quinta-feira, 31 de março de 2011

CLAMP convoca Sakura para ajudar as vítimas do terremoto



Segundo o Comic Natalie, a CLAMP criou um vídeo para dar início a sua campanha de caridade para as vítimas do terremoto. O vídeo está no site NICONICO video. O videozinho, se entendi bem o Comic Natalie, traz uma sucessão de imagens da heroína da série Cardf Captor Sakura (カードキャプターさくら) com mensagens de esperança, a música usada como fundo é Platinum, que foi um dos temas da série de animação. Parece que um wallpaper será vendido no site com renda revertida para a caridade e outros detalhes serão dados em 6 de abril. A página oficial do grupo CLAMP, com mensagem para as vítimas, é esta aqui.

Mangá-kas da Shogakukan montam site de apoio às vítimas do Terremoto



Segundo o Comic Natalie, as autoras da Shogakukan estão participando de um site com mensagens de apoio às vítmias do terremoto. Dentre as autoras que estão participando temos Kotomi Aoki, Kana Nanajima, Eri Kumaki, Kanoko Sakurakouji , etc. Basta clicar para abrir os desenhos e as mensagens das autoras. O site é este aqui.

Série Yuri Renai Idenshi XX terá Drama CD



Segundo o Comic Natalie, o primeiro drama CD da série Renai Idenshi XX (恋愛遺伝子XX), de Eiki Eiki (roteiro) e Taishi Zaou (arte), será lançado no dia 18 de junho. O CD vem com um booklet especial, desde que, se entendi bem, a reserva seja feita até o dia 22 de abril. Esta seria a edição limitada. A série Renai Idenshi XX é uma série de ficção científica publicada na revista Comic Yuri Hime e se passa em um futuro onde os homens não existem mais e as mulheres são agrupadas em dois grupos, Eva e Adão, que devem seguir comportamentos de gênero rigidamente determinados. Nesse mundo, qualquer relação entre indivíduos do mesmo grupo são proibidas. Esse, aliás, parece ser o drama que move a história central, segundo o Mangaupdates. Bem, pode até ser uma série legal, mas a premissa geral é bem conservadora.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Mangá protagonizado por um garoto de 11 anos estréia na revista Cheese



Segundo o Comic Natalie, uma nova série estreou na revista Cheese, o nome é 11 Sai no Ousama (11歳の王様)e a autora é Haruko Kurumatani. Bem, a chamada da notícia usa o termo “shota” e o título é literalmente “Rei de Onze Anos”. Acredito que a série – e a revista Cheese tem um conteúdo sexual mais explícito – deva flertar com o shota com, ainda que de forma leve. O protagonista, se entendi bem o resumo, é sobre um garoto de 11 anos, muito maduro, que assume o comando de uma grande companhia. Já na próxima edição estréia o novo mangá de Kiyoko Arai, Runaway☆WARS (ランウェイ☆WARS), um spin-off de um mangá (*one-shot, acredito*) que a autora publicou na Shounen Sunday com o nome de Runaway Wo☆Produce (ランウェイを☆プロデュース).

Revista Flowers promove Quiz premiado de Kaze Hikaru



Kaze Hikaru (風光る), de Taeko Watanabe, é uma incógnita para mim. Eu deveria gostar desse mangá... E toda vez que posto notícias dele, comento isso. Afinal, trata-se de uma mistura de A Rosa de Versalhes com Rurouni Kenshin... Ou, pelo menos, o básico é isso. Mas sempre que penso em retomar a série, vejo que ela já está chegando ao volume 30 e dá aquela preguiça ($$$). Mas, vamos lá: um quis com 100 perguntas da série foi publicada na edição da revista Flowers que saiu no dia 28 de março. Como são perguntas fáceis, segundo o Comic Natalie, o resultado será dado por sorteio. Quem quiser participar, precisa postar as respostas até 10 de maio, se entendi bem.

Revista Aria promove exibição em prol das vítimas do Terremoto



Segundo o Comic Natalie, as várias autoras da revista Aria – a mais nova publicação shoujo da Kodansha – participaram de uma exposição (*eu acho que é a abertura da mostra, mas posso ter me enganado...*) com imagens e mensagens no dia 29 de março. As autoras participantes são Shushushu Sakurai, Kenji Sonishi, Yoko Imamura, Hinoki Kino, Hideki, Amagi Nakamura, Miki Maki e Chisato Nesumi.

Último volume de Ouran Host Club lançado com evento no Japão



Segundo o Comic Natalie, o último volume (sem contar com os gaiden que devem continuar saindo) de Ouran Host Club (桜蘭高校ホスト部) será lançado no dia 5 de abril. Para comemorar, haverá um evento com a autora, Bisco Hatori, em Tokyo e Kyoto. As livrarias responsáveis pela promoção dos eventos nas duas cidades irão distribuir 150 convites para, se entendi bem, os primeiros que comprarem o volume nas lojas. O evento em Kyoto é no dia 9 de abril, em Tokyo é no dia 16 de abril. Eu coleciono a edição de Ouran da Panini. Acredito que agora o mangá será retomado e se encaminhará para o fim. É uma série excelente. E, o melhor, o anime também é mais que recomendável.

Trailer de Paradise Kiss



O Flávio (@emforest) acabou de me passar o link do primeiro trailer de Paradise Kiss (パラダイス・キス). Desta vez, não é um teaser, como o que postei antes, mas o trailer completo mesmo. A estréia do filme é em 04 de junho. Estou torcendo para que seja legal.

segunda-feira, 28 de março de 2011

TV Tokyo usa anime para ensinar inglês



Segundo o ANN, a TV Tokyo vai reexibir o anime Mainichi Kaasan (毎日かあさん), baseado do mangá de Reiko Saibara, toda a segunda-feira em inglês a partir de 4 de abril, das 6:40 às 6:45 da manhã. Trata-se de uma série com episódios bem curtinhos e o objetivo é usar o anime – que tem apelo para toda a família – para ensinar inglês. Há um site com a preview do resultado. Ainda segundo o site, as crianças que fazem as personagens da série no live action participam do projeto. Veja só que projeto interessante e que ressalta as possibilidades pedagógicas do uso da animação.

Kodansha coloca 6 das suas revistas on line para que as vítimas do terremoto possam ter acesso a elas



Depois que a Shueisha colocou parte do conteúdo da edição #15 da Shounen Jump on line depois do grande terremoto e tsunami que abalaram o Japão, agora, é a vez da Kodansha fazer algo semelhante. Segundo o Comic Natalie e o ANN (*que deu a notícia bem antes*), seis das revistas, incluindo as edições das revistas josei Kiss e Be Love, da editora ficarão disponíveis on line para o o público por um mês a partir do dia 1 de outubro. As edições serão as seguintes: Weekly Shonen Magazine No 16 (16/março), No 17 (23/março), Weekly Young Magazine – No 15 (14/março), No 16 (19/março), Morning – No 15 (10/março), No 16 (17/março), Evening No 8 (22/março), Kiss No 6 (10/março), BE LOVE No 7 (15/março). O download estará aberto na página Kodansha Comics Plus (PC version). O endereço é este aqui.

Ranking da Tohan



Antes que saia outro ranking, melhor postar o ranking da Tohan da semana passada. No top 10, e ocupando o topo da lista, temos um shoujo e um josei. Acho que esta semana, a não ser que estréie uma batelada de títulos muito fortes, ambos continuarão entre os dez mais vendidos.

1. Kimi ni Todoke #13
2. Chihayafuru #12
3. XXXHolic #19
4. Diamond no Ace #25
5. Hajime no Ippo #95
6. Air Gear #31
7. Bakuman。#12
8. Capeta #24
9. Puella Magi Madoka Magica #2
10. Katekyo Hitman Reborn! #33

domingo, 27 de março de 2011

Nante Suteki ni Japanesque chega ao final no Japão



Nante Suteki ni Japanesque: Hitozumahen (なんて素敵にジャパネスク 人妻編), de Saeko Himuro e Naomi Yamauchi, sempre aparece entre os shoujo mais vendidos. Segundo o Mangaupdates, a série, que aparentemente não tem scanlations, se passa na Era Heinan (794-1185), onde a jovem Ruri, filha de um poderoso líder militar, faz voto de castidade após a morte do homem que ama. Como o pai deseja obrigá-la a se casar contra a sua vontade, ela decide selecionar um noivo que aceite suas condições e seja maleável... Só que as coisas acabam não saindo de acordo com o arranjo dos noivos... Como dez volumes até o momento, o Comic Natalie noticiou, que a série terminará na edição de maio da Betsuhana. A série iniciou em 2004 e terá seu último volume lançado em 11 de junho. Há alguma coisa a mais no Comic Natalie, acho que algum material comemorativo com fotos e entrevistas na edição de encerramento da série. Nante Suteki ni Japanesque é um dos mangás que tenho muita curiosidade de ler, mas que parece não interessar aos grupos de tradução.

Comentando VIPs, o Momento "Cisne Negro" de Wagner Moura (Brasil/2011)



Ontem saí de casa para ir ao Fest Comix Brasília e acabei, depois de uma grande decepção com a pobreza do evento, entrando para assistir a sessão de 17h30 de VIPs, novo filme do Wagner Moura. Bem, as únicas coisas que eu sabia sobre o filme era que Moura fazia o protagonista, e que a personagem principal tinha um talento enorme para imitar pessoas e que terminou usando isso para o crime. Chegado ao final do filme, constatei que VIPs é o momento “Cisne Negro” de Wagner Moura no cinema, tanto por ele aparecer em quase 100% das cenas, como Natalie Portman, quanto por apresentar aquela dificuldade enorme de separar realidade de delírio... e, o melhor de tudo, eu não consegui separar as coisas ou desconfiar da grande virada do final da trama, que foi omitir nesse texto para não estragar a surpresa de vocês, mas, quem quiser saber, eu falo nos comentários. Se entrei por entrar no cinema, saí plenamente satisfeita com mais um filme nacional que recebe no mínimo uma nota 8 e meio.

Em VIPs, Wagner Moura é Marcelo. O filme começa com o garoto no fim da adolescência, morando com a mãe cabeleireira, e sonhando em ser piloto de aviões. O pai-piloto aparece volta e meia nas lembranças e na vida do rapaz, estimulando-o a buscar o seu próprio caminho no mundo. Há, também, a fixação de ambos os genitores de que Marcelo seja alguém na vida. Isso é pressão o bastante sobre qualquer adolescente. Marcelo tem um talento especial que é imitar as pessoas, trejeitos, voz, enfim, tudo. Ele se transforma. Um belo dia, depois de uma conversa com o pai, ele pega a mochila e sai em busca do seu destino. Sai do Rio, de ônibus (*em um de seus primeiros golpes*) e carona, vai parar em um aeroclube no Mato Grosso, aprende a pilotar, vira piloto do tráfico, é preso, é solto, volta para a casa da mãe. No Carnaval, por pura diversão, pega os dólares que ganhou, aluga um helicóptero, contrata dois seguranças e vai para o Recife, onde decide fingir que é o filho do dono da Gol. O golpe dura até que, inadvertidamente, ele dá uma entrevista ao vivo para o Amauri Jr. E as coisas não terminam bem...

Acha que isso é o spoiler? Não é, não, afinal, o tal Marcelo existiu e aplicou o golpe em 2001. Está preso até hoje e sobre ele escreveram um livro (Vips - Histórias Reais de um Mentiroso), fizeram um documentário, e o cara ainda está processando a direção do filme por tentar dizer que a película é somente “levemente” inspirada em casos reais, de que se trata de uma pura obra de ficção. ^_^ A parte “Cisne Negro” da história, sem dúvida, afinal, o Marcelo do filme é um doente, mas só descobrimos isso, só confirmamos isso, pertinho do fim. Agora, só me pergunto porquê o mandam para a penitenciária comum, porque ele deveria ir para o manicômio judiciário. E esse também não é o grande spoiler, há algo fundamental na virada que ficará de fora.

Uma dos aspectos que aproximam VIPs de Cisne Negro é a relação doentia que Marcelo mantém com os pais. O pai, que o chama de kouhai e se comporta como o Sr. Miyagi ou Mestre Yoda ou como o Mestre dos Magos, que nunca dão conselhos diretos e claros. E, exatamente por não dar conselhos diretos, Marcelo acaba fazendo escolhas erradas... Mas não há como ter certeza, claro, já que a mente da protagonista não funciona bem. A mãe, da mesma forma, quer o filho somente para si, tentando apagar a lembrança do pai, mente para os vizinhos que seu filho é brilhante (*e ele é, de fato*), mas em casa o pressiona dizendo que não deseja que ele seja “ninguém”, insinuando que o rapaz é uma decepção a quase todo o momento. Enfim, nesse contexto, o surto é inevitável. Fora a dúvida que me causou: Marcelo é apaixonado pela própria mãe? E aquele monte de fotos...

Apesar do filme ser do Wagner Moura, há excelentes interpretações, como a da mãe da protagonista, feita pela atriz Gisele Fróes, premiada no Festival do Rio pelo papel, o do traficante que voa com Marcelo para o Paraguai (*na, talvez, cena mais engraçada do filme*), ou o chefe, um velhinho mafioso “sábio”, que diz odiar armas mas tem um monte delas na parede. E há pequenas participações que vão facilitar as (*inevitáveis*) montagens feitas com cenas de VIPs e Tropa de Elite (*1 ou 2*), como a de Milhem Cortaz, o Capitão/Coronel Fábio. Para vocês terem uma idéia, a última cena é Marcelo, preso em Bangu 3 durante uma revolta, negociando com o Comandante do BOPE por um buraco... Mole, mole de colocarem Moura dialogando com Moura. :)

E, agora, é falar de Wagner Moura, a alma do filme. Ele arrasa, leva VIPs nas costas mudando de adolescente perdido e, depois, empolgado com a possibilidade de se tornar piloto (*“Quantas horas de vôo você tem?”, pergunta o traficante já em pânico. “Contando com os 15 minutos que eu demorei para decolar... Mais 45 minutos de vôo até agora... Acabei de completar minha primeira hora!”, comemora Marcelo.*), passando pela experiência como piloto do tráfico, fazendo um espetacular cover de Renato Russo, e, por fim, o filho de Nenê Constantino, dono da Gol. Salvo a caracterização física de Moura, problema da maquiagem, não dele, como adolescente, que não colou, ele é perfeito o filme inteiro. E no surto, já no finalzinho, ele se supera. Cisne Negro total. 
😊 A diferença é o humor presente ao longo de quase todo o filme.

Ah, sim, além dos aviões, Marcelo tem fixação por cultura japonesa. Mas não vi imagem estilo mangá em seu quarto... Talvez exista alguma. Quanto à Bechdel Rule, o filme não se qualifica. Há pelo menos duas personagens femininas com nome, mas elas não conversam entre si e, bem, o assunto principal é sempre o mesmo: Marcelo. Ou qualquer nome que ele tenha. A direção, a trilha sonora, tudo funciona bem no filme. A narrativa, algo que era o ponto fraco do cinema brasileiro, na minha opinião, parece estar plenamente dominada. As cenas fluem, não há lacunas ou falhas visíveis, tudo vai sendo narrado e encaixado sem deixar nada a dever para um filme estrangeiro.

Se você tiver a chance de assistir VIPs, aproveite. É mais um filme brasileiro de qualidade, que merece ser assistido, e que não tem cara de produto para a TV. É cinema e se qualificaria, talvez, como possível candidato brasileiro ao Oscar. Wagner Moura precisa ampliar a sua fama – que já existe, ele vai filmar no exterior este ano – mostrando que ele é muito mais que o espetacular Capitão Nascimento. E se fosse o Capitão Nascimento a interrogar o Carrera, ele falava... :)


sábado, 26 de março de 2011

Morre a autora do livro Howl's Moving Castle



Eu nunca li nada de Diana Wynne-Jones (16 agosto de 1934-26 março de 2011), mas ela é uma famosa autora inglesa de livros infantis e para adultos. Ela tem importância para o universo dos fãs de anime, porque escreveu o livro Howl's Moving Castle (O Castelo Animado), transformado em longa animado pelo Estúdio Ghibli, dirigido por Hayao Miyazaki. Diana Wynne-Jones lutava há muito tempo contra o câncer e sua morte foi comunicada hoje. Eu agradeço ao Pedro (@usagimomiji) por ter me dado esse toque. Eu iria deixar passar a notícia, pois não conhecia a autora. Trata-se de mais uma das lacunas na minha cultura geral, porque eu nem conhecia a autora... Espero, se tiver filhos apresentá-los a autores e autoras como esta e impedir que sejam surpreendidos pela ignorância como eu.
P.S.: Para quem quiser saber quais livros da autora foram lançados no Brasil, eu recomendo uma visita ao site da Kushina.

Autoras da revista Margaret lançarão livro em apoio às vítimas do Terremoto



Essa nota é da semana passada, mas era tanto nome para traduzir que foi ótimo o ANN publicar a notícia do Comic Natalie. Pois bem, as mangá-kas da revista Margaret – algumas estão publicando, outras já publicaram na revista – decidiram se juntar para publicar um livro em prol das vítimas do terremoto e tsunami que varreram o Japão. Ainda não existem detalhes sobre como será a publicação, fora que a renda será revertida para apoiar os sobreviventes, mais detalhes serão postados no blog da mangá-ka Megumi Hazuki, de Ojosama wa Oyomesama (お嬢様はお嫁様。). A lista das autoras envolvidas no projeto são: Mimi Tajima, Miyoshi Tomori, Zakuri Satō, Mika Yamamori, Ayumi Komura, Chiroru Takahashi, Hazuki Akane, Mika Satonaka, Rin'ichi Suzukaze, Sakura Yukimori, Ao Fukami, Minami Ozaki, Keiko Honda, Miyu Shimizu, Sango Tsukishima, Shōei Ishioka, Mayu Shinjo, Shoko Conami, Momota, Nakahara, Yūko Kasumi, Kurea Aida, Kanako Ōi, Suu Morishita, Rui Hase, Mika Sakurano, Yama Furukawa, Ayana Isero, Yuki Minami, Kana Anemori, Kei Kusunoki, Mick Takeuchi, Shino Kajitani, Kinako Kashiwagi, Tōka Akiyoshi, Azuno Sakura, Sachiko Yoshida, Nozomi Momiji, Yōna, Uni Shindō, Nagamu Nanaji e Megumi Hazuki.

43 mangá-kas promovem evento pelas vítimas do terremoto no Japão



Segundo o Comic Natalie (*Via ANN*), 43 mangá-kas, incluindo Rumiko Takahashi, Chie Shinohara, Monkey Punch, Tetsuya Chiba, vão promover um leilão de caridade de levantamento d efundos para as vítimas do terremoto (Higashi Nihon Daishinsai) e do Tsunami (*e da tragédia nuclear que o governo japonês e os responsáveis pela usina desejam manter escondida*) no Digital Manga Matsuri, em Utsunomiya, no dia 3 de abril. A imagem de propaganda do evento foi feita por Tetsuya Chiba de Ashita no Joe (あしたのジョー). Dentre os mangá-kas participantes temos: Tetsuya Chiba, Seichi Tanaka, Rumiko Takahashi, Yutaka Abe, Keiko Honda, Chie Shinohara, Momota Nakahara, Showshow Kurihara, Meguru Hinomoto, Monkey Punch, Minami Ozaki, Shōei Ishioka, Juichi Iogi, Akira Himekawa, Mizue Odawara, Shimataka, Kōsuke Ezaki, Takashi Kisaki, Yudetamago, Shinichi Sakamoto, Makoto Raiku, Renjuro Kindaichi, Katsunori Matsui, Haruichi, Furudate, Yoshiyasu Tamura, Kentarō Kurimoto, Kōtarō Yamada, Nagamu Nanaji, Sayori Ochiai, Teruaki Mizuno, Tatsuya Endō, Tenya Yabuno, Uni Shindō, Sōta Hazuki, Hishika Minamisawa, Hiromi Sakuta, Yū Muraoka, Tsukao, Kei Nakagaki, Pretz Matsumoto, Yoshimi Kurata, Aki Katsu, Megumi Hazuki, Toshiya Iwamura, @Hiyoko, Takehime, Tsuyoshi Isomoto, Shinichirō Ōe, Atsushi Sasaki, Tetsuo Aoki, Yūko Fujitani, Satoshi Kimura, Mizu Ōmi, Ryūhei Tamura, Takafumi Adachi, Youkihi, Mizuki Okazaki, Ryōichi Yokoyama, Hisae Iwaoka, Katsutoshi Murase e Mick Takeuchi.

Shoujo Mangá sobre a ameaça nuclear relançado no Japão



Eu realmente nao conhecia este mangá da Ryouko Yamagishi, mas é nessas horas que eu sinto muito orgulho das shoujo mangá-kas por sempre tocarem em temas importantes e urgentes; foi assim com o HIV, foi assim com a questão do uso da energia nuclear. Phaeton (パエトーン), segundo o Comic Natalie, foi escrito em 1988, sob a influência do acidente de Chernobyl em 1986. A publicação original foi na revista Asuka e, se entendi bem, a Kadokawa Shoten relançou o volume encadernaod em 2009. Agora, é possível baixá-lo gratuitamente na página da editora. O Kait encontrou o mangá para leitura on line (*em japonês, claro*). O link é este aqui. E, só para esclarecer, essa imagem aí do post é a capa da coletânea onde essa história foi lançada, não é uma imagem do mangá especificamente, OK?

Ranking do New York Times



Este é o ranking Americano da semana passada, desculpem a demora em postá-lo. Enfim, dentre os dez títulos mais vendidos, temos somente um shoujo, Black Bird #7, que começou a sua descida no ranking na semana anterior. Não sei por quanto mais tempo esse volume ficará no top 10, mas acredito que não suma tão cedo. Alguns dos tíutlos desta semana não devem durar para a próxima. E sempre podemos ter um retorno, vide o caso de Hetalia #1, que volrou ao top 10.

1. Naruto #50
2. Bleach #34
3. Yu-Gi-Oh! GX #6
4. Soul Eater #5
5. Black Butler #4
6. Black Bird #7
7. Dogs #5
8. RIN-NE #5
9. Black Butler #1
10. Hetalia - Axis Powers #2

sexta-feira, 25 de março de 2011

Fest Comix Brasília neste fim de semana



Eu nem sabia que estaria acontecendo, mas passei de ônibus na frente do Pátio Brasil e vi o anúncio. Devo dar uma apssadinha lá ou hoje, ou amanhã. Não achei nenhuma página oficial do evento, deve ser uma versão micro do evento original, pelo menos tem uma exposição que parec ser bem interessante. Segue a notinha que está na página do Correio Braziliense:
A área externa do Pátio Brasil Shopping recebe, de hoje a domingo, o Brasília Festival Comics, evento dedicado às histórias em quadrinhos, com exposições de revistas e ilustrações, oficinas, palestras, vídeos etc. A mostra Herói de papel não envelhece contará com gibis raros do acervo do colecionador paulistano Alexandre Callari, que estará no evento para a palestra A psicologia do Homem Morcego (amanhã, às 10h30). A exposição Fala panga! é dedicada ao falecido cartunista Glauco Villas Boas e conta com trabalhos de Ziraldo, Allan Sieber e Pelicano, entre outros. Hoje, às 16h, o professor Mauro Bandeira apresentará um panorama das HQs no DF e, amanhã, às 16h, ensinará como criar uma HQ. Amanhã, às 14h, o desenhista paulistano Klebs Jr. (da escola Impacto) fala sobre o mercado internacional de quadrinhos. Domingo, às 16h, haverá lançamento do fanzine Kenin. Nos três dias, das 17h30 às 19h30, serão exibidos curtas amadores protagonizados pelo Batman. Entrada franca. Classificação indicativa livre.

Ranking da Taiyosha



Segunda-feira saiu o ranking da Taiyosha. No top 10, um shoujo, Kimi ni Todoke em primeiro, e um josei, Chihayafuru, em quarto lugar. Ambos são títulos fortes que, talvez, ainda fiquem no top 10 por mais uma semana. Aliás, os dois títulos puxaram para cima o seu volume anterior. De resto, em shoujo, dou destaque para o novo mangá de Miwa Ueda, Pure-Mari. Só acho estranho estar somente com dois volumes. Em josei, pouca coisa é novidade de verdade, como Tanin Kurashi e 30 Kon Miso-com, e três Harlquin conseguiram durar por mais de uma semana.

SHOUJO
1. Kimi ni Todoke #13
2. Good Morning Kiss #7
3. Toiki to Inazuma
4. Natsume Yūjin-Chō #11
5. Hiyokoi #4
6. Kyō, Koi wo Hajimemasu #11
7. Limit #4
8. Hanasakeru Seishounen Tokubetsuhen #1
9. Kimi ni Todoke #12
10. Pure-Mari #2

JOSEI
1. Chihayafuru #12
2. Tanin Kurashi
3. 30 Kon Miso-com #12
4. Shin Good Job #4
5. Neko Shitsuji
6. Ai no Kinenbi
7. Ougon no Sheikh to Toware no Hanayome
8. Chihayafuru #11
9. HER
10. Bara to Mittei

Artistas desenham em solidariedade ao Japão



Segundo o UOL, um grupo de desenhistas (*e escritores, também*) ligados a uma comunidade virtual francesa está usando sua arte para mandar uma mensagem de solidariedade ao Japão. O nome do blog – com versões em francês, inglês e espanhol – é Tsunami – imagens para o Japão. O objetivo é retratar a tragédia e apoiar as vítimas. As 50 melhores ilustrações serão vendidas em um leilão beneficente no dia 30 de abril, na galeria Arludik, em Paris. Todo o dinheiro arrecadado será doado a associações que estão prestando ajuda às vítimas da tragédia. Não vi nenhuma informação de como será a escolha ou espaço para a votação e são muitos desenhos.


Comentando todos os desenhos que vi, acho que, no geral, são muito bons. Há poucos que eu consideraria de mau gosto, mas há. O Estúdio Ghibli recebe um número considerável de referências, Totoro em especial, há menções à obra de Osamu Tezuka, à série Evangelion, ao Godzila. As 50 melhores ilustrações serão vendidas em um leilão beneficente no dia 30 de abril, na galeria Arludik, em Paris. Todo o dinheiro arrecadado será doado a associações que estão prestando ajuda às vítimas da tragédia. Vale a pena ficar girando as páginas.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Já tem data de estréia a terceira temporada de Natsume Yūjin-Chō



Segundo o Comic Natalie, a nova temporada do anime de Natsume Yūjin-Chō (夏目友人帳 参) estréia no dia 3 de julho. Se entendi bem a notinha, o elenco de dubladores principais foi mantido. Também na mesma nota é dito que toda a série até agora, ou seja, a primeira e a segunda temporada, serão lançadas em Box de Blu-ray no dia 22 de junho. Além disso, se entendi bem, a série será reexibida antes da estréia dos novos episódios. Parece que haverá de um evento comemorativo do lançamento da terceira temporada no dia 4 de junho e os convites começarão a ser reservados no dia 15 de abril. É isso. Uma das minhas faltas é não ter assistido nada da série, conheço muita gente que curte e elogia, além disso, é raríssimo um shoujo conseguir chegar a terceira temporada nos dias de hoje.

Ranking da Oricon



Uma excelente semana para os shoujo e josei mangá no ranking da Oricon, são doze títulos ao todo, quase a metade do ranking. Eu realmente não esperava que fossêmos ter dois josei, Chihayafuru, saltando do nono lugar para o quarto, e Tanin Kurashi, que aparece em respeitável vigésimo-sexto lugar. Good Morning Kiss, também, foi uma surpresa positiva, esperava que estivesse no ranking, mas não no top 10. Já Natsume Yūjin-Chō despencou no ranking da Oricon, caindo do quinto lugar para um discreto vigésimo-primeiro lugar. Provavelmente, é sua despedida.

1. Kimi ni Todoke #13
4. Chihayafuru #12
9. Good Morning Kiss #7
15. Hiyokoi #4
16. AKB49 Renai Kishin Jorei #2 Special Edition
19. Shitsuji-sama no Okiniiri #10
21. Natsume Yūjin-Chō #11
24. Kyō no Nekomura-san #5
26. Tanin Kurashi
27. W Juliet II #3
29. Toiki to Inazuma
30. Kyō, Koi wo Hajimemasu #11

quarta-feira, 23 de março de 2011

Comentando TiTiTi – Parte 1



Como prometi, estou escrevendo sobre TiTiTi. Para que o post não fique enorme, vou parti-lo em duas partes e tentar equilibrar os prós e contras dentro dos dois textos. Vamos lá... TiTiTi foi a primeira novela das sete que assisti em muito, muito tempo, tanto que nem me lembro quando foi a última. Verdade! Acho as tramas das sete as mais fracas e irritantes, dentro de um panorama de novelas que não é dos melhores. Só que quando anunciaram o remake de TiTiTi, uma das novelas que mais gostei de assistir na minha infância, não pude resistir. Deixava o computador programado e saia para trabalhar, chegava quase onze da noite e assistia antes de dormir. No geral, devo ter perdido mais ou menos uns 20 capítulos da novela, contando a partir da primeira semana, pois quando TiTiTi estreou, eu estava fora de casa, em férias. Por conta disso, nunca vi Julinho e Osmar juntos, só em flashback, quando comecei a acompanhar o rapaz já tinha morrido. No geral, TiTiTi foi uma grata surpresa. Maria Adelaide Amaral foi fiel ao estilo da trama original de Cassiano Gabus Mendes, mas deu seu toque pessoal e ouviu o público. Por conta disso, tramas que tinham feito muito sucesso no original foram mudadas, como Luti e Valquíria, ou mesmo o final de Jacques Leclair e Victor Valentim.

Logo de cara o que me atraiu para TiTiTi foi o clima pastelão típico das novelas das sete dos anos 1980, como Vereda Tropical, Sassaricando, Guerra dos Sexos... Mais até que a TiTiTi original, eles capricharam nesse aspecto nas primeiras semanas da trama. Embora o casal Armandinho/Desiree nunca tenham estado entre meus favoritos, as cenas dos dois eram bem ao estilo da época. Saudosismo, eu sei e isso nada tem a ver com qualidade. Outro fator que me chamou muito a atenção foi o show dado por Cláudia Raia. Em TiTiTi ela mostrou o quanto é talentosa e quão boa comediante ela é. Em alguns momentos, era como se estivéssemos de novo vendo TV Pirata, e a própria citação que ela fez a personagem Tonhão, se remetia a isso. Mesmo as semanas que ela passou como freira foram divertidíssimas. Ou seja, Cláudia Raia iluminava a cena, deu um show à parte. As falas da personagem eram as melhores as mais bem sacadas, e muitas vezes eu gargalhei com elas. A novela ter fechado com uma última fala da personagem de Cláudia Raia foi um justo reconhecimento.

A segunda atuação mais interessante foi de outra atriz que um dia prometeu ser top estrela da Globo, Giulia Gam. Fazia tempo que não a via tão bem. E ela fazia parte do núcleo dramático em uma novela que era essencialmente cômica. A sua Bruna, uma mulher religiosa ao extremo, poderia ter ficado caricata ou antipática, mas ela interpretou tão bem a mãe que negava a homossexualidade do filho, que rezava para que Julinho arrumasse uma namorada, enfim, que era cheia de travas, só que lá no fundo tinha um coração maior que o mundo, foi arrebatadora. E bem no finalzinho da novela, ainda promoveram o inusitado encontro entre a perua Jaqueline, promovendo o romance de seu marido com o filho do coração de Bruna foi muito legal. Aliás, até que Edgar se tornasse um mala sem alça, todo o núcleo da casa de Bruna era ótimo. André Arteche mostrou mais uma vez que é um dos melhores atores jovens da atualidade, suas cenas foram difíceis, ele contracenou com gente muito experiente, e seu Julinho talvez tenha sido um dos melhores personagens gays que já vi em uma novela brasileira ou até na ficção. Leopoldo Pacheco, outro ator que eu acho muito bom e subaproveitado na Rede Globo, mostrou toda a sua competência na primeira metade da novela, quando de homem preconceituoso e machista foi se transformando de forma muito verossímil em uma pessoa muito melhor. E Marcela... Mas dela eu falo depois...

E chegamos ao ponto alto da trama a meu ver: a forma como a questão da homossexualidade foi tratada. TiTiTi foi a novela que abordou de maneira mais madura o drama dos homossexuais, seus amores, o preconceito, a questão da aceitação da família com coragem, sensibilidade, e diálogos e interpretações de qualidade. Surpreendente mesmo, ainda mais sendo uma novela das sete, já que os supostos “temas maduros” aparecem muito mais no horário das nove. Faltou o beijo, claro. Eu realmente fiquei na expectativa de vê-lo acontecendo e imagino a queda de braço nos bastidores da Globo. Eu duvido que isso não esteja enervando muita gente na produção. Enfim, Maria Adelaide Amaral mostrou o seu talento mais uma vez. Queridos Amigos já tinham representado, a meu ver, um grande salto de qualidade, e ela conseguiu elevar ainda mais o seu próprio nível de excelência.

Os dois protagonistas – ou supostos protagonistas – Jacques Leclair/André Spina e Victor Valentin/Ariclenes foram defendidos de forma muito corajosa por Alexandre Borges e Murilo Benício, afinal, eles tinham que, pelo menos, igualar as interpretações originais de Reginaldo Farias e Luís Gustavo e isso seria muito difícil... No entanto, o talento de ambos foi mais que comprovado, cada um deles reinventou a personagem e lhe deu nova roupagem. Alexandre Borges, um dos meus atores brasileiros favoritos, curiosamente, foi ele quem recebeu as maiores críticas, talvez por ter levado o seu Leclair para a caricatura mesmo, a piada total. Confesso que em alguns momentos ele ficou Dick Vigarista ou Coyote do Papa-Léguas demais para o meu gosto, algumas das suas armações com Clotilde foram cansativas, mas toda novela tem barriga... É muito capítulo para manter a qualidade em todos os momentos. Outro ponto complicado em Jacques Leclair foi que ele vestiu a pele do vilão, suas posturas morais eram muito complicadas e ele era um canalha com as mulheres, ainda assim, eles estava muito bem na maioria do tempo. Murilo Benício, muito mais comedido, conseguiu oscilar com maior facilidade da comédia para o drama. Seu Ariclenes era um ser humano com muitas falhas, egoísta em alguns momentos, mas, no geral, alguém com um grande coração.

Boa surpresa foi a virada da personagem de Tato Gabus Mendes. A TiTiTi original foi seu primeiro papel e eu me lembro do quanto ele parecia limitado na época, especialmente se comparado ao seu irmão mais famoso, Cássio Gabus Mendes. Mas eu gosto muito dele como ator, mas foi um sujeito que demorou a me convencer, somente quando ele viveu o Pichot de Que Rei Sou Eu?, consegui acreditar no talento dele. No início da novela, ele era a coisa mais chata da novela. Um vilão carregado de clichês e muito sem graça. Não sei se a personagem dele veio de Plumas e Paetês, porque não assisti essa novela, mas ele só ficou interessante quando passou a interagir com a Dorinha de Mônica Martelli, um dos melhores acréscimos para a novela. Ela com suas tiradas politicamente incorretas e seu humor irônico também eram uma atração a parte. E ela era bem diferente da Jaqueline, pois era classuda e contida.

Não posso terminar esta primeira parte sem elogiar aquela que para mim foi a grande revelação da novela, a menina Clara Tiezzi. Quando a via a primeira vez, imaginei que ela tivesse, pelo menos, 13 anos. Mas ela tinha somente onze, uma menininha mesmo, e conseguiu ser uma criança-gênio simpática, inteligente (de verdade) e convincente apesar do texto dificílimo (poderia parecer mera decoreba, mas ela equilibrou muito bem a coisa). Espero que tenha um belo futuro, pois talento ela tem. Claro, que se estivéssemos nos anos 1980, Mabi iria se apaixonar pelo Luti... Isso até aconteceu, mas a coisa não foi desenvolvida. Perceberam isso? Eu sou capaz de parar para olhar uma novela só para ver como essa menina se sairá em seu próximo papel.

Para fechar essa primeira parte dos meus comentários, três críticas. A primeira delas à propaganda dentro da novela. Sei que é a regra agora, mas as inserções, especialmente da Bradesco Seguros, eram a coisa mais artificial do mundo, quebravam a ação e só tinham esta função mesmo: vender. Será que não dava para inserir a coisa de forma mais sutil e articulada com a trama? Eu acho que, sim. Mas faltou imaginação. Em segundo lugar, e no próximo texto volto a isso, parece que alguém tentou destruir os casais jovens na segunda metade da novela. Até a Camila ficou chata! Isso sem falar na mensagem “amélia” que colocaram na boca da Desirée “Você me traiu, mas eu te amo e preciso te aceitar de volta”. Eu torcia para a Desirée ficar com o Jorgito, mas como podem meter essa mensagem de que se a gente ama um home precisa/pode/tem tem que aceitar traição? E mais, como um sujeito inteligente como o Jorgito poderia se deixar levar por alguém que desprezava e conhecia como a Stephany? Aliás, outra mensagem foi “Homem jovem magoado/sozinho se joga na cama com qualquer uma”. E até usaram o Julinho para dizer essa asneira, quando ele tentou fazer a defesa do Edgar para a Marcela. Enfim, na segunda parte do texto eu comento esses rolos amorosos.

Outro ponto em que TiTiTi não progrediu foi na representação dos negros. Tínhamos somente dois na novela, o belo Adriano e a víbora da Clotilde, com ótimo desempenho. Ambos educados, elegantes, inteligentes, de classe média alta, mas, como o Joel Zitto aponta em A Negação do Brasil, sem família, sem contatos com outros negros ou mulatos, sem raízes. Os únicos negros em um ambiente socialmente branco. Para piorar, ambos eram personagens com características vilanescas, com caráter mais que duvidoso. Poderiam ter feito melhor e não estou falando em inserir a discussão do racismo, o que eu peço é maior visibilidade e menos solidão, nossas novelas ainda reproduzem uma ficção que é a de que somos um país de brancos ou, pelo menos, muito mais branco do que na realidade somos. Além disso, para mim era muito incomodo olhar aquela vila pobre do Belemzinho e não ver um negro sequer. A inserção dos nordestinos foi legal, mas e a questão racial? Por que não contemplaram? Vejam que a coisa é um passo para frente e, talvez, dois para trás. Houve um desenvolvimento ótimo da questão da homossexualidade masculina (porque as lésbicas da novela eram invisíveis, apesar de sabermos que estavam lá), mas a questão racial ficou de lado totalmente.

Concluindo, TiTiTi foi uma novela divertida, na qual o tom de farsa fazia sentido. A homenagem ao original afirmando, também, a sua individualidade fez toda diferença. Eu não esperava tanto, acreditava que a coisa fosse degringolar, mas TiTiTi me deu esperanças de novos remakes com qualidade. Já falei aqui que meu sonho é ver O Direito de Amar na TV novamente... Vamos ver se o Walter Negrão aceita a tarefa antes de se aposentar.

Figure de Rurouni Kenshin



Não vejo nada de muito especial em Rurouni Kenshin (るろうに剣心), não mesmo. Só que gosto da persoangem, gosto da primeira fase do anime e do mangá, gosto dos OAVs e, sim, é muito raro uma figure masculina interessante aparecer. Por tudo isso, acabei encomendando (*só vai sair em junho*) a figure de Kenshin. Ela sairá em duas versões, a versão anime, com roupa vermelha e ligeiramente mais barata, e a versão dos OAVs com roupa azul. Eu encomendei essa última. Meu marido acredita que ela deve vir com duas cabeças, uma com a cicatriz reta e outra com a em formato de cruz. A notícia estava no Comic Natalie.

Morre Elizabeth Taylor



Não é algo inesperado, afinal, Elizabeth Taylor já estava idosa e muito doenta há muito tempo. A notícia já está na net, e acabaram de atualizar o IMDB. Nunca fui fã de Lizzie Taylor, mas a achava uma das atrizes mais bonitas da sua geração, e uma das mais infelizes, também. Lançada muito jovem (*Quem da minha geração não se lembra do choroso Lassie Come Home?*), sobreu uma queda do cavalo aos 12 anos e uma lesão da qual nunca se recuperou enquanto gravava National Velvet (*Em português a Mocidade é Assim Mesmo, duvido que o TCM não passe hoje ou amanhã... Afinal, vive repetindo mesmo*), depois ainda adolescente já fazendo papel de mulher adulta... Transformada em ícone e objeto sexual, sua imagem foi explorada ao extremo e, por fim, vencedora de dois Oscars de melhor atriz. Bem, acho a trajetória dela muito trágica. Ao mesmo tempo, ela sempre se posicionou de forma muito solidária em relação aos direitos dos homossexuais e, se não me engano, era a melhor amiga de Rock Hudson e uma das pessoas que sabia do seu "segredo". Elizabeth Taylor foi Amy March na versão de Little Women de 1949 (*Quatro Destinos, aqui no Brasil*), e acho que foi o segundo filme que vi com ela, também foi Helen Burns em Jane Eyre de 1943, e uma belíssima Rebeca no fraco Ivanhoé de 1952... Lembro mais dela nesses filmes e em Lassie do que no chatíssimo Cleópatra. Não sei, fico na dúvida se meu filme favorito com ela é Gata em Teto de Zinco Quente (1958) ou um outro filme... e é chato esquecer o nome dele, mas ele está em The Celluloid Closet, porque Taylor é a noiva de um sujeito que é linchado por ser homossexual, ou algo assim... Se alguém souber, por favor, coloque nos comentários. Enfim, espero que Ms. Taylor tenha ido em paz.

terça-feira, 22 de março de 2011

Akuma to Love Song terminará em abril



Segundo o JBox, O mangá Akuma to Love Song (悪魔とラブソング), de Toumori Miyoshi, chegará ao fim no próximo dia 20 de abril. A série é publicada a Margaret desde 2006 e fechará com 13 volumes, o último deles com lançamento previsto para maio. Como gosto muito da série, queria que alguma editora daqui percebe-se o seu potencial, já que a série vende bem no Japão e tem personagens bem carismáticas, a começar pela protagonista, Maria. Eu percebi que muita gente estava acessando meu post sobre este mangá e percebi que o fluxo vinah do JBox. Agradeço muito a menção.

Comentando (o constrangedor) primeiro capítulo de Morde & Assopra



Eu sei que é meio esquisito comentar a novela que estreou antes do meu post sobre TiTiTi. Então, desde já eu peço desculpas, mas estou com umas coisas entaladas aqui e este post será curto. Deixei o meu computador com a mesma programação para poder assistir o primeiro capítulo da novela do Walcyr Carrasco. Não pensem que eu queria ver somente o que ele vai fazer dos otakus. Aliás, isso me importa muito pouco, dado o escândalo que fizeram no Twitter, ele provavelmente vai esculachar. Eu queria ter uma visão geral da coisa e estava curiosa para ver como iriam colocar o tal terremoto, que poderia ferir as sensibilidades dos japoneses e descendentes, segundo os jornais, e como seriam retratados os paleontólogos, já que meu irmão é um deles.

Enfim, fazia tempo que eu não via um espetáculo tão constrangedor em uma novela. Tirando a mensagem aos japoneses e de força para que o Japão se reerguesse, tudo foi um desfile de bizarrices. Com um elenco encabeçado por uma Adriana Esteves, grande atriz, uma das melhores de sua geração, e o excelente Mateus Solano, que tem tudo para se tornar um dos melhores atores do Brasil, ver tanta bobagem junta, tanto diálogo constrangedor, dói muito. Nem vou falar do núcleo rural com os sotaques forçados. Eu até gosto do Marcos Pasquim, acho que ele tem potencial, mas quando vão deixar esse rapaz sair do papel de truculento-pegador?

Toda novela das seis (*nunca vi a das sete dele*) do Carrasco tem um núcleo assim. Todo mundo na cidade fala “carioquês leve”, mas há um enclave caipira, sabe-se lá como. É tradição. Triste foi ver o engenheiro brilhante, com ar distraído e descabelado, indo ao Japão, porque quer ressuscitar a noiva por “amor” na forma de um robô. Tadinho do Mateus Solano. Eu ouvi aquelas falas e fiquei pensando que ele poderia, sim, estar fazendo algo muito melhor. Mas o pior foi a “caçadora de dinossauros”. Foi a primeira vez que vi alguém precisar de doutorado para casar. Como assim? Perdeu os fósseis e não vai conseguir casar? Cara, fazer uma tese dá muito, muito trabalho, ela pode casar sem tanto esforço. Só foi isso que o autor colocou no primeiro capítulo. Depois de um terremoto fake que mostrou, mais uma vez, que a Globo não sabe fazer cenas de ação ou usar efeitos especiais, a personagem de Esteves, que por ser chefe da tal expedição já deveria ser doutora, só faz chorar, porque agora todos os seus fósseis estavam perdidos e ela não poderia terminar o doutorado e casar com o seu inglês, que fora os belos olhos, não parecia ter muito a oferecer. Eu fiquei fazendo a lista mental de um monte de ingleses interessantes dos seriados da BBC que eles poderiam, quem sabe contratar para uma pontinha... E, o mais estranho, a novela colocava a turma falando em inglês sem legendar...

E, bem, se a preocupação era a sensibilidade dos japoneses, a seqüência dos trabalhadores japoneses tendo xilique por causa do dragão (*sim, não era dinossauro*) que foi desenterrado, falando em má sorte, maldição, etc., foi muito pior que o terremoto fake. Eu tenho um irmão paleontólogo e vou confirmar com ele isso depois, mas acredito que em sítios de escavação só trabalhem pesquisadores (doutores, mestres, doutorandos, mestrandos), e estagiários (*graduandos*), com raras exceções. Fora isso, o trabalho de escavação é muito delicado, não é chegar lá e marretar, como mostrado na novela. Só que os japoneses-fake eram peões que ficavam lá cavando e cavando... Além de serem ignorantes, obtusos, supersticiosos, enfim, ridículos. Eu me senti ofendida com aquilo. Muito mesmo, imagino se eu fosse japonesa.

Mas a parte científica da coisa foi pior. Não há curso de paleontologia no Brasil, ou de arqueologia, são especializações, por assim dizer, mas uma Bárbara Paz caricata diz algo como “Fiz o curso, porque era fácil passar no vestibular”. Ela será a vilã afetada e ridícula. Adriana Esteves, importante pesquisadora, não parecia saber que há vários sítios paleontológicos importantes em nosso país (*ou na Argentina, aqui do lado*) e trabalhos muito sérios, como os feitos pelo Museu Nacional no Rio. Ela precisou ir para o Monte Fuji. Sim, o Monte Fuji... Outro desserviço – apesar de alguma criança poder cismar em seguir carreira na área por causa da novela – é ver que somente os dinossauros têm valor. Segundo meu irmão, a maioria das verbas vai para o pessoal dos dinossauros, afinal, eles têm muito mais espaço na mídia. Isso é fato, crianças gostam de dinossauros, porque eles aparecem em filmes, desenhos, brinquedos. Só que tudo na novela precisa ser grande, completo, bem visível, como o crânio imenso encontrado no primeiro capítulo. Coisas pequenas – conchas, por exemplo – foram citadas com desprezo. Quem se importa? E a conversa “científica” entre a Adriana Esteves e o noivo paleontólogo-picareta-bam-bam-bam? Que primarismo...

Eu entendo que o autor queira dialogar com seu público, que, pelo que eu vi da trama, ele imagina ter no máximo dez anos de idade, mas simplificar não é passar informações erradas. E o homem pesquisou... Mandei um SMS para o meu irmão depois da meia noite, pois assisti o primeiro capítulo quando voltei do trabalho, dizendo “Acabei de descobrir que os paleontólogos podem ser tão esculhambados quanto os historiadores pelas novelas da Globo...”. Sim, eu já estou acostumada, mas historiadores ridículos estão em todo o lugar, acho que é pior quando aparece algum em Jornada nas Estrelas. Bem, a resposta do meu irmão foi bem humorada “Fazer o quê? Meu consolo é que são os paleovertebrados.” Não entendeu? É que dificilmente iriam se importar em retratar “caçadores” de insetos, moluscos, crustáceos (paleoinvertebrados, como meu irmão), ou paleobotânicos. Enfim, acho que ficarei mais uns dez anos sem ver novelas das sete, TiTiTi foi exceção. Morde & Assopra agora eu só assisto flashes e por acidente. E a parte boa é que estou livre das novelas. Volto a assistir, quando puder, o jornal da Bandeirantes.

Ranking da Tohan



Pessoal, este ainda é o ranking da Tohan da semana passada. Como estive muito ocupada (*e cansada*) no domingo e na segunda, alguns posts atrasaram. O ranking da Tohan seguiu, de certa forma, o que os outros apontavam, Kimi ni Todoke em primeiro lugar, acredito que com pouca folga, dado o top 3, e Natsume Yūjin-Chō em queda. Acredito que Kimi ni Todoke possa ainda estar no top do ranking esta semana, mas só com a saída dos rankings para a gente confirmar.

1. Kimi ni Todoke #13
2. XXXHolic #19
3. Bakuman。 #12
4. Katekyo Hitman Reborn! #33
5. Nurarihyon no Mago#15
6. Natsume Yūjin-Chō #11
7. Shin Tennis no Ouji-sama #5
8. To Love-Ru -Trouble- Darkness #1
9. Toriko #13
10. Minamike #8

sábado, 19 de março de 2011

Novo Mangá de Tomoko Ninomiya na Itália



Estava com essa notícia guardada aqui... Bem, a carreira internacional de Nodame Cantabile (のだめカンタービレ) não tem sido muito boa, isso é fato. Na Espanha e nos Estados Unidos, o mangá não estourou como no Japão. Mas na Itália, segundo o Pro Shoujo Spain, a editora Magic Press vai investir em uma obra anterior da autora. Tensai Family Company (天才ファミリー・カンパニー) é um mangá dos anos 1990, um dos priemeiros da autora, e é relativamente longo, com 11 volumes. Se entendi bem, a série foca na disputa entre dosi irmãos de criação, com personalidades absolutamente diferentes. O protagonista, pela descrição lembra um pouco Chiaki, centrado, egocêntrico, e que planeja ser bem sucedido no mundo dos negócios. Mas sua mãe se casa e seu "novo irmão" é um sujeito totalmente diferente, cheio de alegria e, bem, até a melhor amiga do protagonista, a única pessoa que ele respeita, é contaminada pelo seu concorrente. Bem, pode ser uma série legal, sim.

Heart no Kuni no Alice terá longa animado em julho



Heart no Kuni no Alice ~Wonderful Wonder World~ (ハートの国のアリス ~Wonderful Wonder World~) ou Alice in the Country of Heart, em inglês, tem feito muito sucesso nos Estados Unidos e é baseado em um otome game (*jogo para garotas otaku*) de 2007. Pois bem, a revista B’s-Log anunciou que teremos um longa animado baseado no game/mangá. Segundo o ANN, a história do filme será original e a estréia será em 30 de julho. E, já aproveitando a propaganda do movie e o sucesso do mangá, uma nova série vai estrear em 28 de abril na Comic Zero-Sum com o nome do terceiro game da franquia, que saiu em 2009, Joker no Kuni no Alice ~Circus to Usotsuki Game~ (Alice in the Country of the Joker: The Circus and the Lying Game). O elenco de dubladores já está no ANN.

Sailor Moon de volta aos Estados Unidos



Eis a primeira notícia boa que a Kodansha USA me traz. Sailor Moon será republicado nos EUA a partir de setembro com periodicidade bimestral e no formato de 2003, isto é, em 12 volumes, com novas ilustrações e capa, além de arte melhorada. Fora isso, estará incluído o mangá Codename Sailor V, que nunca saiu nos Estados Unidos (*via ANN*). Essa notícia foi um dos hits no Twitter ontem, mas eu estou impossibilitada de postar com a rapidez que faria... Enfim, Sailor Moon está fora de catálogo nos EUA há seis anos e foi publicado pela Mixx Entertainment, nome da antiga Tokyopop, já em formato tankohon, mas ainda espelhado. Meu marido tem essa edição lá em casa. Bem, Sailor Moon está voltando com tudo, na Itália, por exemplo, serão lançados os artbooks (*via Pro Shoujo Spain*) e mesmo um jogo para Nintendo DS. Fora o anime, que está prometido para Itália, Alemanha e, mesmo, Brasil... Só que aqui, em DVD. Enfim, eu acredito que em breve teremos o mangá também aqui no Brasil... E não deve demorar.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Ranking da Taiyosha



Agora vamos publicar o ranking da Taiyosha… Bem, no top 10 geral temos Kimi ni Todoke liderando o ranking, como esperado, e Natsume Yūjin-Chō fechando os mais vendidos. Claro, que todos os outros rankings incluem o josei Chihayafuru no top 10, mas o ranking da Taiyosha tende a se anômalo. Aliás, até agora não entendo como Clover entrou no top 30 da Oricon e nem sombra dele na Taiyosha... Anomalia demais. O destaque no ranking de shoujo é, sem dúvida alguma, os shoujo da nova revista da Kodansha, A Aria. Temos Magnolia, Junketsu + Kareshi e Iiki no Ki , que é de Kaori Yuki. Esse mangá Magnolia parece ser interessante, pois conta a história de um/a príncipe/princesa que aos 16 anos precisa escolher o que será, se homem ou mulher. Como ainda não li nada – mas o primeiro volume está todo traduzido – não posso falar muita coisa, mas entrou na minha lista de leituras obrigatórias. Em josei, Chihayafuru lidera fácil. Shimoyamate Dress resiste, e as únicas séries não-Harlequin estreantes são M-shiki Princess e Vanity League. O resto é Harlequin, alguns com capas bem bonitas.

SHOUJO
1. Kimi ni Todoke #13
2. Natsume Yūjin-Chō #11
3. Kyō, Koi wo Hajimemasu #11
4. Hanasakeru Seishounen: Tokubetsuhen #1
5. Toshokan Sensō: Love & War #7
6. Magnolia #1
7. Kuro Tsubaki #12
8. Junketsu + Kareshi #1
9. Akuma to Duet
10. Iiki no Ki #1 (Kaori Yuki para a revista Aria)

JOSEI
1. Chihayafuru #12
2. Shimoyamate Dress 2nd
3. M-shiki Princess #2
4. Vanity League #4
5. Kogane no Sheik to Towarare no Hanayome
6. Kuchizuke no Atoni
7. Bara to Mittei
8. Ai no Kirenbi
9. Kinjirareta Kokuhako
10. Payboy no Koishitara

Comentando Mr. Darcy Vampyre



Antes de vir para São Luís (*sim, estou no Maranhão até domingo*), terminei de ler Mr. Darcy Vampyre, de Amanda Granger. Comprei o livro para mim depois de dá-lo de presente para a Lina. Como tinha lido outra obra da autora, achei que poderia ser legal. Gosto de Orgulho & Preconceito, gosto de histórias de vampiros, e, bem, o Mr. Darcy’s Diary da autora tinha sido bom. Pois bem, foi um custo conseguir terminar de ler o livro. Não há mistério, pois sabemos desde o título que Darcy é um vampiro, e a autora cria um suspense artificial e sem emoção, já que nunca estamos na mente de Darcy, o que é uma pena, já que não conseguimos perceber suas angústias a partir da sua própria voz. A autora nos guia usando Ellizabeth e sua confusão em relação às atitudes do marido, enquanto nos arrasta páginas e páginas por diversas regiões da Europa... Foi difícil... Muito mesmo! Mas é melhor dar uma sinopse do livro.

A história começa em 1802, no dia do casamento entre Darcy e Elizabeth, Bingley e Jane. Todos estão muito felizes, as irmãs bem ansiosas, e temos ótimos diálogos logo abrindo o livro, a intimidade entre as irmãs e destas com o pai é algo delicioso de se ler. Consegui me sentir lendo as persoangens de Austen, pois Amanda Granger domina bem o material original. A partir da cerimônia, depois de ler uma mensagem de felicitações, Darcy se mostra nervoso e sombrio. Elizabeth não consegue entender a distância que ele mantém entre os dois e por que não consuma o casamento. Mudando o direcionamento da lua de mel, ele leva Elizabeth, apesar do perigo de guerra com a França, para o Continente. Antes disso, porém, Elizabeth descobre que o Coronel Fitzwilliam também era contra o casamento dos dois e isso a magoa bastante, Logo ele, que se mostrou tão simpático. Lá, eles passam meses visitando parentes de Darcy, e Elizabeth pensando que ele buscava aprovação da família em relação ao casamento desigual dos dois. Afinal, Darcy era muito rico e de família muito tradicional, enquanto ela nem dote direito possuía.

França, os Alpes, Itália, em todos esses lugares Elizabeth conhece gente muito estranha, com hábitos bem peculiares, alguns acolhedores, outros arrogantes, todos, entretanto, aparentados ou amigos de Darcy, que possui casas em várias regiões da Europa. Alguns dos "parentes" são ricos e vivem de forma opulenta, outros mal sobrevivem depois da Revolução Francesa, vivendo de glórias passadas. Curiosamente, a autora não explica por que os vampiros são tão vulneráveis às viradas da política humana sendo eles e elas tão poderosos. Quando subiam as montanhas, o casal tem um encontro desagradável com Lady Catherine De Bourgh, que não aceita o casamento do "sobrinho". Já nos Alpes, eles têm que fugir, quando o castelo do Conde Polidori, tio de Darcy, é atacado. Mais tarde, depois de uma estadia em Veneza e em uma villa perto de Roma, Elizabeth quase cai nas garras de um poderoso vampiro que cobra o “direito do senhor” e, por fim, umas duzentas e poucas páginas depois do começo, a mocinha descobre o segredo do marido. Ele é um vampiro e queria descobrir uma possibilidade de se tornar mortal por amor a ela, já que tinha medo de passar a maldição para Elizabeth caso decidisse se entregar à paixão que o torturava. E que Granger pouco coloca em seu livro, que fique claro.

Primeira coisa, Amanda Granger conhece muito bem Orgulho & Preconceito (Pride & Prejudice). Ela domina o material, as personagens parecem com as de Austen, se comportam como os verdadeiros Darcy e Elizabeth iriam se comportar. E eis o único mérito dela neste livro. Granger é toda preciosismo em descrições, detalhista ao extremo. Móveis, pessoas, roupas, mas em um nível tão excessivo, que a coisa se arrasta em intermináveis páginas. Eu queria ver a mente de Darcy, coisa que ela mostrou muito bem em Mr. Darcy’s Diary, mas em nenhum momento ela nos ofereceu isso. Ela só mostra a confusão de Elizabeth, as cartas confusas que ela escreve, sua ansiedade, as tentativas de se enganar sobre o comportamento estranho do marido... E, sim, faltou tensão erótica. Houve um momento que eu fiquei tão cansada que larguei e fui pegar um romance Harlequin para me desestressar... Amanda Granger poderia ter lido um ou outro deles e incrementado seu próprio livro... Veja bem, não estou pedindo sexo ou descriçõoes gráficas, mas Darcy mal se aproxima de Elizabeth, apesar de boa parte do tempo estarem sozinhos e casados, nós não sabemos o que ele está pensando (*como se fosse segredo ele ser um vampiro*), e são mais de trezentas páginas...

No quesito vampiro, a autora até mostra criatividade, mas falta, acredito, a experiência com o gênero. Seus vampiros andam de dia. Até aí, nada. Eu não me importo com vampiros diurnos, Drácula andava de dia. Mas se andam de dia, como chamá-los de criaturas da noite com tanta veemência que parece que eles não podem ver o sol? E eles comem comida humana, mas nada é explicado sobre isso. Seria encenação? A comida tem alguma função nutricional? Os vampiros de Amanda Granger não têm pontos fracos comuns, ela explica que uns são vulneráveis ao alho, outros crucifixos, outros, como Darcy, devem evitar o nascer e o pôr do sol, pois ficam transparentes e a exposição contínua pode levá-los à destruição.

Segundo a autora, pela boca de Lady Catherine, um vampiro só é vulnerável a algo mais antigo que ele. Darcy usa um crucifixo por amor à Elizabeth... Mas sofre alguns danos por causa disso. O Conde Polidori (*nome do autor do primeiro conto com vampiros em língua inglesa*), tio de Darcy, é vulnerável à espelhos... Ele não tem reflexo, Darcy tem. Já o vampiro ancestral que vem atrás do jovem casal – assim, o cara cai na história de repente como suposto grande vilão – é derrotado pelo “amor” dos dois... Olha, foi constrangedor., eu crente que era o crucifixo e ela me desencava essa explicação tosca. O vampiro em questão exigia o direito de primeira noite, aquela ficção sobre a Idade Média que produziu tantos livros e filmes. Ele sabia que Elizabeth continuava virgem e vem reclamar o que acredita que é seu. Só que é derrotado e volta ferido para o subterrâneo. E há um blá-blá-blá sobre ele ter sido capturado durante a Revolução Francesa, mas que o povo decidiu levá-lo à guilhotina e a coisa deu errado... Bem, bem, eu já estava imaginando uma grande explicação tipo Moonlight, mas... alarme falso! Outra cena constrangedora foi o segundo encontro com Lady Catherine, quando a velha dama acaba abennçoando o casamento do jovem casal com a anuência de sua filha, Anne. É a aparição de Lady Catherine que possibilita a cura de Darcy, ainda assim, toda a cena foi uma vergonha.

Outro problema do livro é a idade de Darcy... Tudo é descrito como se ele tivesse séculos de idade. Elizabeth fica imaginando quantos reinos e impérios ele assistiu se elevarem e ruírem... Darcy conhece toda a Europa e América, fala de “quando era menino” várias vezes ao longo da narrativa, pois, pelo jeito, vampiros nesse universo procriam e envelhecem, mas ele foi transformado adolescente em 1665, Ano da Grande Peste. Faça as continhas... Ele era mais ou menos dez anos mais velho que a irmã, ela era pequenina - e estava com a peste - quando foi transformada por Lady Catherine em um ato de compaixão, e ele decide seguir a irmã, porque jurara protegê-la. Darcy deveria ter 14 ou 15 anos. Se o livro se passa em 1802, Darcy era um vampiro garoto, por assim dizer. Agora, o grande absurdo, o maior de todos, é omitirem Wickham. Ele é citado, já que foi ele passou as direções para Lady Catherine, mas não se explica como o sujeito fez o que fez com a irmã de Darcy, uma vampira bem mais velha que ele, e, bem, não terminou esquartejado por isso. Sinceramente? Esse Darcy vampiro tinha sangue de barata. Eu imaginava que Wickham seria vampiro, talvez o vilão do livro junto com Lady Catherine. Qual nada! Olha, muita falta de imaginação... E, sim, Darcy e a irmã – que continua vampira no fim do livro, eu suponho – não consomem sangue humano... mas não é dito o que eles consomem para manter sua "saúde".

Bem, Darcy se torna mortal, quando começamos a ler o livro, já é algo dado, a autora não iria transformar Lizzie em vampira. Só que, curiosamente, um dos momentos mais ricos do livro foi a descrição de seus poderes feito pelo velho que sabe como ele pode tentar voltar a ser mortal. E eu concordo com o velho, realmente, ser vampiro era o máximo naquele universo: supersensibilidade, super velocidade, super audição, super visão, super força, eternidade, e sem praticamente nenhuma limitação. Ser mortal para quê? Difícil para o velho entender o motivo da escolha... Melhor seria oferecer à Elizabeth esta dádiva. Indo direto ao ponto: o livro é no máximo regular, com raros momentos interessantes. Raros mesmo. Deveria e poderia ter umas cem páginas a menos sem perda nenhuma, assumir-se como uma fanfic estendida sem querer ser um romance monumental. Enfim, eu não recomendo o livro, a não ser que você seja muito fã de Orgulho & Preconceito ou Amanda Granger, porque como material sobre vampiros é muito, muito fraco. Vocês encontram coisa muito melhor. Acreditem!

Ranking da Oricon



Todos os rankings japoneses desta semana já saíram, mas só tive tempo de publicar o ranking da Oricon até agora. Pois bem, acredito que por conta da tragédia no Japão, vários mangás não foram lançados. De qualquer forma, o top 10 não é surpresa. Temos um novo volume de Kimi ni Todoke e ele está no topo do ranking. Chihayafuru, com uma capa linda, também aparece no top 10. Já Natsume Yūjin-Chō resiste. A surpresa para mim é ver o retorno de Clover ao top 30… E ele não aparece no top 10 de shoujo da Taiyosha… Enfim, estranho mesmo…

1. Kimi ni Todoke #13
5. Natsume Yūjin-Chō #11
9. Chihayafuru #12
15. Kyō, Koi wo Hajimemasu #11
23. Clover #20
26. Toshokan Sensō: Love & War #7
30. Hanasakeru Seishounen Tokubetsuhen #1

Ranking do New York Times



Saiu o ranking americano de mangás. O ANN publicou com atraso e eu atrasei mais ainda. Enfim, Black Bird começou a se despedir? Enfim, não sei... Mas está descendo no ranking nessas últimas semanas. Vampire Knight voltou para ficar... por mais algumas semanas, claro. E temos Library Wars: Love & War. Engraçado é que o ultimo volume entrou no ranking da Taiyosha na semana passada. E Hetalia sumiu do ranking... Nossa faz muito tempo que não vejo um top 10 americano sem Hetalia, mas, acredito que saindo o volume #3, teremos todos eles no ranking.

1. Yu-Gi-Oh! GX #6
2. Bleach #34
3. Naruto #50
4. Black Butler #4
5. Soul Eater #5
6. Black Bird #7
7. Fullmetal Alchemist #24
8. Library Wars: Love & War #4
9. Vampire Knight #11
10. Death Note Black Edition #2

Chika Umino vence o Manga Taisho Award



Como a tragédia não pode parar o mundo (*ainda bem*), ontem saiu o resultado do 4º Taisho Award, que foi publicado no Comic Natalie (*e no ANN, que facilitou a minha vida*). Este prêmio tem uma característica diferente, pois quem indica os títulos são funcionários de livrarias e, não, editores ou “especialistas” em mangá. Este ano, a vencedora do grande prêmio foi Chika Umino com seu Sangatsu no Lion, seguida não tão de perto por Kaoru Mori. São duas mangá-kas de muito talento, ambas fazem seinen mangá no momento. O 4º e 5º títulos mais votados foram um josei, Hana no Zubora-Meshi, e um shoujo, Shitsuren Chocolatier. Se eu tivesse que apostar, acho que teria dito que Shingeki no Kyojin seria o vencedor. A imagem acima foi feita por Chika Umino para comemorar o seu prêmio. Segue o resultado:

1. Sangatsu no Lion (3月のライオン) de Chika Umino – 75 pontos
2. Otoyome-Gatari (乙嫁語り) de Kaoru Mori – 55 pontos
3. I am a Hero (アイアムアヒーロー) de Kengo Hanazawa – 51 pontos
4. Hana no Zubora-Meshi (花のズボラ飯) de Masayuki Kusumi e Etsuko Mizusawa – 50 pontos
5. Shitsuren Chocolatier (失恋ショコラティエ) de Setona Mizushiro – 47 pontos
6. Sayonara mo Iwazu ni (さよならもいわずに)de Kentarō Ueno – 42 pontos
7. Shingeki no Kyojin (進撃の巨人) de Hajime Isayama – 41 pontos
8. Kokkoku (刻刻) de Seita Horio – 38 pontos
9. Mashiro no Oto (ましろのおと) de Marimo Ragawa – 36 pontos
10. Drifters (ドリフターズ) de Kouta Hirano – 35 pontos
11. Don't Cry Girl (ドントクライ、ガール) de Tomoko Yamashita – 35 pontos
12. Omo ni Naitemasu (主に泣いてます) de Akiko Higashimura – 27 pontos
13. Saru de Daisuke Igarashi – 21 pontos

quinta-feira, 17 de março de 2011

Chika Umino desenha em solidariedade ao Japão



Chika Umino, a autora de Honey & Clover (ハチミツとクローバー), também fez o seu desenho em solidariedade às vítimas do terremoto de 11 de março (Tōhoku Chihō Taiheiyō-oki Jishin) e tsunami no Japão. A imagem foi publicada no Comic Natalie.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Moyoco Anno desenha em solidariedade ao Japão



Moyoco Anno, de Sugar Sugar Rune (シュガシュガルーン ), também está desenhando para mandar uma mensagem de incentivo apra a população japonesa depois do terrível terremoto e Tsunami. Segundo o ANN, a autora está publicando imagens com suas personagens Ochibisan, Nanzeni, e Pankui do mangá Chibisan, publicado toda a segunda-feira no Asahi Shinbun. As imagens estão no blog da autora. Ela não é a única a fazer isso, mas é a primeira das autoras de shoujo que eu tive notícias.

O Takarazuka sempre me surpreende...



Por causa de uma citação feita no seriado Todo Mundo Odeia Chris, fui procurar a música do filme A Força de um Destino (An Officer and a Gentleman). Não conhece? É um filme no qual Richard Gere (*bem gatinho na época*) é um cadete aviador da Marinha americana, um sujeito sem muito caráter ou força de vontade, que entra em conflito com o sargento responsável por treinar seu grupo de alunos, o excelente Louis Gossett, Jr., que levou o Oscar (*entregue por Chritopher Reeve e a Susan Sarandon*). De quebra, claro, depois de muito drama e ralação, o Richard Gere casa com a Debra Winger que fazia a operária caçadora de marido, como todas as moças daquela cidadezinha no fim do mundo. Mas os dois, claro, se apaixonam de verdade e mudam de vida. O filme foi um grande sucesso na época e volta e meia alguma de suas dcenas é citada em seriados e outros filmes.

No geral, fora a música, Up Where We Belong (*que aparece na propaganda para mulheres do Fleggaard*), e a interpretação do Louis Gossett, Jr., o que me faz lembrar daquele filme é o fato de ser dito que aquele ano era a primeira vez em que mulheres eram admitidas nas turmas de cadetes da Marinha. E, claro, das moças que começam, somente uma termina o treinamento, uma garota pequena, franzina, que sofre horrores, quase desiste, mas termina o curso e é elogiada pelo treinador cruel. Faz mais de quinze anos que não vejo este filme, mas lembro bem do Louis Gossett, Jr. dizendo "Você quer continuar sendo cidadã de segunda classe?". Bem, ser piloto é uma grande conquista, mas mulehres continuam sendo cidadãs de 2ª classe... Mas era sobre o Takarazuka o post, não é?

Pois bem, o Takarazuka fez uma montagem do filme... E eu fui atrás de um vídeo e encontrei. Começa pelo fim, isto é, a dança que as atrizes apresentam e que nada tem a ver com a peça em si, mas, se você continuar assistindo, vai ver uma das cenas mais marcantes do filme, que é a da mangueira. ^_^ Muito engraçado. O nome do espetáculo é Takarazuka Hana no Odori Emaki – Aki no Odori – Ai to Seishun no Tabidachi (宝塚花の踊り絵巻 – 秋の踊り– 愛と青春の旅だち/ Takarazuka Floral Dance Scrolls – Autumn Dance – An Officer and a Gentleman). Segundo a Takarazuka Wiki, a montagem é da Star Troupe de 2010.