comic Natalie anunciou que a série estreará em algum momento de 2023 e sua página oficial já está aberta.

Tomofuji lançou o mangá na revista Hana to Yume da Hakusensha em 2015 e o terminou em outubro de 2020. O 15º e último volume do mangá foi lançado em janeiro de 2021. O mangá tem 2,1 milhões de cópias em circulação, incluindo vendas digitais.  O resumo do início do mangá é o seguinte: "Saliphie, a 99ª donzela sacrificada ao aterrorizante rei demônio, descobre dois segredos sobre o rei: o primeiro, que ele tem deixado os sacrifícios partirem em segredo. A segunda, que metade de seu sangue é de um humano. Ela conhece a bondade e a tristeza do rei, e então é anunciado que o rei tomou Saliphie, que deseja se tornar uma fonte de energia para o rei, como sua rainha, e...?"

Saiu o trailer de Koukyuu no Karasu

Koukyuu no Karasu (後宮の烏), baseado em uma série de light novels de Kouko Shirakawa com ilustrações da mangá-ka Ayuko, teve seu trailer liberado no dia 21, conforme previamente anunciado.  Acabei não postando no dia, mas atrasei.  Enfim, parece que a arte do anime está bem aquém das ilustrações que eu vi.  Assistam ao vídeo:

O resumo que eu tenho de Koukyuu no Karasu é o seguinte: Uki, uma concubina do harém do imperador nunca foi chamada por ele aos seus aposentos e mantém uma vida singularmente única dentro das câmaras do harém. Vista por alguns como tendo a aparência de uma velha e outros como uma jovem, ela é conhecida por usar magia misteriosa que ajuda em tudo, desde encontrar itens perdidos até infligir maldições. Quando uma circunstância faz com que o imperador a convoque, o encontro deles mudará a história.  

Dorama baseado em mangá de Akiko Higashimura ganha continuação

Aiko Higashimura é uma das mangá-kas mais celebradas do Japão e, que eu saiba, seu único revés foi tentar fazer um mangá em uma revista seinen debochando dos homens.  Enfim,  Himawari ~Kenichi Legend~ (ひまわりっ ~健一レジェンド~) foi serializado entre 2006 a 2010 na revista Morning, a série teve 13 encadernados, a série foi indicada ao primeiro Manga Taisho Awards, em 2008.  A série que é um gag mangá que segue o dia-a-dia de uma OL (office lady) que queria ter sido mangá-ka, que estudou artes na universidade, mas nunca conseguiu e faz excelentes ilustrações dos boletins da companhia, e outras personagens com algum problema que é transformado em humor.  Humor da Higashimura, que fique claro.

Himawari teve um dorama em 2020 e, agora, está para estrear uma continuação, segundo o Comic Natalie.  Pelo que eu vi no My Drama List, o elenco principal está de volta.    A página oficial do dorama é esta aqui.  Akiko Higashimura é uma daquelas autoras vergonhosamente ignorada pelas editoras brasileiras.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Ranking da Oricon - 11-17/04

Saiu o ranking da Oricon desta semana e ele está dominado por SPY x FAMILY, se você seguir o link, verá que todos os volumes da série estão no top 30, ainda que o novo volume ocupe somente o 4º lugar.  No top 10, temos Orange, que começou shoujo, mudou para uma revista seinen, e merece ser lido, anotem aí!  Espero que o volume #7, que a autora declarou ser o último, seja publicado pela JBC, como foi o resto da série  Ainda no ranking temos "Kimi wo Aisuru kiwanai" to Itta Jiki Koushaku-sama ga Naze ka Dekiai Shite kimasu e Goukon ni Ittara Onna ga Inakatta Hanashi, que sai na Gangan Online, mas está como shoujo no Bakaupdates.  Pelo que eu sei, esta publicação on line é shounen, PORÉM vai que a editora decidiu que ela é mista?  Afinal, é lá que saem coisas como Gekkan Shoujo Nozaki-kun.

1. Tokyo Revengers #27
2. Detective Conan #101
3. Jujutsu Kaisen #19
4.SPY x FAMILY #9
5.ONE PIECE #102
6.Takopii no Genzai #2
7.Tokyo Revengers Character Book #2 Baryu Hara, Kokuryu Hen (KCDX)
8.Orange #7
9.SPY×FAMILY #8
10.Nigatsu no Shousha ~Zettai Goukaku no Kyoushitsu~ #15
16. "Kimi wo Aisuru kiwanai" to Itta Jiki Koushaku-sama ga Naze ka Dekiai Shite kimasu #2
18. Goukon ni Ittara Onna ga Inakatta Hanashi #3

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Persuasão da Netflix já tem data de estreia

Desde 2021, não tinha notícia da versão de Persuasão de Jane Austen feita pela Netflix.  Muito bem, o filme estrelado por Dakota Johnson e Cosmo Jarvis estreia no dia 15 de julho.  O filme pretende contar a história de Anne Elliot, a mais velha de todas as mocinhas de Jane Austen, e que tinha ficado solteira por ter recusado, ainda adolescente, o amor de Frederick Wentworth, porque ele era de uma condição social inferior a sua.  O tempo passa e Wentworth se tornou um próspero capitão da Marinha Britânica, já a família de Anne passa por sérios problemas financeiros, e a moça terá uma nova chance de encontrar o amor, apesar da família horrorosa que tem.  

O filme tem um elenco multirracial e eu espero que ele seja color blind, isto é, que a etnia dos atores não seja levada em conta dentro da história.  Torço para não ser algo tipo Bridgerton e que inventem uma justificativa capenga para uma sociedade regencial cheia de diversidade e sem racismos.  De qualquer forma, espero que a Netflix acerte de novo.

quarta-feira, 20 de abril de 2022

Motokare←Retry: Mangá disponibilizado gratuitamente para comemorar o dorama

Motokare←Retry (モトカレ←リトライ), de Ren Hanaya, foi transformado em dorama e estreou este mês estrelado por Suzuki Jin e Kawazu Asuka.  Para comemorar a série e atender a demanda de quem descobrir Motokare←Retry pelo dorama, a Shogakukan disponibilizou o mangá em formato digital gratuitamente por tempo limitado, segudo o Comic Natalie. Entre 8 de abril e 5 de maio, os volumes 1 e 2 poderão ser lidos gratuitamente.  A série, que foi publicada entre 2015 e 2017 na revista Cheese!, teve sete volumes ao todo.  Viram quando eu digo que um dorama pode vir bem depois do término de um mangá?  Este caso nem é o mais extremo.

Enfim, qual a história da série?  "Mitsu se tornou uma estudante universitária enquanto carregava o trauma de seu primeiro namorado e um coração partido em seus anos de escola secundária. Ela estava pensando em ir para a faculdade e encontrar um novo amor, mas a pessoa no quarto ao lado dela é Kaede, seu ex-namorado! Já se passaram 5 anos e ele se tornou sofisticado e adulto, mas seu sorriso gentil não mudou.  Mitsu quer esquecer seu antigo amor e aproveitar a vida universitária, mas se vê presa entre seu ex-namorado adulto e sua melhor amiga."  É isso.  O mangá tem scanlations.

terça-feira, 19 de abril de 2022

Ranking da Oricon - Duas Semanas de uma Vez


Atrasei a postagem do ranking da Oricon e, para ficar em dia, estou postando dois de uma vez só.  Para quem chegou novo, eu posto o top 10 e os mangás femininos que aparecem entre o 11º e o 30º lugar, com o link é possível ver o resto.  Enfim, na semana passada, o destaque foi Card Captor Sakura ~Clear Card Hen~ que colocou seus dois volumes, o comum e o especial, no top 30.  Esta semana, ainda restou o volume normal, mas não há mangás femininos no top 10, semana passada, além de Sakura havia Honey Lemon Soda.  Só para lembrar Sakura está nas suas comemorações de 25 anos de seu lançamento.

1.Jujutsu Kaisen #19
2.ONE PIECE #102
3.SPY×FAMILY #9
4.Takopii no Genzai #2
5.Dragon Ball Chou #18
6.Black Clover #32
7.Mairimashita! Iruma-kun #26
8.Jujutsu Kaisen #19 [Special Edition w/ Hidden items and photos from the "Shibuya Incident" in October 2018]
9.Yuukoku no Moriarty #17
10.Kinnikuman #78
16. Cardcaptor Sakura ~Clear Card-hen~ #12
26. Yakumo Tatsu: Arata #6


1. ONE PIECE #102
2. Sono Bisque Doll wa Koi wo suru #9
3.Jujutsu Kaisen #19 [Special Edition w/ Hidden items and photos from the "Shibuya Incident" in October 2018]
4.Honey Lemon Soda #19
5. Chi。~Chikyuu no Undou ni Tsuite~ #7
6.Shuumatsu no Walküre #14
7.Takopii no Genzai #2
8.Kujou no Taizai #5
9.Cardcaptor Sakura ~Clear Card-hen~ #12
10.Kaguya-sama wa Tsugera Setai #25 ~Tensai-tachi no Renai Zunousen~
17. Kieta Hatsukoi #8
22. Tokimeki Tonight Sore kara #1
23. Ryukishi no Okiniiri #5
29.Cardcaptor Sakura ~Clear Card Hen~ #12 [Special Edition, w/ Playing Cards and Case]

Mangá sobre gravidez na adolescência é destaque na revista Betsufure

Os Lacradores Desintoxicados deram destaque ao lançamento, previsto para maio, do mangá Ano Ko no Kodomo (あの子の子ども), de Aoi Mamoru, porque ele trará uma seção de perguntas e respostas feita pela educadora sexual Nijiiro, que é enfermeira, trabalhou como professora e escreve livros sobre o tema. Fui procurar informações sobre o mangá e ele parece muito interessante e pertinente.  A partir daqui, estou me guiando pelos resumos dos dois volumes (*1-2*) lançados que estão no Amazon.

A protagonista é uma colegial que está namorando com o amor de sua vida e começa a sentir coisas esquisitas.  Ela decide comprar um teste de gravidez de farmácia e descobre que está esperando um bebê.  No segundo volume, ela vai até uma clínica disposta a fazer um aborto, mas ao ver o ultrassom se enche de carinho pelo feto que está carregando, mas, ao mesmo tempo, pensa no que será de sua vida.  E os estudos?  E qual será a reação de seus pais?  Ela só tem três semanas para decidir se interrompe, ou não, a gravidez.  Enfim, eu aposto que não irá.  O volume #3 sai em 13 de maio.  Enfim, séries como essas são importantes e mais que necessárias.