sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Movie da Rosa de Versalhes só em 2009



Desde 2006, sabemos que está em produção um novo movie animado da Rosa de Versalhes, obra maior de Riyoko Ikeda. Pois bem, a esperança é que a série saísse para a celebração dos 35 anos do mangá que era abril deste ano, mas nada. Falou-se que Ikeda não tinha gostado do projeto, mas que depois dera aval para continuar a produção. Passando pelo ANN, vi que estava a notícia de que só em 2009, mesmo, que bate com os 30 anos do anime. Vamos ver se agora sai... A notícia foi dada no Brasil, graças a uma coletiva de imprensa para a visita do Presidente da Toei, Yosuke Kobayashi. A fonte original é do site Papo de Budega, já que quem se deu ao trabalho de perguntar sobre a série foi a Sandra Monte, grande fã da Rosa de Versalhes.

Exposição de Dolls no Tokyo Anime Center



O ANN diz que o Tokyo Anime Center que fica em Akihabara, a Meca dos Otakus, vai abrigar entre 2 e 14 de dezembro uma exposição com o nome de "Life-Size Figure Party". Estarão na mostra bonecas em tamanho real de personagens famosas como Rei Ayanami de Evangelion e Saber de Fate Stay Knight. No site da fabricante, a Paper Moon, é possível ver imagens de várias bonecas. O preço das dolls varia entre 200,000 e 480,000 yen, em valores de hoje fica entre 3.253 e 7.807 reais.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan e Kimi ni Todoke vem em primeiro, seguido por Nodame Cantabile. Muito legal! Tsubasa, que sai aqui pela JBC, vem em terceiro, Gantz, da Panini, é o quarto. Naruto não aparece no ranking da Tohan. Já, Pride, outro josei, completa o trio.

1. Kimi ni Todoke #5
2. Nodame Cantabile #19
3. Tsubasa #21
4. Gantz #22
5. Air Gear #19
6. Pride #8
7. Mobile Suit Gundam: The Origin #16
8. Fairy Tail #7
9. Imperial Guards #5
10. Beck #31

Entrevista com Hinako Takanaga



O site Active Anime entrevistou a autora de BL-Yaoi Hinako Takanaga. Seu mangá, Little Butterfly, está sendo publicado nos EUA. Ela duz que não imaginava se tornar mangá-ka e que durante a faculdade não desenhou sequer uma página. Depois de formada, ela trabalhava com ilustrações para uma revista que a convidou para fazer mangá. Ela diz que suas mangá-kas favoritas são Suzue Miuchi [Glass Mask], Yun Koga [Earthia” e Loveless] e Range Murata que fez o character design de vários animes, como Blue Submarine. A autora também diz que quer fazer outros gêneros de mangá e não só BL-Yaoi. Bem, eu não vou traduzir a entrevista, basta dar uma olhadinha na página aqui.

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Which Classic Female Literary Character Are you?



Qual personagem feminino clássico da literatura você é? Literatura inglesa ou americana, claro, e em inglês. É legalzinho, mas as opções são limitadas. Eu reconheci na cada quais conduziriam à Elizabeth (Orgulho e Preconceito), Marianne (Razão e Sensibilidade), a Emma (de Emma) e, claro, fui fazer o teste porque vi essa imagem de Jane Eyre. Tirei Jane Eyre. As imagens do Quizz vieram de uma página de paper dolls, daquelas que colocam roupinha... Eu amo as duas coisas, bonecas de papel e esses livros como Jane Eyre, Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito, Little Women... Bem, para quem curte... Eu não saberia como fazer um com personagens da literatura brasileira. Primeiro, é sempre uma visão masculina, se não machista, das mulheres. Se salva quem? Aliás, acho que só gosto da Aurélia de Senhora mesmo. Para fazer o teste é só clicar aqui.

Editoras lançam novos mangás em um Mercado que encolhe



Achei o link para essa matéria do Yomiuri Shimbun no site do Comipress. É um artigo discutindo o mercado atual das revistas coletâneas de quadrinho. Nada profundo, o repórter se mostra reservado, mas os editores otimistas. Parte do otimismo se justifica não na leitura das condições do mercado, mas na “tradição” das revistas coletânea que não pode morrer. Ora bolas, tradição não vende. A fala de um dos editores também contraria outras matérias que apontam para a evasão de leitores jovens para outras mídias, aliás, o sucesso da CoroCoro é menos por conta de Doraemon e Pokemon e mais porque souberam atrair os fãs de vídeo game para a revista, estratégia que remonta o fim dos anos 80, de acordo com o Frederik Schodt. Enfim, o mercado de mangá não está em crise, mas as publicações compiladas, sim, esse otimismo todo tem pouca base na realidade. Mas vamos esperar... Se o mangá da Kamio Yoko na Jump SQ. Render anime, eu não reclamo.

Editoras lançam novos mangás em um Mercado que encolhe
Kenichi Sato / Yomiuri Shimbun Staff Writer

Enquanto o mercado doméstico de mangás no Japão está encolhendo gradualmente, duas das maiores editoras inauguraram recentemente duas compilações mensais de quadrinhos – a Shueisha lançou a Jump SQ (Square) para garotos e a Kadakawa Shoten a KeroKero A (Ace) para crianças. Será que elas conseguiram impedir os jovens leitores de continuarem abandonando as revistas e conseguir uma posição segura em um mercado que encolhe?

“A cultura de mangá [no Japão] é criação das compilações. Não devemos destruir a tradição. Se as revistas não vendem bem, todo o mundo dos mangás vai perder energia,” disse Masahiko Ibaraki, o editor-chefe da Jump SQ., que foi inaugurada como sucessora da Monthly Shonen Jump. A Monthly Shonen Jump era publicada desde 1969, mas a editor decidiu encerrar a publicação este ano.

A edição inaugural da Jump SQ. Traz séries regulares, incluindo quatro que saíam na Shonen Jump, enquanto apresentará histórias completas a cada mês, incluindo as de Masanori Morita e Takeshi Obata. Como uma revista de quadrinhos com uma variedade de informações, a Jump SQ. Também apresentará artigos sobre anime, vídeo games e novelas [romances curtos] para garotos e garotas. Diferente da Shonen Jump, a nova revista expandiu o seu público alvo, visando leitores entre 15 e 25 anos.

A Weekly Shonen Jump da Shueisha, enquanto isso, ganhou mais leitoras com suas muitas séries populares. Com isso em mente, a Jump SQ. Também tem como objetivo atrair o público feminino, enquanto busca atingir os fãs mais hard-core. Ibaraki explica a sua estratégia promocional: [Para lancer a revista,] nós fizemos tudo o que podíamos fazer, e temos o interesse de fazer histórias [a serem serializadas na revista] que se tornem anime.”

A KeroKero A da Kadokawa Shoten foi lançada em 26 de outubro para competir com a CoroCodo Comic da Shogakukan, que atualmente domina o mercado das revistas para alunos do primário.

Esperando rivalizar com a CoroCoco, que traz histórias populares como Pokemon e Doraemon, a KeroKero A apresenta Keroro Gunso como sua principal série. A protagonista que dá nome ao mangá é um alien em formato de sapo que também estrela um anime muito popular. A revista também trará Mobile Suit Gundam 00, a última série de Gundam, a popular franquia de animes e mangás. Trabalhando junto com a fabricante de brinquedos Bandai, a revista está fazendo merchandising da personagem através de várias mídias.

O editor-chefe da revista, Hideaki Kobayashi, disse, “Diferente da CoroCoro, nossa revista será caracterizada pelos robôs e personagens heróicas. Em colaboração com a Bandai, queremos desenvolver uma nova personagem que seja extremamente vendável como Pokemon.”

No entanto, a situação atual das revistas de quadrinhos parece ser realmente dura. De acordo com um estudo, o número total das revistas impressas no país durante a primeira metade deste ano caiu 1.4%, comparado com o mesmo período do ano passado.

Junto com a Monthly Shonen Jump da Shueisha, que parou de ser publicada em junho, a Kodansha também decidiu interromper a publicação da revista mensal Comic Bonbon para crianças a partir da ediçãod e dezembro, publicada neste mês. A agência de entretenimento Yoshimoto Kogyo também interrompeu a publicação quinzenal Comic Yoshimoto, que foi lançada em junho, depois de somente sete volumes.

Não parece haver nenhuma notícia encorajadora para o mercado no momento. Será que as novas revistas têm alguma chance de serem bem sucedidas com essas condições?

Um dos editors da KeroKero A disse: “As revistas em quadrinho estão perdendo os leitores adultos que podem ter acesso a uma variedade de conteúdo on line através da internet na quantidade que desejarem. Mas nós continuamos contando que entre nossos leitores teremos muitas crianças que não têm ainda computadores próprios.”

Analisando as chances das novas revistas, o mangá-ka e crítico Jun Ishikawa disse: “As revistas em quadrinho publicadas pelas grandes editoras com experiência nos negócios terão uma chance de sobreviver, eu creio. Revistas competindo entre si tornam o mercado maior do que ele é quando monopolizado.”

(23 de novembro de 2007)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Ranking da Taiyosha



Saiu o ranking da Taiyosha desta semana. No ranking principal temos Kimi ni Todoke em 1º, Nodame Cantabile em 3º e Pride – que terá live action lançado em 2008 – em 8º, um shoujo e dois josei, respectivamente. Falando em Pride, o mangá está sendo reeditado na coleção Girl's Remix da Shueisha. Nos rankings específicos, temos coisa nova, como Akuma to Dolce que combina mágica e culinária, e Shitsuji-sama no Okiniiri, só para citar dois shoujo. Conheço poucos títulos, S.A. que vem em terceiro já teve anime anunciado para 2008. Em josei, também muita coisa nova. Temos o terceiro volume de Koizora que junto com os demais deve ficar muito tempo entre os 10. Nenhum erro nos rankings, nenhum Harlequin no top 10 de josei esta semana. Foi um ranking fácil de traduzir. ^_^

SHOUJO
1. Kimi ni Todoke #5
2. Shitsuji-sama no Okiniiri#2
3. S.A. #11
4. Arakure #6
5. Sorairo Kaigan #3
6. Isagiyoku Yawarakaku #6
7. Shugo Chara! #5
8. Akuma to Dolce #2
9. Yoiko no Kokoroe #2
10. Shinrei Tantei Yakumo #1

JOSEI
1.Nodame Cantabile #19
2.Pride #8
3.Koizora #3
4.Real Clothes #3
5. Patisserie-Mon #3
6.Koizora #2
7.Koizora #1
8. Ice Age #9
9. Miagete Goran
10.Kiss & Never Cry #3

sábado, 24 de novembro de 2007

Séries que terminam...



De acordo com o Comipress, a série Penguin Revolution (ペンギン 革命) de Sakura Tsukuba termina na próxima edição da LaLa. Outras séries que chegam ao fim são Golden Days (ゴールデン・デイズ) de Shigeru Takao e Karakuri Odette (カラクリオデット) de Julietta Suzuki na próxima edição da Hana to Yume.

Não conhecia Karakuri Odette, mas é uma história de ficção científica com aquela aparente leveza que a gente vê em algumas séries da Hana To Yume. A protagonista é uma andróide que deseja ir para a escola par aobservar os humanos de verdade. Baixei os três capítulos que foram traduzidos e dei uma olhadinha. Não dá para dizer muito, mas é simpático. Odette, como toda criatura perfeita, quer ser humana. Um dos pontos interessantes é quando ela pede para ter sua força reduzida ao nível de uma menina de 15 anos e depois vê que isso pode ser um problema quando ela tem que salvar a vida de sua melhor amiga... Queria ler mais. Espero que traduzam. Está disponível no Lurk e no Manga Traders. :)

Sho-Comi Comemora 40 anos



A revista Shoujo Comic ou Sho-Comi, foi criada em 1968 pela editora Shogakukan. Ela é uma das revistas de shoujo mangá mais bem sucedidas da atualidade, com vários hits de vendas, a maioria hoje associados ao que os fãs no Ocidente chamam de steamy shoujo, isto é, mangás com uma carga de sensualidade e até sexo muito elevadas para uma revista adolescente. As comemorações vão se estender pelo ano todo e começam na edição de janeiro que começa a ser vendida no dia 5 de dezembro no Japão. Fushigi Yuugi, Zettai Kareshi e Anatolia Story foram publicados pela revista Sho-Comi. A notícia estava no site Comipress.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Swan Perfect Edition



Não sei se é perfect edition, mas pelo preço, mais de 1000 ienes, deve ser. Em todo o caso, Swan (Hakuchou) é um mangá de balé publicado na Margaret entre 1975-1981 e que teve 21 volumes. Descobri a nova edição por acaso, quando acessei a página de uma livraria japonesa e vi o volume 7. A série é um daqueles clássicos obrigatórios e considero a arte de Kyouko Ariyoshi uma das mais perfeitas que já vi. O mangá por si só é um deleite para os olhos e uma aula sobre balé clássico. Dizem que Arabesque de Yamagishi Ryoko, iniciado no mesmo ano, é melhor. Bem, não posso dizer nada da história que pelo que dizem deve ser muito superior à de Swan, mas o traço de Yamagishi, que não é do meu agrado até hoje, era de amadora naquela época, comprei um volume em japonês e me desgostei profundamente.

Interessante é que recentemente a autora, que é especialista em mangás de balé, começou uma continuação e coloquei a capinha aqui no post. Na primeira série, temos Higiri a menina cheia de talento mas que não teve uma formação adequada lutando por um lugar ao sol. Kyogoku é seu modelo, a jovem promessa do balé japonês. Como em Ace Wo Nerae - e por isso eu digo que balé para os japoneses é esporte - a protagonista, a garota comum, supera a brilhante promessa por quem tem profunda admiração. Na continuação de Swan temos Kyogoku como professora de balé da filha de Higiri, Maia. Adoraria poder dar uma olhada nessa nova série e seria ótimo se a autora mantivesse seu traço clássico. O Swan original é publicado nos EUA pela DC, e os fãs, como eu, vivem cheios de medo que a editora cisme de cancelar a série...

Mais um Josei Dorama



Foi anunciado na edição 12 da revista Office You que o mangá Saito-San de Yua Oda será transformado em dorama e estréia no dia 9 de janeiro às 22 horas. Alisa Mizuki fará o papel da protagonista que é mãe de um filho único e não leva desaforo para casa. Como não se consegue muita informação sobre a maioria dos mangás josei, não dá para saber se a personagem é mãe solteira e em qual profissão trabalha. A Office You é uma revista que foca em mulheres jovens trabalhadora. Passeando pela página da revista, acabei descobrindo que o mangá de balé Do Da Dancin'! é publicado nela. :) Saito-san tem três tomos lançados e um para sair, tendo vendido até o momento 150 mil cópias.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Confirmado Anime de Vampire Knight



Uma amiga postou a notícia no Orkut. Anunciaram em um fórum de Vampire Knight e postaram a imagem da LALA que vocês vêem aqui no post. Era o que todo mundo estava esperando, como comentamos anteriormente. Agora é esperar. :)

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Ranking da Tohan



Nodame em primeiro também na Tohan. ^_^ De shoujo na lista, já que Nodame é josei, temos Boys Este quetem dorama na TV japonesa atualmente. Dos mangás que saem no Brasil, Tsubasa (JBC) e Naruto (Panini) estão na lista.

1. Nodame Cantabile #19
2. Tsubasa #21
3. Air Gear #19
4. Angel Heart #24
5. Hellsing #9
6. Fairy Tale #7
7. Naruto #40
8. Beck #31
9. Diamond no Ace #8
10. Boys Este #7

Tomando Banho com os Homens de Versalhes



Não pude resistir... Tinha que colocar esse título. ^_^ Passando lá pelo ANN vi a materiazinha sobre os sais de banho da Rosa de Versalhes, cada um com a imagem de uma das personagens e uma fragrância ou função: Fersen (marinho), André (rosas), Gerodel (leite) e Allain (hidrótico, isto é, antitranspirante). Esse produtos fazem parte da linha Creer Beaute, junto com o rímel Oscar ou Maria Antonietta e o delineador Oscar vestida para o baile. Já conhecia esses outros produtos, mas não sabia que eram uma linha, duvido que não se lance mais nada nos próximos meses. Afinal, a Rosa de Versalhes, o mangá e o Takarazuka, não o anime, é uma fonte interminável de produtos no Japão. Vamos ver se a coisa ganha ainda mais força com o novo movie que, tenho fé, sairá em 2008.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Mangá de Balé vira Filme 2



Esqueçam este comentário-resumo que eu peguei no ANN sobre o mangá Subaru para escrever um post alguns dias atrás. A história do mangá é muito diferente e, bem, só de começo já me deixou profundamente emocionada.

Para começo de conversa, o irmão de Subaru, Kazuma, já inicia o mangá no hospital. Ambos são crianças de no máximo dez anos. O menino retirou um tumor cerebral e vive em estado de semi-consciência e a irmã vai visitá-lo todos os dias. Ela acredita que ele vai se curar e tenta animá-lo sempre.

As colegas de escola acham Subaru uma menina estranha e ela decide levá-las para ver seu irmão. Lá as garotas vêem o estado de Kazuma e os esforços de Subaru para mantê-lo feliz. Em um outro dia, Subaru é convencida pelas amigas a ir assistir uma aula de balé de uma delas, Mana. A própria mãe da menina é a professora. Subaru tenta imitar os movimentos e consegue tamanho êxito que a professora a convida para voltar e estudar balé. Mana parece ficar com ciúmes.

Subaru mostra ao irmão os passos que aprendeu, mas sua mãe não se parece nem um pouco empolgada, na verdade, o sofrimento da família é grande e o médico diz que o menino pode morrer a qualquer momento. Quando Subaru pede para estudar balé, a mãe a repreende e chama de egoísta, pois o irmão não pode sequer se mexer na cama. Em pensamento a menina sofre, porque foi a primeira vez que alguém a elogiou, alguém lhe deu atenção especial. Muito magoada ela grita a plenos pulmões "Por que então ele não morre logo!". O menino prontamente piora.

Subaru cai em depressão e se sente culpada pela piora do irmão. Não quer mais fazer balé, diz para a amiga Mana que não gosta de dançar. Mana diz que é mentira e que ela é a melhor bailarina amadora que ela já viu. Subaru ameaça bater na amiga e por fim cai em prantos e confessa o que disse e como se sente culpada. Fim dos quatro primeiros capítulos. Eu quero mais. Já dá para imaginar que Kazuma terá que dizer alguma coisa para que ela mude de idéia. Cada vez mais me convenço que vale sempre a pena ficar de olho no mundo dos seinen mangá, pois você pode tanto esbarrar em um Kodomo no Jikan quanto em uma jóia como Subaru.

Lendo Mangá no iPod



De acordo com o ANN, a Voice Banker, que desenvolve softwares, anunciou o protótipo de um progama para ler mangá que pode ser usado no iPhone ou no iPod. O programa está ligado ao projeto The Digital Manda que está digitalizando séries de grandes artistas. Aliás, o Digital Manga Poject inspirou o seu nome no Digital Manga Association (DMAJ) liderado por Monkey Punch (Lupin III), Tetsuya Chiba (Ashita no Joe e Machiko Satonaka (Lady Ann). Esta última autora colocou sua voz no programa e é a grande pioneira da geração de autoras que revolucionou o shoujo mangá, quando em 1966 iniciou sua carreira aos 16 anos.

Kyo Kara Maoh Ganha terceira temporada



De acordo com o ANN, Kyo Kara Maoh vai ganhar uma terceira temporada em 2008. A série reúne fantasia, comédia e uma pitada de homoerotismo e começou como light novel. É considerado anime shoujo. Ao que parece, a série faz muito sucesso, pois vai ter mais uma temporada com 39 episisódios, quando a maioria das séires hoje mal chega à 13. Não posso falar nada, porque nunca assisti nada da série, mas a primeira temporada foi anunciada no canal Animax. Se já estreou, eu não sei.

Marimite no Pizza Hut e 4ª temporada Anunciada



Maria-sama Ga Miteru, a série baseada em light novels sobre as meninas que estudam no colégio católico e constroem laços de amizade extremamente sólidos terá uma 4ª temporada e um programa de rádio na Animate TV a partir de 21 de dezembro. Fora isso, quem comprar uma pizza média no Pizza Hut do Japão receberá um CD com radio novela que ainda vem wallpaper e outros minos, fora a caixa especial do seriado, diz o ANN. São duas coisas que eu amo, a pizza do Pizza Hut, que não como desde 1996, e Maria-sama ga Miteru. Antes que alguém se assuste, lembro que a franquia no Rio fechou e em Brasília só recentemente temos Pizza Hut, mas é somente uma loja em um Shopping longe da minha casa.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Ranking da Taiyosha



Nodame, um josei, lidera o ranking geral da Taiyosha esta semana. Acredito que fique entre os dez por pelo menos duas semanas, talvez três, afinal, um especial do dorama estréia agora em janeiro. De qualquer forma, conseguiu ficar na frente de Hellsing, Beck e até Naruto que está no 10º lugar e já deixando o top 10. Kiss and Never Cry #3, da autora de Kimi Wa Pet, aparece no ranking de josei que de resto muda muito pouco e tem vários Harlequin, de alguns deles, aliás, consegui os nomes em japonês, então coloquei os dois. No de shoujo, temos Boys Este em primeiro. Fiquei na dúvida... Tem dorama desse mangá? De resto também pouco mudou, salvo que a Taiyosha não incluiu nenhum yaoi ou hentai como josei.

SHOUJO
1. Boys Este #7
2. Anoko to Isshou #9
3. Boku no Hatsukoi wo Kimi ni Sasagu #9
4. Kimi ga Suki #3
5. Harukanaru Tokino Nakade #14
6. R’enai Catalog #34
7. Oniichan to Isshou #8
8. B.O.D.Y. #11
9. Wasurenakute Yokatta
10. Hana no Namae #4

JOSEI
1. Nodame Cantabile #19
2. Kiss and Never Cry #3
3. Koizora #2
4. Koizora #1
5. Fiancee wa Touten de (One Fiancee To Go, Please)
6. Ushiroku #5
7. The Shadowed Heart
8. Kurumi #9
9. Nodame Cantabile #18
10. Kids + Cops = Chaos

domingo, 18 de novembro de 2007

Boneca da Hello Kitty atrasa trens de Osaka



Vi essa notícia no site IPC Digital e achei bem bizarra, valia a pena colocar aqui. Imagina a confusão que uma Hello Kitty pode causar.

Boneca da Hello Kitty atrasa trens de Osaka

É a primeira vez que um chaveiro ou acessório de celular causa atraso em trens do Japão
Osaka - ipcdigital.com

Por volta das 19h55 de ontem (15), o maquinista de um trem que partia da estação Sakuranomiya, da linha Osaka-kanjo (Osaka) com 800 passageiros percebeu que a porta não fechava. Ao fazer uma inspeção, descobriu que uma boneca Hello Kitty (2 centímetros) estava enroscada na porta número 5 do trem de oito vagões.

O maquinista recebeu ajuda dos passageiros para remover a boneca. O incidente provou atraso de 18 minutos, afetando cerca de 20 mil passageiros de 11 trens, informou o jornal Sankei. Segundo a JR West, a boneca provavelmente caiu de algum chaveiro e não se sabe quem é o dono. É a primeira vez que um "chaveiro" ou "acessório de celular" causa atraso nos trens do Japão.

sábado, 17 de novembro de 2007

Popular tirinha cibernética Tonario 801 chan terá spin-off na Betsufure



De acordo com o ANN, a Bessatsu Friend anunciou que o mangá blog Tonari no 801 chan de Ajiko Kojima terá um spin-off na revista a partir da edição de janeiro de 2008 que sai agora em novembro (*eu sei, eu sei... não consigo entender essa periodicidade*). A desenhista Jin ficará responsável pela arte do mangá. A tirinha original de Tonari no 801 chan explora de maneira irônica a relação entre uma fujoshi e seu azarado namorado otaku, ambos adultos. As tirinhas originhas foram publicadas pela Ohzora Publishing Co. em dois volumes e venderam 320 mil cópias. O mangá original foi transformado também em filme live action.

O spin-off da Bessatsu Friend tem como protagonista uma nova personagem, Rei Hoshino que era ridicularizada no ginásio por causa de sua paixão por mangá, anime e material BL. Agora que ela está entrando no colegial acredita que as coisas serão diferentes e sua vida vai se transformar. A nova heroína manterá o mascote verde e a loja Kyoto's 801 será creditada. De acordo com a matéria “801” em japonês se lê como “yaoi”, o que me faz reforçar que o termo é usado no Japão, apesar dos extremistas do “BL” (boys Love) baterem pé que não.

Para quem não sabe, fujoshi não é o feminino de otaku, é o termo aplicado às fãs de BL-Yaoi e é um trocadilho que só é possível de entender porque kanjis diferentes podem ter a mesma leitura. Fujoshi é “mulher respeitável”, mas no caso das fãs de yaoi pode ser compreendido como “mulher corrompida”, ou algo assim. Já as meninas otaku, não sendo fujoshi, são chamadas de “otome” que quer dizer moça ou donzela.

Dorama do Lobo Solitário em DVD nos EUA


Não tenho certeza se a imagem é da série
Meu marido é apaixonado por esse seriado que foi exibido no SBT nos anos 80 e já me contou tantas vezes o episódio dos ninjas da relva que quando vi a notícia precisava postar. Afinal, de acordo com o ANN, a Media Blasters (*o site deles é um porre para navegar*) vai lançar o seriado do Lobo Solitário produzido entre 1973-76. A série live teve 79 episódios ao todo. Vai ser lançarem lá e cair na rede com legendas em inglês. Aliás, eu não duvidaria nada se, caso o dólar continue baixo, acabe com a série original aqui em casa. ^_^ O Lobo Solitário, o mangá ou gekiká, como queiram, é um clássico fundamental e indiscutível e foi publicado aqui no Brasil pela Panini.

Mangá de Balé vira Filme


Capas francesas
De acordo com o ANN, mangá de balé clássico Subaru que teve 11 volumes vai virar filme em uma produção conjunta Japão-China. Eles esperam fazer um lançamento conjunto na Ásia em 2009 e lançar o filme também na Europa e nos EUA. O mangá vendeu 1.8 milhões de cópias no Japão e foi licenciado na França, Alemanha e Espanha. A história é mais ou menos assim: Subaru e seu irmão gêmeo amam balé e costumam assistir as aulas de balé a apreciar os dançarinos. Um dia, Subaru descobre que tem um tumor no cérebro e fica hospitalizado. Enquanto visita o irmão, Subaru encontra uma famosa ex-bailarina que foi visitá-lo, a bailarina teve que abandonar a dança por causa de sérios problemas de saúde. A bailarina então aceita o pedido de Subaru e começa a treiná-la, pois a garota sonha em seguir carreira.

O surpreendente agora. É shoujo, certo? Ou josei? Não, não é. Saiu na revista seinen, a Big Comic Spirits. Muitas mangá-kas das antigas fazem mangá para a linha Big Comic, porque muitas leitoras adultas compram essas revistas, mas o autor é um homem, Masahito Soda. E sabem qual é o trabalho mais conhecido desse cidadão aqui no Brasil? Capeta, um mangá sobre Fórmula 1 e que teve anime também. O homem gosta de esportes, é fato, e acho que na cabeça dos japoneses, nos mangás com certeza, balé clássico é esporte. No Brasil, os gostos do sujeito seriam vistos como suspeitos, mas os japoneses realmente são surpreendentes. Vocês podem ver as imagens de algumas obras dele na sua
página oficial. Eu realmente fiquei com vontade de olhar esse mangá.

O Destino dos Mangás da Comic Bon Bon



Seguindo a onda de cancelamentos e rearranjos das coletâneas japonesas, a Comic Bon Bon, revista shounen da Kodansha com um recorte mais infantil, vai deixar de circular. O que normalmente acontece nesses casos e a ansiedade quanto ao futuro dos mangás da revista. Bem, o Comipress postou a tradução do informe da editora explicando para aonde vão as principais séries da antiga revista:

1. Negima!? neo vai para a Magazine Special No.2.
2. Umi no Tairiku NOA+ will continua como webcomic no site MiChao!.
3. Gegege no Kitaro - Youkai Sen Monogatari, Del-tra Quest, Gundam Alive, Gundam Colored Theater se mudam para a edição especial da TV Magazine.
5. SD Gundam Sengokuden tankobon vol.2 será lançado na primavera de 2008 pela TV Magazine.

Heroína dos quadrinhos vira a mesa no ambiente de trabalho japonês



Um colega me enviou a notícia e eu traduzi. Ela foi publicada no The Times, o mais importante jornal da Inglaterra. Hataraki Man é o último mangá seinen de Moyoco Anno, uma das mangá-kas mais competentes da geração atual. Meus comentários vêm em nota.


Heroína dos quadrinhos vira a mesa no ambiente de trabalho japonês

Leo Lewis, Asia Business Correspondent

Uma bem educada, fumante compulsiva, ocasionalmente desbocada personagem de quadrinhos se tornou a heroína para milhões de mulheres japonesas que batalham diariamente pelo reconhecimento em um país onde o ambiente de trabalho é dominado pelos homens.

Através das suas proezas, as mulheres começaram a ver como, talvez, elas poderiam derrubar décadas de desigualdades de gênero e fazer crescer uma das mais criticadas estatísticas japonesas – que, em todas as indústrias, somente 10% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres. [1]

Para ser bem sucedida em sua carreira, Hiroko Matsukata, a editora de notícias de uma revista fictícia, emprega um grande número de artifícios que suas fãs estão rapidamente adotando em suas vidas. A moça de 28 anos é doce quando precisa ser e dura quando ameaçada. Ela é até capaz de controlar o seu uso da língua japonesa, repentinamente passando do tipo de discurso agradável tradicionalmente esperado das mulheres quando precisa que os colegas homens levem o que ela está falando a sério. [2]

Sua mais poderosa arma é realmente controversa: quando o trabalho fica duro e seu chefe aumenta a pressão, ela assume a sua “Versão Masculina” [3] e se transforma em alguém absolutamente focada na carreira, um bem sucedido tufão de produtividade.

Por décadas a indústria japonesa de quadrinhos produziu uma corrente bem sucedida de material registrando as misérias e triunfos dos salaryman. O quadrinho de Anno faz deliberadamente o inverso. Este quadrinho que subverte as fórmulas, Hataraki Man (Homem Trabalhador), rastreia os tormentos e desafios do dia-a-dia de uma mulher que busca contrabalançar o moderno desejo por uma carreira com p peso morto dos valores sociais tradicionais japoneses. A série se tornou tão popular que foi transformada em desenho animado para garotas e novela do horário nobre para mulheres. [5]

As aventuras de Hiroko serviram de base para um guia de estilo de vida para a moderna mulher trabalhadora japonesa, ensinando a arte de permanecer feminina enquanto luta por igualdade e mostra como está a altura de enfrentar chefes truculentos, colegas de trabalho problemáticos e parceiros que não lhe dão apoio.

O governo japonês disse que deseja que 30% de todos os cargos de gerência e das posições de chefia estejam ocupados por mulheres até 2020, o que exigiria vinte mil Hirokos na vida real.

Mas Anno argumenta que seu quadrinho é muito mais do que uma série que trata da arte de como ser bem-sucedida no ambiente de trabalho dominado por uma cultura masculina. O Japão, ela diz, é um “serial waster”[6] de talento tanto de homens quanto de mulheres.[7] Parte da mensagem de Hataraki Man, ela diz, é colocar em evidência um dos piores problemas que afligem o Japão – que o desejo por um estilo de vida mais lento, mais confortável se perdeu.

Ela diz: “A virtude tradicional do Japão era a de que o seu povo levava tudo muito a sério. Conforme essas tradições se erodiram, a qualidade do ambiente de trabalho japonês começou a se degradar.”[8] Ela pontua que as mulheres estão em uma posição de força que possibilita capitalizar em cima da mudança de atmosfera.

As aventuras de Hiroko cativaram a atenção de mulheres que estão em uma posição crítica: mesmo o Governo concorda que alguns dos problemas demográficos, tais como o envelhecimento rápido da população, só serão resolvidos se houver um rearranjo das questões de gênero dentro das corporações japonesas. Cerca de 70% das mulheres deixam seus empregos quando engravidam e a maioria não retorna ao trabalho por pelo menos 15 anos. De acordo com uma pesquisa da Goldman Sachs, mesmo uma mudança modesta na sociedade japonesa – uma adição de 2.6 milhões de mulheres à força de trabalho – teria um grande impacto, fazendo com que o aumento do Produto Inerno Bruto aumentasse dos esperados 1.2% ao ano para 1.5%. [9]

Um outro dia no escritório ao estilo Hataraki-Man

É mais um outro dia agitado de trabalho para Hiroko Matsukata na revista conforme ela vai polegada por polegada rumo ao topo apesar dos colegas difíceis e da sua confusa vida pessoal. Já houve lágrimas, enfrentamentos [10] e intermináveis cigarros. De repente, o chefe ordena uma matéria detalhara sobre o Ministro das Relações Exteriores. Ela respira fundo e se foca. “Modo de trabalho – ligado!!!” ela pensa. “Versão Masculina – de prontidão”. Os seus olhos ficam bem abertos e uma onda de energia passa por todo o seu corpo. Absolutamente concentrada, ela trabalha noite a dentro, ignorando todas as distrações até que o trabalho esteja feito.

[1] O Japão ficou em 91º terrivelmente mal colocado nos índices de igualdade de gênero, pior do que muitos países do terceiro mundo e até alguns islâmicos. Neste artigo "Japan near bottom in gender equality index" é dito que o Japão marcou muito alto em saúde e educação, mas em todas as outras áreas avaliadas, como participação das mulheres em cargos de chefia (parlamento, empresas, ministérios etc.) e renda foi um fiasco e ficou muito bem atrás da Coréia do Sul (73º), que ficou uma posição na frente do Brasil (74º) que caiu no ranking.
[2] Isso aqui é importante, já li mangás, matérias e capítulos de livros pontuando que as mulheres são tratadas como inferiores, gente sem importância, com excesso de intimidade e que delas se espera subserviência no espaço de trabalho. Por exemplo, uma mulher, não raro é tratada pelo primeiro nome com o sufixo “chan”, ou seja, é a “fulaninha”, e não com o “san”, como os colegas que são o “senhor fulano” ou o “senhor cicrano”. Em uma sociedade que leva muito a sério as formalidades, isto já mostra bem o tamanho do problema. Por exemplo, ninguém tem coragem de chamar a protagonista de Hataraki Man de Hiroko-chan, para todos no local de trabalho ela é sempre Matsukata-san.
[3] Nâo gostei do “Versão Masculina”, mas foi o melhor que consegui para “Man Switch”.
[4] Eu entendo o que ela quer dizer aqui. As mulheres japonesas não são culturalmente treinadas para agirem no local de trabalho como funcionárias competitivas, agressivas e dedicadas à carreira. Esses atributos são ensinados aos homens e não à elas, pois das mulheres se espera que elas sejam boas administradoras domésticas (nada de amantes ardorosas) e mães. No entanto, no local de trabalho elas são desprezadas exatamente porque não se enquadram no modelo do “hataraki man” ou, porque se enquadram, como a Matsukata ou a Sumire de Kimi Wa Pet.
[5] Aqui acho que foi o choque cultural, pois de maneira alguma Hataraki Man anime é para meninas, trata-se de uma série animada para mulheres, também. Ela foi exibida no bloco Noitanima que é para animações voltadas para mulheres adultas, como Nodame Cantabile, Honey & Clover e Paradise Kiss, todas exibidas por volta da meia noite.
[6] “Desperdiçador serial”, como em serial killer
[7] O que se ampara no fato de Hataraki Man ser publicado não em uma revista para mulheres adultas e jovens (josei), mas em uma revista para homens jovens (seinen) com grande audiência feminina.
[8] Essa foi uma parte da matéria que não ficou claro... Será que os japoneses não levam é sério demais os seus problemas e o trabalho?
[9] OK, é o caderno econômico, o foco é nisso, mas a questão social deveria ser trazida, assim como a queda de natalidade por conta da diminuição dos casamentos. Se o que se espera das mulheres japonesas é que elas abandonem a carreira quando casam e se tornem dependentes do marido, com pouquíssimos direitos sociais, elas não vão se casar e vai continuar morrendo mais gente do que nasce ou as taxas vão estar muito próximas. Isso é uma forma de resistência que mostra bem o quanto as japonesas não são passivas.
[10] “stand-up office rows”, não acho que aqui estejamos falando de cumprimentos ou ficar de pé, mas de discussões com os outros colegas.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Mangá Alavanca as Vendas dos Vinhos Franceses



De acordo com uma matéria o Wired Blog Network, o mangá Kami no Shizuki” (“As Gotas de Deus”) está ajudando a vender vinhos franceses no Japão e na Ásia. Desde que Chateau Mont-Perat do produtor Thibault Despagne foi descrito de forma requintada em 2001 no mangá, as vendas dispararam na Ásia, a marca chegou a vender 20 mil garrafas deste vinho em um único dia em 2004. O mangá é escrito por um irmão e irmã sob o pseudônimo de Tadashi Agi e tem como protagonistas dois especialistas em vinho. Trata-se de um manual criativo sobre o assunto em formato mangá. Despagne disse ao Asahi Shimbun: “Eu estou surpreso com a influência deste mangá na Ásia e no Japão, em particular. Eu tive alguns bons artigos feitos por (Robert) Parker e outros especialistas em vinhos, mas o impacto do mangá foi enorme”.

Estou postando, porque é uma matéria que ilustra bem o potencial dos mangás e a capacidade dos japoneses de fazer quadrinhos sobre qualquer tema, até os mais insuspeitos. Já vi imagens desse mangá e o traço é belíssimo, as imagens são poéticas e acredito que ele seja feito na mesma linha que os mangás de balé como Swan. Você cria poesia visual e transforma um tema desinteressante para muita gente em algo bem legal de se ler. Falando nisso, Yakitate Japan, que é um mangá sobre um garoto que quer ser padeiro e criar o pão que sintetize a alma japonesa, é patrocinado por grandes padarias na França. É esse tipo de patrocínio que seria interessante no Brasil, só que a visão por aqui é estreita demais para isso.

Seriam os japoneses uma das tribos perdidas de Israel?


Já se encontraram israelitas na África e em partes da Ásia, gente que vivia formas primitivas de judaísmo pré-exílio babilônico e coisa e tal. Alguns desses grupos foram reintegrados depois de longa investigação. Para quem não lembra, no reinado de Roboão, filho de Salomão, o Reino de Israel se partiu em dois, Judá (Judá + Benjamin) e Israel (10 outras tribos). Israel foi destruído pelos Assírios que levaram parte da população para longe da Palestina. Boa parte desta população ou foi assimilada, ou se misturou ou se perdeu sabe-se lá por aonde.

Pois bem, já tinha visto em sites religiosos (suspeitos) a teoria de que o xintoísmo é uma forma modificada de judaísmo antigo (Siiiimmmmm, believe me!) e agora passando pelo Japanator vi que eles colocaram on line um documentário japonês bem longo sobre o assunto. O som está em japonês com legendas em inglês, no mínimo curioso. O vídeo veio deste site e há mais informações. 


Segundo a tal teoria, ao que parece um clã vindo do Ocidente chegou ao Japão 1300 anos atrás, a única coisa que se sabe é que eles vieram pela Rota da Seda. De qualquer forma, quando os europeus chegaram ao Japão encontraram judeus da Diáspora, judeus mesmo, descendentes do Reino de Judá, não os míticos membros das dez tribos.

Daisuki: Um Modelo de Sucesso



Sempre recebo a Newsletter da revista shoujo alemã Daisuki publicada pela Carlsen Comics. Trata-se de uma coletânea nos moldes das japonesas e é anterior à Shojo Beat americana. As capas geralmente são muito bonitas e o conteúdo é variado. É uma experiência bem sucedida, ao contrário da Magnolia, coletânea francesa, que durou somente 13 números. Mas parece que na Alemanha a importância do shoujo mangá é muito grande, porque conseguiu atrair o público feminino. Aliás, já falei sobre isso alguns meses atrás quando traduzi parte de uma matéria que tinha como subtítulo "Shojo Secret".

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan desta semana e ele traz três shoujo mangá, Harukanaro, Hana no Name e Oniichan to Ishou. São os três primeiros colocados da Taiyosha e isso é coisa rara. Não acredito que eles permaneçam mais do que uma semana entre os dez, mas está na hora de procurar informação sobre as duas séries menos famosas, afinal, elas entraram no ranking da Tohan. Fico feliz que Uwasa no Midori-kun esteja fora, tomara que as japonesas estejam deixando esse mangá ruim de lado. Do top 10 somente um mangá é publicado no Brasil, Naruto.

1. Naruto #40
2. Katekyo Hitman Reborn! #17
3. Eyeshield 21 #27
4. Hellsing #9
5. Harukanaru Toki no Naka de #14
6. Angel Heart #24
7. Hana no Name #4
8. Hanma Baki #10
9. Oniichan to Ishou #8
10. M×0 #6

Life is Back



Life, mangá hit de Suenobu Keiko, está de volta e é a capa desta edição da Betsufure. Agora, quem entra em hiato é Yamato Nadeshiko e Gokuraku Seishun Hockey Bu de Ai Morinaga continua parado. A notinha estava no site da Deirdre e para quem lê japonês há muita informação no site da revista. De minha parte, encomendei os três primeiros volumes americanos de Life e devem chegar no mês que vem, nos EUA já saíram sete. Torço para a Panini - deve ser ela - lance a série por aqui. Tenho 15 volumes no computador e sei que a série tem problemas, mas é, ao mesmo tempo, muito boa. Falta encontrar o raw do volume 16, se alguém puder me ajudar...

Minhas Aquisições



A internet é maravilhosa, pois permite o contato com pessoas desconhecidas e de lugares distantes e possibilita que a gente tenha acesso à materiais raros. Pois é, acabei comprando o Art Book de Yami no Purple Eyes de Chie Shinohara, que foi lançado em 1987. É material raro e o vendedor me contatou por conta do Orkut e dos blogs. Enfim, foi uma transação rápida, o preço foi justo e o vendedor enviou direitinho. Só depois ele me disse que trabalhava com venda de revistas em quadrinho antigas. Espero que logo tenha mais mangás de meu interesse em mãos. Para quem quiser consultar o acervo dele, é só visitar o Bisão Coligidor.

Em Yami no Purple Eyes a protagonista descobre que a marca de nascença que possuí indica que se transformará em uma pantera, com olhos púrpura e capaz de matar qualquer pessoa. É uma premissa parecida com a do filme A Marca da Pantera (
Cat People) de 1982. de Yami no Purple Eyes virou uma espécie de vídeo musical com cenas estáticas do mangá original e, de acordo com a Anime Encyclopedia (p. 315), há também uma série live de tv da série. Procurei muito, mas não consegui nenhuma outra informação sobre o tal dorama. Com esta série, Chie Shinohara conseguiu seu primeiro Shogakukan Award em 1987 o outro foi em 2001 com Anatolia Story.

Game desenhado pela autora de HanaKimi



Depois do inesperado cancelamento de Sugar Princess, Hisaya Nakajo não ficou parada, ela fez o character design de um game para Nintendo DS chamado Duel Love. No site oficial do game há muitas imagens de personagens e dados do jogo em japonês, claro. De acordo com a Deirdre, o lançamento será em 2008.

Quem são os hikikomoris



Antes que alguém pense mal de mim, explico: não gastaria um tostão com a revista Veja PORÉM eles me querem como cliente e estão me enviando cinco edições gratuitas. É isso, depois vai ser um inferno ficar tendo que dizer para os atendentes que não quero assinar, porque não concordo com a linha editorial da revista. Mas, claro, nem tudo que a Veja faz é ruim, seria radical demais.

Como não está disponível on line, escaneei da edição desta semana. É a mesma doença mostrada na série Welcome to NHK e parece que a receita de cura é a mesma: ponha o hikikomori fora de casa. Ele não vai morrer, vai se obrigar a interagir com o mundo. Agora, é uma doença que surge com a economia neoliberal e é algo grave.


Quem são os hikikomoris, jovens japoneses que se recusam a sair de casa e chegam a ficar até vinte anos trancafiados no quarto

Thaís Oyama, de Tóquio

Kazutaka Tashiro tinha 32 anos quando brigou com seu chefe e abandonou o emprego que tinha como instrutor de mergulho em uma escola de Tóquio. Por um ano, viveu só de bicos, pintando paredes. Ao final desse período, algo que ele não sabe definir aconteceu: "Um fio dentro de mim se quebrou”. Tashiro cortou relações com o mundo. Parou de trabalhar, de falar e de sair de casa. Trancou-se em seu quarto e lá permaneceu por dois anos sem nem sequer abrir a janela. O pai, com quem ele morava, depois de algum tempo não suportou a situação: vendeu a casa e deu ao filho parte do dinheiro, dizendo que, se ele quisesse continuar vivendo daquele jeito, que fosse viver sozinho. Tashiro, então, alugou um pequeno apartamento — onde continuou sua reclusão por mais oito anos: dormindo durante o dia, montando quebra-ca¬beças à noite e saindo para comprar comida de madrugada, de modo a não ser visto por vizinhos e não ter de falar com ninguém.

O governo japonês estima que existam entre 600 000 e 1 milhão de pessoas como Tashiro no Japão. Os hikihomoris, termo que significa “pessoas reclusas” ou “isoladas da sociedade são em 80% dos casos, homens. Metade deles tem mais de 30 anos, e quase todos registram, no período anterior ao início do enclausuramento, um fracasso de alguma ordem: perderam a namorada, falharam na tentativa de entrar na faculdade foram demitidos do emprego. “O gatilho que aciona 1 esse comportamento varia enormemente, mas a sensação de não conseguir corresponder à expectativa da família ou da sociedade está sempre presente no hikikomori”, diz o psiquiatra Tamaki Saito, criador do termo que serve para designar tanto o distúrbio quanto a pessoa que sofre dele. Até o início dos anos 90, não se falava em hikikomoris no Japão. Embora haja registros da existência deles desde os anos 70, só passaram a chamar atenção no fim da década de 90 — não por coincidência, o período em que a recessão e o desmantelamento do tradicional regime de trabalho japonês, aquele do emprego garantido e praticamente vitalício, produziram hordas de jovens sem trabalho fixo.

Numa sociedade influenciada sobremaneira pelo confucionismo, em que o estudo e o trabalho são valores supremos, esses jovens se transformaram numa nova espécie de pária, condição em que muitos hikikomoris de fato se encaixam. “É como se eles fossem peças que não passaram pelo controle de qualidade”, afirma o publicitário Masayuki Okuyama, cujo filho, Yoichi, se tornou recluso aos 15 anos. Nessa idade, ele parou de ir à escola. Mais tarde, deixou de sair de casa. Tempos depois, começou a atacar fisicamente os pais. Por mais de uma vez, Okuyama teve de chamar a polícia para contê-lo ou foi obrigado a dormir com a mulher em um hotel, para escapar das suas agressões. Há três anos, o publicitário tomou a decisão de expulsar o filho de casa. Hoje, Yoichi tem 28 anos, vive em um apartamento comprado pelos pais e não mantém nenhum contato com eles. “Eu não tinha outra opção. Havia violência na minha casa”, diz Okuyama. Mesmo nas situações que não envolvem agressão física, o publicitário acredita que afastar o hikikomori; dos pais pode ser a única opção para ele. Há famílias que mantêm filhos nessa situação por quinze ou mesmo vinte anos. No fim, eles acabam se transformando em bichos de estimação que você alimenta três vezes por dia.

Mandá-los embora, muitas vezes, é a única forma de forçá-los a voltar à vida, Okuyama diz, no entanto, ressentir-se do fato de que, no período em que Yoichi atravessava sua pior fase, a família não encontrou ninguém a quem pudesse pedir orientação. Foi pensando nisso que ele fundou há dois anos a Associação de Pais de Vítimas de Hikikomori. A organização já reúne 10000 pessoas em todo o Japão, e seu criador considera o número ainda pequeno. Não faz parte do estilo japonês procurar ajuda. As pessoas preferem esconder a situação com medo do que os vizinhos vão dizer', afirma.

O governo do Japão demorou a acordar para o problema. Só no ano passado é que programas de apoio aos hikikomoris passaram a funcionar de forma sistemática na rede pública, Além de serviços de aconselhamento de pais e oferta de estágio em empresas visando a reintegrar os hikikomoris ao trabalho, o governo criou postos de consulta voltados exclusivamente para tratar do assunto: são cinqüenta unidades instaladas em 26 províncias do país. No ano passado, esses postos atenderam 35000 pessoas — em sua maioria, familiares de hikikomoris, já que os próprios raramente vão à procura do serviço. Neste ano, entre os meses de abril e julho, o número de consultas subiu para 38000 — o equivalente a apenas 6% do contingente mínimo estimado de doentes. Bem à frente das ainda tímidas iniciativas governamentais estão algumas ONGs especializadas no assunto. A New Start, por exemplo, criou as “irmãs de aluguel”: estudantes de psicologia, artes e outras matérias que, contratadas para visitar hikikomoris em sua casa, têm como missão arrancá-los de lá — e, mais tarde, integrá-los aos programas de lazer e capacitação de emprego que a entidade mantém.

Foi por meio de uma dessas “irmãs de aluguel” que Kazutaka Tashiro saiu de sua reclusão de dez anos. Quando o dinheiro que recebeu do pai acabou, a ponto de ele não ter mais como comprar comida, Tashiro pensou em suicidar-se. Chegou a subir no parapeito da janela de seu quarto. Desesperado, decidiu pedir ajuda à mãe, que, por sua vez, procurou a New Start. A partir daí, uma “irmã de aluguel” passou a mandar cartas e postais a Tashiro. No começo, ele mal os abria. Foi só depois de oito meses de correspondências insistentes que ele concordou em receber uma visita da “irmã”. Hoje, considera-se recuperado e trabalha ele próprio como funcionário da New Start, ajudando na recuperação de outros hikikomoris. Sua história é uma das raras com final feliz. A taxa de recuperação entre os portadores do distúrbio, segundo especialistas, não chega a 30%.

Seriam os hikikomoris um produto exclusivo da competitiva sociedade japonesa? O psiquiatra Saito não acredita nisso. Ele conta que, há cinco anos, uma equipe da BBC, rede inglesa de televisão, esteve no Japão para produzir uma reportagem sobre o assunto. Quando o programa foi ao ar, a emissora recebeu dezenas de telefonemas de espectadores dizendo ter problema parecido na família. “Na Coréia do Sul e na Itália também há pessoas em situação semelhante. Recebo muitos e-mails de lá”, afirma Saito. “Todo país tem jovens com dificuldades de adaptação.” Mas há uma diferença. Para o jornalista Yutaka Shiokura, autor do livro Hikikomori, a juventude enfrenta uma realidade mais perversa no Japão: “A sociedade japonesa não tem espaço para as diferenças — é como um trem de um único vagão. Quem não consegue embarcar nele fica na plataforma para o resto da vida”.

(Veja, Seção Comportamento, 14 de novembro de 2007, p. 130-134.)

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Vinheta do Festival MixBrasil inspirada em anime

Está disponível no portal gay da UOL, não achei no Youtube, mas ficou bem bolado. Dêem uma olhada, trata-se de um duelo entre samurais. Nada que seja mais homoerótico do que certas coisas que já vi em Dragon Ball ou Cavaleiros do Zodíaco, claro.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Primeira Olhadela no Enigma do Príncipe



Curto, mas muito interessante, e é a primeira olhada nas gravações do novo filme de Harry Potter. Fala da construção dos cenários, das escolhas para a ambientação do orfanato e outros espaços ligados a vida do futuro Voldermort, fala também dos novos uniformes de Quiddith. Sim! Teremos o jogo outra vez. No início, eu não gostava, mas quando comecei a ler os livros vi o quão importante era.

Moonlight Himejion: Preview



Moonlight Himejion é o novo shoujo mangá de Moyoco Anno uma das mais competentes mangá-kas do momento. O mangá, de acordo com a Deirdre, estreou na última Nakayoshi e na página da revista é possível ver um preview. Para quem não conhece Moyoco Anno, ela era a representante da nova geração de mangá-kas nas comemorações dos 50 anos de shoujo mangá, é autora de josei, shoujo e seinen mangás de sucesso como Sugar Sugar Rune, Hataraki-Man, Sakuran, Happy Mania, Flower and Bees. Sua arte é criativa e o humor e o drama são muito presentes em suas histórias.

Matsuri Special: 1º Capítulo



A Deirdre colocou no seu site o link para baixar o primeiro capítulo de Matsuri Special, mangá de Kamio Yoko - de Hana Yori Dango e Cat Street - para a Jump Square. É a primeira experiência shounen da autora e a previsão é que seja um one shot. Então, teremos se muito uns cinco capítulos. Isso, claro, se ela ou os leitores e leitoras não tomarem gosto pela coisa.

1000 Anos de Mangá



A notícia estava no Comipress e achei interessante colocar aqui. Ano que vem sai nos EUA um livro chamado "ONE THOUSAND YEARS OF MANGA" da professora Brigitte Koyama-Richard que leciona Literatura Comparada e História da Arte da Universidade de Tokyo, a Toudai de Love Hina. ^_^ Pois bem, de acordo com o release da editora, o livro tenta apresentar o mangá como parte da riquíssima arte japonesa, uma parte que se tornou popular mas que tem raízes profundas na tradição remontando até os pergaminhos de Emakimono no século XII. O preço, no entanto, é salgado, $49.95.

Ranking da Taiyosha



Saiu o ranking da Taiyosha. No top 10 só há um shoujo que é Harukanaro em 9º lugar. Este mangá começou como game, já teve OAVs, série de TV, light novels e um mangá que parece vender muito bem. No ranking de shoujo aparecem nomes novos e quatro mangás se mantém. Estou realmente contente de ver Uwasa no Midori-kun fora do top 10 e descendo no ranking. É uma série que realmente me desagradou. Em josei temos o erro de sempre, um yaoi (Wata no Kusari ) entre os dez, claro, a Taiyosha já colocou até hentai por engano, mas duas semanas seguidas o mesmo mangá é realmente grave. Gostei da capa de Jewelry Box Days, mas não conheço nada do mangá, Koizora continua no topo e Hotaru no Hikari retorna, temos dois dos Harlequin se mantende, um mangá de terror (XX Zero) e Do. Da. Dancin’! que dessa vez tem a capa para colocar. Esse mangá eu realmente queria ver, parece ter um traço bem bonito.

SHOUJO
1. Harukanaru Toki no Naka de #14
2. Hana no Namae #4
3. Oniichan to issho #8
4. Gakuen Route #8
5. Boku no Hatsukoi wo Kimi ni Sasagu #9
6. R’enai Catalog #34
7. B.O.D.Y. #11
8. Uwasa no Midori-kun #5
9. NANA #18
10. Sakura Zensen #5

JOSEI
1. Koizora #2
2. Koizora #1
3. Jewelry Box Days #3
4. XX Zero
5. Wata no Kusari
6. BariBari Densetsu #3
7. Hotaru no Hikari #10
8. Do. Da. Dancin’! Venice International Book #2
9. Chiisa na Ai no Negai (Only by Chance)
10. A Suspicious Proposal

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Espanha Terá sua Coletânea BL-Yaoi



A Planeta de Agostini vai publicar uma coletânea BL-Yaoi, Comic B''s Log, na Espanha e revelou os detalhes no último Salão de Mangá de Barcelona. A revista será quinzenal e não mensal como a japonesa, trazendo o mesmo conteúdo de sua homônima japonesa, as obras terão temática shoujo e shounen-ai (*queria saber qual a diferença aqui, bem...*), nada explícito, portanto. Como a revista original traz mangás derivados de jogos, é possível que esses fiquem de fora da edição espanhola, já que a negociação dos direitos neste caso é mais difícil. A edição espanhola também trará material produzido na Espanha, como forma de estimular as artistas locais. No site Divine Decision há a lista dos mangás publicados na versão japonesa. A mesma revista sairá na Itália, só que mensalmente.

Comentando a notinha é possível perceber o avanço do yaoi no mundo. Nos EUA, as publicações se multiplicam a cada temporada de lançamento, agora a De Agostini lança uma revista quinzenal na Espanha. Não sei, mas me pergunto se o mercado vai absorver. Em todo caso, a proposta de uma coletânea yaoi americana não vingou, vamos ver como será na Itália e na Espanha.

Kimi no Iru Basho Vira Mangá



A light novel Kimi no Iru Basho de Yuu Hizuki (texto) e Keiko Yamamoto (arte) terá sua adaptação para mangá, de acordo com o site Lightnovel.org. A própria Yamamoto ilustrará o mangá que começará a ser publicado na edição nº24 da Margaret. A ligh novel de Kimi no Iru Basho foi a vencedora do grande prêmio na categoria romance do Cobalt Bunko de 2007. Eu não conheço a história do livro, se alguém quiser comentar é bem-vindo. :)

domingo, 11 de novembro de 2007

One Pound Gospel: Dorama



One Pound Gospel (1 Pondo no Fukuin), mangá de Rumiko Takahashi sobre um boxeador com uma carreira complicada que se apaixona por uma noviça, vai virar dorama. One Pound Gospel é um dos excelentes mangás curtos (*detesto as enrolações que ela faz em coisas tipo Ranma e Inuyasha*) de Takahashi e ela começou a publicá-lo em 1987 e só terminou em 2007. A série teve somente quatro volumes de mangá e um OAV. Enfim, de acordo com o ANN, Kamenashi Kazuya do grupo KAT-TUN será o protagonista Hatanaka Kousaku e a Irmã Angela será Kuroki Meisa. O dorama está previsto para janeiro de 2008, 21 horas aos sábados. A página oficial é esta aqui.

sábado, 10 de novembro de 2007

Yuri Mangá-ka autoriza Scanlations na Espanha



De acordo com o blog Okazu, a mangá-ka Rica Takashima autorizou um grupo espanhol a fazer scanlations de seu quadrinho "Rica 'tte Kanji!?". É uma iniciativa interessante, já que dificilmente um mangá yuri não shounen ou seinen vá ser publicado tão cedo no país. Rica 'tte Kanji!? teve edição nos EUA acredito que pelo selo do Yuricon.

Jump Square terá Segunda Tiragem



De acordo com o Comipress, a Jump Square, lançada no dia 02 de novembro, realmente se esgotou. As 500 mil cópias voaram e a revista tem uma segunda tiragem já no forno. O ANN diz que serão mais 100 mil cópias para o dia 16 de novembro. Nada mal para a estréia. Para quem não lembra, a Jump Square substituiu a Shounen Jump mensal que foi cancelada. E que ninguém confunda com a Jump Semanal, onde saem One Piece e Naruto, porque esta é a revista mais vendida do Japão.

Ciência nos Mangás - Ficção Científica em One Piece



O Comipress traduziu um artigo japonês sobre a Ficção Científica em One Piece. A matéria é bem longa, então não vou traduzir, de qualquer forma é um material interessante. One Piece é o mangá mais vendido do Japão na atualidade e no Brasil é publicado pela editora Conrad.

Imigração japonesa chega a 2º século com novas feições



A Folha de São Paulo de hoje trouxe uma longa matéria sobre a Imigração Japonesa. Vou estar publicando aqui somente as partes que estão ligadas aos animes e mangás e ao Bairro da Liberdade. Se você quiser a matéria completa, é só me escrever e eu envio por e-mail.

JOVENS LOTAM PRAÇA ATRÁS DE UM JAPÃO IMAGINÁRIO: FANÁTICOS POR QUADRINHOS E DESENHOS ANIMADOS, ELES SE SENTEM JAPONESES

Vindos de vários Estados, eles se vestem como os personagens que adoram, namoram orientais e aprendem a falar japonês

Desde que os desenhos animados japoneses, como "Cavaleiros do Zodíaco", começaram a fazer sucesso no Brasil, na década de 90, o interesse pela cultura japonesa tem aumentado. O bairro da Liberdade se tornou o paraíso dos "otakus", como são chamados os aficionados por animês e mangás ( desenhos animados e quadrinhos japoneses). Eles podem ser vistos aos fins de semana na estação Liberdade, muitas vezes vestidos como seus personagens preferidos.

Alguns vêm de longe, como o baiano Ricardo Silva, que organiza, em Salvador, o festival Anipólitan, que anualmente reúne "otakus" em um dos colégios da cidade. "Já vim pra São Paulo umas cinco vezes pra conferir a cultura japonesa, e sempre passo pela Liberdade." Mas Ricardo reclama dos preços. "Está mais barato importar pela internet. O mesmo boneco de "Samurai X" que eu comprei na internet por R$ 20, na Liberdade é vendido por R$ 60", diz.

A sergipana Mai Soto também sempre visita a Liberdade quando está em São Paulo. "É um bairro adorável", diz ela, que é vocalista da Baka Sentai, banda cujo repertório é formado exclusivamente por covers de canções de animês. Mineira e descendente de italianos, Natália Ximene, 20, mora há oito anos em São Paulo. Mas diz que se sente japonesa. Ela aprendeu a falar japonês e tem aulas de kendo, a arte da espada dos samurais. Até hoje, todos os namorados da moça eram nikkeis. "Só me atrai a beleza oriental", diz Natália, que está "quase noiva" de um sansei (neto de japoneses).

Moradora do Jardim Aeroporto, ela vai à Liberdade pelo menos uma vez por semana. "Compro comida japonesa, pois aqui é mais barato. Quando tenho um dinheiro a mais, compro mangás", diz. "Na Liberdade, eu me sinto no Japão", diz Natália. "Meu sonho é um dia conhecer o Japão, então aqui tenho a sensação de estar em casa, é onde me sinto mais feliz." (GQ)

JAPÃO 2008: PAÍS EXPORTA MODA, QUADRINHOS E TECNOLOGIA

"As diferenças de salário no Japão são muito pequenas. Um operário ganha US$ 3 mil por mês, e não é muito menos do que recebe um executivo", afirma o pesquisador Koichi Mori, da USP. Apesar das condições de justiça social no arquipélago, há quem reclame do elevado custo de vida. "Lá, tudo é muito caro, gasta-se muito dinheiro", conta o cozinheiro Caio Miura, 34, que morou 12 anos em Tóquio como dekassegui.

Referência quando o assunto é tecnologia, o país também já exporta um estilo de vida. Pratos como sushi e sashimi se popularizaram, mangás conquistaram leitores ocidentais, as garotas de Tóquio ditam tendências da moda. A cantora americana Gwen Stefani se tornou uma das principais divulgadoras, no Ocidente, do visual extravagante das "garotas Harajuku", como são chamadas as fashionistas que se reúnem na estação Harajuku, do metrô de Tóquio. (GQ)


IDOSOS VERÃO PRÍNCIPE; JOVENS, BEISEBOL - PONTO ALTO DAS FESTIVIDADES SERÁ EM JUNHO, COM DESFILE NO SAMBÓDROMO, SHOWS E VISITA DE MEMBRO DA FAMÍLIA IMPERIAL

Balé, karatê, aikidô, música, jardinagem, ciência e tecnologia também terão suas apresentações; agenda vai começar já em janeiro

O príncipe-herdeiro Naruhito, 47, será o representante oficial da família imperial japonesa nas comemorações de 2008 pelo centenário da imigração japonesa no Brasil, programadas para o mês de junho, em Brasília (dia 18), São Paulo (21) e Curitiba (22). A informação, divulgada em comunicado oficial da Agência da Casa Imperial do Japão, foi confirmada pelo Consulado Geral do Japão em São Paulo.

De acordo com fontes da agência, a princesa Masako, mulher de Naruhito, não acompanhará o príncipe na viagem por recomendação médica. O príncipe-herdeiro japonês esteve no Brasil em 1982. Seu irmão mais novo, príncipe Akishino, veio ao país em 1988, no 80º aniversário da imigração japonesa.

Já o imperador Akihito e a imperatriz Michiko vieram ao Brasil três vezes. Na primeira, em 1967, Akihito era príncipe-herdeiro, e o casal foi recepcionado por milhares de descendentes no estádio do Pacaembu. Em 1978, eles participaram das comemorações pelos 70 anos da imigração, novamente no Pacaembu. Em 1997, o casal imperial fez uma visita de dez dias ao Brasil.

As comemorações pelo centenário da imigração devem acontecer em vários Estados brasileiros e até no Japão. No ano que vem, cidades que receberam um grande contingente de imigrantes nipônicos, como Campinas, Belo Horizonte, Maringá e Curitiba, devem ganhar jardins japoneses.
O evento oficial acontece em Brasília, no dia 18 de junho, data da chegada do Kasato Maru, e está sendo organizado pelo governo federal.

Mas a partir de janeiro, a cidade de São Paulo deve sediar os primeiros eventos comemorativos, como competições de sumô e de beisebol -este, um dos esportes mais populares na terra do sol nascente.
"Teremos um triangular entre os times das universidades de Keio e de Waseda, rivais tradicionais na competição universitária do Japão, e a seleção brasileira", afirma Reimei Yoshioka, coordenador de projetos da Associação para Comemoração do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.

Entre os dias 13 e 22 de junho, a Semana da Cultura Japonesa, no parque do Anhembi, deve reunir apresentações de balé, karatê e aikidô, e ainda atrações musicais e workshops. Entre os dias 14 a 16 do mesmo mês, o Teatro Elis Regina sedia o Intercâmbio Brasil-Japão em Economia, Ciências e Inovações Tecnológicas, com a presença de especialistas dos dois países.

Os eventos de maior participação popular estão previstos para o fim de semana dos dias 21 e 22 de junho, no sambódromo do Anhembi. Um desfile com carros alegóricos deve mostrar a trajetória dos imigrantes, com a escola de samba Unidos de Vila Maria. O desfile é o mesmo nos dois dias, mas o público mais velho terá preferência no sábado, devido à presença do príncipe-herdeiro: "Os idosos têm mais interesse em ver um parente do imperador", diz Reimei. No domingo, os jovens devem conferir shows de cantores famosos. "Estamos negociando com a Ivete Sangalo", afirma.

"As comunidades de descendentes estão não só empolgadas, como participativas. Estão se organizando em vários Estados", diz Reimei. "Vai ser uma festa não só da comunidade nikkei, mas uma festa para todo o povo brasileiro." (GQ)

PROJETOS FAZEM MIRA EM POTENCIAL TURÍSTICO

A aprovação da Lei Cidade Limpa fez a Liberdade perder parte de seu ar asiático. Os letreiros verticais tiveram de ser retirados. Por isso, projetos para revitalizar o bairro têm em comum o desejo de recaracterizá-lo como oriental. Além da repavimentação das calçadas e da troca das lamparinas, o bairro deve ganhar uma reforma ousada, que vai desde a uniformização das fachadas das lojas até a construção de uma praça com um Buda de seis metros de altura.

O autor do projeto, o arquiteto Márcio Lupion, defende a importância de explorar o potencial turístico do bairro. "Uma vez eu vi um grupo de turistas japoneses descer de um ônibus na Liberdade com câmeras fotográficas na mão. Eles andaram, olharam tudo e voltaram sem ter encontrado nada para fotografar", diz. O projeto, que inclui ainda a reforma dos quatro viadutos do bairro, tem custo total estimado em R$ 35 milhões, financiados pela iniciativa privada. A primeira etapa, que vai mudar as feições da rua Thomaz Gonzaga e da Galvão Bueno até a praça da Liberdade, deve ser entregue até junho de 2008, o mês do centenário. (GQ)


ACORDE CEDO PARA VER A LIBERDADE - BAIRRO FICA SUPERLOTADO NAS TARDES DE DOMINGO, BOM PROGRAMA PARA QUEM GOSTA DE ANIMAÇÃO

Passeio pelas ruas antigas inclui livrarias, lojas de presentes, mercearias e feira de artesanato; veja nesta página um roteiro

GABRIELA QUINTELA

Passear na Liberdade pelas animadas tardes de domingo do bairro é para quem tem muita disposição e gosta de aglomerações humanas. A partir do meio-dia, as ruas ficam entupidas de gente e pode ser difícil se locomover: a muvuca é comparável a das ruas de Salvador no Carnaval.

Para conferir a tradicional feirinha dos fins de semana, a dica é ir no período da manhã. Os expositores oferecem desde roupas e bijuterias até utensílios domésticos, peixes, plantas e artesanato, com direito aos inusitados limpadores de língua feitos de bambu.

A dica é ir de metrô, e basta sair da estação, na praça da Liberdade, para dar de cara com a feirinha e lojas como a Livraria Sol, uma das mais antigas importadoras de livros japoneses do bairro. Na rua dos Estudantes, um beco à direita revela a Capela dos Aflitos, fundada no final do século 18. Saindo da rua dos Estudantes, vale a pena passar no número 242 da rua da Glória, onde fica a livraria Fonomag, com livros e revistas japoneses.

Uma visita à Liberdade não está completa sem um passeio pela rua Galvão Bueno. No número 207, fica o Mercado Kaisen, de produtos industrializados e hortifrútis japoneses. Uma opção é saborear o "takoyaki" (bolinho de polvo). Para uma noitada de cantoria com os amigos, o karaokê Porque Sim, na rua Thomaz Gonzaga, 75, é uma boa opção. Quem quiser conhecer melhor a história do bairro deve ir à rua São Joaquim. No número 381, fica o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil. A entrada custa R$ 5 (R$ 1,50 para estudantes). O museu funciona das 13h30 às 17h30, de terça a domingo.