domingo, 30 de setembro de 2012

Histórias em Quadrinhos: Um Levantamento Bibliográfico



Já me pediram várias vezes que recomendasse livros e outros estudos sobre quadrinhos no Brasil e fora.  Não sou especialista nisso, vocês que lêem o blog sabem disso, mas tenho vários livros aqui em casa.  Ontem decidi colocar mãos à obra e listar tudo o que encontrei na minha casa, separando em categorias, mais ou menos gerais.  Dei preferência ao material que tinha algum recorte acadêmico, daí ter excluído, por exemplo, O Grande Livro dos Mangás.  Salvo o site do Matt Thorn, não inclui material que está on line.  Abri exceção pela importância que o autor tem.  Livros esgotados, podem ser encontrados para download ou compra no Estante Virtual (*só para citar um sebo*) e para os que estão disponíveis, peço preferência para os links do Submarino e da Livraria Cultura que estão no blog, além do Book Depository, claro.

Certamente esqueci de alguma coisa que tenho em casa ou de livros que são importantes, e a forma como dividi o material também pode ser questionada, obviamente.  Há livros que coloquei em História, mas que não são trabalhos de historiadores, por exemplo.  Há livros, como o do Mike Madrid, que são muito bons, mas que não tem notas nem o rigor de um trabalho acadêmico.  Há vários livros que são coletâneas de artigos.  Talvez seja possível encontrar o sumário na internet (*dos Mechademia, você acha*), caso tenha curiosidade e não encontre, pode perguntar no comentário que eu tento explicar em linhas gerais.  O foco é quadrinhos, material sobre animação especificamente, ficou de fora.  Se esqueci de algum livro, favor deixar também nos comentários, assim, a gente atualiza a lista.  É isso, segue o levantamento:


- NARRATIVA, CONCEITOS

ACEVEDO, Juan.  Como Fazer Histórias em Quadrinhos.  São Paulo: Global, 1990.
CHINEN, Nobu.  Linguagem das HQ – Conceitos Básicos.  São Paulo: Criativo, 2011.
EISNER, Will. Narrativas Gráficas.  São Paulo: Devir, 2005.
___.  Quadrinhos e a arte seqüencial. 2ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995.
GROENSTEEN, Thierry.  História em Quadrinhos – Essa Desconhecida Arte Popular.  João Pessoa: Marca de Fantasia, 2004.
LUYTEN, Sônia M. Bibe (org.). Histórias em quadrinhos: leitura crítica. 3ª ed. São Paulo, 1989.
___.   O que é História em Quadrinhos.  3ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1993.
MARAT, Marcelo.  A Palavra em Ação – A arte de escrever roteiros para histórias em quadrinhos.  João Pessoa: Marca de Fantasia, 2006.
MCCLOUD, Scott. Desenhando Quadrinhos.  São Paulo: M.Books, 2007.
___.  Desvendando os Quadrinhos.  São Paulo: M.Books, 2005.
___.  Reinventando os Quadrinhos.  São Paulo: M.Books, 2006.
MENDO, Anselmo Gimenez.  História em Quadrinhos – Impresso vs. Web.  São Paulo: UNESP, 2008.

- EDUCAÇÃO

CALAZANS, Flávio.  História em Quadrinhos na Escola.  2ª ed. São Paulo: Paulus, 2005.
CARVALHO, DJota.  A Educação está no Gibi.  São Paulo: Papirus, 2006.
FREY, Nancy, FISHER, Douglas (ed.).  Teaching Visual Literacy – Using Comic Books, Graphic novels, Anime, Cartoons, and more do develop comprehension and thinking skills.  Thousand Oaks: Corwin, 2008.
MENDONÇA, João Marcos Parreira.  Traça Traço Quadro a Quadro – A produção de histórias em quadrinhos no ensino de arte.  Belo Horizonte: C/ Arte, 2008.
RAMOS, Paulo.  A Leitura dos Quadrinhos.  São Paulo: Contexto, 2009.
VERGUEIRO, Waldomiro, RAMA, Angela (org.).  Como usar as Histórias em Quadrinhos em Sala de Aula.  São Paulo: Contexto, 2004.
___, RAMOS, Paulo (org.).  Quadrinhos na educação: da rejeição à prática. São Paulo: Contexto, 2009.

- HISTÓRIA

CIRNE, Moacy. A explosão criativa dos quadrinhos. Petrópolis: Vozes, 1970.
FEIJÓ, Mário.  Quadrinhos em Ação: Um Século de História.  São Paulo: Moderna, 1997.
GRAVETT, Paul. Mangá – Como o Japão Reinventou os Quadrinhos.  São Paulo: Conrad, 2006.
JÚNIOR, Gonçalo.  A guerra dos gibis: a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-64. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
LUYTEN, Sônia M. Bibe. Mangá: o Poder dos Quadrinhos Japoneses.  São Paulo: Hedra, 2000.
MADRID, Mike. The Supergirls: Fashion, Feminism, Fantasy, and the History of Comic Book Heroines.  Minneapolis: Exterminating Angel, 2009.
MCCARTHY, Helen.   The Art of Osamu Tezuka: God of Manga.  Nova York: Abrams ComicArts, 2009.
MOYA, Álvaro de. História da História em Quadrinhos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.
___.  Vapt Vupt.  São Paulo: Clemente & Gramani, 2003.
SCHODT, Frederick L.  Manga!  Manga!  The World of Japanese Comics.  Nova York: Kodansha, 1983.
WOLK, Douglas.  Reading Comics – How graphic novels work and what they mean.  Cambridge: Da Capo, 2007.

- OUTRAS OBRAS:

BARSON, Michael.  Agonizing Love – the Golden Era of Romance Comics.  Nova York: Harper Design, 2011.
BRAGA JÚNIOR, Amaro X.  Desvendando o Mangá Nacional – Reprodução e Hibridização nas Histórias em Quadrinhos.  Maceió: UFAL, 2011.
CAVALLARO, Dani.  CLAMP in Context: A Critical Study of the Manga and Anime.  Jefferson: McFarland, 2012.
DORFMAN, Ariel. Para ler o Pato Donald: comunicação de massa e colonialismo.   2ª ed. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1980.
ECO, Umberto. Apocalípticos e Integrados. São Paulo: Perspectiva, 1979. 
___. O Super-homem de massa. São Paulo: Perspectiva, 1997.
FUJINO, Yoko. Identidade e Alteridade: A Figura Feminina nas Revistas Ilustradas Japonesas nas Eras Meiji, Taishô e Showa. (tese de Doutorado). São Paulo: ECA/USP, 2002.
___. Narração e ruptura no texto visual do shojo-mangá: o estudo das Histórias em Quadrinhos para público adolescente feminino japonês. (dissertação de Mestrado).  São Paulo: ECA/USP,1995.
JIMENEZ, Phil, WELLS, John.  The Essential Wonder Woman Encyclopedia.  Nova York: Del Rey, 2010.
LUSTOSA, Isabel (org.).  Imprensa, Humor e Caricatura – A questão dos estereótipos culturais.  Belo Horizonte: UFMG, 2011. 
LUYTEN, Sônia M. Bibe (org.).  Cultura Pop Japonesa – Mangá e Anime.  São Paulo: Hedra, 2005.
MACWILLIAMS, Mark W.  (ed.).  Japanese Visual Culture: Explorations in the World of Manga and Anime.  Nova York: M.E.Sharpe, 2008.
MOYA, Álvaro de (org.).  SHAZAM!  2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1972.
OLIVEIRA, Selma Regina Nunes.  Mulher ao Quadrado – As Representações Femininas nos Quadrinhos Norte-Americanos: Permanências e Ressonâncias (1895-1990).  Brasília: UnB, 2007.
PATTEN, Fred.  Watching Anime, Reading Manga – 25 years of Essays and Reviews.  Berkeley: Stone Bridge, 2004.
ROBBINS, Trina.   The Great Women Super Heroes.  Northampton: Kitchen Sink, 1996.
___.  From Girls to Grrrlz – A History of Comics form Teens to Zines.  São Francisco: Chronicle Books, 1999.
___.  The Great Women Cartoonists.  Nova York: Watson-Guptill, 2001.
ROBINSON, Lillian S. Wonder Women – Feminisms and Superheroes.  Nova York: Routledge, 2004.
SANTOS, Roberto Elísio dos.  História em Quadrinhos Infantil – Leitura para Adultos e Crianças.  João Pessoa: Marca de Fantasia, 2006.
SANTOS, Roberto Elísio dos.  Para Reler os Quadrinhos Disney: linguagem, evolução e análise de HQs.  São Paulo: Paulinas, 2002.
SATO, Cristiane A. JAPOP – O Poder da Cultura Pop Japonesa.  São Paulo: Hakkosha, 2007.
SCHODT, Frederick L.  Dreamland Japan – Writings on Modern Manga.  Berkley: Stone Bridge, 1996.
SRBEK, Wellington.  Um Mundo em Quadrinhos.  João Pessoa: Marca de Fantasia, 2005.
___.  Quadrinhos & Outros Bichos.  João Pessoa: Marca de Fantasia, 2006.
The Comics Journal: Shoujo Manga Issue, n.º 269, Seattle, julho 2005.
THORN, Matt. Site do autor – professor da Universidade Kyoto Seika no Japão – com vários textos sobre mangá e shoujo mangá:  http://www.matt-thorn.com.
VERGUEIRO, Waldomiro, RAMOS, Paulo (org.).  Muito Além dos Quadrinhos – Análises e Reflexões sobre a 9ª Arte.  São Paulo: Devir, 2009.
VIANA, Nildo, REBLIN, Iuri Andréas (org.).  Super-Heróis, Cultura e Sociedade – Aproximações multidisciplinares sobre o mundo dos quadrinhos.  Aparecida: Idéias & Letras, 2011.

REVISTA MECHADEMIA – É uma revista acadêmica da Universidade de Minnesota e reúne artigos sobre cultura pop japonesa em geral.  Há vários focados em mangá e com um recorte de gênero.  No site da revista é possível ter uma idéia do conteúdo de cada um dos volumes.  Altamente recomendado. 

LUNNING, Frenchy (ed.). Mechademia 1: Emerging Worlds of Anime and Manga. Minnesota: University Of Minnesota, 2006.
___. Mechademia 2: Networks of Desire. Minnesota: University Of Minnesota, 2007.
___. Mechademia 3: Limits of the Human. Minnesota: University Of Minnesota, 2008.
___. Mechademia 4: War/Time. Minnesota: University Of Minnesota, 2009.
___. Mechademia 5: Fanthropologies. Minnesota: University Of Minnesota, 2010.
___. Mechademia 6: User Enhanced. Minnesota: University Of Minnesota, 2011.
___. Mechademia 7: Lines of Sight. Minnesota: University Of Minnesota, 2012.

Comentando Murder is Easy - Episódio da série Agatha Christie's Marple (2008, BBC)



Como estou em uma fase Benedict Cumberbatch, decidi assistir o episódio Murder is Easy (2008) da série Agatha Christie's Marple da BBC com Julia McKenzie no papel da detetive. Eu não sou leitora de Agatha Christie, na verdade, li uma biografia da autoda e nenhum de seus romances. Então, foi a presença do Benny que me fez assistir ao episódio.  Eventualmente eu faço essas coisas, já tive minha fase Antonio Banderas, e assisto tudo o que o Colin Firth fez e faz, ou tento. Enfim, como me comprometi a comentar tudo o que eu assistisse, decidi tecer alguns poucos comentários. Segue a sinopse:

Miss Marple está viajando de trem no mesmo vagão com uma senhora chamada Lavinia Pinkerton. A velhinha comenta que está se dirigindo até a Scotland Yard para denunciar estranhas mortes em sua vila chamada Wychwood. Segundo ela, “murder is easy” (*matar é fácil*). A primeira morta, uma especialista em ervas e tudo o que havia no campo, morreu ao comer cogumelos venenosos, algo que pareceria absurdo. Pinkerton termina morrendo de forma estranha em um acidente em uma escada rolante pouco depois da conversa com Miss Marple. A detetive então se dirige até a vila fingindo-se de amiga da velhinha morta para investigar as estranhas mortes e ver se as suspeitas da falecida se confirmam. Lá ela conhece o jovem Luke Fitzwilliam (Benedict Cumberbatch), que tendo experiência como detetive reconhece a “colega” profissional por seu comportamento. Juntos, eles vão investigar as mortes estranhas que vão se somando ao longo das 1 hora e meia de episódio.

Primeira coisa, é muito estranho ver os dois detetives em cena juntos, Marple e Sherlock, eu digo, porque não consigo olhar para o Cumberbatch, ainda mais dando uma de investigador, sem lembrar da outra série da BBC. Isso deu um sabor ao episódio, uma certa graça para a coisa toda. Segundo, não sou boa nisso, mas descobri quem era o/a criminoso/a, só de olhar para a personagem em cena.   Dada a minha lentidão para essas questões, é demérito do filme.  Terceiro, lembrava vagamente do mistério de “Muder is Easy” – É Fácil Matar, em português – por conta da biografia, mas achei muito estranho o desenlace bobão do episódio.  


Há vários nomes interessantes no elenco, como Anna Chancellor, a Caroline Bingley de Orgulho & Preconceito (1995), e a excelente Shirley Henderson, que alguns devem lembrar como a Murta que Geme de Harry Potter, mas que tem um currículo muito consistente em séries da BBC. Outro que aparece é Russell Tovey, que participou do episódio O Cão dos Baskerville da série Sherlock. Só que apesar do elenco estar muito bem, de algumas mortes serem realmente interessantes (*e violentas, até*), da fotografia e figurino, o roteiro é fraco. Como não acreditava que a culpa fosse de Agatha Christie, fui fazer uma pesquisa sobre o livro e descobri que fizeram uma grande salada nesse episódio, o que explica um pouco o final inconsistente.

Miss Marple não é a detetive em Murder is Easy, mas Luke Fitzwilliam. Juntar os dois, não ajudou a história a andar.  Como li em uma crítica, seria melhor fazer um filme seguindo o livro, teríamos mais do Benedict Cumberbatch e respeito pela obra original de Agatha Christie.  Para se ter uma idéia, até a época mudou, de 1939 para 1955.  O desfecho do mistério me lembrou um episódio de Futurama em que a Leela tinha virado serial killer (*não lembro o nome, se alguém souber...*), ou aqueles filmes comédia de humor negro em que as pessoas são mortas sem motivo plausível e de forma absurda. Se Luke e Miss Marple demorassem mais um pouquinho, a vila inteira seria morta e só sobraria o/a assassino/a e seu segredo... Ou seja, quando o/a assassino/a é revelado e tudo fica explicado, o grande mistério de vinte e tantos anos atrás, e as mortes para manter o segredo, fiquei com cara de pastel... Muito, muito, muito ruim mesmo...  E é uma mistureba dos infernos: estupro, incesto, aborto, bebê em cestinho lançado ao rio turbulento, intriga política... Mais simplicidade e objetividade tornariam tudo muito mais coerente no final. Quiseram impactar e não conseguiram nem me fazer rir.

A parte boa agora, porque tem que ter... Quando peguei para assistir, achei que o Benny era coadjuvante, que teria umas poucas ceninhas, e, bem, ele aparece quase que o tempo inteiro, porque no original, Fitzwilliam era o detetive. E Cumberbatch está muito bonito nesse filme.  Acho que do material que assisti com ele, é aqui onde ele consegue ser realmente bonito durante todo o filme. Bem vestido, parecendo mais jovem do que era na época (*ele já tinha mais de trinta, mas não parecia muito*), e charmosíssimo. O romance que tentam enfiar na história entre ele e a americana não decola, mas não faz diferença, melhor é ver a interação dele com Julia McKenzie, Miss Marple.  Os dois interagem muito bem, Sherlock e sua tia-avó detetive...  Pergunto-me mesmo se não foi o desempenho dele como Luke que ajudou a conseguir o papel de Sherlock.


Resumindo, se quer um bom filme de detetive, esqueça, porque não respeita minimamente o original e tem um final fraquinho. Até fiquei desestimulada para ver outros episódios da série sobre Miss Marple. Agora, se você é fã do Benny, assista, porque vale a pena olhar para ele e ouvir sua linda voz. Eu tinha que ser sincera, não é mesmo?

Ranking do Comic List



Ainda estou pouco adaptada ao ranking do Comic List JP, postei a primeira vez na semana passada. Vi que ele tinha virado na segunda-feira passada, daí, achei que isso aconteceria sempre nesse dia, como no antigo ranking da Taiyosha. Só que ontem, quando abri, tinha mudado o ranking... Ou assim me pareceu, pois não haveria como Kimi ni Todoke ter saído e não aparecer no ranking da Oricon. Logo, não estava... Para tentar deixar as coisas mais claras, vou sempre colocar a qual semana se refere este ranking, assim facilita. Esclarecida a questão, este é o ranking da semana de 22-28 de setembro. Vamos lá!

Olhando o ranking geral, temos seis shoujo e dois josei no top 30 geral: Kimi ni Todoke (1º), Otoko no Isshou (4º), Skip Beat! (5º), Suki desu Suzuki-kun!! (7º), Mei-chan no Shitsuji (12º), Chihayafuru (21º), Mairunovich (23º), Ōoku (25º). Primeira coisa, Otoko no Isshou é josei, sai na Flowers, e está em shoujo. Segunda coisa, Ōoku é shoujo e da mesma forma como acontecia na Taiyosha, está listado como seinen. Na verdade, isso já mudaria a lista, já que Otoko no Isshou deveria ser o primeiro colocado em josei e Ōoku seria o sexto em shoujo. Aliás, o desempenho de Otoko no Isshou de Keiko Nishi é digno de nota, um 4º lugar para um josei em um top 10 geral não é pouca coisa. De resto, o ranking de shoujo é liderado por títulos bem populares, do 1 até o 10 não há surpresa. E há quem esteja se despedindo, como Hapi Mari, que aparece em 15º lugar (*o Comic List JP lista 30 títulos*).

Em josei, temos a falta do mangá de Keiko Nishi, como já pontuei e que deveria liderar o ranking, e um equilíbrio entre títulos convencionais e os BL. Bem colocado aparece Giacomo Foscali, série de Mari Yamazaki – de Thermae Romae – para a Office You. Eu não sei quem é essa personagem, mas deve ser aleguém que realmente existiu. Achava que era uma personagem da renascença, mas usando terno na capa... Como não há grandes informações sobre o mangá, realmente não tenho o que dizer. E de novo aparece Shōsetsu Chihayafuru: Chūgakusei-hen, que é uma coletânea de contos de Chihayafuru e, não, um mangá. É isso. Segue a lista:

SHOUJO
1. Kimi ni Todoke #17
2. Otoko no Isshou #4
3. Skip Beat! #31
4. Suki desu Suzuki-kun!! #18
5. Mei-chan no Shitsuji #19
6. Mairunovich #6
7. Kamisama Hajimemashita #13
8. Otomen #16
9. Seiyu Ka—! #10
10. Love★Com TWO
11. Bokura wa Itsumo #10
12. Chitose etc. #7
13. Kare to Watashi no Anna Koto...
14. Wasureyuki no Furu Koro Takao Shigeru Sakuhinshiyuu
15. Hapi Mari〜Happy Marriage!?〜 #10

JOSEI
1. Chihayafuru #18
2. Kuragehime #10
3. Giacomo Foscali I
4. Obieru Hisho to Kichiku Joushi - Senzoku Hisho no Hatsukoi
5. Legend Academy #2
6. Gin no Spoon #5
7. Himitsu Countdown
8. Shōsetsu Chihayafuru: Chūgakusei-hen #1
9. Seito Kaichou ni Chuukoku #6
10. Tsuki Akiraka ni Hoshi Mare nari
11. Fantasy
12. Akari-senpai to Hyouga no Taihen na Seikatsu
13. SUPER LOVERS #5
14. Kugutsu Hanayuugi 〜Chinese Coppelia〜 #2
15. Mitsu Doki Parfait #2

sábado, 29 de setembro de 2012

Anime de Tonari no Kaibtsu-kun está chegando



No dia 1 de outubro estréia o anime de Tonari no Kaibutsu-kun (となりの怪物くん), baseado no mangá original da mangá-ka Robico. O ANN postou o ultimo teaser do anime, que já deve estar para download amanhã, levando-se em conta a diferença de fuso horário. No videozinho temos ao fundo a música de abertura Q&A Recital! da cantora Haruka Tomatsu. Já o encerramento se chama White Wishes e é cantado pelo grupo feminino 9nine. Vamos aguardar.  Eu resenhei o primeiro volume do mangá.  O texto está aqui.

Benedict Cumberbatch sera o próximo vilão de James Bond



Parece que com o sucesso de Sherlock nos Estados Unidos a carreira internacional (*leia-se hollywoodiana*) de Benedict Cumberbatch vai deslanchar. Agora, segundo o site Sky News, o ator já está em processo de contratação para viver o vilão do próximo Janes Bond que será lançado no cinema em 2014. Bond continuará sendo vivido por Daniel Craig. Deram-me um motivo para assistir este filme. Não vejo um 007 desde sei lá quando... Não lembro mesmo...

Assim, provavelmente, teremos somente a próxima temporada de Sherlock e isso é uma pena, a interação entre Martin Freeman (*e o sucesso da série depende muito de Watson*) e Cumberbatch é excelente. O que eu temo é que o ator se mude para Hollywood e comece a pegar vilões em série, alternados com papéis medíocres. Eu ainda tenho muito medo, porque sou fã do Benny. Enfim, e tenho minhas esperanças de mais Sherlock e torço muito para ver o Cumberbatch na pele do Sir Percy de Scarlet Pimpernel, porque ele é perfeito para o papel.

Ranking da Oricon



Antes que a semana termine, eis o ranking da Oricon. Foi uma semana ao mesmo tempo positiva, já que temos um shoujo e um josei no top 10, mas, ao mesmo tempo, uma semana fraca, já que são somente cinco títulos em trinta. Bom ver que dois deles são josei e que Kuragehime continua bem popular. Isso mantém viva a esperança da segunda temporada de anime. Aliás, fora Otomen – que teve dorama – todas as séries no ranking tiveram animação. Raro isso... 

 3. Skip Beat! #31 
8. Chihayafuru #18 
13. Kuragehime #10 
17. Kamisama Hajimemashita #13 
22. Otomen #16

Revista Comic Spica traz entrevista com 10 Mangá-kas




O Comic Natalie trouxe a informação que a revista Comic Spica da editora Gentosha veio com um dossiê chamado Mangá-ka-san no Gohoubi Gohan (漫画家さんのごほうびゴハン). Não entendi bem se o assunto é culinária e comidas favoritas ou se as entrevistas são sobre outras coisas, até porque a capa da edição vem com gente comendo, de qualquer forma, as seguintes autoras são entrevistadas: Ryouko Yamagishi, Okai Haruko, Kazuma Kowo, Kari Sumako, Kawachi Haruka, Kobayashi Yumio, Tsuchiyama Shigeru, Nangoku Banana, Maki Hirochi e Murakami Katsura. Além disso, a edição traz de brinde um pôster do filme Kita no Kanariatachi (北のカナリアたち), que está nos cinemas japoneses. O nome desse filme em inglês é A Chorus of Angels.

Mais algumas palavras sobre Gabriela



Nestas últimas semanas, a novela estava muito chata boa parte do tempo. Tramas paralelas utilizadas para tentar salvar a audiência e personagens legais, como Malvina, sendo idiotizadas, ou vilanizados, como a Zarolha. Enfim, o que estava se salvando? Mundinho e Jerusa, gosto deles, já escrevi isso; e o drama da protagonista. Ontem (sexta), finalmente Gabriela foi pega com Tonico Bastos na cama. O desenrolar do incidente será na terça.

Sei que na primeira versão, até por não gostar de Tonico e ter uma visão muito moralista, fiquei com pena de Nacib. Não lembro se na primeira versão ele era tão chato. Não lembro mesmo. Agora, o Nacib de Humberto Martins (*que está muito bem aliás*) é nojento. Autoritário, burrinho (*foi manipulado por D. Arminda e por Tonico*), preocupado em agradar a “boa sociedade”, sufocando a coitada da Gabriela sempre que pode com exigências que nem ele mesmo acha que são importantes. Matou tudo aquilo que amava nela. Gavriela, como já escrevi, é uma força da natureza, livre, sem amarras. Na quinta-feira, a protagonista finalmente tinha conseguido organizar claramente em palavras, o seu descontentamento, e uma frase sintetizou tudo "sapato de salto é corrente que tu põe nos meus pé". Nacib se arvorou de dono de Gabriela, afinal, deu-lhe "seu nome", e agora vai perceber que não é. Na outra novela, lembro que ela terminou passando pelo Bataclã, mas não se prostituiu... Só que não me recordo direito dos acontecimentos. Dessa vez, D. Arminda, uma das responsáveis por sua prisão, oops, seu casamento, a acolhe.


Já Malvina, se tornou um porre depois que apareceu o nojento desse engenheiro Rômulo. Henri Castelli compôs um Rômulo que tem escrito "cafajeste" na testa. Aquela história de "prova de amor" me deu engulhos, mas foi levada adiante sem problemas e, claro, Malvina se dobrou. O pilantra vai largá-la se seguirem o original. E vamos ver se Malvina terá 1/3 da coragem da interpretada por Elizabeth Savalla na primeira novela. As surras foram todas eliminadas. Esse Cel. Melk é um doce se comparado com o de 1975. Acredito que a invenção da “noite de amor” dos dois casais foi mais uma estratégia para alavancar audiência, pois expôs a nudez de mais duas atrizes, Vanessa Giácomo e Luiza Valderato. E detestei a cena partida ao meio. Quando é que a pobre da Luiza Valderato terá uma primeira vez só para ela em uma novela? Lembram de Cordel Encantado? Fora que Mundinho e Jerusa mereciam um momento somente deles... A cena dos dois foi bonita, mas aquele vai e volta... ARGH! Acabou quebrando a seqüência e não acredito que foi para ilustrar que um amor é verdadeiro, por assim dizer, e o outro, não é. O mais chato, repito, é que Malvina foi reduzida a sujeita que ama intensamente e só. As idéias de liberdade, seu feminismo tão marcado na primeira versão, foram por água abaixo ou, no máximo, serão resgatados no final, quando ela for abandonada... Quem sabe?

De resto, depois de um lenga-lenga sem fim, Juvenal e Lindinalva se acertaram. Da mesma forma que o início do romance foi súbito, o retorno foi, também. Faltou sutileza e calma para contar uma história que tinha tudo para mobilizar ainda mais a audiência, mas, enfim, eu já tinha cansado. Sério! Burrinhos que só, acreditaram em Berto. Quem, em sã consciência, acredita em Berto? E Juvenal é um bundão. Eu sei que Lindinalva nunca terminará com Negro Fagundes (*ainda que tenha quase certeza de que ele vai matar o Berto*), mas Juvenal e aquela postura apática dentro de casa, na vida... Alguém pode até dizer que eu tolerei o Christopher Tietjens e que são personagens parecidas. Não são, não! Tietjens acredita em um código de moralidade falido e sofre com os desejos que tem que reprimir, suas contradições e fragilidades; Juvenal sempre discordou abertamente de muita coisa, não tem filhos, não está amarrado a um casamento, é advogado formado e poderia chutar o pau da barraca sem grande crise. E não falo do romance dele com Lindinalva, falo de se posicionar diante da vida. Ah, mas ele bateu em Berto! Bateu pouco. A cena foi excelente, mas bateu muito pouco mesmo. E sei que teremos muita enrolação e Berto (*e palmas para o ator*) tentando ferrar o romance do irmão. Talvez o auge de tudo tenha sido o diálogo com o Cel. Jesuíno, toda a angústia de um homem preso a papéis de gênero que só o torturam, mas que nunca irá romper com eles.


De resto, as aventuras sexuais do Prof. Josué com Glória são um saco. Cansou a repetição da piada. A mesma piada, aliás. Além disso, a velha Dorotéia já virou caricatura de si mesma, assim como o Cel. Jesuíno. Os dois fazem sucesso, todo mundo sabe, mas o que parecia uma denúncia a forma como as mulheres eram tratadas virou fetiche. Obviamente, a vingança será expôr a vida pregressa de Dorotéia, mostrar que foi ex-prostituta, como uma forma de humilhá-la. Porque vejam bem, toda a alegria do Bataclã não esconde a miséria da vida daquelas mulheres. Mas no caso da velha, isso será usado para rebaixá-la, reforçar o estereótipo, não para ilustrar que prostitutas são mulheres como quaisquer outras. Aguardem... E ainda casaram o Berto e o colocaram torturando a esposa... Aliás, como a mulher dele continua estudando? Não há lógica... Nenhuma, aliás... E confesso que a cena dele batendo na esposa, os gritos e tudo mais, foi uma das coisas mais horríveis que eu vi na TV nos últimos tempos. Meu nível de angústia foi lá em cima e isso não é comum, afinal, é novela, é ficção, mas foi algo de uma violência e sem mostrar nada. E a passividade das pessoas, especialmente do babaca do Juvenal... De novo, denúncia é uma coisa, fetichização da violência contra as mulheres, é outra.

Enfim, se não fosse por uns poucos personagens. Gabriela, em especial, Jerusa e Mundinho. E pouca coisa mais. Pior é que salvo por algumas exceções, como a mãe de Jerusa que a apóia, as mulheres estão sendo colocadas quase que o tempo todo como as piores inimigas das mulheres... E ainda teve show stand up no Bataclã... Se não foi o fundo do poço esta semana, foi o quase.  Sei que estão esperando um post sobre Lado a Lado, mas eu ainda não me senti cativada pela novela para escrever. Vou esperar mais. Por enquanto, ela me parece panfletária e com personagens que parecem mais discursar do que falar... Não me pegou ainda.

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Booklet da Rosa de Versalhes é brinde da revista Cocohana



A última edição da revista josei Cocohana trouxe um booklet da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら) chamado Berubara Ai to Gekijou no Message Memo (ベルばら 愛と激情のメッセージメモ). Trata-se, segundo o Comic Natalie, de mais uma homenagem aos 40 anos da série de Riyoko Ikeda. Se entendi bem, são quatro cenas escolhidas do mangá. O belíssimo abraço entre Rosalie e Oscar; o momento em que Antonieta e Fersen declaram seu amor na floresta; a cena em que André oferece vinho envenenado para Oscar com o intuito de morrerem juntos (*essa cena não existe no anime, mas é uma das mais importantes do espetáculo do Takarazuka*); e uma cena cômica entre André e sua avó. As imagens estão no CN, mas eu coloquei no Tumblr do Shoujo Café. Além das imagens, há comentários da autora.


Além do booklet, há a capa lindíssima de Fumiko Tanikawa, que retorna com um oneshot. Já na próxima edição, o CN anuncia uma adaptação de A Christmas Carol (クリスマスキャロル), no Brasil, Um conto de Natal, de Charles Dickens, feita por Bun Katsuta e a estréia da série Suna to Iris (砂とアイリス) de Shinobu Nishimura.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Gaiden de HanaKimi pela primeira vez nos EUA



Segundo o Pro Shoujo Spain, a edição omnibus (3 em 1) americana de Hanakimi (花ざかりの君たちへ - Hanazakari no Kimitachi E) vai publicar pela primeira vez nos EUA os gaiden, que foram publicados em um volume chamado After School. Isso é muito legal, porque uma das coisas que volta e meia acontecem é que os gaiden de uma série, especialmente quando publicados logo em seguida, não saem em várias edições estrangeiras. Por exemplo, eu duvido que a Panini lance os gaiden de Ouran Host Club (桜蘭高校ホスト部) aqui. De qualquer forma, eu estou colecionando a edição americana, quando a VIZ lançou em 23 volumes, eu não cheguei a comprar. A edição maior não é mais luxuosa nem nada do gênero, mas termina sendo mais econômica, já que serão somente 8 volumes.

Moyoco Anno no New York Comic Con



Segundo o Pro Shoujo Spain, Moyoco Anno foi convidada pela editora Vertical INC para estar presente ao Comic Con em Nova York, evento que acontecerá entre os dias 11 e 14 de outubro. A presença da autora é parte da campanha de lançamento do excelente Sakuran (さくらん). Bem, este seria um mangá que poderia ser lançado aqui no Brasil, é volume único e ainda tem filme para o cinema. Muito bom, aliás. Sakuran está na minha lista de compras futuras.

Saint☆Oniisan terá anime



Vai ser somente um OAD, segundo o MangaNews (*o Comic Natalie noticiou depois*), que sairá com a edição especial do volume #8 da série, mas é uma boa surpresa. Em tempos de intolerância religiosa, temia que este mangá nunca ganhasse uma adaptação animada. De qualquer forma, o anuncio foi feito na última edição da Morning 2, que publica Saint☆Oniisan (聖☆おにいさん), de Hikaru Nakamura. O lançamento previsto para 3 de dezembro. O CN acrescentou que em 12 de março vai sair outra edição especial... talvez, com outro anime para DVD.

Série de Yumi Unita tem seu primeiro volume lançado



Não conhecia o mangá Zettai Donkan (ゼッタイドンカン) de Yumi Unita, mas foram seis volumes publicados na revista Melody (2008-2009) e a Rakuen Le Paradis (2011 em diante), segundo o Comic Natalie. Ao que parece, trata-se de um trabalho em aberto e tem como assunto principal a música. Não achei resumo, nem scanlations, mas fiquei curiosa. Afinal, Unita é uma boa contadora de histórias, ainda que eu não tenha gostado dos rumos que ela deu a sua obra mais importante até agora, Usagi Drop (うさぎドロップ).

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Trailer completo de Kyō, Koi o Hajimemasu no ar



O ANN publicou o trailer completo do filme de Kyō, Koi o Hajimemasu (今日、恋をはじめます) e ficou muito bonito. Já comentei aqui que tenho trauma de Minami Kanan por conta do detestável HoneyXHoney Drops (蜜×蜜ドロップス). Só que procurando por uma imagem para este post, acabei esbarrando no mangá on line para ler e caí exatamente no capítulo 58, quando os protagonistas fazem amor pela primeira vez. Enfim, li os capítulos 57 e 58. Não sei muito das protagonistas, fora que a menina é tímida e sofria bullying e o garoto o bonitão da escola. Isso fica evidente e há inclusive flashback. É curioso como a primeira vez de Arima e Miyazawa em Karekano (彼氏彼女の事情) foi tranqüila comparada com esses dramas de outros mangás... Mas, vamos ao ponto, achei muito bom ver que Minami Kanan teve toda a preocupação em colocar a camisinha em cena. Vai transar? Use camisinha. Não foi a primeira vez que eu vi camisinha em shoujo mangá, mas foi a primeira vez que ficou evidente que as personagens estavam realmente preocupadas, tanto a mocinha (*que termina ficando com vergonha de comprar*), quanto o rapaz. Parece bobagem, mas há algo de pedagógico nisso, no uso do preservativo e na forma como um não recrimina o outro, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, em Peach Girl (ピーチガール). Só por conta disso, estou disposta a pegar do início a série e ler. Aguardem, porque teremos resenhas.

Anunciado o final de Mei-chan no Shitsuji



Segundo o Manga News, o volume #19 de Mei-chan no Shitsuji (メイちゃんの執事), lançado esta semana, trouxe informação de que a série trminará no volume #20 que será lançado no dia 25 de janeiro de 2013. Isso quer dizer que o último capítulo deve sair na Margaret de novembro. A série começou a ser publicada em 2006 e o dorama de 2010 acabou por potencializar (*e muito*) as suas vendas. Em 2011, Mei-chan no Shitsuji também foi adaptado para os palcos pelo Teatro Takarazuka. É possível que ainda apareça um anime. Não seria surpresa para mim.

Primeiro trailer de Ōoku: Arikoto Iemitsu Hen



Demorou, mas finalmente apareceu um trailer de Ōoku: Arikoto Iemitsu Hen (大奥[有功・家光篇]). Infelizmente, são somente 15 segundos! :(  Queria um trailer mais longo... A estréia é dia 12 de outubro.  Também apareceram as primeiras imagens (*que eu tenha encontrado*) de Masato Sakai como Arikoto... Sei lá... A personagem era tão novinha quando ela aparece.  


E Kasuga também está com cabelo preto.  Eu imaginava a personagem com uma longa cabeleira prateada... Enfim, é isso.  Aparecendo mais coisa, eu posto. 

Yayoi Ogawa termina um mangá e começa outro



Segundo o Manga News, Yayoi Ogawa irá encerrar seu mangá shounen Baroque (バロック) na edição de dezembro (*que sai em 26 de outubro*) da revista Shounen Sirius. Já na revista josei Kiss começa a série Ginban Kishi (銀盤騎士). De novo, o tema é patinação no gelo e a capa da revista é ilustrada por Ogawa, a imagem veio do Comic Natalie.

Love★Con Two lançado no Japão



Love★Con Two (ラブ★コン Two) é uma coletânea de one shots da famosa série, de Aya Nakahara, publicados na revista Betsuma Sister. Segundo o Comic Natalie, além do material ligado à Love★Con, no volume ainda está incluído o one shot Honey Going, publicado na revista Margaret em 2011. Love★Con é aquela série que lamentavelmente não foi publicada por aqui, fora o anime, claro, que, com certeza, faria muito sucesso.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

III Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos na UnB



Está acontecendo desde ontem a III Jornada de Estudos sobre Romances Gráficos promovida pela Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Universidade de Brasília. Ano passado, participei também, no primeiro ano, só fiquei sabendo muito em cima da hora. Pois bem, hoje apresentei meu trabalho e os slides estão on line para quem quiser dar uma olhadinha. O título da comunicação foi Gênero, Shoujo Mangá e História Alternativa: Reflexões sobre Ōoku (大奥) de Fumi Yoshinaga. O texto deve ficar pronto nas próximas semanas. Foi um desafio, afinal, nunca tinha escrito nada acadêmico sobre Ōoku e queria fazer isso faz um bom tempo. O mangá estar inacabado dificultou ainda mais, só que (*acho eu*) correu tudo bem. Amanhã, farei o possível para estar lá no período da tarde, já que de manhã, trabalho no Colégio Militar.



Oura atividade que começou hoje é o Grupo de Estudos Feministas da UnB. a cada quinze dias teremos uma mesa redonda. Eu falo no dia 09 de outubro. Não sei se ainda dá para se inscrever, mas dá certificado. Fora isso, há palestras para todos os gostos. Hoje foi muito bom.  A programação está aqui.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Anunciado o final de Otomen



A mangá-ka Aya Kanno anunciou no seu Twitter que Otomen (オトメン) chegará ao seu final na edição da Betsuhana que sairá no dia 26 de novembro. A série irá fechar com 17 volumes, isso, claro, se não aparecer algum gaiden pelo caminho. Otomen não é um dos top shoujo do momento em vendas no Japão, mas continua marcando presença entre os 30 mais vendidos pelos menos por duas semanas depois do lançamento do volume. O 16, aliás, saiu na semana passada. Aqui no Brasil, o mangá é publicado pela Panini, só que acredito que está em hiato faz vários meses e não li nada sobre previsão de retorno. Vocês que moram no Rio ou em São Paulo tem visto Otomen nas bancas? Mais uma vez, a gente agradece ao Manga News que via Twitter consegue obter informações direto das mangá-kas.

Kaichou wa Maid-sama terá dorama em breve



Hoje o Comic Natalie trouxe a informação de que existe um dorama de Kaichou wa Maid-sama! (会長はメイド様!), mangá de Hiro Fujiwara publicado aqui no Brasil pela Panini, em produção. O papel da protagonista, Misaki Ayuzawa, será feito pela atriz Minami Hoshino. Já o ator que vai encarnar Takumi Usui será escolhido por voto popular. Não entendi de forma completa a notícia, mas parece que não existem opções pré-estabelecidas, no site da série é possível sugerir qualquer ator (*ou mesmo atriz*). A votação segue até 26 de outubro, o resultado sairá no dia 24 de dezembro. Há maiores informações na última edição da revista LaLa lançada hoje. Ainda segundo a nota, o volume 16 da série será publicado no dia 5 de fevereiro de 2013... Meu aniversário.

Ranking do Comic List



No sábado, eu tinha publicado um post lamentando não poder mais publicar o ranking da Taiyosha. Mas a chateação durou pouco, pois a Tanko e a Aline me passaram o link do Comic List Jp. Trata-se de um ranking de vendagem que opera de forma semelhante ao da Taiyosha, com as categorias separadas (shounen, shoujo, seinen, josei), mas com os trinta títulos mais vendidos como no Oricon. Os mangás BL vem misturados com os josei, como acontecia com o ranking da Taiyosha nos últimos tempos e há erros, também, como incluir Mitsu Doki Parfait, mangá da revista shoujo Betsufure, em josei. Algo chatinho nesse ranking é que eles incluem material que não é mangá na lista, como a novel de Chihayafuru. Mas é o que eu tenho para trabalhar agora. Decidi traduzir somente os 15 títulos mais vendidos, o que já deu um bom trabalho. No top 30 geral, nós temos: Chihayafuru (5º), Skip Beat (8º), Kuragehime (13º) e Hapi Mari (24º). Precisarei me acostumar com esse ranking, ele sai segunda-feira, também. A partir da próxima semana (*na verdade, esta*), eu incluo a capa dos mais vendidos em shoujo e josei, podem deixar. 

SHOUJO 
1. Skip Beat! #31 
2. Hapi Mari~Happy Marriage!?~ #10
 3. Kamisama Hajimemashita #13 
4. Kyou no Kira-kun #3 
5. Otomen #16 
6. Seiyuu Ka-! #10 
7. Ao Haru Ride #5 
8. Wasureyuki no Furu Koro Takao Shigeru Sakuhinshiyuu 
9. Ooki ni Kanjani ∞ !! #3 
10. Omoide Konpeitou #2 
11. Ookami-heika no Hanayome #7 
12. Akagami no Shirayukihime #8 
13. Ore Monogatari!! #2 
14. Ookami Shoujo to Kuro Ouji #4 
15. Shousetsu Original Story HapiMari~Konna Wedding Airimasuka?~ 

 JOSEI 
1. Chihayafuru #18 
2. Kuragehime #10 
3. Gin no Spoon #5 
4. Himitsu Kaunto Daun 
5. Shōsetsu Chihayafuru: Chūgakusei-hen #1 
6. Akari Sempai to Hyoga no Taihen na Seikatsu 
7. Futari no Maharaja 
8. In These Words 
9. Kugutsu Hanayuugi Chinese Coppelia #2 
10. Inochi no Utsuwa #58 
11. Anata wo Manzoku Saseru Tame 
12. Koko ni Aru, Kimi no Oto 
13. SUPER LOVERS #5
14. Mitsu Doki Parfait #2
 15. Kuragehime Gaiden BARAKURA ~Bara no Aru Kurashi~

Downton Abbey na Revista Veja e o Emmy 2012



Estão entregando (*ou já terminou, não sei...*), os Emmy agora. Já sei que Sherlock não levou como melhor filme, está um zum-zum-zum no Twitter. Mas ninguém mandou indicarem A Scandal in Belgravia... E ganhar, ou não o Emmy, não vai diminuir a qualidade geral da série, tampouco abalar o fandom. O perigo mesmo é o benedict Cumberbatch abandonar o barco e ir para Hollywood... Mas o assunto é Downton Abbey.



A Karlinha do Coffie & Movies postou um link da página da Veja (*às vezes sai algo que se aproveite por lá...*), comentando da importância e sucesso de Downton Abbey e sua influência na moda na Europa e Estados Unidos. Segundo a matéria, que vocês podem ler aqui, trata-se do maior fenômeno da TV britânica desde Orgulho & Preconceito (1995) com Colin Firth.  Downton, agora em sua 3ª temporada, tem cerca de 10 milhões de espectadores e é a primeira série britânica a ser indicada ao Emmy de melhor série dramática desde 1977, quando Upstairs, Downstairs. Aliás, o Julian Fellowes, criador e roteirista de Downton Abbey é acusado por alguns de plagiar Upstairs, Downstairs. Antes desta série, só o excelente Elizabeth R tinha levado um Emmy. 

Mas enquanto eu estava escrevendo o post, o G1 publicou os vencedores.  Somente Maggie Smith levou estatueta como coadjuvante.  Esperado, claro... O que não me desceu foi o Jon Cryer de Two And a Half Man derrotar o Jim Parson (Sheldon) de Big Bang Theory... Enfim, mas Downton levou alguns Emmy técnicos, como trilha sonora e melhor cabelo... Queria uma palavra melhor... Alguém sugira, por favor! Para os Emmy técnicos, clique aqui.

domingo, 23 de setembro de 2012

Cartaz do dorama de Hana no Zubora Meshi




Como já havia comentado, a atriz Kana Kurashina será a protagonista do dorama Hana no Zubora Meshi (花のズボラ飯), baseado no mangá de Kusumi Masayuki e Mizusawa Etsuko. A estréia é no dia 23 de outubro e o Manga News postou o cartaz promocional no Twitter. Bonitinho, não é? Eu espero que legendem essa série...

Comentando o Último Episódio de Parade's End: "There will be no more parades!"



Terminei de assistir Parade’s End na sexta-feira mesmo. O episódio e as legendas em inglês saíram com grande rapidez. Não revi o episódio de forma integral antes de fazer este texto, só revi algumas cenas. Considerando aquilo que eu já sabia, isto é, que ficaram muito tempo no livro 1 (*Some do not...*) e que, por isso, correriam no final e deixariam o livro 4 de fora, o fechamento da série não ofereceu grandes surpresas. O resultado foi bom, mas um pouco abaixo daquilo que eu esperava. Para que eu estivesse muito feliz, Parade’s End precisaria de, pelo menos, mais um episódio. O último capítulo teve excelentes momentos, verdade, mas deixou a desejar nas cenas envolvendo os coadjuvantes, especialmente, o irmão de Christopher, Mark.

O último capítulo começa com Christopher Tietjens (Benedict Cumberbatch) e outros dois oficiais, o ex-amante de Sylvia, Potty Perowne (Tom Mison), e o mala sem alça do Capitão McKechnie (Patrick Kennedy), são enviados para o front e para uma provável morte. Em casa, Valentine (Adelaide Clemens) finalmente declara para a mãe que ama Tietjens, “Every word Christopher Tietjens and I have ever said to each other, was a declaration of love.” (“Toda palavra que Christopher Tietjens e eu trocamos até agora, foi uma declaração de amor”), e com uma das frases mais bonitas expõe o seu desejo de aceitar uma vida social marcada pela humilhação por ele: "I would gladly ruin myself just to give him one hour of happiness.” (“Eu ficaria feliz em arruinar a minha vida apenas para dar-lhe uma hora de felicidade.”). A Sr.ª Wannop (Miranda Richardson) se opõe e que Tietjens jamais a arrastaria para uma situação como essa, isto é, ser amante ou concubina de um homem casado. Valentine não está disposta a recuar, afinal, a vida é sua e já está mais que na hora de tomar a situação em suas mãos... já que Christopher não iria se mover “para desgraçá-la” mesmo.


Mas Christopher tem que voltar da guerra para que Val possa ter qualquer esperança em relação a ele satisfeita. Submetido a um comandante mentalmente desequilibrado, Tietjens acaba tendo que assumir o comando do batalhão e desempenha bem as funções, mostrando um amadurecimento e humanidade que acabam se equilibrando com as virtudes que ele já possuía, a inteligência e o senso prático. As seqüências de guerra, as trincheiras, são o ponto alto desse capítulo que expõe o quanto a conflito – qualquer conflito – é um desperdício de vidas humanas que se presta a enriquecer algumas pessoas que nunca vão se colocar em situação de risco. A I Guerra, em especial, foi particularmente traumática, pelas suas proporções e por representar uma transição forçada e capenga para um modelo de guerra moderno que ainda não estava definido. Tietjens sobrevive, volta para casa massacrado, ferido, mas como herói.

Enquanto isso, Sylvia (Rebecca Hall) maquina. E foi complicado entender o arranjo que ela fez para que o General Campion fosse transferido para o comando dos exércitos. Preocupação com o marido? Mal ou bem, Campion tem apreço por Tietjens e não quer vê-lo em perigo... Enfim, um dos problemas do episódio é que algumas coisas ficaram muito, muito mal amarradas. Só a leitura do livro – e eu estou caminhando – poderá esclarecer o que realmente era a intenção da personagem. Sylvia é praticamente a mesma, no original e na adaptação. Sylvia também abandona sua castidade forçada e volta a flertar com o seu primeiro amante, o agora General Drake. Este homem foi um dos responsáveis por manchar a folha de serviço de Tietjens, colocando-o sob suspeita de espionagem. Aqui, se não me engano, foi mostrado um método contraceptivo muito usado antes da pílula e muito ineficaz. Prestem atenção em Sylvia no banheiro com uma bombinha.


A mãe de Sylvia e Michael reaparecem. A Sr.ª Satterthwaite (Janet McTeer), mais uma vez, fica do lado do genro e agradece por saber que ele é um homem decente e talvez o único que não iria pedir o divórcio de sua filha. É mostrada, também, a forma cruel com que Sylvia trata o filho, que pela aparência é de Christopher, apesar dos pesares. Aliás, no livro o protagonista termina por dizer que tem certeza disso, e a rejeição de Sylvia em relação à criança é derivada dessa certeza, já que a relação com o marido é de amor e ódio. A única coisa que eu não posso perdoar no protagonista é ele ter largado o menino com Sylvia, baseando-se na crença, não tão “universal” naquele momento, que a mãe é sempre a melhor pessoa para educar uma criança. Não sei como a coisa vai ser tratada no livro, mas o estrago que aquela mulher vai causar na cabeça do menino é algo certo. De resto, e isso não foi ato de Sylvia no livro, até aonde sei, a criatura manda colocar a árvore de Groby abaixo para ferir o marido, quando sabe que ele está de volta a Londres. 

 Foi uma cena muito tocante, triste, quando Christopher volta ao antigo lar e vê a árvore que tanto amava derrubada. Uma das grandes cenas do episódio e da série. É também o momento em que ele finalmente coloca um basta em sua relação com a esposa. Grande desempenho de Rebecca Hall e Benedict Cumberbatch. Como já escrevi antes, odeio Sylvia, mas ela é uma personagem fantástica e Rebecca Hall foi esplendida.


Tietjens, aliás, depois de uma temporada no hospital (*a parte da guerra explica*), passa a morar sozinho em uma casa vazia. O episódio não explica, também, o tamanho do ódio de Edith (Anne-Marie Duff), agora Lady MacMaster, por Christopher, mas é algo muito consolidado no livro e só sugerido na série. Ela chega a desejar a morte dele, destacando que tantos homens bons morreram e ele sobreviveu. Edith é pior que Sylvia, a meu ver, mas o livro é muito mais eloquente em ilustrar o quanto... Já MacMaster (Stephen Graham) acaba abandonando o melhor amigo, a quem deve praticamente tudo, inclusive muito dinheiro, em um momento no qual ele precisa de todo o apoio. O que não se explica, claro, é o motivo do ódio de Edith por Sylvia. A única cena delas duas juntas na minissérie não é suficiente para deixar isso claro, nem é mostrado como Edith e Val terminaram rompendo. Mas o fato é que é Edith quem avisa para Val que Tietjens está de volta, sozinho, doente e que precisa dela... Val decide ir atrás dele, finalmente.

Agora, de todas as cenas incômodas desse último capítulo, a que mais me incomodou foi a com Mark (Rupert Everett). Mark sempre apoiou a relação do irmão com Val, ele odiava Sylvia, o que mesmo na série fica muito, muito bem marcado. Por que ele reagiu tão mal à presença de Chris com Val em sua casa? Ele estava doente? Rupert Everett merecia uma cena final muito mais digna, ainda que não fosse do original. Aliás, aquela cena curtíssima não é Fox Madox Fox sem intervenção, porque o homem é tudo, menos econômico em sua narrativa. Da forma como foi apresentado, ficou muito confuso, sem sentido algum. E eu não cheguei nessa parte do livro, estou longe até, já que mal comecei o livro dois, mas duvido que a cena não seja diferente, ou que algo não esteja faltando. Em um episódio de muitos pontos altos, a cena entre os irmãos foi o ponto mais baixo de todos, aliás, da série inteira.


Os pontos fortes do episódio foram a guerra, cenas que me pareceram muito realistas, ainda que eu não tenha compreendido bem como Tietjens conseguiu neutralizar o coronel pancada. Benedict Cumberbatch se superou na intepretação de Chritopher Tietjens em todos os momentos. Suas expressões faciais e expressão corporal, a necessidade de interpretar uma personagem que por motivos diversos – inclusive pressões de gênero, afinal, homem não chora – luta o tempo todo para manter o controle de si. A solidão de Tietjens, seu abandono, em parte por sua própria responsabilidade, ficaram muito bem marcados em várias pequenas cenas. A olhada pela janela, com o aceno tímido de MacMaster, é uma dessas pequenas pérolas. E, claro, houve o final feliz. Eu já sabia que ele e Val ficavam juntos, por conta de spoilers dos livros. Antes de tê-los, acreditava que tudo terminaria muito mal, com Tietjens internado em um hospício, morto, ou ainda sendo abusado por Sylvia. Mas foi legal ver que isso não aconteceu, ainda que em nenhum momento esse homem tenha chamado Valentine pelo nome... Que angústia isso! Vamos ver no livro... Aliás, algumas passagens de Fox Madox Fox são tão bonitas, é uma prosa ás vezes difícil, mas ele se expressa os sentimentos das personagens de forma tão refinada que é uma delícia ler. Verdade!

 Enfim, foi interessante ver como Val – e eu não sei se no livro vai estar assim ou é diferente – descobre o livro sobre os prazeres da vida de casada com as alunas. Melhor ainda foi ver as professoras, todas solteironas, discutindo a questão e concordando que é a ignorância das mulheres ou dos homens sobre sexo que leva muitos relacionamentos (*naquele contexto o casamento*) à ruína. Elas devolvem o livro para as meninas e não há punição.  Uma das professores, a atriz que fez a Mary Bennet em Orgulho & Preconceito 1995, diz para Val que elas podem não ter mais a oportunidade, mas que a moça ainda tem tempo... Tenho medo que os discursos pró-abstinência – inclusive de beijo – de hoje em dia venham a colocar muitos jovens em situação semelhante a vivida naqueles anos de saída do ranço vitoriano. De qualquer forma, Val, que tem quase ZERO informação sobre como é o sexo para além da descrição acadêmica, devora o livro e sonha com Tietjens. A cena de sexo entre Chrissie e Val é bonita e sensual e será repetida já na seqüência final em que se combina a festa dos ex-combatentes amigos do protagonista, com os dois dançando, e a dispensa das tropas (“There will be no more parades!”). Poderiam ter evitado colocar a cena de Sylvia com o General Campion no meio, mas não estragou, só dificulta na hora de tentar editar e montar um vídeo...


Eu queria, claro, um beijo dos dois, alguma intimidade (*não falo de sexo, pois sexo teve*), mas algo que fosse além dos olhares e da expressão corporal. Queria o Benny falando o nome da Val com aquela voz sexy e grave que ele tem. Só que ambas as personagens eram muito contidas, especialmente Tietjens. Se Val não fosse atrás dele, não aconteceria nada, porque ele não a “desgraçaria” diante da boa sociedade e ele jamais pediria o divórcio de Sylvia por amor ao filho. Há ainda a cena de confronto entre Sylvia, Val e Tietjens. Foi uma cena forte e fraca ao mesmo tempo. Forte, porque o trio de atores é excepcional, e fraca, porque na correria, o estratagema de Sylvia não foi lá muito elaborado. Vamos ver o que acontece no livro. De qualquer forma, Val se dispõe a cuidar de Tietjens, da forma como ele precisa. Nesse sentido, Val não tem nada de libertária, ela é a mulher que existe para servir, primeiro a família (mãe e irmão), depois Edith, e, por fim, e por sua vontade e prazer, a Christopher. Não há nada de feminista nisso, ainda que a personagem levante na sua prática social bandeiras que são feministas. Mas eu torci por eles, muito mesmo, e Val é admirável pela sua constância, pela capacidade de amar, esperar e aproveitar o momento certo para ficar ao lado do homem que ama. Ele precisa dela e jamais irá abandoná-la e, dentro da lógica da série, eles serão muito felizes juntos.

Agora, antes do fim, queria discutir dois pontos que vi em resenhas por aí, só que não tenho os links. A primeira coisa é que se não houvesse Sylvia, Tietjens e Val teriam encaminhado rapidamente a sua relação a partir do primeiro encontro, no campo de golfe. Olha, duvido muito. Tietjens estava fragilizado e, por isso, deixou Val entrar no seu coração. Tinha sido humilhado por Sylvia, torturado por ela. Se não houvesse a mulher, ele seria um sujeito bem mais seguro, preconceituoso e orgulhoso. Talvez, até olhasse para Valentine, mas o relacionamento dos dois não seria certo, não. O outro ponto é que alguém culpou a sociedade da época, que oferecia poucas possibilidades de realização às mulheres pelo comportamento de Sylvia. Bem, eu conheço pelo menos duas Sylvias – ou mais se não pensar somente em mulheres – e socialites que vivem de herança e levam uma vida fútil e, ás vezes, destrutiva, estão aí aos montes. O programa Mulheres Ricas é o que? Fora que a posição da Igreja Católica em relação ao divórcio não mudou, persiste a mesma. Sylvia é uma personagem muito contemporânea, assim como Edith e MacMaster, os datados são Tietjens e (talvez) Valentine. Eles, sim, seriam mais difíceis de achar. Ele, especialmente.


De resto, esse não deve ser o último texto sobre Parade's End. Ainda estou longe de terminar o livro e estou gostando e devo persistir. É chato não poder continuar por mais duas semanas a acompanhar essa série. Também espero que conforme ela seja assistida, já que as legendas em português estão saindo rápido e deve passar na TV por assinatura brasileira, na BBC ou na HBO, pessoas passem por aqui e opinem sobre as minhas resenhas... Se bem que acho difícil. O Shoujo Café é bem visitado, mas pouca gente comenta mesmo. Ainda que votem nos textos, o que eu agradeço. É uma pena não ter mais “parades” para comentar. Me resta Downton Abbey, que já começou, hoje sai o episódio 2, e tomar vergonha para ver The Borgias, além de outros materiais com o Benedict Cumberbatch que estão aqui faz tempo. Essa semana devo ver o tristíssimo Third Star e provavelmente me debulhar em lágrimas... É isso...

P.S.: Além de Lucy Briers (Mary Bennet) também está na série Sylvestra Le Touzel, a Fanny Price de Mansfield Park, 1983. :)  Eu só fui notar quando passaram os créditos finais.