quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Adeus 2009, feliz 2010!



Feliz 2010 para vocês! Obrigada por visitarem o Shoujo Café. Sem vocês, manter esse blog não teria a mesma graça. Espero que 2010 possa ser um ano melhor e tenhamos boas surpresas em relação ao universo dos animes e mangás no Brasil. Desculpem qualquer coisa, meu destempero em certos momentos, e prometo tentar tornar o blog sempre melhor!

Retrospectiva 2009 segundo o Shoujo Café



Um... Acho que eu não sou boa para essas coisas... Aliás, me perguntaram no formspring quais seriam os destaques do ano. Aliás, 2009 não foi um bom ano para mim, pelo menos não no plano pessoal, e eu achando que terminar o doutorado seria o fim dos meus grandes pesadelos... Inocência a minha... Mas, enfim, deixa eu lembrar...

As Coisas Boas

1. O Compromisso da Panini em lançar bons shoujo e josei – A editora, que mega pisou na bola com Peach Girl, anunciou e lançou uma série de mangás shoujo de grande qualidade. Destaque, claro, para Honey & Clover e, a meu ver, o clássico Marmalade Boy e Otomen. O que nos aguarda em 2010? Ah, abram suas apostas!
2. O sucesso de Nodame Cantabile – sucesso que vem de longe, claro, mas que chega ao final de 2009 com dois filmes live action e mais uma temporada de anime prometida. Eu realmente acredito que ainda teremos muito mais de Nodame Cantabile.
3. Arina Tanemura no Brasil – Já não era sem tempo e a JBC presenteou os fãs brasileiros com o primeiro mangá de Arina Tanemura. Eu realmente não aprecio o trabalho da JBC, mas é fundamental que tenhamos as duas grandes editoras de mangá brasileiras – brasileira mesmo só a JBC, na verdade – lançando shoujo e josei mangá. Aliás, Nana não saiu em 2009, mas é outro acerto da JBC.
4. A reabilitação de Yuki Suetsugu – Depois de ser acusada de plágio e ter seu mangá mais importante Eden no Hana retirado de publicação em vários países, a autora recupera a credibilidade e é premiada com sua nova série Chihayafuru. Eu gostaria muito de ver Eden no Hana circulando de novo, nem que ela tivesse que redesenhar os tais quadros copiados.
5. O Shoujocast – Ah, sei que não foi regular, mas ter um podcast aqui no blog foi uma das coisas boas do ano, não foi?
6. O Twitter – Acho que essa nova rede social deu dinamismo à internet e possibilitou a criação de contatos e a propagação rápida de notícias e links importantes. O Twitter tem ajudado bastante na divulgação do Shoujo Café e eu tenho achado isso ótimo.
7. Fumi Yoshinaga – Não me canso de ler as obras da autora e Ōoku foi uma das melhores surpresas de 2009 para mim, ler e reler, assistir o anime de Antique Bakery foi uma delícia, e Flower of Life mostrou como é possível usar um mangá para ensinar a fazer mangá. Queria muito que alguma coisa dela chegasse ao Brasil em 2010.
8. Lançamento de Orgulho & Preconceito da BBC no Brasil – Presente da livraria Cultura. Não foi tão bem lançado como deveria, não tem a dublagem em português mas é Colin Firth como Mr. Darcy oficialmente no Brasil. E com a promessa de mais séries da BBC no Brasil em 2010. Vamos esperar para ver!
9. The Big Bang Theory – Para mim uma das séries mais engraçadas e prazeirosas de assistir. O universo nerd nunca foi retratado com tantyo bom humor e o ator que faz o Sheldon merecia todos os prêmios! TBBT é minha séria favorita de 2009.
10. Reboot de Jornada nas Estrelas – Eu não dava nada pelo novo Star Trek, mas não é que deu certo? Acho que será esse o primeiro título que comprarei em Blue Ray.

As Coisas Ruins

1. A editora Conrad – A editora passou por vários problemas, foi comprada, manteve títulos no mercado, lançou outros, mas nada de mangá. Agora, no fim do ano, entope as nossas bancas de material coreano sem grande alarde, mas nada sabemos dos títulos da editora. A prometida recuperação não veio e tenho pena de quem acompanhava One Piece, lamento não ter mais Tezuka com a qualidade que a Conrad estava dando às publicações do grande mestre.
2. O Canal Animax – Cada vez menos comprometido com animaçcão japonesa, prometeu Nodame Cantabile e não trouxe, e, pior de tudo, ainda encontra fãs para defender dizendo que “a culpa é dos brasileiros”, não das escolhas erradas, da não opção das legendas, dos animes de terceira que pesam mais na programação, da falta de shoujo e josei. Alguém pode me devolver a Locomotion?
3. Ponyo – Alguém me explica porque o novo anime da Ghibli não apareceu nos nossos cinemas? Era para favorecer a Disney de Novo, eu suponho. Como se A Princesa e o Sapo não fosse conseguir o sucesso de qualquer forma...
4. Princesa e o Sapo somente dublado – Parece que caminhamos para a ditadura da dublagem. Quero que me monstrem as pesquisas que apontam para esta preferência, e, ainda assim, seria de bom tom manter pelo menos uma sala ou sessão legendada no máximo de regiões possíveis. Se a coisa continuar assim, aí eu acredito que o cinema vai morrer como entretenimento. Ou, pelo menos, para mim vai morrer, pois deixarei de ir ao cinema.
5. A qualidade da nossa dublagem e as legendas nacionais – Eu admiro a boa dublagem nacional, acho fundamental que todo DVD ou Blue Ray tenha dublagem brasileira, que a dublagem seja a regra na TV aberta, porém, quero uma dublagem de qualidade. É triste assistir animes e a maioria dos filmes com som em português, são sempre as mesmas vozes, as mesmas atuações (*ou o cara interpreta ele mesmo, ou não interpreta*)... Há honrosas exceções, mas são isso, exceções! Eu que vi a época da dublagem nacional de qualidade sei qeu ficar repetindo que a nossa dublagem ainda é a melhor blá-blá-blá não conta, é preciso fazer direito e não só em filmes top e desenho da Disney. Quando passamos para as legendas temos os erros grosseiros de ortografia e concordância, nomes de países mantidos em língua inglesa (*Algeria e, não, Argélia, Belarus , quando deveria ser Bielorrússia, só para citar alguns exemplos*), traduções grosseiras, falta de pesquisa quando se trata de termos específicos (*peguem os filmes e documentários de guerra para ver*). Enfim, um lixo!
6. A Focus Filmes – Fizemos um esforço enorme para comprar Akira depois do que vimos em Castelo Cagliostro. Isso sem falar em outros materiais lançados por eles. E depois querem reclamar que os fãs brasileiros não compram! Ofereçam qualidade em primeiro lugar, lancem o que o pessoal quer assistir, lancam material curto, e, claro, preços razoáveis.
7. True Blood – Se alguém tivesse me dito que a 2ª temporada seria desse jeito eu não acreditaria. Detonaram o livro 2, idiotizaram a Sookie, obrigaram a Jessica – que tinha até ficado legal – em eterna virgem, tornaram a Tara a coisa mais chata daquela cidadezinha, criaram uma vilã ridícula, promoveram o Jason à herói. Salvou-se alguma coisa? Sim, apesar de mexerem na personalidade do Eric, ver o Alexander Skarsgard ainda é um bom motivo para não chutar True Blood. Aliás, estou lendo finalmente o livro 6, quando tiver algo de consistente, eu comento.
8. A falta de animes shoujo e josei na TV aberta – Alguém tem dúvidas que Nadja tem perfil para ser exibido pela manhã? Alguém acha que Nana colocado em horário favorável não atrairia atenção. Pois é, mas parece que nossos empresários não acham. É uma pena!
9. A distribuição setorizada – Cada vez é mais difícil comprar mangá publicado no Brasil quando não se mora na Grande São Paulo e no Grande Rio. E, por favor, não me venham falar em encomendar por lojas virtuais. A revista tem que chegar na banca perto da sua casa. Se é para se esforçar, pagar mais caro, perde-se o foco, pois o produto deveria ser popular e o menos elitizado possível.
10. Ter escrito muito pouco para a Neo Tokyo – Minha culpa, eu sei. Mas foi um ano péssimo. Tentarei ser mais regular em 2010. Aliás, há resenhas minhas da edição 50, quem quiser arriscar...

Agora que terminei, lembrei que poderia ter comentado outras coisas, como K-ON!, a falta de clássicos do mangá em nossas livrarias, o caso Geisy... Mas já ficou grande demais. Então é isso. Área de comentários está aberta para quem quiser acrescentar mais alguma coisa. Defesas ensandecidas à dublagem nacional não serão publicadas. E, por favor, lembrem-se de votar no melhor shoujo e josei do ano.

quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ranking da Oricon



Saiu o ranking da Oricon e, de novo, o ANN não pode comparar com o da Tohan que está atrasado pela segunda semana consecutiva. Pois bem, fiquei surpresa em ver que Nodame #23 foi derrubado da 8a posição para o 24º lugar, já Chihayafuru sumiu mesmo. De resto, é outra semana muito fraca para os shoujo e josei mangá, Mei-chan mostra algum vigor, mas não entrou no top 10 que tem alguns favoritos entre dez e dez otakus, como K-ON!, Evangelion, Suzumiya Haruhi e os títulos tradicionais como One Piece e XXX Holic. Era pedreira mesmo. Só que é uma pena que tenha terminado o ano assim. ^_^

13. Mei-chan no Shitsuji #11
18. Bokutachi wa Shitteshimatta #8
23. Suki Desu Suzuki-kun!! #6
24. Nodame Cantabile #23

Yuu Watase encerra Sakura Gari



Segundo o Missión Tokyo, Yuu Watase anunciou que Sakura Gari (櫻狩り), seu primeiro yaoi/BL, será encerrado em 2010. O último capítulo da série será publicado na revista Rinka que chega às lojas em 14 de janeiro e terá 86 páginas, fechando os três volumes. O último volume da série sairá em 10 de março. Cada volume tem em média 250 páginas. A autora estava se dedicando à Sakura Gari e seu primeiro shounen, Arata Kangatari (アラタ カンガタリ~革神語~). Agora, com o término de Sakura Gari, ela retomará Fushigi Yuugi Genbu Kaiden (ふしぎ遊戯 玄武開伝) que estava em recesso. Eis aí um bom título que poderia aparecer aqui no Brasil em 2010.

K-ON! ganha mais uma temporada na TV



Eu já tinha comentado aqui no blog que achava que isso iria acontecer… Pois bem, foi anunciada hoje no Japão a segunda temporada de um anime que virou febre entre os otakus japoneses. Segundo o ANN, teremos mais uma temporada de K-ON! para a TV. O anúncio foi feito durante o concerto Let's Go! em Yokohama. Acredito que o anime vá cobrir até a formatura das meninas no colegial, assim, seguindo o padrão Azumanga Daioh! Obviamente, nada foi esclarecido, salvo informações iniciais na página oficial do anime. No mangá, as meninas agora estão quase se formando, então não dá para saber se isso significará o fim da série ou teremos mais.

Qual o melhor shoujo/Josei de 2009?


Pessoal, a pesquisa é rápida, só ficará no ar até 31 de dezembro. Gostaria de saber qual o melhor shoujo/josei lançado no Brasil em 2009 na opinião de vocês. A NewPop, se bem me recordo, não lançou nenhum; Asiteruze eu fiquei na dúvida, mas acho que o primeiro saiu este ano. Se esqueci de algum título, usem os comentários, por favor. Queria comentar o resultado no dia 01 de janeiro de 2010.

Qual o shoujo/josei que você gostaria de ver em 2010?



Aqui, pessoal, é preciso escrever nos comentários. Aceitarei as indicações até o dia 31 de dezembro, depois fecharei os comentários. Queria ouvir a opinião de vocês. Quem sabe os desejos de Ano Novo se realizam? :)

Eu gostaria muito, muito, de ter um clássico em 2010. O Coração de Thomas ou A Rosa de Versalhes ou mesmo Paros no Ken. Eu acho que já passou da hora de publicarem Hanakimi. Queria ver Midnight Secretary e Kimi Wa Pet, além de mais material de Chiho Saito, além de Antique Bakery. Minha preferência vai para Kakan no Madona. Agora, o que eu aposto que virá: Black Bird, Kimi ni Todoke, talvez Nodame Cantabile. Acho que trarão Miki Aihara finalmente e, talvez, um steamy shoujo.

E vocês? Faam suas apostas ou pedidos!

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Nakayoshi comemora 800 edições



Eu fui fazer minhas contas. Se a Nakayoshi tivesse saído mensalmente desde 1954 seriam 672 edições normais, mas a maioria das revistas shoujo já foram semanais e/ou quinzenais, a Nakayoshi, como uma das revistas mais importantes e tradicionais não foi diferente. Só que não sei quando ela passou a sair uma vez por mês. Resumindo, segundo o Comic Natalie, a edição 800 vem conta com a estréia do gaiden ou continuação de Shugo Chara (しゅごキャラ!), além da participação de uma série de mangá-kas que trabalham ou trabalharam na revista (Peach-Pit , Natsumi Andou, Ema Tooyama , Sakyou, Haruka Fukushima , Michiyo Kikuta , Daisy Yamada , Nao Kodaka , Miyuki Etoo , Kogedonbo, Yuriko Abe, Kotori Momoyuki e Nafutaren Mizushima) e cupons para concorrer à brindes especiais. Festa é festa e a Nakayoshi merece.

Revista Flowers homenageia Michiyo Akaishi



Michiyo Akaishi é uma das minhas mangá-kas favoritas e produz shoujo e josei há 30 anos. No momento, ela produz para a revista Flowers o mangá Akatsuki no Aria (暁のARIA) que se passa no início do século XX e fala de uma moça que sonha em se tornar pianista. Segundo o Comic Natalie, a edição de fevereiro da revista Flowers – que acabou de sair no Japão – vem com entrevista especial, e vai sortear imagens exclusivas feitas pela autora. Acredito que o cupom venha na revista e seja sorteio, mas não entendi ao certo. For a isso, há estréias de novos mangás nesta edição, além do encerramento de Otoko no Isshou (娚の一生) de Keiko Nishi, que anuncia que em breve começará uma nova série.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Ranking da Taiyosha


Saiu o ranking da Taiyosha, o último do ano. Não há shoujo ou josei no top 10, mas eu espero que o ranking da Tohan ou da Oricon sejam diferentes. Aliás, é a prova de fogo para Mei-chan. Vai continuar um hit? Acabou a febre? O ranking de shoujo veio com grandes sucessos, mas que são sucessos shoujo e não para uma audiência mais ampla, eu acredito. O mangá shoujo de Evangelion – o mais recente e, acredito, melhor desenhado que o que saiu aqui no Brasil – está entre os dez. Alguns títulos da semana passada permanecem e Vampire Knight sumiu mesmo.

Em josei, Nodame e Chihayafuru dominam, cada um com 4 volumes. Só foi mais fácil traduzir quando só tinha Nodame. Exceções, que ficam da semana passada, Deka Wanko, que eu aposto que vira dorama em breve, e Coverture, da autora de Chihayafuru. Quando voltar da rua – lembrem-se que estou de férias – coloco as capas.

SHOUJO
1. Mei-chan no Shitsuji#11
2. Suki desu Suzuki-kun!! #6
3. Bokutachi wa Shitte Shimatta #8
4. Shitsuji-sama no Okiniiri #7
5. Hyakushou Kizoku #1
6. Honey Hunt #6
7. Shinseiki Evangelion: Gakuen Datenroku #4
8. Piece #3
9. Monochrome Shounenshoujo #2
10. Issho ni Neyou yo #2

JOSEI
1. Nodame Cantabile #23
2. Chihayafuru #7
3. Nodame Cantabile #22
4. Chihayafuru #1
5. Couverture #1
6. Nodame Cantabile #21
7. Chihayafuru #2
8. Deka Wanko #4
9. Chihayafuru #3
10. Nodame Cantabile #20

Ai Yazawa interrompe Nana por tempo indeterminado



Parece que esta not[icia foi um primeiro de abril espanhol (*28/12 - Dia dos Inocentes*), então, não precisa deixar comentário me avisando. Eu já sei, mas caí.
Segundo o Pro Shoujo Spain, a página da Shueisha publicou que Ai Yazawa desenvolveu um quaro sério de depressão e, por isso, Nana será interrompido por tempo indeterminado. Ainda de acordo com a nota, a própria doença tem como um dos fatores o sucesso que o mangá vem fazendo. Estranho que possa parecer, a terapia de Yazawa será a moda e ela vai se dedicar ao próximo Shibuya Girls Collection que ocorrerá em agosto de 2010. A Shueisha se desculpa e pede que os fãs apóiem a mangá-ka em sua próxima empreitada.

Agora uma pergunta de quem nunca se encantou com Nana, mas lê os comentários por aí: o mangá não está caminhando para o final? Volta e meia leio que há muita enrolação nos últimos volumes. Mas, enfim, pelo jeito se sair um volume de Nana em 2010 será muito.

domingo, 27 de dezembro de 2009

Betsucomi comemora 40 anos



O Missión Tokyo publicou uma nota especial falando do início das comemorações dos 40 anos da revista Betsucomi (Bessatsu Shoujo Comic). Teremos um ano inteiro de festividades. A Betsucomi é uma das publicações shoujo que combina tramas mais leves com séries dramáticas de grande qualidade. No entanto, segundo a Deirdre, por decisão editorial, as séries mais adultas (*em discussões e tamas, não em sexo, que fique claro*) foram movidas para a revista Flowers, que para mim reúne o top do top das autoras shoujo. A qualidade da Betsucomi, no entanto, não caiu e ela é a de séries importantes como Bokura ga Ita (僕等がいた) e Black Bird, e publicou Sunadokei (砂时计), publicada aqui no Brasil pela Panini. Para iniciar o ano de festas, as leitoras ganham uma nécessaire de Bokura ga Ita, postais de Ano Novo das principais séries, além da estréia de Koibito wa 16 Sai (恋人は16さい) de Yuu Yoshinaga e dois yomikiri, Yuki・Doki・Suki (ユキ・ドキ・スキ) de Yuka Shibano e Setsuna Teki na Watashitachi no... (刹那的な私達の…) de Touda Yoshimi.

Honey Hunt em Hiato



Segundo o ANN, Miki Aihara anunciou em seu blog que o seu mangá Honey Hunt (ハニーハント) entrará em hiato. Mas não se trata de doença ou férias, pois ela vai inciar nas mesma revista, a Cheese, um novo mangá em janeiro. O nome da nova série é From Five to Nine. Tem gente que quer que eu dê outra chance para Miki Aihara, já tentei ler uns quatro mangás dela e eu tomei quase asco de suas tramas misóginas, mas só de ler a review desse mangá, Honey Hunt, meu estômago revira. Enfim, seis volumes de Honey Hunt foram publicados no Japão até o momento. Seria interessante terminar essa série antes de começar outra, mas vai entender. Miki Aihara é uma das autoras shoujo favoritas da VIZ nos EUA.

Mangá policial estréia na revista You



Eu acho que é uma tendência nos mangás josei, esses dias vi várias estréias de mangás policiais – sejam sérios ou cômicos – fora, claro, os que já estão em andamento. SQ é o nome da série e, se entendi bem o Comic Natalie, ela já teve oneshot. Aautora é a consagrada Kira de Patisserie Mon (パティスリーMON) e Massugu ni Ikou (まっすぐにいこう。). Além da série policial, que é a capa da revista, há outra estréia nesta edição que é o mangá Suki desu! (数寄です!) de Kazumi Yamashita.

Finalmente uma figure da Azusa!



Não sei se já saiu outra figure antes, mas é a primeira que eu vejo da Azusa de K-on! Azusa é a última componente da banda, vem de uma família de músicos e, ao contrário de Yui, toca guitarra de verdade. O Missíon Tokyo publicou a imagem. Há duas versões da Wave, a outra com Azusa hiper-bronzeada não é bonita, eu acho.

Hello Kitty vira dinheiro no Japão



O Japan Trends trouxe uma notinha falando do dinheiro da Hello Kitty. Isso mesmo, a região turística de Asakusa em Tokyo adotou o dinheiro da gatinha da Sanrio em cerca de 500 das suas lojas e nos templos tradicionais. Os turistas podem trocar seu dinheiro “real” pela moeda Hello Kitty que é real, também, pelo menos naquela área de Tokyo. Ah, eu realmente não me importaria em ter algumas dessas moedas na minha coleção, não. :)

Mangá sobre investigações forenses estréia na Be Love



Segundo o Comic Natalie, uma série sobre um professor (*ou professora, ao sei bem*) de medicina forense é a nova estréia da revista Be Love. O nome da série, se eu traduzi bem, é Shikabane Katsushi (屍活師), a autora é Aki Morino. E acredito que a série tem filme para estrear. Não sei se no cinema ou na TV, ou é adaptação de um filme... Meu japonês é indigente, desculpem! Também nesta edição estréia uma série curta com o nome de Atashitachi no Douwa (あたしたちの童話) que parece reunir várias autoras, cada uma com um capítulo. A responsável pela série nesta edição é Hiromi Mashiba. A capa da revista, claro, é do hit Chihayafuru (ちはやふる) de Yuki Suetsugu, e está muito bonita, por sinal.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Pilares da Terra: Atualização do site



Acho que todo mundo que me conhece um pouco sabe o quanto gosto do livro Os Pilares da Terra de Ken Follet. Pois é, o site da minissérie foi atualizado, tem fichas de personagens e tudo mais, só que, ao que parece, mexeram muito na história do livro. Que teriam que mexer, era óbvio, afinal, são mais de mil páginas e cinqüenta ou mais anos de história, mas só que alteraram coisas importantes, como idade das personagens e fatos relevantes.

Pelo que vi, vão mostrar mais da corte do que o livro mostra. Inclusive incluindo Henrique I, rei que nem aparece no livro, e alteraram a idade do casamento de William, o vilão do livro. Desculpem possíveis spoilers, mas eu tenho que comentar! Ora bolas, o cara era obcecado por Aliena, a protagonsita, ele foi descartado por ela e se vingou de forma cruel, mas permaneceu solteiro por muitos anos. William só se casou com 45 anos, se não me engano, com uma moça de 14. E a mãe dele arrumou o casamento exatamente porque a menina era parecida com Aliena. E ele aceitou por causa disso. Só que vão colocá-lo para casar aos 24 anos - idade em que Aliena o rejeitou (*não estou aqui com o livro para confirmar*) - e a moça tem 10 anos. Vão mostrar o estupro? aliás, vão mostrar algum estupro? E mais, a moça é loira, Aliena é morena! Também colocaram uma atriz tão mais velha para fazer a Martha e, no caso dela, mantiveram a idade correta...

Enfim, eu quero ver, mas começo a desconfiar que pode ser uma decepção como foi com a série de 2005 dos Reis Malditos. Eu realmente acredito que o Matthew Macfadyen pode ser um grande 'Prior Philip', mas sei lá... Para quem se interessar, há uma grande galeria na página do autor.

Butlers invadem a revista Asuka



A revista shoujo Asuka para mim é uma incógnita. Ela vende pouco, mas das suas páginas saem muitos animes de sucesso, ou animes de sucesso vão parar nas suas páginas. Seu recorte de fantasia atrai o público masculino, mas efetivamente isso não repercute nas vendagens gerais da publicação. Enfim, mas vamos ao que o Comic Natalie publicou sobre a nova edição. Dois animes derivados de mangás da Asuka estão para estrear no Japão, um é Shinrei Tantei Yakumo (心霊探偵八雲) e o outro é Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru (裏切りは僕の名前を知っている), que estréia primeiro e tem um recorte shounen-ai. A edição atual da Asuka traz informação sobre a produção de ambas as séries.

Além disso, a edição de fevereiro (*que saiu AGORA em dezembro*) traz em destaque o novo mangá Kage Shitsuji Mark no Techigai (影執事マルクの手違い) que fala de butlers (*mordomos/ shitsuji*) assassinos. Nem preciso dizer que mordomos vendem e que assim como as maids agradam o publico no Japão, e duvido que sejam somente as garotas. A arte do mangá ficará à cargo de COMTA. E eu não sei se isso é pseudônimo de mangá-ka ou de grupo de mangá-kas. A série tem como origem ligh novels. Pela capa da revista, acho que o material tem alguma sugestão homoerótica.

Ranking do New York Times



Saiu o ranking do New York Times com os mangás mais vendidos nos EUA esta semana. Vapire Knight caiu uma posição somente e permanece como o shoujo mais endido dos Estados Unidos. O outro shoujo do ranking, mas já se despedindo, é D.N.Angel. Agora, se VK começar a despencar nas vendas no Japão, como foi com o último volume, a série deve entrar em sua reta final.

1. Naruto #46
2. Bleach #29
3. Vampire Knight #8
4. Maximum Ride #2
5. Maximum Ride #1
6. Death Note: L, change the WorLd (Novel)
7. Fullmetal Alchemist #21
8. Soul Eater #1
9. Yotsuba&! #7
10. D.N.Angel #13

Yuriko Nishiyama estréia na revista Kiss



Já tinha comentado que a mangá-ka Yuriko Nishiyama, de Harlem Beat (ハーレムビート), iria estrear seu primeiro mangá para o público feminino na revista Kiss. O nome do mangá é Keishichou Tokushu SP-ban QB Karin (警視庁 特殊SP班 QBかりん), mas já recebeu o apelido de Kunzubatora. Acho que o título busca homenagear e/ou brincar com o mangá Kochikame (こち亀). Segundo o Comic Natalie, trata-se de um mangá sobre um esquadrão especial de polícia formado por Ikemen (*rapazes bonito, e acho que um deles está na capa*) e uma agente, Karin, que é transferida para lá. Vamos aguardar maiores detalhes. Com o final de Nodame Cantabile, outra estréia anunciada é a da mangá-ka Tsubana, que até então tinha publicado, se entendi bem, na revista seinen Comic Ryu. O novo mangá estréia em abril, ao que parece, e tem como nome Dai Joshi Kai Houkou (第七女子会彷徨). É interessante que a Kodansha está indo buscar autoras em revista seinen e shounen e, não, “promovendo” autoras das revistas shoujo para uma publicação josei.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal!



Hoja comemora-se o Natal. Para os cristãos é ou deveria ser o momento de lembrar do nascimento de Jesus. Ainda que, pelo menos eu acredite, que Natal é todo dia, pois Cristo deve sempre nascer e renascer em nossos corações.

Para muitos, é a festa da família, quando parentes e reúnem, comem juntos, trocam presentes. É momento de perdoar, de reencontors, mas, também, um dia de sofrimento para aqueles que são ou estão solitários.

Para outros, infelizmente, é a festa do consumo. Muitas crianças, aliás, nem sabem o motivo da data, que a festa tem uma origem religiosa, pois os pais e a mídia só falam e ensinam que é momento de comprar, comprar, comprar.

Independente do tipo de Natal que você tenha, desejo que seja uma noite de paz e reflexão. Deixo então um dos meus hinos favoritos - para quem não sabe, eu sou cristão - em uma das minhas vozes favoritas.

Feliz Natal!

Comentando Black Bird #2



Depois de ter lido o segundo volume de Black Bird (ブラックバード), acho que começo a entender o sucesso da série. É inegável que se trata um amontoado de clichês, mas eis que poucas séries de grande sucesso não são, o importante, aliás, na minha opinião é como você consegue arrumar os ingredientes, não que lês sejam sempre originais. Afinal, quem comeu um bolo de chocolate não pode dizer que são todos iguais, apesar de ser bolo de chocolate. Dito isso, eu não daria 54º Shogakukan Award para a série, mas estou longe de achar que Black Bird não é um bom entretenimento, e é isso que um mangá precisa ser em primeiro lugar. Se os fãs de shounen toleram seus Narutos, porque no universo dos shoujo mangá não podemos ter um Black Bird lá uma vez ou outra? Leia a resenha do volume #1 antes de prosseguir.

O volume #2 começa apresentando o que poderia ser o início de um harém, há até analogias com host club (*talvez referência direta à Ouran mesmo*), já que Kyo recebe a visita de seus vassalos os outros Dai Tengu (Grandes Tengus, youkais alados) que vem lhe prestar reverência e conhecer sua noiva. Ficamos então sabendo que um deles não apareceu e que é exatamente o irmão mais velho de Kyo.

Sho, deveria ser o chefe do clã, mas foi derrotado pelo caçula que deseja se casar com Misao, a humana capaz de potencializar o poder de qualquer youkai. Kyo a ama, nenhuma leitora deve ter dúvidas disso, mas como a menina teve suas memórias parcialmente apagadas, ela não se lembra da infância dos dois e não tem certeza do amor do rapaz que por vezes parece grosseiro e atirado demais.

Como Kyo é um pervertido – esse é o ingrediente “século XXI” da trama, pelo menos em um shoujo mangá – Misao não sabe se o que o move é somente luxúria e sede pelo poder, ou se é realmente amada por ele. Daí, nada de sexo, e apesar do clima do mangá ser bem “hot”, não há nada de pornográfico. Kyo também não há força, ainda que seja insistente demais, e sabemos bem que poderia fazê-lo.

Na verdade, o rapaz é um sujeito de bom coração, líder nato, bonitão e tudo mais, só que mete os pés pelas mãos, já que é um adolescente, também, e acaba assustando Misao. Já a menina é a típica “garota normal” de mangá shoujo: virgem, insegura, um pouco desastrada, só que com um monte de youkais querendo estuprá-la/beber seu sangue/comê-la. Esse é outro elemento novo que a meu ver pode entravar o mangá mais cedo ou mais tarde. Afinal, como disse na resenha do volume #1, bastaria violentá-la ou matá-la e a trama viria por terra.

Enfim, os dois protagonistas são bem clichê, na verdade (*e eu aposto que assim como Tsukasa de Hana Yori Dango, Kyo também é vigem*), mas não desagradáveis. Na verdade, eu não sou muito fã de personagens como Misao, mas ela não é chatinha, então, posso suportá-la e até ter simpatia por ela. Só que se os dois fizerem sexo, é game over, acaba o mangá, pois Kyo ficará com todos os poderes. Então, me parece que a questão da memória da moça desempenhará um papel crucial para aproximá-los, assim como acredito que a autora apresentou o grande vilão da série, se é que existe um vilão, neste segundo volume.

E é isso que Sho é. O rapaz parece o oposto de Kyo: gentil, paciente, nada ameaçador ,sexualmente falando, e pronto a ajudar Misao aparentemente a troco de nada. Só que isso é somente uma fachada, ele, na verdade, é cruel e deseja a moça para si como forma de se vingar duplamente do irmão, conseguindo de volta a liderança do clã que lhe foi roubada e torturando e matando a mulher que ele ama. É um cara capaz de massacrar criancinhas indefesas e, em um determinado momento, captura Misao e diz para um Kyo ferido que vai estuprá-la, matá-la e devorá-la em sua frente. É uma cena de grande tensão. E, levando-se em conta que a autora é uma novata, ela está indo muito bem.

Para terminar, ainda não acredito que a série tenha material para render mais de 5 volumes, mas eis que ela já está chegando nos 10. Também, queria que tivéssemos menos Misaos e mais Tusukushis nos shoujo mangá, mas parece que a primeira é muito mais aceitável para os editores ou para os leitores, vai entender? Afinal, Hanadan é o shoujo de maior vendagens da história (*acho*). Mas vou continuar apostando em Black Bird. É divertido, leio com uma rapidez incrível, e gosto do andamento da história. Ah, e é uma das minhas apostas no Brasil em 2010. Podem anotar. Obviamente, Black Bird é diversão rápida e será esquecido daqui alguns anos, pois, definitivamente, não é uma obra notável. Mas, quem sabe é uma boa estréia de uma autora promissora.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Ranking da Tohan



O ranking da Tohan saiu com um pouco de atraso. Supresa é ver dois josei entre os 10. Chihayafuru tem tudo para ocupar o espaço de Nodame como o josei de maior vendagem do Japão e, também, de maior popularidade. Está confirmado, aliás, a queda vertigionasa de Vampire Knight.

1. One Piece #56
2. Air Gear #27
3. Hajime no Ipo #90
4. K-On! #3
5. Kekkaishi #27
6. Nodame Cantabile #23
7. Chihayafuru #7
8. GTO Shonan 14 Days #2
9. Kaiouki #42
10. Shijou Saikyou no Deshi Kenichi #36

Ranking do Oricon



Ontem o ANN publicou o ranking da Oricon. Como o ranking da Tohan não tinha saído ainda, vocês podem ver que eles não colocaram Oricon e Tohan. Acho que eles comparam os dois, mas às vezes eles são diferentes, como nesta semana em que Chihayafuru aparece entre os dez da Tohan. Então não sei mesmo o que fazem. De qualquer forma, foi uma semana pobre e efetivamente Vampire Knight foi chutado do top 30. Queda muito, muito rápida. Quem permanece é Nodame Cantabile, então acertei uma pelo menos. Chihayafuru aparece longe dos dez, e Papillon, da autora de Peach Girl, permanece entre os 30. O resto é novidade. Shitsuji-sama no Okiniiri é mangá de maids e butlers e Monokuro Shōnen Shōjo acho que vai ma mesma linha, mas com um recorte fantástico.

8. Nodame Cantabile #23
14. Shitsuji-sama no Okiniiri #7
15. Chihayafuru #7
23. Papillon - Hana to Chō #8
29. Monokuro Shōnen Shōjo #2

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Cross-dressers são OK, desde que sejam bonitos



Este é o título de um pequeno atigo do site da CNN sobre travestismo no Japão. O autor pontua que nunca se vestir de mulher esteve tão em alta no arquipélago e que é possível encontrar desde guias de como se tornar uma garota bonita até um número crescente de maid cafés especializados. O autor ressalta que a cultura tradicional japonesa sempre flertou com o travestismo, e o exemplo mais vidente são os ona-gatas - atores do Kabuki escializados em interpretar papéis femininos e que viviam como mulheres durante todos os momentos de sua vida. A isso eu acrescentaria que a própria idéia de belo no Japão está ligado a atributos que em no Ocidente estariam ligados ao feminino mas que se no Japão estão presentes em um homem a coisa não compromete em nada. O articulista dá inclusive o endereço de um blog que retrata rapazes e homens que se vestem de mulher... desde sejam bonitos, claro.

E isso me faz lembrar de um episódio de Bob Esponja em que alguém diz que ele está parecendo uma menina e a persnagem responde "Pelo menos estou parecendo uma menina bonita?" se sentindo o máximo. Só que de novo é aquilo, só vale se for bonito. Mulheres, mesmo quando são homens, precisam ser bonitas para serem aceitas, pelo jeito.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Saindo de Férias



Pessoal, daqui a pouco estarei viajando para o Rio, o avião está previsto para 17:50. Então, não se espantem se o blog ficar um pouco mais lento. Não sei se terei a internet o tempo todo, se vou ficar no computador... Enfim, essas coisas. Farei o possível para atualizar o blog com freqüência e mandar notícias. Pretendo gravar o último podcast do ano por lá. Já deveria ter gravado, mas não deu.

É isso!

Público de Filmes Brasileiros Cresce 80%



Precisava postar essa notinha da Folha de São Paulo:
Segundo relatório parcial do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Rio, o público geral dos cinemas cresceu 25% em relação a 2008, prevendo terminar o ano entre 109 milhões e 111 milhões de pessoas. Os filmes nacionais tiveram até agora público de 15,7 milhões contra 8,8 milhões em 2008, um aumento de cerca de 80% e que representa 15% do público total.
Não era essa a imagem... Mas vai ficar. :) Bonitinha, não é?

A Princesa e o Sapo despenca nas bilheterias americanas



A informação está no site especializado Planeta Disney. Depois de uma estréia auspiciosa (*gosto dessa palavra*), o novo anime 2D da Disney só conseguiu fazer 45 milhões de dólares em 10 dias. Mesmo que compense no resto do mundo, é preciso lembrar que para a contabilidade, a bilheteria de casa é sempre mais importante. Enfim,como gosto de animação 2D queria que fosse um sucesso. Mas vamos lá, qual seria o motivo da queda? Possibilidades:

1. Concorrência pesada do final de ano.
2. Rejeição a um desenho 2D.
3. Rejeição a uma "princesa" negra (*ainda que a história seja sobre um casal de sapinhos, como eu escrevi*)
4. Rejeição ao patriarcal conceito de "princesa". (*otimismo feminista de fim de ano*)

De qualquer forma, é uma grande pena. O desenho é simpático e bem feito e merecia mais. Se for mal das pernas, Tiana vai ter o mesmo fim de Pocahontas e não vai aparecer nos produtos Princesa da Disney... Bem, acho que vai, afinal, há a questão das cotas pesando e um presidente negro na Casa Branca, com filhas negras que estão na idade de consumir esses produtos. Acho que a pior sorte ainda é a dos indígenas.

Yuki Yoshihara nos Estados Unidos



Não sei como deixei passar a informação... Mas, enfim, vi que o Manga Blog listou Butterfly, Flowers (Chou yo Hana yo - 蝶よ花よ) como o segundo melhor josei do ano nos EUA e tomei um susto. (*Só para constar, o primeiro foi Ōoku, claro*). Eu gosto da Yuki Yoshihara e quase comprei a Best Selection dela quando estive em São Paulo. Ela tem bom humor, desenha bem, faz histórias picantes (*sim, tem erotismo, sexo e piadas infames, às vezes*) para mulheres adultas com personagens adultas. Mas como sai na Petit Comics é aquela coisa, não é josei, é shoujo. Mas já cansei d ecolcoar aqui que a Petit Comics deveria ser catalogada como josei, porque 90% das protagonistas de suas histórias são mulheres adultas jovens e, não, adolescentes. Caso deste mangá aqui. Aliás, este eu não li. Já está na minha lista de encomendas para fazer na Cultura.

Enfim, torço para que dê certo, porque um mangá da Yoshihara que eu adoraria ver saindo nos EUA (*ou aqui, sei lá*) é Darling wa Namamono ni Tsuki (ダーリンは生(なま)モノにつき), aliás, é o primeiro mangá da autora que eu li. espero que encontre seu nicho nos EUA, pois, se não me engano, é o primeiro mangá shoujo/josei desse tipo a sair por lá.

Filiada ao Submarino



Esta semana o Anderson perguntou se o Shoujo Café era filiado ao Submarino, pois ele pretendia comprar lá e clicaria daqui. Bem, eu não estava filiada, nem tinha ido investigar como isso era feito, embora sempre veja as banners nos blogs e sites por aí. Pois bem, fui lé, fiz o cadastro e ele foi aceito. Aqui no blog já até fiz post sobre promoções do Submarino, lembram (*1 - 2*)? Só que era de graça, por serem boas promoções mesmo. (*Aliás, já falei até mal do Submarino. Antes de falar bem, diga-se de passagem.*) Agora, coloquei os botões.

Não ficou bonito, ainda não é o ideal. Queria algo que tivesse a ver com o blog, daí a opção por livros e DVDs, mas que não fosse agressivo ou aquelas propagandas de coleções específicas. Com o tempo vou mexendo. Mas fica aí o pedido, se for comprar no Submarino livros ou DVDs e clicar daqui eu agradeço. O blog é hobbie, mas se puder ganahr algum dinheiro é legal, também. No mais, quero poder dar prêmios e fazer sorteios e, para isso, preciso de capital. Se chegarmos aos 500 seguidores, bem que eu gostaria de sortear alguma coisa, ainda que não fosse nada do Submarino, já que o acervo de mangás deles é restrito. Mas é isso.

Os doramas do ano para os japoneses



O Oricon perguntou para 1000 homens e mulheres entre 10 e 49 anos Qual o melhor dorama do ano? e Qual dorama eles gostariam de ver como movie?. Peguei a tradução do site Tokyograph. Mei-chan no Shitsuji (メイちゃんの執事) só aparece na lista dos adolescentes entre o 5 mais votados, mas é, se não me engano, o único derivado de shoujo mangá a aparecer. O sucesso do dorama foi tão grande que alavancou as vendas do mangá como um todo. Não me surpreenderia se saísse mais alguma coisa, seja movie, segunda temporada do dorama ou mesmo anime.

Qual o melhor dorama do ano?
1. Kyumei Byoto 24 Ji
2. JIN
3. BOSS
4. Buzzer Beat
5. MR.BRAIN
6. Tokyo DOGS
7. Mei-chan no Shitsuji
8. Ninkyo Helper
9. The Quiz Show Voice

Qual dorama eles gostariam de ver como movie?
1. BOSS
2. JIN
3. MR.BRAIN
4. Kyumei Byoto 24 Ji
5. Aibou Season 8
6. Tokyo DOGS
7. LIAR GAME Season 2
8. Buzzer Beat
9. Voice
10. Tokumei Kakarichou Tadano Hitoshi

Flower of Life: mangá que ensina a fazer mangá



Queria postar uma resenha dos dois volumes finais de Flower of Life (フラワー・オブ・ライフ) de Fumi Yoshinaga antes de sair de férias. Terminei de ler o mangá semana passada depois de deixá-lo um tempo na geladeira, mas precisava assentar umas idéias. Enfim, Yoshinaga de novo me surpreendeu, e eu entendo as reações ao último volume nas resenhas do Amazon. Mas vamos lá, um resuminho para quem não quiser ler a resenha dos volumes 1 e 2.

Flower of Life acompanha o dia-a-dia de três colegiais: Harutaro Hanazono, o protagonista, sobreviveu à leucemia e perdeu um ano de estudos, mas encara a vida sempre pelo lado positivo; Kai Majima é um otaku hardcore, egoísta e insensível; e Shota Mikuni é um garoto tímido, gordinho e inseguro. Os três têm uma coisa em comum, sua paixão pelo mangá. No segundo volume aparece uma quarta apaixonada por mangá, Sumiko Takeda, que cria shoujo mangá ao estilo anos 70. Majima a chantageia para que ela crie um mangá para o Comiket, só que ele deseja que seja um yaoi – porque é o que vende – mas a garota não consegue. fazer Enquanto isso, Mikuni e Harutaro se unem para criar seu próprio mangá e começam a imaginar se conseguirão atingir o sucesso.

Flower of Life é uma história “coming of age”, por assim dizer, fala de como um grupo de adolescentes, os três protagonistas e seus colegas, chegam à maturidade, superando desafios diversos e por vezes dolorosos, e alguns meninos sofrem mais do que outros, claro. O mangá fala de amizade, e a apresenta como superior a qualquer elo amoroso, tanto que os romances são secundários e ficam restritos normalmente aos personagens coadjuvantes. Parece ser essa uma das mensagens que a autora deseja passar: os amores passam, mas os verdadeiros amigos ficam.

Talvez o que inquiete no mangá, especialmente sendo uma série tão curta, é a falta de um roteiro coeso, ou melhor, de um direcionamento. Yoshinaga não se importa, por exemplo, de parar a história dos protagonistas para falar de alguma personagem coadjuvante menor, aquele colega que estuda na sua sala e você nem se dá conta. Só que ao fazer essa mudança de foco, ela termina por fechar o mangá sem nos dar respostas... Eu queria mais um volume pelo menos para amarrar algumas questões, especialmente referentes à Harutaro e Majima.

No fim do volume #4, Mikuni e Takeda estão muito bem resolvidos. O menino supera a timidez e ganha confiança, aprende a aceitar as criticas ao seu trabalho e mesmo não conseguindo ficar em primeiro lugar em um concurso de jovens talentos, acredita que pode se tornar um mangá-ka. Como falei, é um mangá que ensina a fazer mangá. No volume #4, inclusive aprendemos qual a função de um editor e como ele pode ser um agente positivo ou um destruidor. Yoshinaga ensina também que é preciso escrever sobre o que se conhece, especialmente quando se fala de pessoas. Mikuni cria uma personagem de 20 e poucos anos, uma moça misteriosa, que ele acha que é “a personagem”, só que ele não sabe o que é ter vinte anos, e, especialmente, o que é ser uma moça de vinte anos.

O editor que avalia novatos no Comiket detona o trabalho dele e elogia somente a arte do mangá que é de Harutaro. Ele se revolta e é Takeda, a garota que faz shoujo, que consegue explicar ao rapaz o que o editor viu de errado e que a persoangem que ele amava tanto, na verdade, carecia de consistência. Ele refaz o roteiro e submete novamente, e o editor, que também tinha repensado seus métodos truculentos, já que estava sendo superado por concorrentes que acabavam ficando com ótimos candidatos que ele destroçara, decide tratar melhor os meninos. Daí, Yoshinaga nos mostra como trabalha uma equipe de produção, editor, roteirista, e editor.

Já Takeda, no volume #3 consegue fazer amigas. É o mangá, que vira peça no colégio, que a aproxima de outras garotas já no volume #2. No #3, as garotas decidem se entrosar com ela e a chamam para sair. E ela não deixa de ser tímida, nem se torna consumista como as colegas, mas passa a interagir mais, se divertir mais. É interessante ver como ela sai do casulo. E, como eu falei, não se fala em romance, ou pelo menos Takeda está mais interessada em fazer mangá. Aliás, ela observa as colegas para conseguir material para compor suas personagens. Eu tenho grandes dúvidas se Takeda não é a própria Yoshinaga, uma personagem autobiográfica mesmo.

Agora falando de Majima, no volume #3 ele se envolve com a professora de japonês, Shigeru, aquela que parece um otokoyaku do Teatro Takarazuka. Shigeru, a professora, tinha um caso com um colega casado que tinha sido seu professor. Esse romance sem futuro parece só lhe causar sofrimento e Majima acaba aparecendo como uma tábua de salvação. E ela revive, de uma certa forma, a sua própria história. Já o rapaz, parece interessado nela porque ela é uma tsundere, ou ele assim a vê. Fora isso, a professora paga as contas, ou seja, ele come de graça e ainda faz sexo! É engraçadíssimo ver Majima saltitando pelo corredor e imaginando o jantar maravilhoso que ela vai pagar para ele em 25 de dezembro e que ele vai deixar de tomar café e almoçar para comer mais!

Enfim, só que o pobre Majima acaba se apaixonando de verdade, e Shigeru acaba voltando para o antigo amante no volume #4, pois ele finalmente se separou da esposa (*ou melhor, ela o chutou ao descobrir as trições*). E Majima que achava que estava no comando da situação percebe que ele é somente um adolescente, o elo mais fraco da corrente emocional, que é humano enfim, e pensa em fazer um Columbine na escola. Mas vejam bem, tudo é muito trágico e, ao mesmo tempo, tudo é muito cômico. Como Yoshinaga consegue eu não sei, mas ela consegue.

E chegamos ao protagonista de fato, Harutaro. É com ele que Yoshinaga é mais cruel e isso faz com que o mangá termine com um tom muito depressivo. E isso contradiz tudo o tom da série que, no geral, era divertida e para cima. A coisa é tão triste que quando descobri no volume #4 de aonde vinha o título da série eu quase chorei “E eles morreram na flor da idade”, em inglês “flower of life”. Enfim, Harutaro descobre no volume #4 que não está curado de verdade, que somente poderá ter certeza em cinco anos, pois há uma chance de 1/9 de que ele volte a desenvolver a doença.

Olha só, 10% de chance para mim é uma boa média. Aliás, quantas chances eu tenho de morrer? Só que por conta disso, o mundo do garoto desaba. A família toda entra em crise, pois estava escondendo dele. Ele começa a achar que não estará vivo no próximo ano para submeter um novo mangá para o concurso e não quer falar nada para Mikuni. É hiper-dramático, mas é comovente... Mas por que fazer isso logo no final? Por que não fazer um volume #5 com Harutaro curado de verdade? Deixar a vida dele em suspenso foi muito chato. E não acho que passou nenhuma lição de fato, entendem?

Mas já ficou longo, vamos terminar. Flower of Life não é o melhor mangá de Fumi Yoshinaga, Antique Bakery é superior e tem o mesmo número de volumes. Não é por isso que eu não vou dizer que é um bom mangá, que principalmente é um mangá que ensina a fazer mangá e de uma forma muito didática e divertida. Além disso, mostra como funciona o mercado de mangá japonês e a garimpagem de novos talentos.

Fora isso, é um mangá de momentos, alguns capítulso são magníficos, outros são simpáticos, nenhum é ruim. Não gostei do final de Majima e Harutaro, fiquei com muita raiva de Shigeru, adorei Mikuni e Takeda, fora o elenco de apoio excelente. Acho que Flower of Life poderia, sim, sair aqui no Brasil, mas só depois de Antique Bakery. E torço para que Yoshinaga um dia faça um volume #5 mostrando Harutaro curado, talvez fazendo mangá junto com Mikuni. Takeda como uma mangá-ka de sucesso. E Majima... Difícil imaginar o que Majima poderá ser. ^_^

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Shakespeare já está na Big Comics



Seven Shakespeares (7-nin no Shekespeare - 7人のシェイクスピア), novo mangá do autor de Beck (ベック), Harold Sakuishi, já está na Big Comics Spirit. Acho que eu errei na sinopse que coloquei em um post anterior. Não se trata de peças de Shakespeare em mangá, mas de uma história que acompanha o autor (*me lembrou a premissa de Shakespeare Apaixonado*) e como montou sete de suas peças mais importantes. Segundo o Comic Natalie é uma trama histórica com romance, drama e intrigas. Um... Parece realmente interessante.

Ranking da Taiyosha



Nenhum shoujo ou josei no top 10 geral e eu realmente quero ver o ranking da Oricon desta semana para confirmar umas coisas. Primeira pergunta: onde está Vampire Knight? Como a série pode ter sido empurrada para fora do top 10 de shoujo mangá da Taiyosha? Não que eu seja fã da série, mas eu acho muito, muito estranho, o volume #11 ter despencado tanto. Dito isso, salvo por alguns títulos da Wings, como Hyakushou Kizoku e Tableau Gate (*acho*), e os últimos volumes de Papillon e Hockey Club, foi a invasão dos títulos da Hana to Yume. Vou ser franca, conheço somente Seiyuu Ka-!, e ele está em um modesto 10º lugar, acho que saiu no finalzinho da semana. Olhando os reviews no Mangaupdates, vi que o primeiro colocado é mangá de maids e butlers, algo que está na moda também no shoujo mangá, vide Kaichou Wa Maid-sama, que vai virar anime, e Mei-chan, que duvido que não vire anime. Legal é ver a continuação de um clássico, Akuma no Hanayoume dando as caras no top 10. Mas, como eu disse, esse ranking está muito estranho sem Vampire Knight.

Em josei é aquele passeio. Poderia ser tão fácil de traduzir assim toda a semana. Sem Harlequin, e com a dominância de Chihayafuru e Nodame é uma festa. :) Quem furou o bloqueio merece destaque. Tenjou no Niji é um mangá da veterana, e responsável (*peguem qualquer livro*) pelo início da entrada maciça de mulheres quadrinistas no mercado japonês, Machiko Satonaka. É a segunda semana no ranking. Denka Wanko é o novo mangá da autora de Gokusen, Kozueko Morimoto, e é de novo uma série de humor, desta vez, ao invés de uma professora, temos uma policial com um estranho gosto para a moda. Honya no Mori no Akari é sobre uma livraria – talvez mágica, não achei muita informação, já que o pessoal raramente se interessa em traduzir josei – onde trabalha um rapaz de óculos, aparentemente comum, mas que parece deslumbrar quem entra na pequena loja. Mangá sobre um livreiro encantador ou encantado, ao que parece. :)

SHOUJO
1. Shitsuji-sama no Okiniiri #7
2. Hyakushou Kizoku #1
3. Monochrome Shounenshoujo #2
4. Papillon - Hana to Chou #8
5. Issho ni Neyou yo #2
6. Gokuraku Seishun Hockey Club #14
7. Tableau Gate #5
8. Ningyou Kyuutei Gakudan #3
9. Akuma no Hanayome: Saishuushou #2
10. Seiyuu Ka-! #1

JOSEI
1. Nodame Cantabile #23
2. Chihayafuru #7
3. Couverture #1
4. Nodame Cantabile #22
5. Honya no Mori no Akari #6
6. Deka Wanko #4
7. Tenjou no Niji #21
8. Chihayafuru #1
9. Chihayafuru #3
10. Chihayafuru #6

domingo, 20 de dezembro de 2009

Nodame ganha grande exposição no mês dos namorados



Segundo o Comic Natalie, Nodame Cantabile (のだめカンタービレ ) , série de Tomoko Ninomiya, ganhará uma grande exposição em Kobem em fevereiro próximo. O nome do evento é Nodame Cantabile♪World e será curtíssimo, ficando aberto entre 4 e 9 de fevereiro. Serão postas em exposição ilustrações especiais que foram usadas em capas e calendários, ilustrações feitas para o anime e para os filmes, informações sobre as personagens, além de exibições ao vivo de piano durante os dias da exposição às 15 e 17 horas. Como é mês do Dia dos Namorados (Valentine’s Day) serão vendidos chocolates personalizados, fora outras surpresas que o Comic Natalie deixa no ar. Deve ser uma grande festa. Eu adoraria poder ir.

As japonesas preferem os “brutos”?



Eu não vou traduzir, até porque a discussão é grande e continua crescendo, mas achei interessante o post do Japan Probe comentando um artigo do The Times que tinha como título As mulheres japonesas estão ansiosas por namorar com os homens brutais da História (Japanese ladies long for date with brutal men of history). Segundo o autor, Richard Lloyd Parry (*que parece ser odiado por muita gente*), as japonesas parecem preferir homens brutais, violentos, assassinos em massa e tudo mais, homens que povoam a história japonesa, como Masamune Date. O autor do The Times constrói o artigo para mostrar o quão doentias as japonesas parecem ser. Obviamente, ele nunca parou para a analisar a literatura romântica ocidental voltada para as mulheres e o tipo de herói que é vendido em muitos livros. Ou mesmo para os grandes guerreiros da História do Ocidente. Qeur dizer que eles não eram brutais e assassinos em massa, também?

De qualquer forma, a discussão está bem interessante no Japan Probe. Primeiro, porque o autor desceu a lenha no artigo do The Times mostrando que o samurai típico dos doramas é tudo menos o “sanguinário e brutal” Senhor da Guerra, e que muitas vezes a imagem do samurai é construída pelos animes, mangás e games (*a maioria shounen, diga-se de passagem*) que apresentam grandes samurais e outros “sanguinários” (*segundo o The Times*) como bishounens lindos, com a carinha lisinha, coisa que esses homens "do passado" não deveriam ser. A imagem do post veio do Japan Probe e mostra o samurai Masamune Date como é representado em Sengoku Basara. E de qualquer forma, e isso escapou ao autor do Japan Probe, pelas convenções dos romances românticos, uma cicatriz discreta no rosto, um tapa olho, um corpo marcado, não desqualifica o herói, muito pelo contrário. Só nunca vi sujeito sem orelha, sem nariz, sem lábio... essas coisas...

Mas o fato é que o próprio Japan Probe já tinha falado do crescimento do número de fãs mulheres dos samurais do Período Azuchi-Momoyama (1568–1600). Mas como o próprio site pontua, a maioria raramente lê livros de História, se alimenta de cultura pop. E eu diria que a apreciação pelos samurais de mangá, anime, dorama e games vêm de longe, pois boa parte do fandom de Rurouni Kenshi é feminino, e quem sustenta um mangá shoujo de samurai como Kaze Hikaru, que já está batendo nos 30 volumes, são mulheres.

De qualquer forma, o Japan Probe publicou também uma matéria mostrando como algumas mulheres, em um momento de crise econômica e de valores, talvez, idealizam esses homens do passado, contrapondo aos japoneses atuais. Os samurais eram fortes, destemidos, disciplinados, e gostavam de mulheres (*há incontáveis exceções*), enquanto hoje os herbívoros estão em ascensão. E é preciso lembrar que esses Senhores da Guerra, ou pelo menos os mais insensados, eram ricos, assim como todos os príncipes da Disney e os heróis dos romances Harlequin.

Mas lendo os comentários no Japan Probe, é possível ler alguns japoneses/as ponderando o quanto a tal onda dos herbívoros e a das fãs de samurais é uma criação midiática, não correspondendo ao mundo real. De qualquer forma, já postei muita coisa aqui que aponta para esse descompasso entre homens e mulheres japonesas e o quanto isso repercute visivelmente na demografia do país. Os herbívoros podem não ser representativos dentro da população masculina japonesa, mas a queda da natalidade é real e mensurável.

Só para fechar, eu realmente acredito que os samurais que essas mulheres desejam sejam idealizados, mas essas idealizações apontam para alguma coisa, as representações sociais de virilidade, de feminino e masculino. O que é um homem desejável? Ou melhor, como a literatura romântica (*ou os mangás, animes, doramas, etc.*) constrói esse homem ideal? Porque a idéia do Senhor da Guerra bruto, viril, às vezes violento, mesmo, mas honrado e de bom coração (*ou pelo menos justo*) é a coisa mais comum nos romances Harlequin. Só que eles são cavaleiros medievais, vikings, sheiks, legionários romanos, piratas. No Japão, esses livros vendem bastante, tanto que são convertidos para mangá, mas não me espanta que a imaginação feminina seja povoada por samurais.

Como eu disse, são imagens, mas eu acredito que o nosso imaginário diga muito sobre nós mesmos. Nossos desejos e sonhos. E isso não é natural, é construído no social, alimentado de várias formas. No caso da paixão das japonesas pelos samurais, ela gera lucro, produtos, dinheiro em tempo de crise. Só espero que – caso não seja uma criação midiática – ela não produza maior descompasso entre o real e o imaginado. Fora, claro, que reforça a idéia de que as mulheres precisam ser protegidas e sustentadas, que o homem ideal é o provedor, de preferência com armadura. Enfim, a fantasia (ou o humor) que uma sociedade produz pode não dizer tudo sobre ela, mas sempre diz alguma coisa sobre ela.

Mais um mangá de Shugo Chara!



Postei aqui que o mangá de Shugo Chara! (しゅごキャラ!) iria terminar no Japão. Pois é, terminou, mas segundo o ANN, teremos uma série spin-off começando em fevereiro próximo na Nakayoshi, quando a série original termina, também. A nova série se chamara Shugo Chara! Encore! Em suma, a dupla Peach-Pit prosseguirá com o mangá e sabemos que isso significa, provavelmente, novo anime em breve, aliás, há anime da série no ar no Japão. Shugo Chara!, acredito eu, é a mais bem sucedida franquia shoujo de magical girls dos últimos anos.

Primeiro Filme de Nodame já tem data de estréia internacional



O primeiro filme de Nodame Cantabile (のだめカンタービレ ) estreou ontem, 19 de dezembro, no Japão e já tem as primeiras datas de estréia internacional marcadas. Segundo ANN, o Nodame Cantabile Saishū Gakushō (Nodame Cantabile: The Final Movement) estréia em Hong Kong e Macau no dia 4 de março e em Singapura no dia 11 de março. Logo, logo, deve sair a data de estréia coreana. Só duvido que estréie em cinemas pelo mundo alem da Ásia. A segunda parte do filme está prevista para o dia 17 de abril no Japão. Eu realmente espero que o filme caia na rede com legendas o mais rápido possível, afinal, o Brasil não faz parte do circuito. Ah, sim, quanto ao anime de Nodame Cantabile no Animax, não faço idéia de quando será a estréia. Aliás, eu até ficarei surpresa se realmente entrar na grade.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Anatolia Story #27: é hora de dizer adeus...



Quase esqueci que tenho que comentar o volume #27 de Anatolia Story. Comprei e li já faz algum tempo e esqueci de colocar minhas impressões. Acho que sei o motivo, além de considerar um volume morno, se comparado com o #26 especialmente, estou já meio triste que esteja acabando. Aliás, a bem da verdade já acabou, pois a vilã foi derrotada neste volume. O próximo é festa e gaiden.

O volume #27 começa com Nakia solta, com as roupas que Yuuri usava quando foi trazida para o passado, e pronta a enviá-la para qualquer outro lugar simplesmente para tornar a moça e Kail profundamente infelizes. Digo “qualquer lugar”, porque a fonte que a trouxe do Japão para o passado foi destruída, então, não se sabe para onde ela iria, caso Nakia fizesse o feitiço outra vez. Começa então uma corrida para encontrar Nakia e impedi-la de levar adiante a sua vingança. Para piorar a situação, com o casamento real se aproximando, Yuuri deve se submeter a vários rituais de purificação, todos eles ligados à água.

Kail convoca sua meio-irmã sacerdotisa para presidir as cerimônias, entra nas fontes com Yuuri (*e são bem sensuais estes momentos*) e está disposto a usar os seus poderes mágicos (*ele controla o vento*) para impedir a Rainha de agir. Pena a irmã de Kail não ter aparecido mais, ela poderia ter rendido ótimas passagens; quanto aos poderes de Kail, eles são um problema, pois ele só os usa tão esporadicamente que efetivamente melhor seria se não tivesse. E é preciso que a situação esteja realmente feia para que ele use algo que poderia tornar as coisas mais fáceis. Mas vou deixar os problemas de roteiro geral para o volume #28.

Ilbani aparece pouco, o que é sempre uma pena. Rusafa aparece muito mais do que de costume, até porque ele se despede no volume #27. A irmã simpática e escandalosa de Ramssés vem do Egito atrás dele, disposta a casar ou o que o rapaz tivera em mente... Só que ele só tem Yuuri na cabeça e no coração. Juda, filho de Nakia, aparece bastante também e, outro problema, ele continua com a mesma aparência infantil do início do mangá. Pelos meus cálculos, se passaram uns 4 ou 5 anos desde o início. Assim, ele teria 19 ou 20, Shinohara deveria ter tirado dele os “puppy eyes” faz tempo. Mas ele, o irmãozinho de Kail, tem uma participação fundamental no clímax do volume. E é quem derrota Nakia, acredito, ao tirar dela qualquer chance de torná-lo rei.

A despedida de Yuuri e Nakia é uma das cenas que eu adoraria ver animada. Yuuri se curvando diante da rainha derrotada e exilada e agradecendo, merecia trilha sonora e aquela dublagem que somente os japoneses sabem fazer. Mas o #27 foi o único volume a não terminar com um gancho, com aquelas cortadas de Chie Shinohara de tirar o fôlego. Fechar com Kail pedindo Yuuri em casamento, porque no fim das contas ele tinha esquecido de fazer isso (*e o casamento já estava marcado, fora que a união dos dois é coisa consumada desde o volume #14*) não serviu para nos deixar sem fôlego no final.

De resto, ótimos quadros, especialmente os que retratam o drama final de Nakia, sua desilusão, seu rancor, e, por fim, sua decepção com o filho. Faltou o Príncipe das Trevas. Eu queria vê-lo de novo aqui. E Ramssés não volta mais, infelizmente. Ele não suportaria assistir o casamento de Yuuri com Kail. Mês que vem, teremos o último volume do mangá mais longo que eu já colecionei.