segunda-feira, 30 de abril de 2007

Autora de Honey & Clover vai publicar Seinen



Parece que é "O CAMINHO" agora para as autoras que conseguiram fazer sucesso também com o público masculino. Depois de gente como Fuyumi Souryou e da própria CLAMP (*elas podem não admitir, mas XXXHolic está em revista seinen*), entre outras, chegou a vez de Chika Umino, autora do aclamado Honey & Clover migrar para uma revista seinen, a Young Animal, diz o Anime News Network. Ela estréia na edição nº9 de 2007 com o mangá Sangatsu no Raion (The Lion of March). Sobre a virada em sua carreira ela disse que Honey & Clover "é uma história sobre um mundo que eu já conhecia e por isso não precisei me esforçar muito" mas Sangatsu no Raion (The Lion of March) é "uma história baseada em pesquisa e investigação de outras histórias de mundos que não conheço". E ninguém sabe ainda sobre o que se trata o novo mangá... Só espero que ela não decida ir para o seinen e ficar por lá.

Sobre Títulos e Subtítulos...



no Orkut, duas pessoas reclamaram do subtítulo escolhido pela Conrad, O Namorado Perfeito, lembraria os romances tipo Júlia e Sabrinas. Ora, pode até não ser um subtítulo agradável, mas olhando o significado no dicionário de "絶対" (zettai), encontrei absoluto (*no sentido do inglês de completo), perfeito. Em Inglês o título dado pela VIZ é Absolute Boyfriend. Se vai parecer Júlia ou Sabrina, a culpa não é da editora, que por bom senso tem que dar um subtítulo para facilitar a procura nas bancas e livrarias, mas da autora que escolheu um título de romance Harlequin. E podem torcer o nariz, mas no Japão, júlias e sabrinas vendem aos tubos e viram mangá, desenhados por gente como Kayono, Chiho Saito e autoras de peso.

Acho que nenhuma editora brasileira iria ficar triste se algumas leitoras de romance de banca passassem a ler mangá e engrossassem seus lucros. Em alguns shoujos elas encontrariam romances (*no sentido amoroso mesmo*) tão legais quanto os dos livros e histórias bem melhores em muitos casos. Parem para contar quantos desses volumes saem por mês pela Harlequin e pela Nova Cultural nas bancas brasileiras, talvez, elas superem em muito o número dos leitores de alguns mangás lançados é algo bem próximo da linha de montagem que são os mangás no japão. Tem gente que chuta vendagens astronômicas para nossos mangás, como se todo título fosse um Dragon Ball, mas há mangás que não devem vender nem 5 mil exemplares, para o desespero das editoras.

Se a gente for ter medo dos preconceituosos por conta de títulos, bem, vamos estar se igualando a quem tem preconceito contra shoujo, contra cores de capa, contra mulher que lê ou faz quadrinho, contra mangá "porque é violento" ou "é tudo pornografia" ou "se lê ao contrário", e por aí vai. Mas se vocês pudessem dar um outro subtítulo ao mangá, qual seria? Em francês, por exemplo, virou Lui ou Rien, Ele ou Nada. Será que está de acordo com o título original? Ficou um título mais interessante? Menos “vexatório”? Para mim realmente não faz diferença. Por exemplo, eu preferia que Karekano aqui no Brasil tivesse o subtítulo que o primeiro fansuber no mundo (*sim, é verdade*) que legendou deu Coisas de Namorado, mas o subtítulo escolhido pela Panini é o mais usado no mundo inteiro. Acho que não é coerente reclamar nesse caso. O que vocês acham?

domingo, 29 de abril de 2007

Game de Nodame estréia muito bem no Japão



O game de Nodame Cantabile estreou muito bem no mercado japonês conseguindo ser o quarto game mais vendido da semana do dia 22 de abril. Isso mostra o quanto a série está fazendo sucesso, afinal, ela se sai bem em qualquer mídia. Outro shoujo game é Gakuen Alice: Waku Waku Happy Friends DS que ficou em 23º lugar. A matéria está no Anime News Network.

1. Super Paper Mario
2. Fate/stay night [Realta Nua]
3. Persona 3 Fes
4. Nodame Cantabile
5. Final Fantasy
6. Gyakuten Saiban 4 [Phoenix Wright: Ace Attorney 4]
7. Mario vs. Donkey Kong 2: March of the Minis
8. Wii Sports
9. Starter Wii Pack
10. Yoshi's Island DS

Mangás mais rentáveis do Mercado Americano



O ICV, site especializado em quadrinhos e artigos da cultura pop, sempre faz um guia daquilo que é mais rentável em termos de mangá e anime. Eles se baseiam em vendagens da Bookscan (bookstores) e da Diamond (comics stores), para fazer a lista dos cinqüenta mangás mais rentáveis dos EUA. Este ano eles ressaltam que há um número equilibrado de shoujos e shounens na lista. Infelizmente, eles não liberam a lista de 50 títulos no site, mas somente para quem recebe o guia, isto é, editores, empresas, e demais profissionais da área. A matéria também aponta que há mangás shoujo em ascensão como Gentleman's Alliance (Shinshi Doumei Cross) de Arina Tanemura que é o 27º na lista.

Nos dez mais rentáveis, há os shounens de sempre dos quais somente Naruto (Panini), Tsubasa (JBC) e Full Metal Alchemist (JBC) foram licenciados no Brasil (*se os outros estão, não houve anúncio*) e há shoujos importantes como Fruits Basket (Tokyopop/JBC), Loveless (Tokyopop), Zettai Kareshi (VIZ/Conrad) e Vampire Knight (VIZ). Alguns dos mangás saem no Brasil mas a maioria não saem nem estão previstos no país. Será que seriam sucesso aqui? O que realmente faz sucesso no Brasil? Quem sabe? Por que não liberam vendagens em nosso país? Eis a lista:

1.Naruto
2.Bleach
3.Kingdom Hearts
4.Fruits Basket
5.Death Note
6.Full Metal Alchemist
7.Vampire Knight
8.Absolute Boyfriend
9.Loveless
10.Tsubasa

Tomando esta lista e pensando em Brasil, eu diria o seguinte, salvo por Kingdom Hearts, acredito que todos os shounen apareçam aqui até o início de 2008 se muito. Kingdom Hearts, aliás, é um sucesso interessante, pois mistura mangá e personagens Disney e se baseia em um jogo. O traço é uma graça e faz muito sucesso nos EUA. Queria que aparecesse o volume 1 na Livraria Cultura para que eu comprasse e desse uma olhadinha. Acho que efetivamente seria algo a se lançar aqui no Brasil.

Dos shoujo, acredito que Vampire Knight, da autora de Merupuri, também apareça por aqui até 2008. Nunca saberemos se Merupuri vendeu bem, mas eu apostaria que sim. Yuu Watase faz sucesso nos EUA e no mundo inteiro, Zettai Kareshi é curto e acredito que tudo isso pesou na escolha da Conrad. Já Loveless, bem, também apostaria que este mangá chega rápido aqui no Brasil, até final de 2008, porque Gravitation deve vir antes como teste e isso deve pesar na disputa entre as editoras. Não me surpreenderia se já estivesse licenciado.

Agora, Arina Tanemura, que aparece comentada na matéria, já deveria ter saído no Brasil. Qualquer de seus mangás, algum deles, enfim, ela é obrigatória, mas nem com o sucesso todo que faz, nem o fato de todas as suas obras ou quase todas virarem anime, algo raro, parece tocar as editoras brasileiras... Vai entender?

No caso do mercado de DVDs, houve grande queda nos lançamentos nos EUA, mas nem por isso vem gente dizendo que o mercado está morrendo como acontece aqui no Brasil, onde efetivamente não há mercado de DVDs de anime consolidado. Entre os animes mais rentáveis, não há nenhum shoujo.

1.Dragon Ball Z
2.Pokemon
3.Voltron
4.Naruto
5.Robotech Shadow Chronicles
6.Fullmetal Alchemist
7.Hellsing Ultimate
8.Howl's Moving Castle
9.Final Fantasy VII: Advent Children
10.Bleach

sábado, 28 de abril de 2007

VIZ pisa na bola com Anatolia Story



Hoje de manhã terminei de ler o volume 17 de Anatolia Story (Red River) e realmente fiquei com uma sensação bem ruim de que a VIZ está fazendo a tradução de qualquer jeito. Já tinha comentado antes que suspeitava de censura, mas agora acho que é descuido mesmo.

Os textos parecem frouxos, sem muita coesão, banais até momentos bem dramáticos. Fora que está havendo não-conformidade de termos. No volume 6 apareceu pela primeira vez o termo Gal Meshedi, comandante-em-chefe das tropas hititas. Primeiro era o tio de Kail, que morre lutando contra os mittani. Depois passa a ser o próprio Kail e no final do volume 15, Yuri passa a ser Gal Meshedi por um ardil da Rainha Nakia. Pois bem, no volume 17 o termo passou a ser Dal Meshedi. Diferença pouca, mas que indica mudança de tradutor e descuido na adaptação.

É o tipo de problema que não deveria acontecer, mas que é comum no Brasil e ocorre também em outros países. E, claro, quando você não lê no original é refém da tradução, tem que confiar desconfiando. Enfim, tenho que tomar vergonha e arranjar um tempo para aprender japonês de verdade.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

"Mangá" Ajudando na Descoberta de Vocações



Não é mangá de verdade, como a notícia do Comi Press fez questão de destacar com o termo “Japanese Manga”, são simplesmente trabalhos "ao estilo mangá" e feitos por um/a desenhista bem mediano/a como vocês podem bem ver pelo pôster. De qualquer forma, a idéia de utilizar quadrinhos para estimular as vocações religiosas é interessante. Paul Emberly, Diretor Nacional para Vocações para a Inglaterra e País de Gales disse ao The Indian Catholic que "Nós escolhemos o mangá para a campanha de 2007 porque nós esperamos atingir os jovens com menos de 20 assim como pessoas com seus trinta u mais anos. Muitos dos padres e religiosos hoje dizem que primeiro sentiram seu chamado por volta dos dez anos, às vezes antes."

Um poster com a imagem de futuros padres e religiosos já foram distribuídos em cerca de 5 mil Igreja Católicas, escolas e lugares de oração na Inglaterra e País de Gales e a campanha será lançada no
domingo. A campanha contará, usando quadrinhos, a história de cinco pessoas reais, de características étnicas diversificadas, um padre, duas freiras uma enclausurada e outra trabalhando no seculum e sem hábito, um monge e um laico que dedicaram suas vidas à Igreja. Um dos aspectos mais importantes das imagens disponíveis no site é o tom de “modernidade” que querem dar à vida religiosa. A freira enclausurada é vista em um dos quadrinhos acessando um computador; o monge beneditino, apesar de envolvido em atividades das mais tradicionais, usa um corte de cabelo moderninho e não está tonsurado. Como dizem por aí, “imagem é tudo”.

Já o discurso é bem tradicional, a freira sem hábito defende o celibato como uma forma de amar a todos e não somente uma pessoa o qeu é um dos argumentos mais corriqueiros tolinhos para defender a opção necessária para uma vida religiosa integral no seio da Igreja Católica. Sobre o assunto, Dom Odilo, o novo Cardeal Arcebispo de São Paulo disse algo bem mais interessante: "É um grande valor, um grande benefício para a igreja.(...) Se a igreja pode mudar? Um dia poderia mudar, porque isso é questão de disciplina da igreja, não é dogma de fé. Mas a igreja mantém essa disciplina por questão de escolha. (...) Acho pessoalmente que deve continuar. Isso é um grande benefício. Ninguém é obrigado a se tornar um padre." De qualquer forma, uma flexibilização seria bem-vinda para muitos, mas não acredito que algo mude nos próximos 50 ou 100 anos.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan e o ComiPress traduziu e publicou. V.B. Rose #9 aparece entre os dez como no ranking da Taiyosha, mas a boa surpresa é a presença de Pride, um josei da veterana Yukari Ichijou, uma das mais importantes mangá-kas dos anos 70 e ainda em plena atividade nas revistas para mulheres. Vários doramas já foram feitos em cima de seus mangás e ela merecia receber mais atenção no Ocidente... Bem, talvez isso aconteça quando os italianos publicarem alguma coisa dela.

1. Mahou Sensei Negima! #18
2. Air Gear #17
3. Hayate the Combat Butler #11
4. Kekkaishi #16
5. V. B. Rose #9
6. Inuyasha #49
7. Get Backers #39
8. Sayonara Setsubo-sensei
9. Ace of Diamond #5
10. Pride #7

Eensy-weensy Monster: Comentando o 1º Capítulo



Eensy-weensy Monster é o novo mangá da autora de Karekano, Masami Tsuda e teve seu primeiro capítulo traduzido pelo grupo Entropy. Achei fraco para uma estréia, mas o final de Karekano, ou melhor, os últimos volumes de Karekano me decepcionaram muito. Ponto positivo é que a arte da autora está bem mais bonita. Pela descrição inicial, achei que o "monstro" do título seria um elemento sobrenatural, mas agora acho que não, trata-se de uma história centrada no cotidiano. O monstro é o "lado negro" da personalidade da protagonista, Nanoha, ou seja, é a raiva, a inveja de uma garota comum cercada por duas amigas brilhantes em notas, com personalidades charmosas e muito bonitas. Se este monstro vai ganhar corpo ou a protagonista vai desenvolver uma dupla personalidade, eu não sei, mas me pareceu uma história bem desinteressante.

Além das duas amigas que são fonte de akogare por parte de todos, há o irmão-bonitão que venera Nanoha, e o rapaz perfeito que começa a chamar a atenção. Este rapaz é quem provoca os "maus sentimentos" da protagonista porque sendo um "príncipe" (*nas scanlations ele é chamado assim*), perfeito em tudo, ele atrai parte da atenção que suas amigas recebem, afinal, ele pode ser namorado pelas meninas da escola sem que isso represente um escândalo. Nanoha o odeia, e ele lembra na personalidade o Arima (*medo*), logo, acredito que o menino rejeitado pela protagonista, vai se apaixonar por ela e vice-versa. O que eu vi é que Nanoha parece invisível, mas é ela quem mantém o grupo de amigas brilhantes unido, ela é o centro, parece não existir, mas todo mundo sabe que através dela chegará às outras, o garoto novo, desequilibra a relação e coloca em risco o reinado de suas amigas. Ela parece a anti-Miyazawa, mas não é.

Bom, foi minha impressão. Vou continuar lendo na medida que lançarem, mas não me empolguei como no início de Karekano. Falta alguma coisa ou muita coisa, e há repetições de situações já vistas no maior sucesso da autora e como estou traumatizada por conta do final de Karekano, bem, ela vai Masami Tsuda vai ter que me impressionar muito para tirar o gosto ruim da boca.

Paradise Kiss ainda demora um pouco



Como sei que muita gente anda preocupada com a demora no lançamento de Paradise Kiss, entrei em contato com o editora da Conrad (*sim, ele é uma pessoa acessível*), o Alexandre Linares, e ele disse o seguinte oficialmente:
"Ele está em nosso cronograma. Adiamos ele por conta da possibilidade de publicarmos o sucesso Zettai Kareshi antes. No nosso planejamento Para Kiss está previsto para final de setembro deste ano. Do ponto de vista de estrutura ainda nda está definido para o lançamento deste produto no mercado. Mas nosso objetivo é fazer uma linda edição para nenhum fã deixar de gostar."
O que ele quer dizer é que não acertaram ainda o preço e formato que deve ser o mais "democrático" possível ou o produto vai vender menos do que poderia. Precisamos esperar um pouco, mas o mangá sai e isso é que importa. Melhor esperar por algo que realmente valha a pena.

Ainda falando de atrasos ou possíveis atrasos, Colégio Feminino Bijinzaka já chegou aqui em Brasília na Kingdom Comics, não deu tempo de ler e, por isso, não falo nada, mas o formato é maior do que o que vem sendo utilizado pela Panini, só achei a impressão um pouquinho inferior. Não sei se foi impressão minha. Alguém mais tem a mesma opinião? Falando ainda em Panini, muitos mangás estãoa trasados, como Karekano. Antes que as caraminholas comecem a se mover, lembrem que a Mythos/Panini foi assaltada e os mangás que estavam em produção e armazenados nos HDs foram junto. Pensei que o atraso já seria em março, mas ao que parece os efeitos estão sendo sentidos agora. Então, tenham paciência.

Nova Revista Feminina no Japão



A editora Mediation vai lançar uma nova revista em 12 de maio, trata-se da Hug, uma revista BL/Yaoi direcionada às mulheres adultas. De acordo com o Anime News Network, a revista vai trazer uma série de autoras bem conhecidas entre as fãs de BL. Kazuma Kodaka (Ki*Me*Ra, Kizuna) irá publicar Border e Sanami Matoh fará uma continuação do engraçadíssimo FAKE que acompanha a vida de dois tiras americanos e teve anime.Na página da revista há informações sobre a publicação, em japonês, claro.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Nova Temporada de Genshiken?



O terceiro OAV mal saiu e não foi nem legendado e anunciaram novamente uma série de tv do mangá que acompanha a vida de um clube de universitários interessados no estudo da moderna arte visual japonesa. Vários sites já noticiaram, mas o primeiro que vi dar a notícia foi o Anime Nation. Não sei que a coisa é séria, porque já fizeram anúncio semelhante antes, mas o site oficial diz que a estréia é para o outono japonês, ou seja, a partir de setembro.

Genshiken é uma série deliciosa, de fazer chorar de rir, e mesmo que os OAVs tenham um character design mais relaxado mantém a qualidade. O mangá que é tão bom ou melhor que o anime, saia na revista Afternoon e foi encerrado com 9 volumes. Queria muito que a série saísse no Brasil, porque é um olhar interessante sobre a vida dos otakus japoneses sem pintá-los obrigatoriamente (*SÓ*) como pervertidos e totais desajustados.

Ministro Japonês sugere que candidata francesa leia mais mangá


A candidata à presidência da França, Segolene Royal, disse semanas atrás que os mangás eram violentos, pornográficos e sexistas. Bem, peguei material franco-belga que tinha umas perversões barra pesada e que tratava as mulheres da forma mais machista, também, não é prerrogativa japonesa, aliás, pimenta nos olhos dos outros é refresco. Bem, não sei o quanto de mangá ela leu, ou se leu alguma coisa, mas mangá não é somente isso. Por conta da polêmica, a meu ver fruto da invasão da cultura pop japonesa na orgulhosíssima França, O ministro de assuntos estrangeiros do Japão, Taro Aso, contra-atacou dizendo que a candidata deveria ler mangá, de acordo com o Japan Times. Aso é o defensor maior do anime e mangá como embaixadores privilegiados do país e de acordo com a matéria o ministro lê em média 10 antologias por semana.

Segolene Royal é crítica da cultura japonesa contemporânea pela tolerância com a pornografia e pelo sexismo, no que eu também sou, mas acredito que a preocupação maior seja a popularidade dos mangás entre os mais jovens. Veja que mesmo em um Asterix, que vende muito bem independente de qualquer coisa, houve um ataque direto aos mangás. No último álbum de Asterix e personagens que eram na verdade Mickey e Super-Homem enfrentavam os amarelos e feiosos invasores. Quem leu sabe que a coisa era muito clara, inimigos culturais tradicionais, franceses e americanos, BD e Comics, se juntam contra os invasores orientais, revivendo o tal conflito de civilizações. Alguém falou em xenofobia como instrumento de defesa de mercado? Enfim, leiam o artigo, é curto mas vale a pena...

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Como os mangás estão influenciando o mercado de quadrinhos dos EUA




Saiu uma matéria no Universo HQ intitulada "Como os mangás estão influenciando o mercado de quadrinhos dos EUA". Como não podia deixar de ser, ela fala de shoujo mangá e posto a parte que nos interessa mais. O articulista apresentou muito bem a idéia de que os quadrinistas americanos (*a maioria era homem mesmo*) achavam que as garotas só queriam romance em seus quadrinhos, não raro romance ruim, ultrapassado e machista, eu diria; só esqueceu de pontuar uma coisa, além de atrair o público feminino leitor, os mangás têm ajudado a estimular um sem número de meninas a se tornarem quadrinistas. Aquilo que parecia impossível, terreno pouco acolhedor, agora passa a ser uma profissão possível e rentável, já que editoras como a Tokyopop publicam os OEL e World Manga. Aqui no Brasil, ninguém publica, mas é visível o interesse das garotas graças ao mangá. Talvez bons frutos se colham no futuro, mas um Holy Avenger com a Erica Awano ou o Estúdio Seasons já marcaram seu espaço. Segue o trecho:

"Foi também graças à invasão dos quadrinhos japoneses em um território antes dominado pelos super-heróis, que grandes editoras como Marvel e DC passaram a publicar gibis direcionados ao público jovem feminino.

Isso porque os shojo, mangás feitos para garotas, fizeram a cabeça das jovens e promoveram um fenômeno antes inimaginável nas comics shops norte-americanas: a presença maciça de meninas adolescentes vasculhando as prateleiras em busca de seu gibi preferido. Essas gibiterias agora possuem grandes espaços reservados especialmente para esse estilo de HQ, cujas mais vendidas são Peach Girl e Paradise Kiss.

É um segmento de mercado no qual Marvel e DC já se aventuram nos anos 1960 e 1970, mas de forma não muito eficiente.

Na época, pululavam gibis com temática romântica, reduzindo a isso o que as editoras pareciam entender ser o único interesse das leitoras de quadrinhos. Por sua vez, os shojo tratam de assuntos como crises existenciais, conflitos de gerações, drogas, alcoolismo, menstruação, sensualidade e até homossexualismo, além do romantismo que não poderia faltar nesse caldo de sentimentos e situações vividos por adolescentes de qualquer parte do mundo."

Ranking da Taiyosha


Saiu o ranking da Taiyosha. Entre os dez mais vendidos temos somente um shoujo, V.B. Rose #9. Li pouco deste mangá, mas sempre que é lançado fica entre os dez primeiros. InuYasha #49 aparece na lista e pode ser o penúltimo volume da série, mas com o puxa-estica de Rumiko Takahashi nunca se sabe. Negima vem em primeiro e, de acordo com o autor, ainda teremos mais 18 números, pelo menos. Resultado: alguém duvida que a JBC escolha bem seus mangás? Popularidade pode não garantir 100% de lucro, mas duvido que não garanta pelo menos uns 90%.

1. Negima #18
2. Hayate no Gotoku #11
3. Air Gear #17
4. Kekaishi #16
5. Sayonara Zetsubou Sensei #8
6. Inuyasha #49
7. V.B. Rose #9
8. Diamond no Ace #5
9. Get Backers #39
10. Yesterday wo Utatte #5

Fiz a tradução dos rankings de shoujo e josei da Taiyosha,
foi a saída já que ninguém mais está fazendo, decidi me esforçar e tentar fazer eu mesma. Foi difícil, principalmente os josei e em especial os Harlequin. O último, inclusive, não consegui traduzir o título japonês... Bem, tem o link no Amazon Japão para o livro original. Se alguém quiser corrigir meus erros, é só me dar o toque. O Ragetonia, não consegui saber se era junto ou Rag=farrapos, andrajos em inglês e Tonia, nome de mulher. Mas com as capas vocês podem ver certinho. Só deixei de pegar as capas de Nana e Nodame 17 que já apareceram tanto no meu blog que nem tem mais graça. Para o ranking do yaoi/BL vocês podem consultar o site espanhol Divine Decision.

Shoujo
1. V.B. Rose #9
2. Shiawase Kissa 3chome #7
3. Ouran Host Club #10
4. Golden Days #5
5. Musashi no. 9 #21
6. Love Berissh #4
7. NG Life #2
8. Heavenly Hockey Club #7
9. Nana #17
10. Eden no Trill #1

Josei
1. Gokusen #15
2. Pride #7
3. Hotaru no Hikari #8
4. Tengu Kami
5. Nodame Cantabile #17
6. Ragetonia
7. Enjieritsuku Rune
8. Haren no Hanayoume Vol.2 (Anne Herries - autora)
9. Haren no Hana Youme Vol.1 (Anne Herries - autora)
10. That Balckhawk Bride (Barbara McCauley - autora)

O Futuro das Revistas de Mangá


Saiu um artigo traduzido no ComiPress falando do futuro das antologias de mangá. Aviso que o autor é fatalista e só tem em mente as revistas semanais shounen e seinen. Para quem acompanha, as quedas de vendagens têm atingido todo mundo, mas as revistas foram canceladas recentemente geralmente são as mensais, mesmo com quedas, as revistas semanais ainda continuam bem fortes, ou, pelo menos, esse é o caso da Shounen Jump. Tradução da tradução é sempre um problema, mas decidi fazer mesmo assim.


O Futuro das Revistas de Mangá

Muitos mangás são publicados em revistas, essas antologias são a base da cultura japonesa do mangá. Entretanto, com as vendas das revistas de mangá em queda, tem se tornado difícil tanto para o mangá-ka quanto para a editora das antologias conseguirem algum lucro com elas. Muitas revistas de mangá terminam não tendo nem lucro nem prejuízo ou resultando em déficit, de imediato mesmo a venda de tankoubon produz pouco lucro para ambas as partes. As antologias são baratas, e os pagamentos pelos originais insuficientes. É um problema da indústria que editoras isoladas não vão conseguir resolver por elas mesmas.

Haruyuki Nakano disse em seu livro O Estudo do Mangá que “as revistas de mangá precisam ser mais ativas”. Kentaro Tekekuma sugeriu a possibilidade dos mangás serem publicados diretamente como tankoubon.

O futuro das revistas semanais de mangá não parece bom. As publicações das revistas de shoujo mangá já mudaram de semanais para quinzenais [1], então, quem garante o futuro das revistas shounen e seinen? A Weekly Shonen Magazine e a Weekly Shonen Sunday se estabeleceram durante o boom das revistas semanais, quando não havia efetivamente uma demanda por revistas semanais. [2]

Por outro lado, somente as revistas semanais podem promover um título de mangá e torná-lo uma série popular. [3] Se as revistas semanais de mangá se forem, títulos como Star of the Giants, Tomorrow's Joe, Dragon Ball e 20th Century Boys não irão aparecer de novo. [4] Alguma coisa precisa ser feita, talvez seja possível para grandes títulos como Stop Nii-chan de Takashi Sekiya saírem em revistas mensais, ou talvez uma nova idéia será produzida a partir da proposta de publicação direta em formato tankoubon.

[1] A mudança, na época, final dos anos 70, início dos anos 80, não foi creditada às baixas vendagens, mas para garantir a qualidade do trabalho das artistas. Fora que as revistas que vendem mais geralmente são as que trazem brindes legais.

[2] Logo, elas representaram uma inovação.

[3] Claro que para esse senhor só existem séries shounen e seinen populares. Coisas como Nana, Hana Yori Dango, Fruits Basket ou ainda o material CLAMP não são sucesso. Aliás, há revistas mensais, bimestrais, trimestrais e não acho que sejam somente de shoujo ou josei mangá.

[4] O sujeito é apocalíptico. Ele acredita piamente que revistas semanais são da ordem da natureza, não tê-las é antinatural e representaria o fim da indústria de mangá.

domingo, 22 de abril de 2007

Vertical Lança Nova linha de Mangás



A Vertical é uma editora americana especializada em livros japoneses e que publica mangás clássicos. Por exemplo, Buda de Osamu Tezuka foi publicada por ela nos EUA. Até pouco tempo atrás, não conhecia a editora que foi fundada em 2002, mas como ela começou a lançar material de Takemiya Keiko, acabei tomando contato. Bem, a notícia que está no Anime News Network é que a partir de 2008 eles vão publicar mangás contemporâneos, mas não divulgaram seus licenciamentos, só deixaram claro que será shoujo mangá. Acho que deveriam se especializar em clássicos mesmo, lançar o que ninguém lança, mas como o olho cresce, em especial em relação ao mercado em expansão de leitores de shoujo manggá, vocês sabem...

Falando em Takemiya Keiko, peguei ontem meu volume de Toward Terra na Livraria Cultura. É formato bunko, então tem mais de 300 páginas. Li quase setenta, mas ainda não coloquei os pés direito na história. Takemiya Keiko foi a grande divulgadora do shounen-ai, o ancestral do BL, e a primeira mangá-ka de shoujo a publicar em revista shounen, a Manga Shounen entre 1977-1980. Seu pontapé inicial foi exatamente com Toward Terra (Terra E) que tebve movie nos anos 80. Quando tiver lido e assistido o primeiro episódio da série animada, eu comento. Só que descobri uma cois abem legal, a Vertical já está com outro lançamento de Takemiya Keiko engatilhado, trata-se de outra série de FC, Andromeda Stories. Dessa vez é um shoujo mangá que saiu na finada revista mista chamada Duo (1976-1985). Andromeda Stories, baseada em um romance de Ryu Mitsuse, foi publicada entre 1980-1983 e teve filme animado de 85 minutos em 1982. Interessante é que algumas páginas dão que Terra E também foi publicado na revista Duo e era essa a informação que eu tinah até recentemente, que p mangá era um shoujo publicado em uma revista mista. Mas, enfim, o importante é ver a obra de Keiko Takemiya saindo no Ocidente.

Encontrei poucas informações sobre Andromeda Stories, e não posso confirmar se o pequeno resumo é preciso, mas vamos lá: "Estamos em um outro planeta, e há uma civilização tecnologicamente avançada de humanos ameaçada por máquinas que adquiriram consciência própria. Os gêmeos Gemini, fruto de uma experiência genética, são criados para combater esta ameaça; eles possuem um poder chamado "tempestade sola", uma habilidade de canalizar energia e liberá-la em rajadas com as mãos. Ajudando-os há a Protetora, uma guerreira mítica. O poder das máquinas é imendo e os gêmeos tem que fugir do seu planeta destruído, e terminam chegando à Terra, ...." Bem, foi o que eu consegui, mas não duvidaria que essa fosse somente uma das histórias de uma série de contos quadrinizados, até porque, neste site italiano, encontrei outra descrição. Enfim... Devo encomendar o mangá assim que se torne disponível.

Barazoku volta a ser publicada



A Barazoku (Tribo da Rosa) a primeira revista de mangás gays - feitos por homens para homens - volta a circular depois de ter entrado em hiato em setembro de 2004, diz o Mainichi Shinbum. A revista, antes da interrupção tinha circulado por 33 anos, antes disso, ela tinha retornado em abril de 2005 e agosto de 2006. Assim como acontece com muitas revistas femininas que tem homens como editores, o editor da Barazoku, Bungaku Ito, de 75 anos, não é gay. A proposta da revista é saciar a sede nostálgica de seu velho público e atrair novos leitores gays, a revista também tem um compromisso com a propaganda dos direitos dos homossexuais, inclusive a luta pelo casamento gay no Japão. Além de novos mangás, a revista vai publicar material inédito de Junichi Yamakawa mais conhecido por seu mangá Kuso Miso Technique, diz o Comi Press.

Me preocupei em dar a notícia, porque a Barazoku é um marco e, também, porque muitos garotos gays se identificam com yaoi/BL e acreditam piamente que esse material é feito para eles. Não é, mesmo que possa agradá-los. Mangás gays japoneses, material feito de "homem para homem" têm uma estética bem diferente do yaoi e duvido que agradariam a maioria dos fãs do gênero. Normalmente homens gays japoneses não lêem yaoi, da mesma forma que as fãs de yaoi/BL, raramente lêem mangás gays "de verdade". Se alguém quiser dar uma olhada em material para este nicho um excelente site é o
Animagay.

sábado, 21 de abril de 2007

Lovely Complex



Apesar de ter baixado, ainda não assisti RomeuXJuliet, porque, além da falta de tempo, meu interesse imediato é Towards Terra e Lovely Complex. E depois de alguns dias que pareceram uma eternidade, finalmente saiu Love Com #1 legendado. Bem, acabei de assistir e adorei. ^^ Espero que ganhe mais ritmo e possa ocupar bem o espaço deixadopor Ouran Host Club. Gostei de tudo, apesar do character design original ser mais bonito.

Love Com, que já teve filme live action, conta a história de Koizumi ("pequena primavera), uma garota alta e que se sente deslocada por conta disso, e Otani ("grande vale"), um garoto baixinho para a sua idade. É uma série cômica e romântica que brinca com estereótipos e sem pegar pesado discute questões sérias sem pegar pesado. Por que meninas precisam ser pequenininhas, frágeis, falar baixo, enfim, serem kawaii? Por que garotos precisam ser altos, fortes, brutos? Ambos os protagonistas sofrem, tentam se ajustar, e serem felizes na vida. Só que para isso, precisam se aceitar como são.

Depois de algum tempo lembrei de outra menina de shoujo mangá que tem o mesmo problema que Koizumi, a Ranko de Ace Wo Nerae. Ela era alta demais para uma japonesa e se sentia deselegante, fora do lugar. Daí, ela encontra um jovem tenista que lhe sugere que use sua “desvantagem” como trunfo e se dedique ao esporte. Talvez Koizumi pudesse se tornar uma jogadora de vôlei ou outra coisa. Mas engraçado é que 1,70 m não é lá grande coisa, tenho alunas de 12 anos bem mais altas que isso. Japoneses devem ser realmente pequenos em sua maioria, ou talvez seja exagero do mangá

Aliás, essas convenções de tamanho são ensinadas nos livros de “Como Desenhar Mangá”. Faça sempre o casal com diferença de tamanho, mesmo em um casal gay porque é esteticamente mais interessante (*Quem disse?”); a mulher tem que ser sempre mais baixa, pois se for mais alta ficará parecendo a irmã mais velha ou será comédia como em Love Com. São convenções impostas por repetição e que devem fazer com que muitas meninas rejeitem o garoto mais baixo e vice-versa. Quando passo pela comunidade Adoro Romances do Orkut, vejo o quanto este “ideal romântico” está bem plantado nas mentes e corações das pessoas. Mas vamos voltar ao anime.

A cena em que Koizumi é chamada de giraffa, porque ela dorme em pé, ficou bem legal, aliás, toda a seqüência da formatura e do papo com o professor, foi ótima. Outra parte muito boa foi a sobre o fracasso amoroso da dupla, quando Otani se sente ridicularizado porque a garota por quem se interessa diz que se sente bem perto dele porque ele é tão pequeno que nem parece um garoto, também. ^^

Importante é que a amizade fica sempre acima das disputas amorosas. Em mangás para garotas, as meninas normalmente são solidárias e não competitivas e capazes de fazer qualquer coisa por um homem. Aliás, é uma das coisas boas de se ler mangá e anime, a gente percebe que a representação social da mulher como pérfida, falsa e inimiga das outras mulheres não é universal, e pode e deve ser demolida.

A fidelidade ao mangá foi bem grande, o humor que é o ponto chave da série foi mantido, gostei dos dubladores e a animação ficou boa e isso pesa, porque se esta parte não for pobre pode depreciar um anime com bom potencial. Além disso, o episódio 1 ficou tão bem fechadinho que poderia ser um OAV e terminar ali mesmo. Realmente, quem montou o roteiro pegou nos pontos certos e fez um primeiro episódio que pareceu ter mais que 21 minutos e absolutamente cativante.

Espero que o segundo episódio saia mais rápido e que muita gente comente a série. Como li somente o primeiro volume do mangá, estou baixando o que tem no Manga Traders. O mangá é muito bom e vale a pena ser lido Como foi licenciado nos EUA, as scanlations devem parar. Seria um bom lançamento aqui no Brasil, mas não tenho grandes esperanças por agora. Para uma resenha bem mais interessante que a minha, já que me perdi em comentários off-topic, recomendo o site Japanator.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Eisner Awards 2007



Saiu a lista do Eisner Awards 2007 e eles criaram uma categoria a parte para premiar os mangás publicados nos EUA. Entre os indicados há um yaoi, Antique Bakery, e um shoujo, After School Nightmare. Nesta mesma categoria está Monster, um dos favoritos, e que é publicado aqui no Brasil pela Conrad. Além disso, o Anime News Network aponta que dois "world manga", material publicado pela Tokyopop com influência de mangá (*para mim é isso no máximo, não concordo com o uso do termo mangá para esse material) na categoria Special Recognition. O prêmio Eisner é um dos mais importantes do seu gênero e a lista completa dos indicados porde ser vista na página oficial .
- Best U.S. Edition of International Material—Japan
**After School Nightmare, by Setona Mizushiro (Go! Comi)
**Antique Bakery, by Fumi Yoshinaga (Digital Manga)
**Naoki Urasawa’s Monster, by Naoki Urasawa (Viz)
**Old Boy, by Garon Tsuchiya and Nobuaki Minegishi (Dark Horse Manga)
**Walking Man, by Jiro Taniguchi (Fanfare/Ponent Mon)
- Special Recognition
**Ross Campbell, Abandoned (Tokyopop); Wet Moon 2 (Oni)
**Svetlana Chmakova, Dramacon(Tokyopop)
**Hope Larson, Gray Horses (Oni)
**Dash Shaw, The Mother’s Mouth (Alternative)
**Kasimir Strzepek, Mourning Star (Bodega)

Novo Record para Fruits Basket



A Tokyopop só tem motivos apra comemorar com Fruits Basket, além de ter impulsionado o mercado de shoujo nos EUA e ganhar vários prêmios (por lá), a série agora estabelece um novo record e seu volume 16 consegue ficar em 15º no ranking do "USA Today Best-Selling Books Top 150" na semana do dia 15 de abril. A melhor posição de um mangá tinha sido do volume 11 de Naruto que em setembro passado ficou em 21º lugar. Lembrando sempre que Naruto, Full Metal e Bleach têm anime empurrando, Fruist Basket se garante com a popularidade do mangá. De acordo com o ICV este resultado indica duas coisas, primeiro que o número de fãs das séries populares continua crescendo porque os primeiros volumes continua a venda nas livrarias, e segundo que o mangá está se tornando cada vez mais mainstream nos EUA e sendo incorporado a cultura pop americana. E no Brasil? Quando teremos rankings de vendagem?

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Ranking da Tohan



A Tohan liberou mais cedo o seu ranking e acabei tropeçando nele na página do Anime News Network. Não postei ontem mesmo por conta do ranking da Taiyosha. Bem, três shoujos se mantém na lista, Ouran, Vampire Knight e Nana. E Ouran ainda melhorou de posição! Eis os dez mais:

1. Bleach #27
2. Naruto #37
3. Ouran Host Club #10
4. Detective Conan (Case Closed) #57
5. Worst #17
6. Eyeshield 21 #24
7. Vampire Knight #5
8. One Piece Yellow Grand Elements
9. NANA #17
10. Blue Dragon: RalΩGrado #1

Cavaleiros de Elfheim no Mirc: A Missão!



Cavaleiros de Elfheim ou Alfheim tem no Mirc. 23 volumes bunko, cada um com cerca de 800 páginas e mais de 100 megas. Pois bem, isso me obrigou a ir até o Mirc, canal #lurk. Estava aqui no #lurk, e perdi um tempão lá. Registrei nick, achei o bot, pedi o bot e *NADA* acontece. Só serei feliz quando esta m***** de programa se extinguir, pois assim esse pessoal aprende a usar o torrent ou outro programa melhor. O Mirc é um fóssil vivo do tempo do DOS e não entendo a fixação que muita gente tem por essa coisa... Enfim, cansei. Não dá... E só pode dar !find quem fica morando no fórum e se torna habitué e ganha uns V+ sei lá o que. Realmente, é para obrigar o pessoal a jogar tempo e conversa fora... Eu não tenho tempo sobrando. Morte ao Mirc!

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Ranking da Taiyosha


O ranking da Taiyosha veio com uma surpresa interessante, afinal, não é todo dia que temos um yaoi entre os 10 e na frente de Nana e roubando o lugar de One Piece. Só que sendo Taiyosha é sempre um ranking complicado. Se fosse a Tohan o papo era outro. De qualquer forma, temos Ouran Host Club liderando e isso é muito legal! ^_^

1. Ouran Host Club #10
2. Bleach #27
3. Naruto #37
4. Detetive Conan #57
5. Worst #17
6. Eyeshield 21 #24
7. To Love Ru #3
8. Nee, Sensei?
9. Blue Dragon RalΩGrado #1
10. Nana #17

JAPOP – cultura pop japonesa



O lançamento de um livro sobre anime e mangá ou sobre Cultura Pop japonesa é sempre um motivo de comemoração, quando a autora é brasileira, então, devemos dar todo o destaque. Então, estejam atentos ao lançamento do livro JAPOP – cultura pop japonesa de Cristiane Sato, a presidente da Abrademi, Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações. Logo irei atrás do meu exemplar, o livro está a venda na Livraria Cultura e na Saraiva, e comentarei a edição aqui. Segue o press release e os locais de lançamento:

"Os últimos 20 anos denotam um crescente interesse por tudo aquilo que representa ou significa “Japão” no mundo todo. A cultura japonesa, que era um assunto tratado por poucos pesquisadores, reservado ao meio acadêmico, transformou-se em um fenômeno pop, que influencia criadores das mais diversas áreas das artes, do entretenimento e da moda.

Mais do que exótico, o Japão hoje é sinônimo de algo legal, “cool” e “fashion”. A forma pela qual o país passou de consumidor a exportador de cultura pop, tornando-se a única nação a quebrar a hegemonia dos Estados Unidos na exportação de influência cultural no pós-guerra, é o assunto de JAPOP - O Poder da Cultura Pop Japonesa.

O livro, lançado pela editora NSP Hakkosha, é um fascinante passeio por várias formas da cultura popular industrializada japonesa. Em suas 352 páginas, destaque para o karaokê, a música enka e o J-Pop, mangás e animês, novelas e séries de TV, filmes de samurais e de terror, ídolos do esporte e do showbiz, a dança Yosakoi Soran e a ópera Takarazuka, além de ícones do consumo e da moda.

Perfil da palestrante

Cristiane Sato e formada em Direito pela Universidade de São Paulo, trabalhou em grandes empresas de consultoria e estudou no Japão com bolsa de estudos da Associação de Intercâmbio Brasil-Japão. Publica artigos sobre cultura popular e história japonesa em jornais e revistas desde 1993, e ministra palestras em eventos no Centro Cultural Itaú, Sesi, Sesc, Universidade de São Paulo, Fundação Japão, Embaixada e Consulado Geral do Japão, entre outras instituições.

A pesquisadora é presidente da Abrademi – Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, consultora do site www.culturajaponesa.com.br, e adaptou e editou o livro “História do Xintoísmo em Manga” para português. A publicação de JAPOP contou com o apoio da Fundação Japão, Assessoria Cultural do Consulado Geral do Japão, e faz parte das atividades comemorativas do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, que será oficialmente celebrado em 2008.

Serviço

Palestra e lançamento do livro JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa, com Cristiane Sato
Data: 25 de abril de 2007 (quarta-feira)
Horário: 18 horas (lançamento do livro) e 19 horas (palestra)
Local: Espaço Cultural Fundação Japão
Av. Paulista, 37 – 1º andar
Não e necessário fazer inscrição antecipada
Lotação máxima: 100 lugares
Acesso para portadores de necessidades especiais
Entrada gratuita
Informações: (11) 3141-0110 / 3141-0843
Sites:
www.fjsp.org.br / www.japop.com.br

JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa
Autora: Cristiane A. Sato
Editora: NSP Hakkosha
Publicação: 2007
352 páginas - R$ 39,90
Contato: (11) 5044-8305
Site:
www.satopropaganda.com.br"

Licca-Chan Comemora 40 Anos com Grande Tour pelo Mundo



A boneca japonesa que mais se aproxima da idéia da Barbie, faz 40 anos e comemora com uma linha de bonecas internacional. Para isso foi criado um blog mostrando a viagem da boneca Licca pelo mundo. Junto com a agência de viagens JTB será promovida a The Licca-chan World Tour, um concurso apra colecionadores. O vencedor do concurso ganha uma viagem de 34 noites para Paris. A Takara lucra cerca de 2 bilhões de yen por ano com as bonecas Licca. Ao contrário da peituda Barbie, a boneca Licca é delicada e rechonchuda, sem deixar de ser uma fashion doll.

Shojo Beat faz 2 anos



Saiu um artigo no Publisher Weekly sobre o aniversário da Shojo Beat. A edição comemorativa de dois anos da Shojo Beat americana vai sair trazendo uma amostra de 25 páginas do mangá A Princesa e o Cavaleiro de 1954. O objetivo é aparesentar as raízes do shoujo mangá a partir do trbalho de Osamu Tezuka. De acordo com o editor da revista, Marc Weidenbaum, que também é editor da Shounen Jump americana, a revista seria a embaixadora do shoujo mangá nos USA, pois há poucos volumes de algum mangá feminino nos EUA que vendem tão bem quanto um exemplar da Shojo Beat. Ele também ressalta que qualidade e popularidade impulsionam a escolha dos títulos da revista e que o mangá que você menos gosta na Shojo Beat vendeu pelo menos 20 milhões de cópias no Japão. [Aqui já não sei se é verdade]

A revista tem uma circulação de 35 mil números e uma audiência principal que está no final da adolescência e nos seus vinte e poucos anos, ou seja, 16 e 25 anos. Os títulos de maior sucesso da revista são Full Moon Wo Sagashite e Gentlemen's Alliance de Arina Tanemura; Vampire Knight de Matsuri Hino (Merupuri); e os mangás de Yuu Watase, Zettai Kareshi e Fushigi Yuugi Genbu Kaiden. Já Baby and Me de v não teve sucesso e Tail of the Moon de Rinko Ueda poderia se sair melhor. De acordo com Weidenbaum, mangás com vampiros e centrados na vida escolar têm melhor receptividade.

Além da matéria sobre a Shojo Beat, a Publishers Weekly trouxe um artigo sobre a Aurora, a nova editora que vai publicar os mangás da Ohzora nos EUA. A editora é especializada em mangás femininos e publica os quadrinhos Harlequin. Ela pretende investir em três frentes, o yaoi/BL com Hate to Love You do seu selo Deux, o josei com Walkin' Butterfly (*chamado erroneamente de shoujo), e mangás mais picantes que a editora Mikako Ogata está chamando de "Teens Love". Seria mangás romanticos com conteúdo mais explícito para quem não curte yaoi. De acordo com a editora, as garotas nos EUA não tem esse tipo de material para ler. Bem, isso seria o que os ocidentais costumam chamar de steamy shoujo e Hot Gimmick e outros se encaixam aí, eu diria As tiragens serão de 10 mil exemplares no mínimo e eles pretendem publicar seis títulos da linha Aurora e três do selo Deux em 2007.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Cavaleiros de Elfheim



Alguém conhece este mangá? É shoujo, já tem 54 volumes, um traço clássico e foi indicado ao 29º Seiun Awads que é um prêmio concedido na Convenção Nacional de Ficção Científica do Japão. Vi a matéria no Comi Press, mas não reconheci o nome até porque só conhecia de imagens. Daí, graças ao Manga Cast, descobri que é um shoujo que sai na revista Princess, a autora é Nakayama Seika. Agora, a surpresa é ser tão longo! Pois bem, os outros indicados são Death Note, Yokohama Kaidashi Kikkou, KaraKuri Circus e Buso Renkin. Agora, ao que parece é um prêmio para mangás de fantasia, chamar de ficção científica... Bem, sei lá, só sei que este Cavaleiros de Elfheim (妖精国の騎士 - Alfheim no Kishi ) não deve ganhar.
Procurando, consegui alguma informação sobre a série: "'Elfheim no Kishi' é a grande obra de Nakayama Seika, uma bem sucedida mangá-ka de shoujo que é - a despeito dos seus numerosos trabalhos - praticamente desconhecida pelo fandom ocidental. Com "Elfheim no Kishi" Kakayama-sensei criou um conto épico de fantasia com um estilo clássico de shoujo mangá contando a história de uma criança marcada por uma profecia, a Princesa Lori. Seus pais são mortos quando ela é muito jovem e ela é levada pelos elfos, aprendendo com eles seus costumes e magia. Mas seu destino é lutar junto com seu amado Príncipe Arthur e seu irmão contra seu pior inimigo que - em sua forma humana - é o irmão mais velho de Arthur." Fiquei curiosa e o mangá começou em 1987 e já tem mais de 50 volumes! Bem que alguém poderia fazer scanlations, mas o número de volumes deve assustar...

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Orpheus no Mado ou “Desgraça pouca é bobagem”



Desde dezembro do ano passado, estava colecionando o mangá Orpheus no Mado (A Janela de Orpheus – オルフェウスの窓– 1975-1981) de Riyoko Ikeda, os últimos três volumes chegaram na sexta-feira. Todo mundo que me conhece sabe o quanto sou fã da autora da Rosa de Versalhes, pois bem, dos grandes mangás de Ikeda, aqueles que a tornaram famosa antes dela decidir que não estava mais a fim de desenhar, só me faltava este. Tenho A Rosa (ベルサイユのばら– 1972-74), Oniisama E (おにいさまへ・・・– 1975), Claudine (クローディーヌ…! – 1978 *história curta dentro de uma coletânea); e, claro, dos posteriores eu tenho Catharina, a Grande (女帝エカテリーナ– 1982-?), com um traço que já não me agrada muito.

Orpheus no Mado é uma obra longa, tem 18 volumes ao todo, 9 na reedição que eu comprei e já teve outras várias reedições e formatos no Japão. Já tinha lido comentários que diziam que Orpheus era a obra prima de Ikeda, não concordo, mas quanto a ser uma obra densa, sim, sem dúvida é, mas também é um mangá diferente dos outros de Ikeda. E por quê?

Em primeiro lugar, há um número absurdo de personagens. Parece novela do Manoel Carlos, as criaturas aparecem, fazem uma ponta e somem... não raro morrem! Inclusos aí estão figuras históricas como Lênin, Rasputin, o Czar e família, só para citar alguns. O mangá, publicado na Margaret, começa com furigana (*a colinha em hiragana do lado do kanji) e do meio para lá é kanji puro, o que talvez indique que o público mais jovem tenha deixado de ser o foco. Os protagonistas, ou melhor, a protagonista chegou a passar uns 4 volumes sem dar as caras, coisa que é no mínimo incomum.

A arte começa idêntica à da Rosa de Versalhes e vai ficando cada vez mais detalhada, madura e realista sem perder a beleza (*coisa comum nos mangás posteriores da autora*). É o melhor da arte de Ikeda, sem dúvida, o ponto alto do mangá. E tal detalhe é ainda mais surpreendente pelo fato da Margaret na época ainda ser semanal, ou pelo menos foi o que eu li em algum lugar, o qu exigiu um trabalho monstro da autora e suas auxiliares.

Agora, o que marca mais Orpheus é que Ikeda exagera na tragédia. Quem conhece os mangás da autora, sabe que ela, como a maioria das suas contemporâneas, curte um grande drama, que as protagonistas nem sempre são felizes, mas em Orpheus a coisa ganha proporções terríveis, e ninguém consegue alcançar a felicidade. Mas eu não resumi a história ainda, melhor fazer isso.

A história começa em Regensburg, Alemanha, 1903. No Saint Sebastian Institute há uma lenda que quem ver uma mulher da janela de Orfeu, que fica em uma das torres do colégio, irá se apaixonar perdidamente para toda a vida, mas assim como na história de Orfeu e Eurídice, o amor terminará em tragédia. Neste instituto de música católico estudam Isaak, um aluno de piano muito talentoso, mas pobre e bolsista; Julius, o filho e herdeiro de um homem poderoso; e o misterioso Klaus, um rapaz muito bonito, másculo, heróico e excelente violinista. Detalhe importante é que Julius é uma garota e Isaak e Klaus a vêem pela janela e se apaixonam por ela, sem saber que ela esconde o seu sexo.

Julius ou Julia foi criada como um menino, pois somente assim, sua mãe, uma empregada da família, conseguiu alguma segurança. Afinal, quando soube que a moça estava grávida, o patrão a colocou fora de casa, e só a aceitou porque ela lhe deu o tão desejado herdeiro. Casou-se com seu patrão, mas passou a ser humilhada pelas filhas dele, Maria Barbara e Anelotte, que por causa de Julius perderam direito a boa parte de sua herança.

Julius faz parte, junto com Oscar (Rosa de Versalhes), Saint Just (Oniisama E) e Claudine, do quarteto de grandes personagens andróginas de Ikeda que poderíamos dizer que são interpretadas pela mesma “atriz”, dada a semelhança física entre elas. Só que, diferente das demais, Julius não hesitaria em abrir mão de seu lugar de homem em troca de espartilhos, laços, rendas e lindos vestidos. Ela quer ser a mocinha delicada e protegida, mas por causa da mãe, para garantir o seu segredo, se submete a viver como um homem. Por conta disso, a personagem me parece tremendamente irritante às vezes. Sempre a beira de uma crise de nervos, pensando em suicídio, tomando atitudes desesperadas. Dá saudade de Oscar ou até da quase sempre depressiva Saint Just. Aliás, li em uma página italiana que Saint Just seria a “Oscar fraca”, mas eu daria este título à Julius, que é completamente “anti-Oscar”.

Julius termina se apaixonando por Klaus e o seu segredo – ela é banderosíssima – não dura muito. Aliás, um dos seus amigos, Davi, o primeiro a descobrir a sua identidade, se declara e a beija, e na iminência de ver o segredo de Julius descoberto, beija também Isaak e termina passando por homossexual. É um dos raros momentos de humor da série. Isaak, que na sua fase adulta é idêntico à André, se atrasa em mostrar seu amor, termina então sendo jogado para escanteio e vira o grande “amigo”. Isaak, aliás, é um azarado e se mete em mil envolvimentos amorosos que atrapalham sua carreira.

Orpheus tem um início até meio leve, lembrando os mangás shounen-ai em colégios europeus tão ao gosto dos anos 70, mas logo a barra começa a pesar com múltiplos assassinatos e tentativas de assassinato (*Julius chega a tentar matar seu próprio pai, fonte de sua desgraçada vida de homem), acidentes estranhos (*a mãe de Julius quase morre em um incêndio, depois cai da janela de Orpheus), espionagem internacional, chantagem (*o médico sabe que Julius é Julia e a moça tem que matá-lo, sendo assombrada pela culpa pelo resto da vida), e os suicídios são muitos, também. Há mortes naturais, como a da irmã de Isaak que morre de tuberculose, mas não são menos tristes.

A história começa na Alemanha, como disse, mas logo temos flashbacks. Klaus é russo e se chama Alexei. Seu irmão, Dimitri, foi morto por fazer oposição ao Czar e ele teve que fugir, só que Klaus decide retornar para a Rússia e continuar lutando, deixando Julius, agora órfã e ciente de que muita gente, inclusive uma de suas irmãs (*não direi qual*), a quer morta, para trás. No meio da turbulência, a moça tem um amigo fiel, David, que abre mão de seu amor por ela e se mantém como seu aliado. Mas, Julius vai atrás de Klaus na Rússia, é claro.

Isaak vai para Viena e aí o mangá se foca nele por uns bons volumes, poderia bem ser um gaiden... O rapaz ganha uma bolsa de estudos, se torna um grande pianista, vive muitos romances infrutíferos, pois ele continua sendo “pobre” para os padrões de algumas famílias, além de não ser nobre. O jovem acaba se casando, para escândalo da boa sociedade, com Roberta, uma bela moça, meio desmiolada, que fora prostituída pelo próprio pai por estarem na miséria. Isaak vive a glória, toca para o Arquiduque Ferdinando e sua Esposa (*os assassinados em Sarajevo), mas começa a se desgostar de Roberta que passa a noite na jogatina e age de forma leviana.

1914, estoura a 1ª Guerra. Isaak vai lutar e volta doente. Suas mãos perdem a mobilidade e sua carreira de concertista é dada como acabada. Roberta então passa a vender tudo o que eles têm para que se sustentem e possa comprar remédios na esperança de recuperar a saúde de Isaak. Vende até as partituras do marido, e quando nada mais sobra, volta a se prostituir. Isaak a expulsa de casa e só a reencontra meses depois à morte. Termina viúvo, arruinado financeiramente e com um filho para criar. De volta à Alemanha, ele reencontra Julius, mas ela está desmemoriada. Falei em desgraças, não é?

E vamos para a Rússia. Azaradíssima, Julius acaba engolida pela agitação pré-revolução russa. Ela é ferida e resgatada pelo Príncipe Leonid que a deixa aos cuidados de sua irmã Vera. Sujeito rico, charmoso, inteligente, reacionário e que quer a cabeça de Klaus, ou melhor, Alexei. Ele mantém Julius em cárcere privado. E, claro, termina apaixonado por ela.

Temos aí a história focando nas tentativas de fuga, no reencontro com Klaus/Alexei, na prisão dele por Leonid que o manda curtir uns bons anos na Sibéria e, sim, nos acontecimentos da 1ª Guerra, da influência funesta de Rasputin e da Revolução Russa. Klaus consegue retornar e ficar junto com Julius por algum tempo, mas felicidade dura pouco em Orpheus.

Leonid é quem mata Rasputin no mangá de Ikeda. E mata muita gente mais, inclusive o amado de sua irmã Vera. E a sangue frio! A violência corre solta, com assassinatos, massacres, estupros e tudo mais. Só para se ter uma idéia, a parenta idosa de Klaus que o criou é morta a golpes de foice por uma turba revolucionária, enquanto Julius, grávida é seqüestrada por um dos paus mandados de Leonid.

Quando Klaus é assassinado diante dos olhos da amada. Julius fica tão desesperada que adoece, depois rola da escada, perdendo o bebê e a memória. Sim, tudo sempre muito over. Como as coisas estão muito feias na Rússia, Leonid decide mandar Vera e Julius para a Alemanha, onde podem ficar em segurança. As duas fogem disfarçadas de homem e, depois, Leonid dá um tiro na cabeça.

Tempos depois, Julius recupera a sua memória, com a ajuda de Isaak. Daí, voltamos ao ponto em que estávamos com Isaak incapacitado e com um filho para criar. Para dizer que nada de bom acontece, o filho de Isaak herda seu dom, para orgulho e felicidade do pai. E Julius? Bem, destruída pela dor, ela termina sendo estrangulada e atirada em um rio por um dos antigos desafetos que a culpava pela morte de sua amada. Disse que uma das irmãs dela estava conspirando, certo? Pois é, ela acabou morrendo e Julius metida no rolo por acidente.

E só contei em linhas gerais as coisas, porque é um mangá tão cheio de personagens e texto que uma leitura de imagens é quase impossível! Enfim, acompanhar as tragédias das personagens principais e secundárias é de cortar o coração. Não vejo Orpheus como “a obra prima” de Ikeda. Acredito que ela errou a mão em muitos momentos, exagerou nas tragédias, mas, mesmo assim, é um dos grandes trabalhos da autora e digno de ser lembrado e lido. Aliás, daria um excelente romance e no mangá já tem texto suficiente para isso.

E não pensem que eu escreveria esse resumão dos protagonistas sem a ajuda de uns bons sites... Bem, sugiro os seguintes: Orpheus no Mado Encyclopaedia, Storm in Heaven (*alguns capítulos estão traduzidos para o inglês), Shoujo Manga Outline, Das Fenster von Orpheus e Manga World (*sinopses até o volume 14).

Canal Animax na Europa


A notícia estava no site Missión Tokyo, mas está em várias páginas européias. Parace que a Sony está planejando estender o Canal Animax - exclusivo de animes e sem censura - para Espanha, Reino Unido, Alemanha, França e países da Europa Central. Se o boato existe e o canal Animax está presente em quase todo mundo, é questão de tempo. Mesmo que o Animax não me encha os olhos e me aborreça a dublagem e a falta de shoujos, com certeza é um presentão para muita gente.

domingo, 15 de abril de 2007

Shoujos Mais Vendidos de Março



A Taiyosha publica a lista dos mangás mais vendidos por mês por gênero e o Shoujo Manga Outline sempre traduz e disponibiliza a lista. Eis os mais vendidos do mês de março no Japão:

1. Nana #17
2. Love*Con #16
3. Fruits Basket #23
4. Kiniro no Corda - La Corda D'Oro #8
5. Koukou Debut #8
6. Sprout #4
7. Fushigi Yugi Genbu Kaiden #6
8. Five #6
9. Boku wo Tsutsumu Tsuki no Hikari #4
10. Yamato Nadeshiko Shichi Henge #18

sábado, 14 de abril de 2007

Sarah Brightman cantará o tema do 10º filme de Pokemon



Sarah Brightman, soprano mundialmente conhecida pela sua interpretação de Christine no musical O fantasma da Ópera, foi convidada para cantar o tema do 10º filme de Pokemon, diz o Anime News Service. O nome da música tema é "Be With You: Itsumo Soba ni" (Sempre do seu lado) e estará no álbum da cantora que será lançado no outono americano e no single que sai no Japão no dia 11 de julho. Eu realmente fiquei surtpresa e encantada com a escolha, pois gosto muito dela. Só lembrando, Pokemon comemora uma década de sucesso como anime este ano.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Ranking da Tohan



Esta semana, o top 10 da Tohan está bem parecido com o da Taiyosha. O único shoujo solitário é Ouran Host Club. Como não queria repetir a capinha do volume 10, peguei as imagens de duas pink streets desta página. Não são tão bonitas, mas acredito que haja outras bem mais legais. Poderiam lançar figures. Peguei a lista traduzida pelo Comi Press. Até agora ninguém traduziu os outros rankings da Taiyosha. Oooops! Quase deixei passar!!!! Vampire Knight da autora de Merupuri está em 9º!!!!!

1. Bleach #27
2. Naruto #37
3. Detective Conan #57
4. Ouran High School Host Club #10
5. Eyeshield 21 #24
6. One Piece Yellow Grand Element
7. To-LOVE-Ru #3
8. WORST #17
9. Vampire Knight #5
10 .Blue Dragon Ral Grado #1

Ganhadores do Tokyo Movie Award




O 6º Tokyo Movie Award foi distribuído em cerimônia feita na Tokyo International Anime Fair 2007 que aconteceu entre 22 e 25 de março. O prêmios máximos concediam uma quantia de um milhão de yen, fora outros prêmios menores para outras categorias. O grande vencedor foi Toki wo Kakeru Shojo, que eu quero muito assistir e não sei porque ainda não apareceu fansubado. A lista dos vencedores veio d apágina do Anime News Service:

- Animação do Ano: Toki wo Kakeru Shoujo (The Girl who Lept Through Time)
- Melhor Série de Anime para TV: Code Geass - Lelouch of the Rebellion/The Melancholy of Haruhi Suzumiya/Death Note
- Melhor Filme de Animação Longa Metragem : Arashi no Yoru ni (On a Stormy Night) Paprika
- Melhor OAV: Aim for the Top 2/Gunbuster 2: Diebuster Freedom
- Melhor Filme de Animação Longa Metragem Estrangeiro: Carros
- Melhor Diretor: Hosoda Mamoru (The Girl who Lept Through Time) - Melhor História Original: Tsutsui Yasutaka (The Girl who Lept Through Time)
- Melhor Roteiro: Okudera Satoko (The Girl who Lept Through Time)
- Melhor Direção de Arte: Yamamoto Nizo (The Girl who Lept Through Time)
- Melhor Character Design: Sadamoto Yoshiyuki (The Girl who Lept Through Time)
- Melhor Dublador/a: Hirano Aya (The Melancholy of Haruhi Suzumiya)
- Melhor Música: Hirasawa Susumu (Paprika)

Kisshoh Tennyo vira filme


Kisshoh Tennyo, mangá de Akimi Yoshida do hit Banana Fish, vai virar filme, diz o Anime News Service. A série é de terror psicológico e se centra na figura de Sayoko, da família Kanou, que é considerada a descendente de uma deusa. Bela como uma deusa por fora e com um coração maligno, ela tenta a todo custo controlar esse seu lado cruel. Mas quando tentam tomar a fortuna de sua família ela protege os seus usando todos os seus poderes de sedução para atrair os inimigos para a sua armadilha. A série foi publicada entre março de 19983 e julho de 1984 na revista Bessatsu Shoujo Comic. Ganhou o Shogakukan Award de 1984. A série que vendeu mais de 2.5 milhões de cópias se encontra esgotada e já tinha sido transformada em dorama com 10 episódios exibidos entre abril e junho de 2006. A estréia será no verão de 2007 e o Anime News Service traz detalhes sobre o elenco. Interessante é o mangá não ter sido republicado ainda. Acredito que não demore.

Nova Esperança para One Piece Anime nos EUA


Por conta dos cortes e edições - em parte culpa dos japoneses - One Piece não foi bem nas tvs americanas, e nem nas nossas. Por lá, a Cartoon Network cancelou a série, mas eis que alguma coisa boa acontece e agora os direitos da série foram comprados nos EUA pela Funimation que tem um canal que exibe somente anime e, ao contrário da Animex daqui, não discrimina os shoujos, tendo exibido Utena e Fruits Basket. Pois bem, agora, de acordo com o Anime On Line, a série voltará a ser exibida nas tvs e será lançada sem cortes e com legendas para DVD. O único problema é que a Funimation só conseguiu os direitos de exibição a partir do episódio 144.

JBC inova: Assinatura de Full Metal Alchemist



Bem, quando as editoras oferecem asisnatura é porque as vendas vão bem e não o contrário... De qualquer forma, depois do recall de Fruits Basket, a JBC inova outra vez oferecendo assinatura de Full Metal Alchemist. Vejam só:
  • Frete grátis para qualquer local do Brasil. Além dos 10% e desconto, todos os assinantes terão isenção total do frete.
  • Os assinantes receberão quinzenalmente as edições, diretamente no endereço fornecido.
  • A edição número 28 de Fullmetal Alchemist não é o final da série. A assinatura da continuidade será disponibilizada no momento oportuno.
  • Caso ocorra algum atraso por questões de produção gráfica, todos os assinantes serão imediatamente notificados.
  • A assinatura passará a vigorar somente após a confirmação do pagamento.

Falando em Full Metal Alchemist, aqui em Brasília, na Feira dos Importados, tem uma banca que vende DVDs de anime e pôsteres de várias séries, eles também estão vendendo um set com trading figures de Full Metal Alchemist (as maiores e mais bonitas), Bleach, Naruto e outros. Quase não venderam nada, meu marido comprou somente uma. E o preço está bem em conta. Perguntei se eles iam montar banca no Kodama, mas eles ou não conhecem o evento, ou fizeram pouco caso. Enfim, as figures já estão lá faz uns dois meses e não foram descobertas, no Kodama venderiam em 10 minutos.

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Coisa Rara: Yaoi Figures!!!



Meu marido coleciona figuras (*alternativa para quem não sabe montar garage kits) e já conversamos várias vezes sobrea falta de figuras masculinas que não sejam truculentas (Berserk, Rambo, E outros) ou monstruosas. Imperam as bonecas, algumas em poses sensuais inclusive de mau gosto. Começamos a pensar que é um hobby japonês restrito ao sexo masculino. Pois bem, agora descobri, graças ao site ICV que existe uma empresa, a Kotobukiya, que lançou uma linha de figures yaoi, a Togainu no Chi. As primeiras peças são cat boys da série Lamento que, de acordo com o ICV, é muito apreciada pelas leitoras adultas japonesas. Como sou desinteressada em yaoi e não curto neko personagens, nunca ouvi falar da série.
Falando das figures, elas parecem ser muito interessante e bem feitas. Os rabos sao personalizáveis e algumas peças de roupa são removíveis. Em outubro serão lançados mais dois personagens e todos os quatro vêm com um CD exclusivo. Comprando os dois é possível montar um diorama. Bem que a Kotobukiya poderia revolucionar de novo e lançar no mercado figures de séries shoujo e josei. Se fizessem o Chiaki e a Nodame, por exemplo, acho que cometeria a loucura de comprá-los. ^_^

quarta-feira, 11 de abril de 2007

As Japonesas Preferem a Shounen Jump



A Oricon fez uma pesquisa com cerca de 3000 leitoras de mangá perguntando qual a sua revista favorita. Shounen Jump ficou em primeiro lugar com grande vantagem, o que não é surpresa, pois boa parte dos seus mangás viram anime e têm grande exposição, alguns grande qualidade, fora, claro que são ótima fonte para fanzineira yaoi. As leitoras citaram One Piece, Death Note, e The Prince of Tennis como o principal atrativo da revista, diz o Anime News Network. Nada de Naruto entre os mais lembrados. Em segundo lugar, por conta de Nana, veio a Cookie. Em 3º a Margaret, em 4º a Hana to Yume e empatados em 5º a Sho-Comi, a Weekly Shounen Magazine e a Lala.

A matéria cita Matt Thorn e o fato dele ter apontado que as garotas estão se interessando por mangás ostensivamente direcionados ao público masculino, e isso seria uma tendência. Pode até ser o caso de One Piece, mas coisas como POT e Death Note têm atrativos outros, inclusive personagens bishounens (*ou quase*) e situações homoeróticas sugeridas. Agora, abrindo a página da matéria original percebi que as entrevistadas citadas não eram propriamente garotas, a mais nova tinha 16 e as demais 17, 19, 21, 23 e 24 anos. Queria saber o que as meninas até 15 anos lêem, porque essas mais velhas não se qualificam como garotas mas, sim, mulheres. E mulheres que lêem material direcionado à meninos adolescentes.