quarta-feira, 30 de abril de 2014

Arina Tanemura desenha mais uma das Sailors


Mais um fanart de Arina Tanemura homenageando Sailor Moon (セーラームーン).  Desta vez, é Sailor Júpiter.  Acho que ela vai desenhar todas as senshi.  Está no Twitter da Mangá-ka.

Ranking do Comic List


Este é o ranking do Comic List da semana de 23-29 de abril.  70% do top 10 de shoujo mangá entrou no top 30 geral.  Não foi a melhor semana dentre as últimas, mas foi uma boa semana ainda assim.  Hibi Chouchou foi a única série que marcou presença entre as dez mais vendidas.  Com o sucesso que anda fazendo, deve ter anime, dorama ou filme para o cinema em breve.

10. Hibi Chouchou #7
17. Mune ga Naru no wa Kimi no Sei #4
19. Honey #4
23. Mairunovich #11
25. Kokoro Button #12
26. Aozora Yell #15
29. Ato nimo Saki nimo Kimi dake  #7

Diferente do que vem acontecendo, desta vez quase tudo está no lugar.  Shoujo em shoujo, josei em josei.  Exceções gritantes, claro, são Chihayafuru, que por estar em shoujo tirou o lugar de Kimi ni Todoke, o 16º do ranking de shoujo, e Hyakushou Kizoku, que é shoujo e só apareceu em josei, porque Chihayafuru está no lugar errado.  De resto, a maioria dos títulos são bem mainstream, principalmente em josei, com pouco espaço para séries de editoras pequenas, ou mesmo BL.

SHOUJO
1. Hibi Chouchou #7
2. Mune ga Naru no wa Kimi no Sei #4
3. Honey #4
4. Mairunovich #11
5. Kokoro Button #12
6. Aozora Yell #15
7. Ato nimo Saki nimo Kimi dake  #7
8. Chihayafuru #24
9. True Love #4
10. Katana #11
11. Akaiito #5
 12. Usotsuki Lily #15
13. Love so Life #14
14. Oresama Teacher #18
15. Ookami Shoujo to Kuro Ouji  #9

JOSEI
1. Dame na Watashi ni Koishite Kudasai  #3
2. Haru Meguru  #2
3. Utautai no Kurousagi  #5
4. G Senjou no Anata to Watashi  #1
5. Iromen – Juunintoiro  #1
6. Cinderella no Kutsu, Arimasu。#1
7. Katakoi Opera
8. Haraheri Arata no Kyouto Meshi  
9. Steve Jobs #2
10. Boku to Shippo to Kagurazaka  #4
11. Meiji Hiiro Kitan  #111
12. Rabuderihime to Kurokishi Himitsu no Dorei Keiyaku Rabuderi Himekoi 
13. Gin no Spoon  #9
14. Danjo Kankei, Hajimemashita。
15. Hyakushou Kizoku #3

terça-feira, 29 de abril de 2014

Arina Tanemura homenageia Sailor Moon


O ANN fez dois posts com fanarts de Arina Tanemura - uma das mais importantes mangá-kas de sua geração - em homenagem à Sailor Moon (セーラームーン).  Primeiro, ela postou em seu Twitter um desenho da protagonista, Sailor Moon.


Mais tarde, ela postou Sailor Marte e Sailor Mercury.


Pelo jeito, podemos esperar por todas as Inner Senshi.  Não sou particularmente fã da arte ou dos mangás da autora, mas ela é muito talentosa e valorizada no Japão.  Acho que vale a pena seguir a autora, pois além das sailor, ela posta coisas bem legais.

Algumas reflexões sobre o #SomosTodosMacacos


Fiquei vendo as manifestações pró e contra a hashtag #SomostodosMacacos e achei que tinha que aproveitar (*o início da madrugada*) para escrever alguma coisa.  A onda de manifestações na internet, porque, sim, trata-se de uma onda, começou depois da reação espontânea do jogador Daniel Alves, do Barcelona, depois de mais um vergonhoso caso de racismo no futebol.  Atiraram uma banana no campo quando o jogador brasileiro ia bater o escanteio, ele parou, pegou a banana, comeu e continuou fazendo o que deveria fazer, inabalável.  Segundo as próprias palavras do atleta:
“Foi um gesto superespontâneo, mesmo que eu já venho a um certo tempo sofrendo esse tipo de coisa, eu acho que as atitudes negativas têm que ser sempre pagas com atitudes positivas. Não tinha nada programado, não. Eu não imaginava que iam atirar uma banana em um campo de futebol”, declarou Daniel Alves.

A coisa, claro, não morreu aí, especialmente, quando Neymar, uma das grandes estrelas do futebol mundial, apareceu com seu filhinho, ambos com bananas na mão e a hashtag #somostodosmacacos.  A coisa viralizou, claro, e apareceram outras tantas pessoas portando bananas.  OK, pensei eu.  Somos todos primatas, como bem sabe quem não faltou as aulas de biologia, somos, portanto, todos macacos, cientificamente falando (*os religiosos podem rejeitar isso, mas conhecem o discurso evolucionista e entenderiam a mensagem, também*), e racismo não se fundamenta em fatos científicos, mas em (pre)conceitos, isto é, atribuir valor a determinados traços fenotípicos (*cor de pele, olhos, formato da cabeça, espessura de lábios, tipo de cabelo, etc.*).  E, sim, eu repassei no Facebook coisas com a hashtag #somostodosmacacos.

Houve reação de certos segmentos dos movimentos negros argumentando que usar macaco/banana associado ao racismo contra os negros não é empoderador.  Bem, eu acredito ser possível desconstruir um termo ofensivo, se apropriar dele, subvertê-lo.  Não é isso que as feministas fazem com o termo vadia?  Daí as Marchas das Vadias (Slut Walk) que se multiplicam pelo mundo?  Há quem transforme até o termo macaco em termo de afeto.  Conheci um senhor negro, casado com uma mulher negra, que chamava a companheira carinhosamente de “macaca”.  Eu achava estranho, mas era algo entre os dois e sempre o termo vinha carregado de profundo afeto e ternura.  



No entanto, compreendo bem o argumento dos militantes, pois nunca, não no mundinho em que vivemos, uma pessoa branca será chamada de macaca e, mais ainda, toda uma rede de sentidos será conjurada do nosso imaginário social.  Não consegue entender?  Quando um negro ou negra é chamado de macaco, o que vem de arrasto são outros termos como feiúra, incapacidade ou inferioridade intelectual, sujeira, má educação.  É algo muito forte, muito ofensivo.  Historicamente a associação prestou-se aos discursos racistas (pseudo)científicos e políticos para desqualificar os povos negros, suas capacidades intelectuais, para confiscar direitos e humilhar pessoas.  Mas eis que várias celebridades e gente comum socialmente brancas postaram suas fotos com bananas ou com a hashtag #somostodosmacacos  Neste caso, a participação de Neymar foi mais que fundamental.

Não concordo com o argumento de que um jogador de futebol rico e famoso esteja livre de sofrer com a face mais violenta do racismo, isto é, ser tratado como bandido por causa de sua cor de pele e algumas características físicas, ser humilhado e até morto.  Primeiro, porque o econômico ajuda, mas não é determinante ou não teríamos aberta, ou veladamente, estabelecimentos, condomínios, e outros, que dificultam (*porque neste país proibir é crime*) a entrada de pessoas negras que, sim, tem dinheiro para pagar para consumirem determinados produtos e ocuparem certos espaços.  Fosse assim, a família de Ronaldo Fenômeno não teria sido discriminada em um luxuoso condomínio da Barra da Tijuca.  Segundo, porque o fato de não nos sentirmos discriminados – e isso vale para qualquer (pseudo)minoria   não nos impede sermos lembrados de “nosso lugar” mais cedo ou mais tarde.  Tenha certeza, isso vai acontecer e vale para negros, mulheres e gente com “cara de pobre”.  Uma professora da UnB disse uma vez em palestra que todo brasileiro que viaja para o exterior terá, pelo menos uma vez na vida, a oportunidade de se sentir um não-branco, isto é, talvez ser chamado de macaco, tratado como inferior por vir de um país periférico, visto como pobre, por ser do Brasil.  Terceiro, porque em uma situação de violência, especialmente, de abuso policial, mesmo um negro rico ou bem colocado na vida pode não ter a chance de provar que “não é bandido” ou "dar uma carteirada".  De novo é a cor da pele e certos traços físicos que marcam negros, principalmente os homens neste caso, que os coloca na condição de criminosos em potencial.  Já as mulheres negras não são vistas como ameaça, dificilmente alguém vai mudar de calçada ou segurar com mais força a bolsa ao vê-las se aproximando, mas elas são primariamente identificadas como serviçais ou como corpos que podem ser sexualmente apropriados simplesmente por serem negros. 



Só que aí, ficamos sabendo que talvez a aparição de Neymar (*parece que é certeza mesmo*) tenha a ver com uma mega campanha publicitária ligada ao empresário – sim, ele também é isso – Luciano Huck.  Já temos camisetas para vender e tudo mais e isso, claro, gerou muita insatisfação.  Huck (*e sua esposa*) tornaram-se centro da discussão e estão lucrando com algo que, no início, pareceu espontâneo e muito válido.  Um casal branco tornou-se protagonista de algo que deveria ser uma reação contra o racismo partida de pessoas que são vistas como negras e discriminadas por isso.  Um casal branco, especialmente o marido neste caso, vai ganhar muito dinheiro com isso e posar de bonzinho e politizado.  Enfim, eu não descarto a possibilidade da subversão do termo, da solidariedade, mas ficou algo amargo na boca.

Para além do racismo no futebol, acontece no Brasil um verdadeiro genocídio da juventude negra e as estatísticas são das piores: “Em 2010, morreram no Brasil 49.932 pessoas vítimas de homicídio, ou seja, 26,2 a cada 100 mil habitantes. 70,6% das vítimas eram negras. Em 2010, 26.854 jovens entre 15 e 29 foram vítimas de homicídio, ou seja, 53,5% do total; 74,6% dos jovens assassinados eram negros e 91,3% das vítimas de homicídio eram do sexo masculino. Já as vítimas jovens (ente 15 e 29 anos) correspondem a 53% do total e a diferença entre jovens brancos e negros salta de 4.807 para 12.190 homicídios, entre 2000 e 2009. Os dados foram recolhidos do DataSUS/Ministério da Saúde e do Mapa da Violência 2011.”  Os dados não mudaram muito desde então.  De quem é a responsabilidade?  Por que jovens negros são vítimas e agentes preferenciais da violência?  Junte o econômico e o cultural e teremos algumas respostas.



Nos últimos meses tivemos vários assassinatos emblemáticos de homens e uma mulher, Cláudia, que chocaram o país.  Crimes perpetrados pela força policial, pelo Estado, portanto.  Amarildo sumiu depois de ser levado pela polícia.  Cláudia, dona de casa, mãe de família, trabalhadora, foi baleada e tratada como lixo pelos policiais que (supostamente) lhe prestavam socorro.  Em 2011, houve o caso do menino Juan, morto por policiais e descartado em uma lixeira.  Mais recentemente, o do dançarino DG.  Neste último caso, não foi confirmada a participação da polícia, mas os indícios são fortes.  Ponto comum?  Todos negros, todos moradores de comunidades pobres, as nossas favelas.  Quando eu era criança, moradora de uma cidade da Baixada Fluminense, uma das ofensas mais comuns trocadas entre meninas (*e palavra nunca usei, porque nunca vi meus pais ou avós usando esse tipo de xingamento e eles eram meu modelo*) era "neguinha favelada".  Um... ser pobre, OK, morador da Baixada Fluminense, "tá de boa", mas ser negro e favelado era para arrasar com você.  E, vou contar um segredo, a maioria de nós seria facilmente identificada como negra em qualquer contexto.  Triste, não é?

O caso DG parece já ter sido eclipsado pelo #somostodosmacacos, que agora me parece vazio e despolitizado, mas rendeu uma bela homenagem no programa de Regina Casé.  Não sei se se o rapaz não fosse dançarino de um programa da Globo a atenção seria a mesma.  Neste caso, eu acho que se existe o espaço, ele deve ser usado para denunciar e pedir justiça não somente para DG, mas para tantos outros jovens negros que sofrem violência em primeiro lugar simplesmente por isso, serem negros.  



É preciso dar um basta nesse papinho de “não somos racistas”.  Somos sim.  Nossa cultura é racista e contamina todos nós.  Mesmo pessoas negras expressam idéias racistas, porque foram moldadas em uma sociedade que nos bombardeia o tempo inteiro.  É possível romper com (pre)conceitos, mas isso exige uma disciplina e vigilância constante.  Assim como no caso do machismo, o exercício pode ser doído e render acusações por parte de quem lucra com as discriminações, os privilégios, ou sequer vê que eles existem. Sim, há inocentes úteis, os cúmplices tão necessários para a manutenção do sistema, como bem apontou Simone de Beauvoir.  De novo, repito, não é fácil.  Somos a todo momento pressionados a mudar de calçada, torcer o nariz para expressões culturais vistas como negras, a achar que cabelo liso é lindo e o negro é ruim, feio, “vassoura de bruxa”.

Para fechar, não sei se considero o protesto #somostodosmacacos tão interessante assim, mas retomando a fala de Daniel Alves, é preciso fazer algo de positivo com ele.  Sim, somos tod@s iguais em humanidade e devemos ser em direitos políticos.  É preciso lutar – e não falo aqui de socialismo ou revolução – por um mundo mais justo e menos excludente, que permita aos jovens das periferias, subúrbios, entorno (*como é se usa aqui em Brasília*), melhores condições educacionais e a possibilidade de inserção no mercado de trabalho não somente em postos mal pagos e subalternos.  É preciso acabar com essa associação nefasta de pele negra e crime, como se fosse “natural” que essa violência toda aconteça.  Sim, devemos lutar por um mundo mais justo para tod@s, para que nossas crianças negras não cresçam se sentindo inferiores, menos capazes, bonitas.  Para que ao chegarem lá no final do seu ensino médio não precisem mais das cotas, porque as desigualdades foram diminuídas e o sentimento de inferioridade não criou raiz dentro delas.  Eu acredito que é possível.  



Não sei se coisas como #somostodosmacacos vão ajudar, que a coisa não vai ser diluída, mas é preciso fazer limonada de limões e aproveitar a visibilidade que o evento está tendo.  Futebol é o esporte de maior visibilidade no mundo e temos que nos aproveitar dele para tentar minar o racismo e seus efeitos colaterais.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

NewPop vai lançar Loveless no Brasil


Houve tempo, lá atrás, quando eu acreditava que o mercado brasileiro de mangás teria um futuro promissor, que eu apostava que Loveless (ラブレス), de Yun Kouga, logo seria lançado no Brasil.  Os anos passaram e nada!  Mas, enfim, se até Sailor Moon (美少女戦士セーラームーン), um fenômeno cultural (*sim, é desta forma que esta série shoujo infanto-juvenil precisa ser vista*), demorou mais de duas décadas para chegar aqui, imagina Loveless!  Mas eis que a NewPop anunciou a série para JUNHO.  Frisei o mês, porque a editora costuma lançar o que promete, mas não é muito fiel nas datas.

Loveless, série que ainda está sendo lançada no Japão e passou por vários hiatos, teve anime, foi lançada em vários países, faz sucesso nos EUA, tanto que foi re-licenciada depois que a Tokyopop quebrou, tem muitos atrativos.  Um deles é o traço de Yun Kouga.  Outro, é seu caráter BL (*e há yuri na série, também, aviso*).  Sim, é inegável que Loveless é um BL e que lentamente, sem grande alarde, essa vertente dos mangás femininos vai ganhando algum espaço no Brasil.  Mas é tudo muito discreto, sem que nenhuma editora queira "sair do armário" e anunciar a coisa com letras garrafais.  Sabe, uma das coisas que parecem certas para os editores é que o público brasileiro médio é conservador e só aceita algo yaoi disfarçado dentro dos shounen arrasa-quarteirão.  Pelo menos, estão tentando.  De resto, Loveless junto com Sailor Moon já é o anúncio shoujo mais importante do ano.


Desejo sucesso para o lançamento, sei que muita gente gosta da série, mas eu, particularmente, não consigo simpatizar com Loveless.  Há um flerte com a pedofilia que não me desce.  Gosto muito de Earthian (アーシアン), que também é da autora e teve animação, acho uma série com momentos muito ternos, comoventes e delicados.  É trata-se de outro BL.  Agora, Loveless carece da elegância de Earthian.  A começar com a grosseria de dizer que o duplo par de orelhas significa que a personagem é virgem.  O protagonista, por exemplo, se preocupa no primeiro volume com a reação da mãe caso chegue em casa sem seu par de orelhas extra... Assim, eu ri, mas de constrangimento.  Mas isso sou eu.  O único porém de verdade é o fato do mangá estar em andamento.  São 12 volumes, mas a série já foi interrompida várias vezes.  Não acho que a NewPop alcance a edição japonesa tão cedo, mas uma série fechada ou que seja publicada de forma realmente regular no Japão é algo mais tranquilizador.

De resto, não sabia que a Panini tinha lançado um BL este ano, Full Moon ni Sasayaite  (向滿月微笑), de Sanami Matou. O nome por aqui foi FullMoon: Sussurros. Estou realmente por fora das coisas.  Não vi o volume nas bancas de Brasília, no entanto, não iria procurar por não estar a par do lançamento.  "Mea culpa!  Mea culpa! ..."  E, segundo o Gyabo, a Panini vai lançar a continuação da série!  Os dois volumes de @Full Moon (アットフルムーン), que sairá por aqui com o nome de Full Moon – Contos da Lua Cheia.  Curioso é que o primeiro volume é de 1998 e os dois novos saíram em 2008.  Não sei o que motivou o lançamento, se uma tentativa de contemplar os fãs de BL ou o fato da história ter vampiros e lobisomens.  De repente, as duas coisas... 

domingo, 27 de abril de 2014

Detalhes do anime de Sailor Moon revelados em grande evento no Japão



Todos os sites mais importantes já noticiaram, afinal, o que houve de mais importante de ontem para hoje do que o evento de Sailor Moon (セーラームーン) no Japão?  Character design do anime, dubladoras, detalhes do novo musical, tudo foi revelado.  Eu consegui abrir a matéria no ANN bem cedinho pela manhã, mas somente agora pude sentar e colocar as informações aqui no Shoujo Café.  C’est la vie!  Não pensem que não acho que o novo anime de Sailor Moon é o acontecimento do ano para os fãs de shoujo, porque é, sim.  Só mudaria de idéia se uma bomba como o novo anime da Rosa de Versalhes ( ベルサイユのばら) caísse em cima da minha cabeça... Bem, Naoko Takeuchi é difícil, mas a Ryoko Ikeda é mais, com a vantagem de não precisar viver da Rosa de Versalhes, ainda que esta seja a sua obra mais conhecida e aclamada.  Mas vamos lá!  Será um post cheio de imagens, não vou colocar a foto das dubladoras, mas elas estão lá no ANN.

Primeiro, falando do character design, eu não sei se gostei.  Quer dizer, ele é bem Sailor Moon, sem dúvida, mas até por ter o povo que faz Precure (プリキュア) envolvido, eu olho e vejo muito dessa franquia nas primeiras imagens.  Quando vi a primeira foto de Sailor Moon, imaginei algo bem mais próximo do mangá.  Ficou algo meio termo, mas a gente só terá idéia da qualidade quando tivermos os episódios.  Eis como ficaram as meninas em seus trajes “civis”:

Usagi Tsukino

Ami Mizuno

Rei Hino

Makoto Kino

Minako Aino

Uma boa notícia, que imagino deve ter agradado muita gente, é que a dubladora original de Usagi, Kotono Mitsuishi , voltará ao papel 22 anos depois.  Acredito que seja uma grande emoção para ela.  As outras dubladoras são Hisako Kanemoto (Ami Mizuno/Sailor Mercury), Rina Satou (Rei Hino/Sailor Marte), Ami Koshimizu (Makoto Kino/Sailor Júpiter) e Shizuka Itou (Minako Aino/Sailor Vênus).  Rina Satou comentou que brincava de Sailor Moon quando criança e que, por ser alta, era obrigada a ser Makoto/Sailor Júpiter, mas que sempre se sentiu e sonhou em ser Sailor Marte. :) Naoko Takeuchi supervisionou a escolha das dubladoras e está participando da produção.  Isso é muito bom, em minha opinião, e acaba impedindo a autora de dizer que não sabia ou foi consultada sobre mudanças e adaptações.  O anime estréia no dia 5 de julho.  Segue a imagem das Sailors:

Sailor Moon

Sailor Mercury

Sailor Marte

Sailor Júpiter

Sailor Vênus

Além da apresentação das dubladoras e do character design, foram dados detalhes sobre o novo musical de Sailor Moon,  Sailor Moon~Petite Étrangère~ (美少女戦士セーラームーン~Petite Étrangère~[プチテトランジェール]).  Se entendi bem o ANN, somente a moça que fazia Sailor Mercury foi mudada do elenco original.  Agora, o papel caberá à Momoyo Koyama.  De novidade, temos a informação da participação de Chibiusa e Sailor Plutão no musical.  Mais informações devem aparecer em breve, os ingressos começarão a ser vendidos em junho.  O musical estará em cartaz de 21 a 31 de agosto em Tokyo e de 5 a 7 de setembro em Osaka.   O DVD do musical anterior, La Reconquista, estará disponível a partir de 9 de julho.


É isso!  Finalmente as informações sobre o anime vão fluir e inundar a rede.  Espero mesmo que a série seja um grande sucesso e que consiga equilibrar o melhor do mangá original com alguma criatividade.  Ah, sim!  Prometo comentar a edição brasileira do mangá de Sailor Moon assim que puder.

Artbook de Maki Minami é brinde da revista Betsuhana


Segundo o Comic Natalie, a revista The Hana to Yume dará  de presente para suas leitoras um artbook de Maki Minami.  A autora ficou famosa fora do Japão por causa do sucesso de Special A (S・A スペシャル・エー), que se tornou anime.  O artbook - Maki Minami Illust Works 2003-2014 - é uma coletânea de imagens coloridas dos mangás da autora, como o jácitado Special A e Seiyuu ka! (声優かっ!).  Fãs da autora devem correr atrás, afinal, é brinde (furoku), sai de graça na compra da revista.




sábado, 26 de abril de 2014

Shoujo Café é Finalista do Top Blog 2013


Eu realmente não imaginava chegar tão longe.  Só fiquei sabendo que estávamos na segunda fase às vésperas do término das votações e, bem, quem diria, nós chegamos até a final.  Recebi um e-mail convite para o evento de premiação que será em São Paulo, no dia 25 de abril.  Parece que já era o segundo, o primeiro, eu nem tinha visto.

Enfim, sem chances de estar lá, vocês sabem que estou aqui passando uma situação bem problemática, mas é algo que faz a gente ficar um tiquinho mais alegre, fora a surpresa, claro!  E devo agradecer a vocês.  acredito que havia centenas de blogs concorrendo em todas as categorias e, graças aos leitores do Shoujo Café, ficamos entre os três mais votados na nossa, a Arte e Cultura.  Obrigada mesmo!  Não sei quantas pessoas votaram, nem quantos votos outros blogs tiveram, só sei que somos um blog de nicho (shoujo anime e mangá, feminismo, cinema, seriados ingleses, ...) e não esperava tanto.

Obrigada novamente, vocês são demais!  Espero que o Shoujo Café seja sempre um lugar acolhedor e interessante para vocês.


Gaiden de Kisu yori mo Hayaku na nova edição da LaLa


O Comic Natalie noticiou que a última edição da revista LaLa trouxe um gaiden e Kisu yori mo Hayaku  (キスよりも早く) .  Grande sucesso da revista, a série terminou faz alguns meses, deve ser uma boa surpresa para os fãs vê-la de volta.  


Além do gaiden, a LaLa traz um baralho de Natsume Yuujinchou  (夏目友人帳).  Duas cartas estão reproduzidas na matéria do CN.  De resto, a revista traz uma matéria preview do novo mangá de Bisco Hatori e linda capa de Gakuen Babysitters (学園ベビーシッターズ).  



Zone-00 volta a ser publicado na Asuka


Segundo o Comic Natalie, a última edição da revista Asuka trouxe um artbook de 30 páginas do mangá Trinity Blood (トリニティ・ブラッド), além disso, foi retomada a publicação de Zone-00 (ゾーンゼロゼロ), que sai, ou saia, aqui no Brasil pela Panini.  Preciso ressaltar, também, que a capa da Asuka está muito estilosa. Normalmente, as capas dessa publicação me parecem monótonas, mas desta, eu gostei.



sexta-feira, 25 de abril de 2014

Miss Hokusai parece ser um anime histórico imperdível


O ANN e o Comic Natalie estão anunciando um anime, acho que para o cinema, que parece ser interessantíssimo.  Miss Hokusai se passa em 1814 e acompanha a vida de uma artista brilhante chamada O-Ei,  que era filha do grande  Katsushika Hokusai, um dos maiores artistas de ukiyo-e.  Hokusai foi conhecido durante sua vida por mais de 30 nomes e o anime o chama de Tetsuzo.  O-ei era filha do segundo casamento do artista e o auxiliou ou foi autora de vários de seus trabalhos sem, claro, receber o devido crédito por isso.  Quantas mulheres artistas ou artesãs passaram pela mesma situação?


O anime é baseado no mangá Sarusuberi  (百日紅) de Hinako Sugiura, mangá-ka brilhante, pesquisadora do período Edo, e que faleceu prematuramente em 2005, com 46 anos devido a um câncer de garganta.  Sarusuberi venceu o prêmio da Associação Japonesa de Cartunistas em 1984 e o  Bunshun Manga Award em 1988.  O diretor do filme é  Keiichi Hara (Summer Days with Coo, Colorful) e o estúdio é o  Production I.G.  Espero conseguir assistir este anime.



Mari Okazaki produzira mangá Seinen histórico


Segundo o ANN, Mari Okazaki, autora que tradicionalmente publica na revista Feel Young, vai estrear o seu primeiro mangá histórico.  Especializada em retratar, com um lindo traço, a vida de jovens mulheres no ambiente de trabalho e seus rolos amorosos, ela vai publicar um seinen na revista Big Comic Spirits.  A nova série, A-Un, retrata a vida de dois monges budistas – Saichō, que construiu o temple de Enryaku, e Kūkai, o homem que estabeleceu o retiro espiritual de Mt. Kōya – durante o período Heian.  O primeiro capítulo terá 60 páginas, algumas coloridas, e capa.  Só espero que Okazaki vá para o seinen e volte para o josei em breve. A estréia será em 27 de maio.

Mangá sobre Steve Jobs muda de revista


Mari Yamazaki, autora de Thermae Romae (テルマエ・ロマエ), está produzindo um mangá biografia de Steve Jobs (スティーブ・ジョブズ), o grande nome por trás do sucesso da Apple.  Enfim, a série está fazendo sucesso e vai ser transferida da revista Kiss para a nova publicação da Kodansha que substituíra a revista Kiss Plus.  Segundo o Comic Natalie, a nova revista – Hatsukiss, será seu nome – sairá todo dia 13, a partir de junho.  Também estarão publicando na revista autoras como Yayoi Ogawa e Akiko Higashimura.  E falando no mangá sobre Steve Jobs, parece que a JBC irá lança-lo aqui.  Obviamente, muita gente não irá aceitar que trata-se de um josei e, não, de um seinen.

Vida de pioneira feminista lançada em quadrinhos no Brasil


Fiquei sabendo hoje que a editora Record lançou no Brasil uma biografia em quadrinhos da (proto)feminista Olympe de Gouges.  Para quem não a conhece, trata-se de uma jornalista e autora de peças de teatro francesa que militou na Revolução e, com o passar do tempo, sentiu-se decepcionada com os rumos da mesma, especialmente em relação aos direitos das mulheres.  Assim como Abgail Adams, que pleiteou direitos iguais para as mulheres e acesso ao voto durante a Revolução Americana, Gouges o fez na França.  Só que a futura primeira-dama norte americana usou cartas privadas ao marido, enquanto Gouges publicou, em 1791, um manifesto “Declaração dos direitos da mulher e da cidadã” como reação a nova constituição que negava direitos iguais às mulheres.  Lembro de ter lido parte do texto anos atrás e um dos argumentos da autora era particularmente agudo, se as mulheres podem ser condenadas a todas as penas, prisão ou morte, da mesma forma que os homens, deveriam poder gozar dos direitos que seus compatriotas tinham.  


O (bom) governo revolucionário, especialmente quando caiu nas mãos dos jacobinos, começou a cercear a participação política feminina, algo muito presente no início da Revolução.  Além disso, houve a perseguição sistemática dos inimigos da Revolução e, conseqüência direta de um governo autoritário, do partido.  No auge do chamado Terror, era muito fácil ir parar na guilhotina, Gouges, que se tornará crítica aguda dos rumos da revolução, iria ser condenada mais cedo, ou mais tarde.  Denunciada, guiou os sujeitos que foram prendê-la até seus escritos.  Presa e acusada, acabou assumindo sua própria defesa e, algo muito comum, terminou condenada e executada em 3 de novembro de 1793.  O governo Jacobino uns bons meses depois... não que isso tenha melhorado a condição das mulheres, claro! 


Enfim, o quadrinho publicado aqui no Brasil é francês, uma bande-desinée, portanto, é de autoria de José-Louis Bocquet e Catel Muller e foi publicada em 2012 (*a nota da Record diz que a BD foi premiada em Angoulême em 2008, mas nos sites franceses a data de lançamento é 2012, não sei se procede*). A edição da Record tem 488 páginas e um preço que eu até agora não consegui compreender, R$88.  Não fosse isso, eu compraria sem piscar.  De qualquer forma, é mais um material importante, porque mostra aquilo que muitos livros de História e professores da disciplina omitem ou não tem conhecimento, a participação ativa das mulheres nas grandes revoluções, sua ação política e produção intelectual.  Espero poder comprar este volume em breve.  


Ah, sim!  Para uma visão mais acadêmica da ação de Olympe de Gouges recomendo o livro de Joan W. Scott, uma das maiores teóricas e historiadoras feministas, A cidadã paradoxal: as feministas francesas e os direitos do homem. Acredito que esteja esgotado, mas deve ter para baixar por aí.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Ranking da Oricon


Ontem saiu o ranking da Oricon e continuamos tendo uma boa quantidade de shoujo e josei presentes entre os 30 mais vendidos.  Chihayafuru continua em posição confortável no top 10 e Ookami Shoujo to Kuro Ouji foi empurrado para cima por causa do anúncio do anime.  Bom, pelo menos para mim, é ver P to JK subindo no ranking, também, e isso sem nenhum anúncio que o empurre.  De resto, temos boa presença dos mangás da Ribon, Kimi ni Todoke resistindo em boa posição e algumas estréias de peso, como Oresama Teacher.

6. Chihayafuru #24
9. Ookami Shoujo to Kuro Ouji  #9
12. P to JK #4
14. Oresama Teacher #18
15. Kimi ni Todoke #21
16. Love So Life #14
21. Akatsuki no Yona  #14
25. Nagareboshi Lens  #9
27. Tsubasa to Hotaru  #2
29. Soredemo Sekai wa Utsukushii  #7

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Autora de Ouran Host Club estréia novo mangá


Segundo o ANN, a autora de Ouran Host Club, Bisco Hatori, irá estrear um novo mangá na próxima edição da revista LaLa.  A nova série se chamará Urakata! (ウラカタ!) e seu primeiro capítulo terá 55 páginas, algumas em cores, é possível que ganhe capa.  O protagonista será um rapaz, Ranmaru, um sujeito depressivo, que já está na faculdade e tem sua vida virada pelo avesso ao conhecer um grupo de sujeitos muito estranhos no campus.  Sendo Bisco Hatori, merece uma olhadinha. ^_^  A série mais famosa de Hatori,Ouran, virou anime e foi publicada em nosso país pela Panini.

Kin Kyori Renai ganha live action


Segundo o Comic Natalie e o ANN, Kin Kyori Renai (近キョリ恋愛), mangá de Kin Kyori publicado na revista Betsufure, terá um filme live action.  A série mostra o romance entre o professor tsundere Haruka Sakurai e a brilhante estudante Yuni Kururugi.  A série costuma aparecer entre as mais vendidas e eu já comentei várias vezes o quanto as capas deste mangá me incomodam, pois parecem propositalmente pedófilos ao colocar a protagonista desenhada quase que como uma menininha ao lado de um homem adulto.  enfim... 


O protagonista do filme será  Tomohisa Yamashita, esse bonitão aí em cima, e sua parceira será a jovem atriz Nana Komatsu... Sim, o mesmo nome da personagem do mangá da Ai Yazawa. ^_^


segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ranking do Comic List


Antes que eu acabe perdendo mais um ranking, eis os mais vendidos do Comic List na semana de 15-21 de abril.  No top 30 geral, as coisas estão meio a meio.  Metade dos títulos estavam na semana passada e metade são novos.  O gaiden de Shingeki no Kyoujin sumiu da lista e Chihayafuru conseguiu se manter no top 10.

7. Chihayafuru #24
17. Ookami Shoujo to Kuro Ouji  #9
19. Love So Life #14
21. Oresama Teacher #18
23. Akatsuki no Yona  #14
26. Soredemo Sekai wa Utsukushii  #7

Em shoujo e josei, prevalece a bagunça da última semana, começando com Chihayafuru no lugar errado... Como alguém erra com Chihayafuru?  Enfim, no ranking de shoujo, temos alguns volumes novos e mais josei perdidos no lugar errado.  E continuo fascinada com o bom desempenho de Torikae Baya, queria muito que alguém decidisse adaptar mais uma obra de Chiho Saito para anime e temos aui uma boa pedida. Em josei, temos títulos mainstream, shoujo no lugar errado (*Ex.: SSB ~Chou Seisyun Kyoudai~ e Hyakushou Kizoku*) e a presença forte de títulos que saem naquelas revistas josei de editoras menores e com conteúdo bem erótico (*pornográfico até*).  Olhando de longe, dá para achar que alguns são Harlequin, mas nenhum deles é.

SHOUJO
1. Chihayafuru #24
2. Ookami Shoujo to Kuro Ouji  #9
3. Love So Life #14
4. Oresama Teacher #18
5. Akatsuki no Yona  #14
6. Soredemo Sekai wa Utsukushii  #7
7. Kimi ni Todoke #21
8. P to JK #4
9. Nagareboshi Lens  #9
10. Tsubasa to Hotaru  #2
11. Shingeki no Kyojin Gaiden ~Kuinaki Sentaku~ #1
12. Torikae Baya  #4
13. Ao Natsu  #2
14. Lip Smoke
15. Gakuen Babysitters #9

JOSEI
1. Meiji Hiiro Kitan  #11
2. Gin no Spoon  #9
3. Steve Jobs  #2
4. Osanazuma 〜Pantsu wo Nugasanai de〜
5. Namida no Miru Yume
6. Hanayome wa Nessa no Ou ni Dakarete
7. Hyakushou Kizoku  #3
8. Chou to Kedamono
9. Anoyama Koete #24
10. Kore kara Hajimaru Koi wo Oshiete #1
11. SSB ~Chou Seisyun Kyoudai~ #3
12. Gensou Gynaccoracy  #1
13. Boukun Doctor to Gohoushi Nurse
14. Hajimete no Kedamono #2
15. Hishokon  #1

domingo, 20 de abril de 2014

Revista Margaret dá brinde de Hibi ChouChou


O Comic Natalie informou que a última edição de revista Margaret veio com um booklet, chamado de perfect book, de Hibi Chouchou (日々蝶々).  A série é uma das mais importantes da revista e se torna ainda mais valiosa com o encerramento de outros sucessos da Margaret.  Por exemplo, nesta edição Mairunovich ( マイルノビッチ) chega ao seu final, na próxima revista, é a vez de Usotsuki Lily (うそつきリリィ).  O CN informa ainda que o último volume de Mairunovich, o #12, será lançado em agosto.