domingo, 30 de abril de 2017

Comentando o episódio #1 de The Handmaid's Tale (O Conto da Aia)


Assisti ao primeiro episódio da série de TV baseada em The Handmaid’s Tale (O Conto da Aia), de  Margaret Atwood, o que foi disponibilizado no dia 26 de abril.  A previsão é de dez episódios, e espero que somente isso mesmo, e três deles já saíram. A série foi feita direto para streaming no Hulu, que deve ser uma espécie de Nerflix.  Será uma resenha curta, porque devo voltar a falar da série em breve.

O básico da história é o seguinte: futuro próximo, a fertilidade humana caiu drasticamente, e os EUA estão fragmentados e vivem uma guerra civil.  A ação se passa na nação chamada Gilead, um estado totalitário controlado por uma seita cristã fundamentalista.  Nesse país marcado por uma leitura estrita da Bíblia, foi instalada uma estrutura misógina.  Mulheres são impedidas de trabalhar, salvo como “Marthas”, criadas domésticas, não podem ter dinheiro, nem ler. Nesse mundo, há mulheres que são escolhidas para serem handmaids (aias) e terem filhos para as esposas estéreis dos comandantes da nação, ou seriam eles os estéreis?

Família de Offred.
A protagonista Offred (Elisabeth Moss) era uma mulher comum, casada, com uma filha e um emprego.  As mudanças, que acontecem rápido, mas não de uma só vez, lhe tiram tudo, o emprego, a família, e a liberdade.  Ela é transformada em um receptáculo de esperma e de esperança de um dos comandantes de Gilead, Fred Waterford (Joseph Fiennes) e sua esposa, Serena Joy (Yvonne Strahovski).  As angustias, memórias, submissão e pequenas insubordinações de Offred guiam a história,  A única coisa que a faz resistir e continuar em frente é o desejo de encontrar sua filha.

Handmaid’s Tale é o que chamamos de ficção científica social (*ótimo artigo aqui*), território muito explorado pelas autoras feministas.  Nesse tipo de narrativa, não raro temos um futuro distópico e o questionamento de papéis de gênero e arranjos sociais.  No caso da série em questão, trata-se de um mundo que seria um pesadelo para as mulheres, com o controle de todos os aspectos de sua vida e sua redução aos seus corpos: mulheres e não-mulheres (lésbicas, aias estéreis, ativistas etc.), esposas X aias X marthas.  O que as definiria é sua capacidade e/ou disposição para gerar vida.

Serena Joy não me agradou MESMO.
A série, que assim como o livro é profundamente feminista, mostra a doutrinação, as compensações oferecidas às mulheres que se submetem, o estimulo à rivalidade e o patrulhamento, algo típico das ditaduras e mais extremo ainda em governos totalitários.  No primeiro episódio, alguns acontecimentos foram comprimidos para que a audiência, especialmente, os que não leram o livro (*eu estou lendo, mas parando mais do que gostaria*), possam compreender em linhas gerais o funcionamento daquela sociedade.

Um aspecto realmente muito interessante, foi terem mantido na série as idas e vindas de Offred.  Presente e passado sempre entrelaçados, marcando o tédio da vida da aia, requisitada para poucas tarefas, como ir ao mercado, mas ocupando um papel central na “cerimônia”, uma relação sexual (*um estupro, na verdade*) do qual participam o comandante e sua esposa, e a esperança de reencontrar a filha.  Ao final do episódio, Offred, que significa “pertencente à Fred”, nos diz seu nome.  Ficamos sabendo, também, a idade atual de sua filha, 8 anos.  Isso quer dizer que se passaram, mais ou menos, 4 anos desde sua captura.


Não se engane com Moira.
Algumas mudanças em relação ao livro foram grandes, mas não incomodaram a narrativa.  No livro, Moira (Samira Wiley), a melhor amiga de Offred, e uma mulher lésbica, chega depois da protagonista ao centro de formação de aias.  No seriado, ela já está lá, e exerce uma espécie de liderança entre as mulheres. Janine (Madeline Brewer), que aparece no livro grávida na primeira cena do mercado, tem papel relevante e serve para ilustrar a violência imposta às mulheres.

Como pontuei, correram com muita coisa, como a amizade entre Offred e Ofglen (Alexis Bledel), sua companheira de caminhadas e mercado.  Ofglen, se não me engano, é uma agente da resistência.  Na série de TV, e no livro, se está, não cheguei nessa parte, ela conta para Offred que tem uma esposa e filho que fugiram para o Canadá.  Acho que o destino de Ofglen será trágico e, não, isso não é spoiler, nem do livro e nem da série, é achismo mesmo.

Por trás de grades: o mundo das mulheres encolheu.
Além do desempenho da protagonista e da atriz que faz a Moira, quem dá um show é Ann Dowd como Tia Lydia, a sádica supervisora do centro de formação de aias.  Sim, sim, os homens precisam delegar poderes às mulheres.  Até o Taleban, no Afeganistão, que baniu as mulheres do trabalho remunerado, das escolas (*olha as semelhanças com O Conto da Aia!*), manteve as carcereiras e algumas policiais femininas, já que o papel delas na repressão é indispensável.  

Voltando aos destaques, eu diria que as três atrizes dividem as cenas de maior impacto, mas Dowd impõe terror, tem um olhar fanático.  Lydia consegue moldar as mulheres que resistem.  Submeter-se, ou pagar o preço.  O que começa como resultado do medo, pode vir a se tornar uma adesão voluntária ao fanatismo da seita, ou, simplesmente, o efeito de manada.  Depois, a tomada de consciência e a dor.  "Como pude fazer isso?"  Todas essas questões estão no primeiro capítulo.  Ápice da violência?  Não sei, difícil escolher, mas não foi a cena do linchamento.  Há violências muito mais sutis.

Tia Lydia.
Mudanças que não vi função: As meninas, filhas dos comandantes, se vestiam de branco.  Não comentei, mas as mulheres são codificadas por cores.  Na série, aparecem de rosa. Não sei se vão diferenciar crianças de adolescentes, já prontas para os casamentos arranjados, ou o quê.  Não vi rosa ainda no mundo de Margaret Atwood, mas nosso mundo tem essa tara gendrada por rosa e azul.  Outra coisa, as esposas dos comandantes também cobriam a cabeça, na série, elas não usam véu, ou chapéu algum.  Deveriam usar, pois não havia privilégio para elas neste caso.  Cabelo é tentação.

Mudanças que não gostei:  Primeira coisa, rejuvenesceram várias personagens e isso pode ter impacto na história.  Rita, a martha (*só deixaram uma, no livro, são duas*) que cuida da casa do comandante, deveria ser uma cinquentona, virou uma moça novinha na pele de Amanda Brugel.  Serena Joy certamente é mais jovem que Offred, além disso, parece frágil, encolhida.  Ela era uma mulher que tinha um passado (*se ele não estiver na série, comento em uma próxima resenha*), segura e que sabia o poder que tinha dentro da pequena comunidade doméstica.  Na série, sua primeira cena é uma demonstração de fragilidade e ciúmes de Offred com seu marido.  Querem uma Serena Joy próxima do livro? Peguem Faye Dunaway divina no papel no filme de 1990.


Faye Dunaway, bem mais Serena Joy, apesar de também não usar véu.
Essa mudança é significativa, porque as esposas dos comandantes e outros oficiais eram, no geral, mulheres mais velhas, mulheres que tinham passado da idade de ter filhos.  Serena Joy certamente tinha mais de 50.  Agora, se rejuvenesceram a esposa, fizeram o mesmo com o marido.  Joseph Fiennes é jovem demais para ser o comandante, no livro um velho pervertido.  É absurdo terem rejuvenescido o comandante, porque a sociedade de Gilead também é marcada por hierarquias masculinas, jovens e velhos, comandantes e subordinados, talvez brancos e não-brancos.  Acredito que inspirada nas seitas fundamentalistas mórmon, a autora quis representar aquele modelo no qual os homens velhos se apossam da maioria das mulheres jovens e, no caso do romance, férteis.  

Ao longo do livro e na série, logo de saída, é comentado por alto que há homens com status tão baixo que não tem esposa.  Max Minghella, o motorista, é um desses homens.  Na série, ele usa camisas de mangas curtas, algo meio absurdo em uma sociedade tão puritana, no livro, até para marcar seu não-conformismo, ele dobra as mangas.  Um problema relacionado aos homens é que Offred parece flertar com o comandante em sua primeira cena juntos (*no livro, ao chegar, ela só vê Serena Joy*) e faz isso meio que o tempo inteiro com o motorista.  OK, falar de desejo reprimido, de confisco da liberdade sexual, mas não vejo esse caminho como interessante,  Há uma trama a se desenrolar entre eles, mas temo que a relação de Offred com o Comandante, marcada pelo estupro institucionalizado e pelo controle, possa ser romantizados pela audiência.  Fosse ele um velho, como no livro, ou no filme de 1990, dificilmente isso ocorreria, mas, para início de conversa, não houve flerte da parte de Offred.

Olhar crítico de Offred marca a série.
Já terminando, a série tem uma diversidade étnico-racial muito interessante. Peguem o filme de 1990 e vejam como ele era branco.  A graça é que, no livro, não há descrições físicas para muitos personagens.  E, bem, não tem descrição, é branco, não é mesmo?  De resto, o ritual envolvendo a aia, o comandante e sua esposa, deriva da leitura de Gênesis 30, onde Raquel, que era estéril, entrega ao marido sua criada, Bila, para que ele tenha filhos com ela.  Enfim, o mundo de Margaret Atwood é assustados, mais ainda, porque ele é possível, basta olhar em volta. 

Ainda é importante falar do caso Su Tonani X José Mayer, aliás, mais do que nunca!



Eu acompanhei o caso da acusação de assédio da figurinista Su Tonani contra José Mayer.  E acompanhei desde o início, afinal eu leio a coluna de fofocas do Leo Dias, o primeiro a noticiar, já que o único jornal do Rio que acompanho doariamente é o Jornal O Dia.  Pois bem, não comentei, porque estava sem tempo à época.  Comecei o texto e não segui adiante com ele, está nos rascunhos, mas se comentasse, iria na mesma linha da maioria dos sites feministas, como o da Lola, sem claro, ser tão empolgada, já que eu não vejo o momento que vivemos hoje como positivo ou progressista, mas como uma ante-sala do Conto da Aia.

Enfim, agora, o mesmo Leo Dias fez o seguinte artigo "Reviravolta no caso Zé Mayer: Saiba por que Su Tonani não quis processar o ator".  Já vi gente reacionária e antifeminista comemorando por aí, mas o que mesmo o Leo Dias diz na matéria?  Tonani teve, sim, um caso com José Mayer, um homem casado, mas eles tinham terminado antes do início das gravações da novela A Lei do Amor, quando ocorrera o assédio. Isso era sabido por todos no Projac.  Ora, o que eu, Valéria, uma mulher feminista, posso dizer sobre esse caso?  


Mayer admitiu o assédio e pediu desculpas.
Houve assédio.  O fato de Tonani ter tido um relacionamento com Mayer não obriga que ela esteja disponível para ele a partir de então.  Namoros, casamentos, casos, acabam e "não" é "não".  Se você não concorda com isso, você é machista. O problema é que a nossa cultura parte do princípio que, uma vez que uma mulher tenha tido alguma coisa com um homem, ela tem que estar disponível para ele sempre. Ela tem um passado e isso, para a mulher, é motivo de vergonha.  Sabe, os amiguinhos do "Não mereço, mulher rodada"? Pois é.

Outra coisa, a moça, por ter mantido relacionamento com um sujeito casado, passa a ser vista como má sem apelação, a "destruidora de lares". Fora isso, ela mentiu (*sim, mentiu*), quando disse que tinha recusado os avanços dele inclusive argumentando que poderia ser sua filha.  Certamente, isso pesa contra ela.  De resto, vítima boa é vítima absoluta.  Sabe, aquela sem mancha? Por isso, muita gente, só para lembrar outro caso contemporâneo que não comentei, não considera a Emily, do BBB17, talvez nem mesmo ela se considere, uma vítima de agressão.  Afinal, ela fazia sexo com o sujeito, ela tinha um relacionamento com ele.  Voltando ao caso Tonani/Mayer, enquanto isso, o adúltero, coitadinho, nem é levado em conta. Corre-se o risco de virarem os canhões contra a esposa, afinal, como ela admite esse tipo de coisa???  É uma amélia essa aí!  Ou não quer perder as "mordomias" de esposa!  Ou o cara é muito gostoso! Ou... 


Atrizes mobilizadas.
São as mulheres que sempre precisam explicar por qual motivo se deixam agredir, trair e humilhar, aos homens, fica a complacência dos próprios homens e de muitas mulheres. Lembrem-se que cultura é sistema de códigos e mesmo pessoas muito progressistas podem estar sujeitas, vez por outra, às regras que mantém uma determinada sociedade funcionando.  Nossa sociedade é machista, patriarcal e, por vezes, misógina.  O mesmo sujeito que pede a punição do estuprador, sua morte, que percebe o indivíduo que agride, como possível, porque sabe que homens são formado para serem agressivos, é aquele que duvida da vítima ou questiona a sua idoneidade, afinal, a tribo dos homens precisa se defender.  No fim das contas, se individualiza a culpa, se dá vasão ao desejo de vingança, mas a vítima é o de menos. Será que é vítima mesmo? 

A maioria não duvidou que Mayer pudesse assediar uma funcionária (*e mesmo uma colega de trabalho*), normal isso.  Ele é homem, primeiro fator; galã cuja imagem foi construída em torno da idéia de que ele era irresistível a qualquer mulher, dos 13 aos 90 anos.  Fora, claro, outra das pérolas machistas, o meio artístico é promíscuo mesmo, ainda mais no Brasil.  Assim sendo, quem lá entra sabe o que vai encontrar.  Só os fortes sobrevivem e pare de mi-mi-mi.  Até não muito tempo atrás, era difícil separar as profissões artísticas femininas da prostituição, para a sociedade, na média era tudo a mesma coisa.  Moça de família não podia ser atriz.


O BBB17 mostrou cenas de violência explícita contra as mulheres.
Terminando, o que eu tiro desse caso? 1. Su Tonani não mentiu sobre o assédio.  2. Os casos de assédio são comuns no meio artístico, afinal, muitas mulheres se mobilizaram no #MexeuComUmaMexeuComTodas e contaram casos antigos, ressaltando, inclusive, o "quem iria acreditar em mim, ele era famoso/poderoso e eu, quem era?".  3. Mayer tinha outros casos nas costas, todo mundo no meio sabia, mas acobertava, ou se calava.  Ele não foi afastado da sua próxima novela, nem teve que se desculpar à toa. 4. A reviravolta de caso Tonani X Mayer não é uma vitória sobre as feministas, ou uma evidência de que o assédio sexual no ambiente de trabalho não existe, ainda que você, machista de plantão, acredite nisso.

De resto, pena que ela tenha recuado, mas eu entendo perfeitamente os motivos.  Um acordo talvez seja mais interessante do que se colocar na berlinda e ser queimada na fogueira. Gostaria de esperar que o caso fosse o ponto de partida tanto para que se repensasse a função de vítima, quanto a sociedade que é complacente com o agressor.  Inegável, que algumas reflexões e ações interessantes ocorreram, só que não vivemos um momento dos mais positivos para os direitos das mulheres.

Mangá-kas ajudam na divulgação da Bela e da Fera no Japão


A Bela e a Fera, a versão live action, estreou no dia 21 de abril no Japão batendo os recordes de Frozen. Sim, sim, é comum que as estréias por lá sejam mais tarde mesmo. O comic Natalie trouxe uma matéria falando da colaboração das mangá-kas responsáveis por Hito wa Mitame ga 100 percent (人は見た目が100パーセント), Hiromi Ookubo, e Nigeru wa Haji da ga Yaku ni Tatsu (逃げるは恥だが役に立つ), Tsunami Umino, na divulgação do filme. 



Assim, a homenagem de Nigeji é óbvia e nem precisa explicar, mas a de Hito wa Mitame ga 100 percent, bem, qual é a idéia mesmo?  Bem, veja o que vocês acham.  A página japonesa do filme é esta aqui.  Há uns episódios curtos das duas séries lá, de repente, as idéias importantes estejam neles.

Rosa de Versalhes em versão udon


Udon (うどん) é um prato de macarrão muito popular no Japão, (...) tem a cor branca e é feito à base de farinha de trigo, sal é água. Sua espessura costuma ser mais grossa em vista dos macarrões tradicionais.   Aprendi muita coisa lendo a matéria 7 Curiosidades Sobre Udon, do site Japão em Foco.  Não sei, mas acho que nunca comi udon.  Há o fresco e, assim como o lamen, ele pode ser vendidas preparadas para consumo rápido nos mercados. 







O motivo do post é que o Comic Natalie postou informações e imagens da nova linha da Nissin Foods, que se propõe a fazer um encontro entre o oriente e o ocidente, usando A Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら).  Enfim, não entendo nada de udon, mas parece que os sabores tradicionais, como kitsune, tempurá, kaki-age, estão representados.  Anime que é bom nada, mas produtos da Rosa de Versalhes nunca deixam de aparecer.

sábado, 29 de abril de 2017

Mangá sobre vingança estréia na revista ARIA


O Comic Natalie trouxe uma matéria falando da nova edição da revista ARIA e o destaque é para o novo mangá de Sakurai Shushushu (*esse nome...*), chamado Sweet Sweet Revenge (Sweet Sweet リベンジ).  A série, que me parece um harém reverso, é sobre uma moça que decide levar adiante uma vingança contra os sujeitos que praticaram bullying contra ela na escola.  Se entendi bem, e a descrição é curta, anos se passaram, a protagonista não continuou estudando com os sujeitos, e eles se reencontram na faculdade onde será "olho por olho, dente por dente".  Achei a imagem fofa, por isso, estou postando.  

Yuri!!! on ICE vai para o cinema!!!!!!


O Twitter oficial do anime acabou de anunciar que teremos um filme animado, acredito para o cinema, segundo o pessoal comentou, será uma nova história, talvez, a copa dos 4 continentes.  Na verdade, a notícia foi dada em um evento com os dubladores, o Yuri!!! on STAGE (ユーリ!!! on STAGE), que reuniu os dubladores na série e foi transmitido simultaneamente para várias partes do Japão.  Sem maiores detalhes ainda, dizem para que aguardemos.  Ora, ora, ora, eu não disse?  E escrevo mais, é só o começo.  Olha o anúncio aí embaixo:

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Novidades de Orange em maio


Sei que alguns sites brasileiros já comentaram, então, vocês devem estar sabendo.  Enfim, o sexto volume de Orange (オレンジ) agregando as histórias extras que a autora publicou, como as que deram base à animação para o cinema, Orange ~Mirai~, sai no dia 31 de maio no Japão.  Os capítulos recontam a história sob o ponto de vista de Suwa e, na minha opinião, seria muito interessante a autora fazer o mesmo com cada uma das outras personagens.  Torço muito para que a JBC seja rápida em anunciar que ele sairá aqui, também.  Fora isso, um novo capítulo da série será publicado na Monthly Action no dia 25 de maio, segundo o ANN.  Não há maiores detalhes sobre o capítulo.  Agora, falando em Mirai, alguém sabe onde posso baixar?   

Teen Titans terão série live action em 2018


Parece que boa parte dos supers mais importantes (*ou nem tanto*) estão ganhando séries live actions.  Confesso que não assisto nenhuma, mal vejo o que passa no cinema, mas como gostava da primeira série animada dos Teen Titans (2002-2005) e já falei da série aqui no blog, achei legal comentar.  Enfim, pelo que consegui garimpar até agora, estão garantidos na série Dick Grayson/Asa Noturna, Starfire, e Raven e ela não será para a TV, mas para streaming em alguma plataforma, talvez.  O show será co-produzido por Greg Berlanti (Supergirl, The Flash), Geoff Johns (presidente e chefe criativo da DC Entertainment e DC Comics) e Akiva Goldsman (Star Trek: Discovery).  Agora, é esperar novas informações.

Como Sakamichi no Apollon terá filme para o cinema...


Bem, se você não conhece Sakamichi no Apollon (坂道のアポロン), e o filme vem aí, sugiro fortemente que tente encontrar o mangá, pois os 10 volumes têm scanlations e o anime, também.  Por conta disso, deixo abaixo os links para os textos que eu fiz sobre a série.  Acho que Shoujo Cast não houve mesmo:
  1. Comentando Sakamichi no Apollon – Episódio 1
  2. Sakamichi no Apollon: poesia em forma de Anime
  3. Comentando mais uma vez Sakamichi no Apollon: Lindo! Humano! Inesquecível!
  4. Comentando o Decepcionante Último Episódio de Sakamichi no Apollon
  5. Podcast em que participei comentando o anime.

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Anunciado o live action de Sakamichi no Apollon


Sakamichi no Apollon (坂道のアポロン) começou como mangá e foi publicado na revista Flowers entre 2007 e 2012.  Seu sucesso fez com que fosse reconhecido e recebesse o Shogakukan Manga Awards de 2012 na categoria geral.  Um anime, também no ano de 2012, tornou a série ainda mais famosa.  Me emocionei muito assistindo Sakamichi no Apollon.


A série começa no no de 1966 e tem como protagonista Kaoru, o pobre menino rico que vive mudando de escola graças ao trabalho do pai. Em Nagasaki, ele consegue fazer amigos, especialmente, Sentaro, um jovem mestiço que sofre com o preconceito, e Ritsuko, seu primeiro amor, além disso, ele descobre sua paixão pelo jazz.  Recomendo muito o anime, mas mais ainda o mangá, porque na série de TV, o drama de Kaoru com a mãe foi minimizado ao máximo e houve umas alterações de roteiro no final da série que depreciaram a história e soaram machistas até. 


Os protagonsitas serão interpretados por Yuuri Chinen, Taishi Nakagawa e Nana Komatsu.  A direção do filme é de Takahiro Miki.  As informações estavam no ANN e no Comic Natalie.  A página do filme já está no ar.

Se não puder parar amanhã, reflita e ajude


Amanhã, haverá uma greve geral, ou, pelo menos, assim esperamos.  Trata-se de um movimento legal, diga-se de passagem, porque o direito de greve, conseguido à duras penas, ainda não foi confiscado dos trabalhadores e trabalhadoras.  Talvez, a data perto do feriado não tenha sido a melhor escolha, mas foi escolhida para coincidir com a votação das reformas trabalhistas que tem tirado o sossego de muita gente.  A greve também ocorre em memória da greve geral de 1917, a primeira da história do Brasil.  Por que estou falando disso, aqui, no Shoujo Café?

Escrevo, porque preciso, escrevo, porque a maioria dos leitores e leitoras do site são muito jovens.  Alguns, talvez, nem estejam no mercado de trabalho ainda e, quando entrarem, terão menos direitos, condições piores do que eu tive quando comecei. Sem debate com a sociedade, só maciça propaganda estatal e dos que ganham muito com as mudanças, ou com os patrocínios, as reformas são cantadas como fundamentais, é isso, ou a ruína da nação, terrorismo mesmo.  Talvez, sejam convencidos a achar normal não terem férias (*se terceirizados, é quase uma certeza*), trabalharem até 12 horas por dia, terem reduzido seu horário de almoço, porque, como disse um figurão da FIESP, um dos agentes patrocinadores da “modernização”, o trabalhador pode comer o sanduíche com uma mão e operar a máquina com a outra.  Isso, claro, em um dos países campeões de acidentes de trabalho é uma fala temerária.

Há quem tenha saudades, mas o PMDB está fazendo
a ponte para o futuro do passado mais sombrio.
Talvez, você também seja levado a achar normal que a aposentadoria não seja pensada para seu mínimo sustento, que o aposentado – que começou a ser chamado depreciativamente de “inativo” no governo FHC – explora o Estado e os que estão trabalhando, quando, na verdade, aquele homem e aquela mulher, agora idosos, contribuíram para terem o direito ao devido descanso remunerado.  Você, também, talvez seja levado a não se questionar o motivo de quererem punir os mais pobres e desamparados, quando o governo mantém isenções fiscais descabidas para os muito ricos e não se preocupe com os grandes sonegadores da previdência, ou ainda, utilize o dinheiro da própria previdência para outros fins.  Isso, dizem eles, não importa.  De repente, você imagine que nunca precisará se aposentar, na verdade, provavelmente, a maioria nunca poderá se as reformas forem passadas, seja na versão antiga, ou na nova.

Eles – membros do executivo e legislativo, especialmente – são os mesmos que se recusam a rever seus régios salários e pensões, fora, claro, o envolvimento com a corrupção, que é o roubo sistemático dos nossos impostos, do nosso futuro.  Para eles, do executivo e legislativo, entretanto, há um só caminho: contenção fiscal, confisco de direitos dos trabalhadores, maiores cargas aos mais pobres.  Por exemplo, o secretário da previdência de Temer é envolvido com a maior empresa que vende planos de previdência privada no país.  Feliz coincidência, não é?

Contra as reformas: Greve Geral.
Previdência social, condições dignas de trabalho e leis que protejam os trabalhadores, não são bandeiras exclusivas da esquerda, são questões sérias e, em qualquer país decente, assunto de todos.  Ainda que as legislações sejam diferente, e os salários, também, vejam lá quanto é um salário mínimo ou uma aposentadoria em vários países iguais ou em melhores condições que o nosso, cabe ao Estado zelar pelo bem estar do povo.  O nosso, o atual, parece querer entregar tudo, a começar por nossos direitos mais básicos.

Por isso, fiquei muito feliz quando o Papa Francisco, curiosamente, o líder mais progressista da atualidade, se recusou a vir ao Brasil e expôs a perversidade das reformas.  É uma voz poderosa contra as injustiças.  Alguém importante, muito mesmo.  Todas as outras adesões, são bem-vindas, mas não sei se o governo ouvirá.  Só se as manifestações forem enormes.  Agora, ano que vem, há eleições e nada do que está sendo feito não pode ser revertido, ainda que recuperar direitos seja missão dificílima. Lembrem-se se não tivéssemos um legislativo tão ruim, essas reformas não andavam.

Homens, mulheres e crianças na greve de 1917.
Sei que, talvez, alguém leia e fale, mas quem votou na Dilma, votou no Temer. Sim, votou, é um pacote só, mas não votou nesse projeto, nem esperava ver ministérios chave nas mãos do DEM e do PSDB.  Sabe, eles perderam a eleição, não deveriam estar governando.  Fora isso, nem em campanha propuseram esse projeto descarado que temos aí, porque, bem, dificilmente ganhariam com ele.  Mas houve um golpe, que já foi confessado abertamente.  Mas que importam?  Se quando vice Temer se importava tanto com campanhas de popularidade, agora, seus 4% são mero detalhe.

De resto, amanhã irei às manifestações.  Meu trabalho, o Colégio Militar de Brasília, não irá fechar, é compreensível, dado o perfil da instituição, mas a maioria dos professores civis estará na Esplanada.  Será minha primeira vez lá.  No Rio, minha última manifestação foi contra a privatização da Petrobrás ainda no governo FHC.  Eu era jovem, bem jovem.  Agora, vou principalmente por acreditar que preciso fazer isso pelos atuais jovens e pela minha filha.  Sentiria vergonha de olhar para ela no futuro e simplesmente dizer que nada fiz, que só me dava ao trabalho de fazer militância virtual.

Mulheres nos protestos em 1979, Teerã.  Quanto se perdeu e quão rápido?
Por conta disso, e de ouvir de novo o Shoujocast de Orgulho & Preconceito, lembrei de um livro excelente, Lendo Lolita em Teerã.  A autora, uma professora de literatura, me apresentou o livro de Jane Austen de forma muito irresistível e mostrou a experiência de uma mulher adulta, assim como eu sou agora, que se esquivou de ir para as ruas o quanto pode.  Ela chegava a dar falta para os alunos e alunas que faltavam as aulas na universidade para militar.  Estava ocorrendo a Revolução Iraniana e, quando ela percebeu, esta já tinha se tornado uma revolução islâmica. Quando ela foi para a rua, já era tarde demais e só lhe restou usar o chador.  Ela caiu em depressão, passou anos sem sair à rua, só tomou coragem de novo, quando as universidades foram reabertas e ela convidada a lecionar de novo.  

Eu não quero ser acusada de me mover somente quando for tarde demais.  Aliás, talvez até já seja. Outro livro que me vem à mente em tempos tão sombrios é O Conto da Aia.  Pode parecer exagero, um mero conto de ficção científica, mas para perdermos direitos, especialmente, nós, mulheres, não é difícil.  Aliás, é muito, muito fácil.  O que pode parecer exagero ontem, pode se tornar uma dura realidade hoje.  Olhe aí essa reforma trabalhista que sepulta a CLT e nos joga em condições cruéis semelhantes às que em 1917 fizeram São Paulo (*e outras cidades*) parar.  Eles e elas lutavam por jornada de 8 horas diárias e horas extras remuneradas, ontem, no projeto de reforma aprovada, ganhamos 12 horas como possibilidade.  Esta semana mesmo já estourou um escândalo: uma prefeitura de Santa Catarina fez leilão de terceirização para contratar professores.  Quem pagasse menos levava.  Já é resultado da possibilidade de terceirizar até as atividades fim.

Que futuro nós queremos?
É como voltar às épocas nas quais a luta sindical era atroz. Aliás, outra campanha é para nos fazer desacreditar da luta coletiva. Demonizar os sindicatos, ao mesmo tempo em que exaltam os acordos coletivos acima do legislado. Como sindicatos fracos, ou inexistentes, terão poder de barganha?  Não em nossa realidade.  Em breve, quando estiver dando aula de Era Vargas, talvez, tenha que convencer meus alunos e alunas que aquelas leis de 1943 não são fruto da imaginação de um/a autor/a de ficção científica.  É isso. Se paro amanhã, se vou à manifestação, é pelo futuro, o meu, o de vocês, o de Júlia.  Se não puder parar, veja aqui como ajudar.

Tokyo Tarareba Musume e outros mangás da revista Kiss estão terminando


Tokyo Tarareba Musume (東京タラレバ娘), série de Akiko Higashimura, chegou ao final na última edição da revista Kiss, segundo o Comic Natalie.  O mangá é muito elogiado e foi indicado a vários prêmios, além disso, Higashimura é uma das mais importantes mangá-kas da atualidade.  Como faz várias coisas ao mesmo tempo, é interessante vê-la fechar uma série com um número razoável de volumes e em pouco tempo.  O mangá começou a ser publicado em 2014 e vai fechar com #8 volumes.  Eu estou comprando a edição norte americana da Kodansha.  O mangá foi transformado em dorama em janeiro deste ano.  Está disponível com legendas em inglês por aí; imagino que em português, também.


A última edição da revista Kiss anunciou que Hotaru no Hikari SP (ホタルノヒカリ SP), de Satoru Makimura, irá terminar em 25 de maio.  Hotaru no Hikari, o mangá original, começou em 2009 e foi um grande sucesso e dois doramas para a TV e um filme para o cinema foram lançados em 2012. A continuação, esta que traz SP no nome, começou a ser publicada em 2014.  Na série original, Hotaru Amamiya é uma “himono”, uma mulher que desistiu do romance e se tornou, por assim dizer, como um peixe seco.  Ao longo da série, ela se apaixona pelo chefe e os dois se casam.  Na continuação, ela descobre as dificuldades da vida de casada e desconfia da fidelidade do marido.  A notícia está no ANN.


Para você que gosta de patinação no gelo e um belo traço, Ginban Kishi  (银盘骑士), de Yayoi Ogawa, de Kimi wa Pet (きみはペット), caminha para o seu final, já que o último capítulo, também na revista kiss, veio com a palavra clímax, segundo o ANN.  A série está de certa forma ligada a outro mangá de patinação da autora, Kiss & Never Cry  (キス&ネバークライ), que é ótimo, eu comprei toda a edição italiana e fiz resenha para o Shoujo Café tempos atrás.  Ginban Kishi conta a história de Chitose, uma jornalista que escreve para a revista de saúde "SASSO". O amigo de infância de Chitose é o famoso patinador artístico Kokoro Kijinami. Chitose conhece o segredo de Kokoro: que ele é na verdade um otaku. Kokoro só consegue executar com perfeição seus saltos quadrúplos quando Chitose está por perto para recitar um feitiço de uma garota mágica de anime chamada "Magical Princess Lady Lala", e assim a moça termina viajando junto com Kokoro para todas as suas competições.  Tem scanlations em inglês, ainda que só até a metade da série.


Vejam que são três baixas na revista Kiss.  Três mangás importantes da revista chegando ao fim, quase que ao mesmo tempo.


Anunciado novo filme de Chihayafuru


O Comic Natalie anunciou (*mas eu vi já no ANN*) que teremos mais um filme live action baseado na série de Yuki Suetsugu em 2018, com o nome de Chihayafuru: Musubi (ちはやふる -結び-), o novo longa traz no título a palavra "conclusão".  Será o final da série no cinema?  Será que isso pode ter a ver inclusive com o final do mangá?  O último filme irá mostrar os protagonistas, Chihaya, Taichi, e Arata, no último ano do colegial.


Chihayafuru (ちはやふる) começou a ser publicado em 2007 na revista Be Love e chegou ao seu volume #34.  A Be Love é uma das poucas revistas femininas, josei ou shoujo, que é quinzenal.  A primeira série animada foi ao ar em 2011 e teve 25 episódios.  A segunda temporada estreou em 2013 com o mesmo número de episódios.  Além disso, o volume #22 do mangá trouxe um especial animado.  Ano passado, dois filmes live action estrearam no Japão.  Este filme completa uma trilogia dirigida por Norihiro Koizumi.  o elenco base dos filmes anteriores estará de volta e os novos participantes estão listados, se tiver curiosidade, olhe no ANN.  A página oficial do filme é esta aqui.


quarta-feira, 26 de abril de 2017

Comentando os três primeiros capítulos de Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni...


Em janeiro foi anunciado que o mangá Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni...  (僧侶と交わる色欲の夜に…), um josei erótico, iria virar anime em abril.  Coisa rara, talvez, a primeira investida desse tipo, estava ansiosa para dar uma olhadinha.  E eu assisti os três primeiros episódios, que se acha até com legendas em português, e dei uma passada de olhos no episódio 4.  Será uma resenha curta, porque, bem, não há muito o que falar.

A história básica é a seguinte: Mio Fukaya é uma estudante universitária, que não tem namorado, e ainda fantasia um pouco com seu primeiro amor, Takahide Kujou.  Uma noite, há uma reunião da turma do colegial e Mio reencontra Kujou.  O sujeito continua lindo, expansivo e tudo mais, só que, quando lhe arrancam o boné, Mio descobre uma coisa: ele se tornou um monge. O rapaz é herdeiro do templo da família.  Desolada, já que acredita que monges não podem ter uma vida amorosa, Mio bebe demais.  A moça é socorrida por Kujou que a leva para casa.  Ao chegarem ao apartamento da moça, o rapaz lhe mostra por atos e palavras que ela está muito, muito enganada à respeito do que um monge pode, ou não, fazer.


Ponto um: os capítulos do anime duram míseros 4 minutos e meio.  Ponto dois: é pornografia mesmo.  Se não lhe agrada, não vá assistir.  Ponto três: não sei se alguma história de verdade vai se salvar no final, mas as cenas de sexo são interessantes.  O primeiro episódio conseguiu apresentar os protagonistas muito bem e é basicamente isso.  A moça é insegura de si, um clichê, por assim dizer, e meio culpada por se sentir atraída por um monge.  Já Kujou não parece nem aí para qualquer moderação e deseja mesmo é transar com ela.  Não há penetração, todo o ato sexual é o rapaz dando prazer para a protagonista.  Talvez, aí, resida a única diferença entre o material e um hentai comum, mas é preciso frisar que ele, Kujou, é que guia toda a ação.

O segundo episódio é todo a transa dos dois e, de novo, nada de penetração, o auge é quando o moço faz sexo oral em Mio.  Acabou o episódio.  Detalhe curioso é que o anime tem três versões: uma para a TV, mais curta e com censura 15 anos, uma censurada com aqueles mosaicos que a gente conhece (*o capítulo dois joga os mosaicos na cena de sexo oral*) e um sem censura.  Um fansuber colocou as duas versões do episódio 1 para download.  A versão censurada tem cerca de um minuto a menos e, ao invés de mostrar uma cena tórrida de sexo, mostra uns amassos e beijos.


No episódio três, Kujou leva Mio para conhecer sua família no templo e a apresenta como sua noiva.  Ele não perguntou a ela sua vontade, daí, temos outra ação impositiva. Ao que parece, ele estava sendo pressionado pelo pai a se casar e propõe que a moça finja que é sua noiva.  O que não impedirá que os dois façam sexo, já que, como ele diz, têm grande compatibilidade física. Só que a moça ama Kujou e a situação a faz se sentir mal.  De resto, a mocinha com cara de adolescente, vestido e avental, é mãe de Kujou, o que acrescenta uma nota bizarra à história toda. O capítulo quatro parece ser mais uma crise de culpa da mocinha por estar se relacionando de forma tão explícita com um monge.  Nesses dois episódios, há somente uns amassos mais empolgados, continuamos sem penetração.

Algo interessante, os títulos dos episódios são engraçadíssimos: Antes de ser um monge... Eu sou um homem; Mesmo monge, eu irei amar, me casar, e...; Eu imagino que a compatibilidade física pareça não ser ruim, mas...  Enfim, todos os títulos são falas ou pensamentos de Kujou.  Pergunto-me se Mio será responsável por algum título futuro.  Falando da animação, é bem meia boca mesmo, mas ninguém espera muito de um anime desse tipo.  Se as transas forem boas, ele cumpriu 80% da sua proposta.  


É isso.  Se você for assistir Souryo to Majiwaru Shikiyoku no Yoru ni..., não espere muito e, principalmente, não espere uma heroína empoderada, Mio é uma típica protagonista de shoujo mangá mediano.  A série só é curiosa, porque veio ocupar um nicho vazio e pode ser a primeira de outras adaptações de mangás eróticos femininos para a animação.  Nesse aspecto, ela ganha relevância pelo pioneirismo.  

De resto, a série ainda está em andamento, mas parece que as coisas estão decididas.  A mocinha é frágil, o mocinho é um sujeito bonitão e habilidoso, que sabe dar prazer (*físico*) a uma mulher, como os homens dos romances de banca de jornal.  Talvez apareça um rival, talvez, não.  Passei olhos em uns quadros do mangá, achei pouca coisa mesmo, mas são umas cenas de sexo bem pesadas, será que vão estar no anime?  Falando em mangás eróticos e pornográficos para mulheres, o ANN publicou um artigo sobre isso. Pode ser interessante para alguém. 


P.S.1: Tropecei nas versões censuradas do episódio 2 e 4.  São fraquinhas de dar dó.  Comparadas com o capítulo 1 sem censura, são inócuas.  Colocam um símbolo em cima de algumas cenas que não podem ser cortadas para que não se veja nudez e partes inteiras são substituídas por animações fofinhas sem nenhum conteúdo sexual.

P.S.2: No episódio 4, que tem legendado em espanhol no Youtube, Mio se nega a fazer sexo com Kujou, porque, bem, a relação dos dois é somente para enganar os pais dele.  O rapaz continua fingindo em público, mas a cena de sexo interrompida no início é a única.  Vamos ver como Mio se comporta.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Dois mangás josei são os grandes vencedores do 21º Tezuka Osamu Award


Hoje, foi divulgado o resultado do 21º Tezuka Osamu Award.  Motivo principal para estar comentando o prêmio é que dois mangás josei foram vencedores das categorias mais importantes da premiação.  A notícia foi dada no Comic Natalie, mas eu vi primeiro no ANN.


O grande prêmio ficou para Hana ni Somu (花に染む) de Fusako Kuramochi.  O mangá, que terminou com 8 volumes, começou a ser publicado ainda na época em que a Cocohana se chamava Chorus.  A história gira em torno da prática do arco e flecha tradicional e a amizade e o amor entre dois vizinhos desde a infância.


O prêmio para novas criações, inovações, enfim, foi para Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu  (昭和元禄落語心中) de Haruko Kumota.  A série era publicada na revisa Itan, fechou com 10 volumes e teve duas séries animadas.  É uma série muito elogiada e indicada para várias premiações.  Venceu o 38º Kodansha Manga Awards na categoria geral. 


O prêmio pra trabalhos curtos foi para Yomawari Neko  (夜廻り猫) de Kahoru Fukaya.  Com dois volumes e em andamento, a série começou sua publicação no Twitter e conta as aventuras de um gatinho que se aproxima de qualquer pessoa que esteja chorando.


Osamu Akimoto  recebeu o prêmio especial por Kochikame (こちら葛飾区亀有公園前派出所/Kochira Katsushikaku Kameari Kouenmae Hashutsujo).  Sperie da Shounen Jump que terminou no ano passado com 200 volumes.


O comitê julgador este ano reuniu a atriz Anne Watanabe, o autor (?) Kazuki Sakuraba, os mangá-kas Machiko Satonaka and Tarō Minamoto, o professor e acadêmico Shōhei Chūjō, o editor de mangá Haruyuki Nakano, o crítico de mangás Nobunaga Shinbo e a pesqusiadora de mangás Tomoko Yamada.  Havia oito indicados (*acho que eu não postei as indicações*), para poder concorrer, o mangá precisava ter pelo menos um volume publicado em 2016.  Shouwa Genroku Rakugo Shinjuu já havia sido indicado em 2013.  Os prêmios em dinheiro e a estátua de Astro Boy serão entregues em uma cerimônia no dia 31 de maio.