segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Samurai Kaasan tem sessão de autógrafos no Japão



Tempos atrás, estava usando uma imagem desse mangá como avatar e alguém me perguntou de onde era. Eu, que tinha pego aleatoriamente no site da Chorus, porque achei que a personagem parecia comigo (*sem óculos*), não sabia dizer o título. o thumbnail ainda está no site da revista. Pois é, o nome do mangá é Samurai Kaasan (サムライカアサン), em português, Mamãe Samurai. Trata-se de uma série 4Koma e a autora é Mina Itaba. Não achei resumo, mas pelo título e pelas poucas imagens, suponho que seja uma série sobre uma mãe japonesa média capaz de fazer tudo pelos filhos ou filho. Enfim, segundo o Comic Natalie, para comemorar o lançamento do sétimo volume, no dia 18 de fevereiro, haverá uma sessão de autógrafos com a autora na Libro Ikeburo no dia 27 do mesmo mês. As 100 primeira pessoas que comprarem o volume sete (*aqui não é certeza*). Queria muito dar uma olhada nesse mangá, o traço parece bem simpático. De repente, vira anime ou dorama.

Yayoi Ogawa ilustra capa de Light Novel



Segundo o Comic Natalie, foi lançado no Japão, no dia 25 de janeiro, uma light novel da autora Rio Shimamoto com capa ilustrada por Yayoi Ogawa. O nome do romance é Clover (クローバー). Ogawa é a autora de Kimi wa Pet (きみはペット), e seu mangá josei Kiss & Never Cry (キス&ネバークライ) terminou recentemente no Japão. No momento, ela só tem uma série em andamento, o mangá shounen Baroque (バロック), que será retomado em fevereiro.

Resultados do SAG – (Screen Actors Guild)



Ontem tivemos a entrega dos prêmios do sindicato dos atores e atrizes dos Estados Unidos. o SAG. É outra das premiações importantes antes do Oscar e que podem (*não quer dizer que vão*) indicar o que podemos esperar da premiação que é considerada por muitos a mais relevante. Eu, realmente, não acho, mas como gosto de cinema, adoro comentar tudo. Vou colocar os vencedores, inclusive de TV, e depois comento cinema:

CINEMA

Melhor Ator: Colin Firth, O Discurso do Rei
Melhor Atriz: Natalie Portman, Cisne Negro
Melhor Ator Coadjuvante: Christian Bale, O Vencedor
Melhor Atriz Coadjuvante: Melissa Leo, O Vencedor
Melhor Elenco: O Discurso do Rei
Melhor Elenco de Dublês: A Origem

TELEVISÃO

Melhor Ator em Filme ou Minissérie: Al Pacino, You Don't Know Jack
Melhor Atriz em Filme ou Minissérie: Claire Danes, Temple Grandin
Melhor Ator em Drama: Steve Buscemi, Boardwalk Empire
Melhor Atriz em Drama: Julianna Marguiles, The Good Wife
Melhor Ator em Comédia: Alec Baldwin, 30 Rock
Melhor Atriz em Comédia: Betty White, Hot in Cleveland
Melhor Elenco em Série Dramática: Boardwalk Empire
Melhor Elenco em Comédia: Modern Family

Tomando pelos resultados até agora, acredito que os vencedores de três categorias principais estão definidas. Colin Firth ficará com melhor ator pelo desempenho este ano e no ano passado, quando perdeu por conta do “fator homossexual” que já cansei de comentar. Christian Bale que, para mim, é somente o sujeito mediano esforçado, deve ganhar, porque pode não emplacar outro papel que lhe garanta uma indicação; ele deve ter se saído bem. E atriz coadjuvante deve ir para O Vencedor, também. Devo assistir a este filme quando estrear. Apesar de ter ficado feliz pela Natalie Portman (*grávida e linda na premiação*), que é uma grande atriz, continuo acreditando que o Oscar não está definido. Anatte Benning levou o Globo de Ouro, é uma grande atriz, mas não é uma Meryl Streep (*que deve ter descansado em 2010, ou teria sido indicada*), então, pode levar pelo mérito e por, talvez, ser a sua última chance. Eu queria ver os vídeos do SAG, pois pelo que li o discurso da Natalie Portman foi muito bonito.

Apesar da vitória do Discurso do Rei (*King’s Speech*) em melhor elenco, e já tinha levado o prêmio do DGA, ainda não acredito que vença o Oscar. Acho que melhor filme e diretor no Oscar podem ser as surpresas e que este ano teremos uma premiação muito fragmentada. E não vou contar com o Bafta (*18 de fevereiro*) como indicativo do Oscar, porque é óbvio que O Discurso do Rei deve ganhar quase tudo, foi indicado em 14 categorias, mas o Bafta é um prêmio inglês. Já TV, eu só conheço mesmo Modern Family, que ganhou com mérito. Acho a série excelente.

(Mais) Capas Japonesas de True Blood



Eu tinha feito um post anterior sobre as capas estilo mangá dos livros de Charlaine Harris no Japão. Ontem, lembrei que outros livros de True Blood (トゥルーブラッド) já deveriam ter saído por lá. Bem, saíram mais três livros da série por lá: Dead to the World, Dead as a Doornail e Definitely Dead. As personagens continuam parecendo muito anoréxicas, Bill em especial, que tem um ar melancólico que lembra os meninos Emo. Sam ficou muito, muito feio! Coisa que ele não é. Eric parece muito jovem na capa do livro 4. Quinn aparece bem lá no fundo na capa do livro 6, que é onde o Bill está em evidência. E Sookie continua bonitinha. Posto somente por curiosidade mesmo. No Brasil, os livros da série estão ainda mais atrasados, já que o último livro que saiu por aqui foi Club Dead com o nome de Clube dos Vampiros. Aqui as capas estão vindo com imagens da série de TV, o que é muito engraçado, já que a Jessica não existe nos livros.
P.S.: O Anderson acabou de me avisar que o livro 4 já tem nome e está saindo no Brasil (*ainda não está no Submarino*) com o (*horrendo*) nome de Procura-se um Vampiro. Vou esperar a capa do seriado, porque quero o Alexander Skarsgård na capa.

Capa da Ribon de One Piece



Na véspera de Natal, fiz um post dizendo que todas as revistas da Shueisha trariam One Piece na capa. Pois bem, a primeira revista shoujo com o mega hit dos mangás é a Ribon. A capa estava no Comic Natalie, onde vocês podem pegar em tamanho maior. As outras capas devem aparecer em breve.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Ranking do New York Times



Saiu o ranking americano desta semana e Full Metal Alchemist, um título muito forte em qualquer lugar do mundo, acho, desalojou Hetalia do topo e, conseqüentemente, empurrou Vampire Knight, o único shoujo do top 10 americano esta semana. É inegável o sucesso da série nos Estados Unidos. Pergunto-me se é somente o fator vampiro ou algo mais. E queria muito saber como andam as vendagens aqui no Brasil... Sim, sim... Não vou saber mesmo! De qualquer forma, Hetalia, FMA, Black Butler, etc. são títulos com forte apelo feminino, também, mesmo sem serem shoujo.

1. Fullmetal Alchemist #24
2. Hetalia - Axis Powers #2
3. Vampire Knight #11
4. Naruto #49
5. Hetalia - Axis Powers #1
6. Black Butler #1
7. Rosario + Vampire season II #3
8. Yotsuba&! #9
9. Bleach #33
10. Black Butler #3

O Discurso do Rei leva o 63º DGA



O DGA - Directors Guild of America Awards - é dado pelos diretores para seus próprios pares. E, claro, é um prêmio de muito peso. Quem levou este ano foi Tom Hooper pelo Discurso do Rei. Bem, já levou Globo de Ouro de melhor ator, agora um prêmio de peso para o diretor, foi indicado para 12 prêmios Oscar e hoje temos o SAG (Screen Actors Guild). Vamos ver o que acontece. Talvez, eu mude minhas apostas até o Oscar... Ah, sim, os indicados do SAG estão aqui. E falando em O Discurso do Rei, minah amiga Sett me avisou que o livro está em pré-venda no Submarino... E com o Colin Firth na capa. ^_^

Comentando Dead in the Family – Parte 1



Eu deveria guardar tudo para o final, mas acho que vale a pena especular um pouquinho, agora que estou chegando na página 100 de um dos mais longos livros da série. Será pouca coisa. Dead and Gone, o livro anterior, foi ótimo. Um dos melhores da série até agora, com uma trama que se manteve firme e forte do início ao fim. Dead in the Family, ao que parece, será um daqueles livros fragmentados, sem uma trama mestra, mas que dará para Charlaine Harris uma grande chance de brilhar no quesito em que ela é mais forte: construção de personagens. Pois é, exatamente por isso abri o post, queria tagarelar.

O livro começa com uma Sookie deprimida e traumatizada como desdobramento da tortura que ela sofre no livro anterior. Eric faz o possível para fazê-la se sentir melhor e conta por que chegou atrasado. Victor Madden, o enviado de Felipe de Castro, o rei de Nevada, o impediu de sair, fingindo ignorar a promessa de Felipe de Castro de proteger Sookie, já que ele salvou sua vida, e o casamento com Eric. Victor é o espinho na carne de Eric, no momento, e, conseqüentemente, de Sookie, e um sujeito sem muito caráter... Ele quer o lugar do Eric, e Sookie, Pam e o vampiro viking estão bem cientes disso; talvez, o sujeito queira mesmo puxar o tapete de Felipe de Castro. Bem, eis algo que eu queria comentar, ou esse sujeito já vai com a vida nos descontos, já que até Sookie já declarou em alto e bom som que ele deve morrer, ou Charlaine Harris está construindo o seu grande vilão. Como ela disse que teríamos 14 volumes nessa saga, eu torço para isso. No entanto, dado o padrão que ela segue até agora, o cara deve rodar. Eu estou gostando da leitura e salvo para dar uma olhada no maker do Eric, não fui bisbilhotar lá na frente.

Enfim, nos dois últimos volumes, algumas coisas que já apareceram no seriado de TV são introduzidas nos livros, como os vampiros “chorarem sangue”. Eric já chorou duas vezes. Bill continua envenenado por prata – resultado da Guerra das Fadas – e só a presença de Sookie é capaz de fazê-lo ficar melhor. Segundo ele, é o sangue de fada. Como ele pode estar de caô para tentar fazê-la ficar com pena dele, melhor esperar, mas pelo que o Pedro me disse, essa história já foi usada no seriado de TV. Que Bill teria maior resistência ao sol, porque bebeu sangue de fada de Sookie. Mas o fato é que Claude, o primo fada de Sookie, e um dos poucos que ficou na Terra depois que o bisavô da protagonista fechou os portais, sugere que a companhia dela lhe faz bem, simplesmente pelo pouco de sangue de fada que ela tem. Se o Claude, que está se tornando mais simpático como fruto da solidão e do sofrimento (*Claudine, sua irmã morreu mesmo*), parece que a coisa procede. Se bem, que há um mistério por trás desses acontecimentos corriqueiros, já que um dos lobisomens do grupo de Alcide avisou que uma fada (*que não era o Claude*) e um vampiro desconhecido andaram pelo quintal da Sookie (*que parece ser beeeeem grande*), e que há um corpo enterrado em algum lugar... E, bem, não é Debbie Pelt. Um...

De resto, a autora já nos apresentou a casa do Eric, colocou excelentes momentos dele com a Sookie, fora o espaço que a Pam tem tido até agora. Gosto muito da Pam. Amelia foi embora, o que é chato, porque ela se tornou uma persoangem muito querida para mim. Só que, tomando o padrão dos livros, ela só deve voltar para visitar. E a situação dos metamorfos e Weres parece estar se complicando, pois o governo quer que eles se registrem como os vampiros... só que eles sempre foram cidadãos como outros quaisquer. Como “família” é o tema desse livro, teremos o sobrinho telepata da Sookie, Hunter, aparecendo daqui a pouco, assim como o maker do Eric, e, provavelmente, mais fadas. E aposto que Sookie deve descobrir algo sobre sua avó, pois Claude se ofereceu para ajudá-la a arrumar o sótão... é esperar para ver. Depois, eu volto para o post final desse livro.
P.S.: A imagem do post veio daqui. Como Sookie vive citando E o Vento Levou quando está com Eric e ele nem sabia que filme/livro era esse, achei que a imagem cabia. Ela veio desse site aqui.

sábado, 29 de janeiro de 2011

"Eu amo minha mãe, mas eu não quero ser igual a ela"



Passando pelo Japan Probe, vi uma notinha sobre um documentário japonês dirigido por Kyoko Gasha, a partir da sua própria experiência e de outras mulheres japonesas que decidiram abandon ar o Japão e ir para Nova York tentar uma carreira. Se entendi bem, o documentário “Mothers’ Way, Daughters’ Choice” (Algo que poderia ser, “O Caminho/Jeito da Mãe, A Escolha da Filha”) questiona os conflitos entre a educação tradicional (*acredito que a press!ao para se conformarem a um modelo*), as barreiras profissionais que as mulheres enfrentam no Japão e como algumas delas decidiram tornar suas vidas únicas. Não porcurei (*a conexão aqui é péssima*), mas talvez esteja completo no Youtube. A apresentação na página oficial do documentário é a seguinte:
Por que mulheres bem sucedidas da segunda potência econômica do mundo escolheriam começar as suas vidas em Nova York? O documentário “Mothers’ Way, Daughters’ Choice” explora como várias mulheres japonesas lutam para reconciliar sua educação tradicional e seu desejo de construir vidas singulares. Para entender essas utas, a diretora, Kyoko Gasha, mostra o quão profundas, poderosas são as influências da cultura japonesa em sua própria vida. Kyoko também desvela histórias de outras mulheres japonesas em Nova York, enrelaçando contos paralelos de culpa, negação, sacrifício e alegir. Esta história é sobre o choque cultural em um nível pessoal.

Nemu Youko estréia nova série e ilustra CD de Natsuko Kondo



Nemu Youko é uma das mangá-kas que volta e meia aparece em notícias no Comic Natalie, infelizmente, aind anão encontrei scanlations de seu material. Não é surpresa, já que ela faz josei e shoujo limítrofes. Enfim, agora, segundo o Comic Natalie, a autora vai estrear uma nova série na revista Flowers, o nome é Toriaezu Chikyuu ga Horobiru Mae ni (とりあえず地球が滅びる前に). Trata-se de uma série sobre um clube feminino de basquete. Olha, eu queria muito ver este material, acho o traço da Nemu Youko excelente e criativo, e a imagem aperitivo ficou ótima. Se entendi bem o Comic Natalie, essa série veio do one-shot da autora chamado Shounen Shoujo (少年少女). Deve ter feito sucesso e virou série. Ainda neste edição da Flowers, há um one-shot de Hagio Moto. Sim, já escrevi antes e repito, a Flowers tem um dos melhores elencos de autoras de shoujo mangá: Hagio Moto, Chiho Saito, Michiyo Akaishi, Chie Shinohara, Yumi Tamura, Taeko Watanabe, etc. Outra notícia relacionada à Nemu Youko é que ela ilustrou a edição limitada do CD da autora Natsuko Kondo, utilizando Momoko, a protagonista do seu mangá mais famoso até hoje, Gozen 3-ji no Muhouchitai (午前3時の無法地帯).


Marimo Ragawa comemora 20 anos de carreira



Marimo Ragawa está celebrando os seus 20 anos de carreira, que começou, acredito com um grande sucesso, Aka-chan to Boku (赤ちゃんと僕). Agora, segundo o Comic Natalie, ela foi homenageada na revista Betsuhana que chegou às lojas no dia 26 de janeiro. A revista trouxe um suplemento do mangá Itsudemo Otenki Kibun (いつでもお天気気分), que recentemente foi retomado pela autora. Além disso, a revista trouxe um Memorial Memo Pad desenhadas pela autora e, se entendi bem, cartões postais de suas séries mais marcantes, como New York New York (ニューヨーク・ニューヨーク), Shanimuni Go (しゃにむにGO), Itsudemo Otenki Kibun (いつでもお天気気分) e Aka-chan to Boku (赤ちゃんと僕). Marimo Ragawa foi recentemente indicada ao 4º Taisho Award pelo seu mangá shounen Mashiro no Oto (ましろのおと).

Antique Bakery ganha box de luxo nos EUA



Segundo o ICV, a Nozomi Entertainment, ligada à Right Stuff, lançará um box de luxo do anime de Antique Bakery (西洋 骨董 洋菓子店, Seiyō Kottō Yōgashiten) no dia 5 de abril nos EUA. O box virá com um booklet com fichas de personagens e outros dados de interesse dos fãs, além de duas entrevistas, uma com os dubladores das quatro protagonistas, e outra com Fumi Yoshinaga, autora do mangá que deu origem ao anime. Já os extras incluem a abertura e o encerramento limpos dos créditos, o vídeo de um evento de lançamento da série, e uma entrevista com Tomomi Kasai, membro do AKB48, e que deu voz a um dos coadjuvantes da série. O preço de pre-venda no Amazon é de U$34.99. Outra série prevista para lançamento é a segunda temporada de Junjou Romantica. Como sai em 3 de maio, ainda não devem ter liberado maiores informações. Olha, é esse tipo de lançamento que me faria muito feliz aqui no Brasil, mas, infelizmente, não temos um mercado de animes que mereça esse nome.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Coletânea de uma das pioneiras do Yaoi é lançada no Japão



Yasuko Sakata é uma mangá-ka muito importante, membro da geração que sucedeu o grupo de mangá-kas que revolucionou o shoujo mangá (*o Grupo de 48*), ela foi responsável, junto com a falecida Akiko Hatsu, por cunhar a sigla YAOI (Yama nashi, ochi nashi, imi nashi – ヤマなし、オチなし、意味なし – "Sem clímax, sem objetivo, sem significado”). Pioneira do gênero, agora , foi lançado no Japão uma coletânea de histórias curtas da autora que foram publicadas principalmente na revista June, a pioneira do sub-gênero yaoi no Japão. As histórias tratam de temas homoeróticos, claro, mas se entendi bem o Comic Natalie, vão do contemporâneo, passando pelos contos de fada, terror, até a ficção científica. O nome do volume é Hedatari (へだたり) Estou me coçando para encomendar na Fonomag. Para quem lê japonês, a lista dos mangás está na página da notícia.

Hakusensha promove exibição para divulgar revista Le Paradis



Segundo o Comic Natalie, a antologia Rakuen Le Paradis da Hakusensha vai promover uma exposição de longa duração em várias livrarias do Japão. O nome do evento é Rakuen wa, Koko Ni Aru. (楽園は、ここにある。) ou “O Paraíso é aqui.”, em português. Se entendi bem (*e tenho grandes dúvidas*) o evento começa no dia 26 de janeiro e teremos um evento especial no dia 28 de fevereiro com o lançamento do volume 5 da revista e a estréia (*acho que é isso*) da nova série da mangá-ka Fuuka Mizutani, acho que a imagem é dela. Só não sei se o mangá se chamará Tetsudou Otome Mangá (鉄道少女漫画), ou é o nome do evento... Mas acho que é o nome do evento e ela vai estar transferindo um mangá shounen, cmado Chuniku Chunika (チュニクチュニカ), para a revista. A imagem é lindinha. Parece que haverá também a estréia de um mangá de Asumiko Nakamura e serão distribuídos cartões postais (*amostras no Comic Natalie*) desenhados por ela. As exposições, com trabalhos das autoras da revista, acontecerão em três livrarias, a Yuurindou (26/01-05/03), na Yodobashi Akiba (31/01-03/06), e na Sanseido (29/01-06/03). Desculpem a tradução capenga... Eu sei que esse post ficou abaixo da média.

Indo ao Cinema no Rio de Janeiro ou para não dizer que nunca falo bem de Brasília...



Enquanto estive aqui no Rio fui ao cinema três vezes. Duas delas pagando preço de meio de semana, foram R$9 por De Pernas para o Ar e R$11,00 por Enrolados. Aqui, não pago meia entrada, porque, ao contrário de Brasília, esse direito é somente para os professores da respectiva rede municipal. Ou seja, Seu Cabral não assegura nem meia entrada para os mal pagos professores da Rede Estadual. Para quê, né? Pirataria está aí mesmo para essas coisas. Na quarta-feira, dia promocional, fui ao cinema com amigos para rever Enrolados. Sim, eu fui ver 3D pelo prazer da companhia e ficamos lá, três adultos idiotas, tentando pegar as lanternas flutuantes. Dane-se o Luciano Huck, o visual e os amigos valiam o prejuízo. Foram R$22, entrada inteira.

A conclusão é, se eu morasse no Rio, iria muito menos ao cinema. Em Brasília, mesmo no fim de semana, sessões antes das 15h é preço de semana, preço promocional de quarta-feira. Meia entrada é R$4,50 ou R$5,00, mesmo no Embracine. Obviamente, eu não vou até o Pier, lá é mais caro, é Lago Sul, ou à Academia de Tênis, mas você pode ir ao cinema e assistir filmes excelentes sem se deslocar muito. Dito isso, além da meia entrada não ser extensiva a todos os professores, os preços das entradas inteiras aqui no Rio são, em média, dois reais mais caras que em Brasília. E sem promoção, estava checando a possibilidade de ir para a primeira sessão de Amor e Outras Drogas, em Botafogo, e, mesmo ao meio dia, é R$19,80. Sim, R$20 reais. É justo? Não. Ainda assim, os cinemas estão cheios, ou assim eu vi esses dias...

Sintomático da melhora das condições econômicas gerais é termos filas nas bilheterias, mas, por esses preços, eu iria muito menos ao cinema. Acho um abuso esses preços. Um abuso mesmo. Isso somado, claro, ao fator “cada vez mais filmes dublados”. O único filme legendado na Baixada Fluminense, onde meus pais moram, é O Turista. Eu até iria assistir, porém, teria que desembolsar R$ 15,98, por um filme que eu acho que nem vale tanto a pena… e isso, claro, em qualquer horário do final de semana. Em Brasília, mesmo no Embracine, custaria R$18 (*com a possibilidade de R$16, antes das 17h, e, se não mudaram, R$9 para a primeira sessão*). Agora parem para pensar onde os salários são mais altos e pensem que é Baixada Fluminense, São João de Meriti. É realmente notável que os cinemas estejam tão cheios... Notável mesmo! Enfim, para quem ama ir ao cinema, a sala de projeção mesmo, estar lá, Brasília é muito melhor que o Rio de Janeiro.
P.S.: Usei como referência o site Ingresso.com, meu irmão diz que aqui em São João, mesmo no fim de semana, as entradas são promocionais. Se for o caso, e eu nem sei se procede, custaria R$11.

A Princesa e o Cavaleiro e Kami no Shizuku nos EUA



Segundo o ANN, a editora Vertical anunciou a publicação nos EUA de Ribon no Kishi (リボンの騎士), aqui no Brasil, A Princesa e o Cavaleiro. Nos EUA, Princess Knight – nome americano – terá edição com dois volumes somente, o primeiro com 384 páginas e o segundo com 330. Cada edição custará U$13.95. O lançamento do primeiro volume está previsto para 4 de outubro e o segundo para 6 de dezembro. A Vertical já lançou outros mangás de Osamu Tezuka em formatos semelhantes. A Princesa e o Cavaleiro foi publicado aqui no Brasil pela JBC, mas a edição foi em formato barato e, agora, deve estar se esfarelando na minha mão. Eu realmente gostaria que A Princesa e o Cavaleiro tivesse uma reedição em formato decente. Dizem que o desinteresse da JBC por lançar Tezuka foi devido ao fracasso de A Princesa e o Cavaleiro. Mas não era material de banca, era um clássico, e, neste caso, o melhor é colocar o material nas livrarias. Bem, na época a JBC estava começando a lançar mangás, e o mercado brasileiro não tinha se desenvolvido ainda. Mas não houve outra investida desse tipo por parte da JBC. No entanto, nada do que eu escrevi aqui é oficial, eu estou repetindo o que me disseram e, claro, não há publicação de dados de vendagens no Brasil.

O outro lançamento da Vertical é Kami no Shizuku (神の雫), o mangá seinen sobre vinhos que faz muito sucesso no Japão e na França. Os autores do mangá já tinham sugerido em abril passado que o mangá estava sendo licenciado para os EUA. Talvez eu encomende o primeiro volumes para dar uma olhadinha. Também devo comprar a edição de A Princesa e o Cavaleiro. Para quem não sabe, o Book Depository é um site que não cobra frete e envia para o mundo inteiro. Não conhce a loja? O Blyme Yaoi, site da Tanko, tem link para lá. É só olhar a bannerzinha no canto direito e clicar nela. ^_^

Ranking da Oricon



E, por fim, o ranking da Oricon. Não foi uma semana tão boa quanto a anterior, mas temos três shoujo no top 10. Nesse caso, Oricon e Tohan concordam. 70% do ranking de shoujo da Taiyosha aparece no top 30 da Oricon, mas nenhum josei conseguiu marcar presença. Curiosamente, Stardust★Wink, mangá da Ribon, está muito melhor colocado na Oricon do que na Taiyosha. É isso, vamos ver como as coisas ficam na semana que vem.

4. Suki-tte Ii na yo。 #6
6. Love So Life #6
10. Hoshi wa Utau #10
16. Tonari no Atashi #6
19. Touring Exp. Euro #2
26. Akatsu no Yona #4
27. Stardust★Wink #5

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Ranking da Taiyosha



O ranking da Taiyosha saiu certinho na segunda-feira, mas eu demorei a traduzir. Enfim, agora está pronto e é uma semana bem peculiar. Como a Taiyosha geralmente prioriza material mais otaku, só um shoujo aparece no top 10, Love So Life em um magro nono lugar. Isso não aconteceu no ranking da Tohan e no da Oricon, que tem três shoujo no top 10. Temos os três primeiros, que são mangás muito populares, o décimo, Stardust★Wink, que também se sai muito bem, ainda que só por uma ou duas semanas, e Tonari no Atashi que resistem. Já Touring EXP. Euro, parece ser um gaiden de uma série com 28 volumes que começou em 1981. Resumos na internet, eu não achei, mas parece ser algo ligado ou a corridas de carro, ou espionagem, ou... O traço é bem anos 70 e a autora é Masumi Kawasou. Já Neko no Machi no Ko, segundo o Mangaupdates, é sobre um menino que decide ser pai de uma ninhada de gatos de rua. É um one-shot... sem scanlations. Aliás, uma das características da semana é, ou o mangá não tem resumo, ou não tem scanlations.

Em josei, poucas mudanças. Seito Shokun!, continua em primeiro, Nodame, HER, Chihayafuru, Ohana Horohoro, se mantém no top 10. Kuragehime volta com dois volumes ao top 10, depois que os Harlequin saíram todos. Falando nisso, queria saber quando vão anunciar a segunda temporada... Se você viu o último episódio da série, entende bem o que estou dizendo. Novidades temos Tsuki no Yoru Hoshi no Asa 35 Ans, Hanazakari Daikokuya Honpo e Shi to Kanojo to Boku Meguru. Não há resumos das séries, mas eu estou muito curiosa em saber quem é que morrreu em Shi to Kanojo to Boku Meguru. Shi é morte e olhando as capas eu percebi que alguém é fantasma. Quem é que morreu? O filho? A mãe e o pai? Só a mãe? Será que um dia eu descubro?

SHOUJO
1. Love so Life #6
2. Suki-tte Ii na yo。 #6
3. Hoshi Wa Utau #10
4. Touring EXP. Euro #2
5. Akatsuki no Yona #4
6. Tonari no Atashi #6
7. Neko no Machi no Ko
8. Oyome ni Ikenai! #3
9. Toraware Gokko #6
10. Stardust★Wink #5

JOSEI
1. Seito Shokun! Kyoushihen #23
2. Nodame Cantabile #25
3. HER
4. Tsuki no Yoru Hoshi no Asa 35 Ans #4
5. Chihayafuru #11
6. Kuragehime #6
7. Shi to Kanojo to Boku Meguru #4
8. Ohana Horohoro #2
9. Hanazakari Daikokuya Honpo #4
10. Kuragehime #3

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan e temos três shoujo no top 10. Eu já vi o da Taiyosha, embora não tenha traduzido, e ele está bem diferente. De qualquer forma, Suki-tte Ii na yo。, um dos shoujo mais populares do momento, caiu duas posições, já que era o primeiro da semana passada. Love so Life, que fala de uma adolescente órfã que trabalha como babysitter de duas crianças gêmeas (*fofura total*) e caiu nas graças do público no Japão, aparece em sexto lugar, e Hoshi wa Utau, de Natsuki Takaya, consegue um bom décimo lugar. Hoshi wa Utau é lançado no Brasil pela Panini e, ainda que não tenha sido um sucesso avassalador como Fruits Basket, é um mangá que faz uma boa carreira no Japão. E eu adorei a capa deste volume 10.

1. Gantz #30
2. Shijou Saikyou no Deshi Kenichi #41
3. Giant Killing #18
4. Suki-tte Ii na yo。 #6
5. Bloody Monday Season 2 – Zetsubou no Kou #6
6. Love so Life #6
7. Kimi no Iru Machi #12
8. Gekkou Jourei #12
9. Yanki-kun to Megane-chan #21
10. Hoshi wa Utau #10

Tera Girl é capa da revista Cookie



Bem, achei a capa da Cookie tão fofinha… Tão Ribon, sei lá, que eu decidi postar. O que que vocês acham? Pois bem, a edição da Cookie que saiu hoje trouxe o one-shot Tera Girl (寺ガール), de Mizusawa Megumi. O mangá tem somente 100 páginas e, acredito, que serão dois capítulos de 50... Se fizer sucesso, talvez tenhamos uma série regular. A notinha estava no Comic Natalie.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Single de Kyō, Koi o Hajimemasu fica em 2º lugar no ranking da Oricon



Eu tinha comentado tempos atrás que Kyō, Koi o Hajimemasu (今日、恋をはじめます), de Minami Kanan, teria um voice-comic e um mini-dorama feito para DVD com as idols do French Kiss, sub-grupo do AKB48 . Pois bem, If, o segundo single do French Kiss, alcançou o segundo lugar no ranking da Oricon na semana de 17-23 de janeiro, segundo o ANN, e vendeu 67 mil cópias. O primeiro single do grupo, Zutto Mae Kara, lançado em setembro passado, tinha conseguido ficar em quinto lugar. Além desse mini-dorama e do voice-comic, Kyō, Koi o Hajimemasu já teve dois animes feitos diretamente para DVD e um novo anime sairá em 25 de fevereiro.

E saíram os indicados para o Oscar



Saíram os indicados à 83ª edição do Oscar. Acho que uma das coisas mais legais foi ver Waste Land (Lixo Extraordinário), um documentário sobre os catadores de lixo de Gramacho, Duque de Caxias, cidade do estado do Rio de Janeiro, entre os indicados. O documentário é co-produção Inglaterra e Brasil. O documentário, se não me engano, já ganhou 18 prêmios (*página oficial*) O G1 dá detalhes sobre ele:
Vencedor de prêmios de público nos festivais de Sundance e Berlim em 2010, o filme foi dirigido por Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley. Gravada ao longo de três anos, a obra acompanha um projeto social do consagrado artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores do lixão de Gramacho, em Duque de Caxias (RJ) - considerado o maior da América Latina e cenário de outro documentário premiado, "Estamira" (2004), de Marcos Prado.
Estarei torcendo muito por Lixo Extraordinário e, pelo que eu vi, parece ser realmente excelente. Quem sabe o Brasil recebe seu primeiro Oscar? Porque eu já desisti um pouco de Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, especialmente, quando se escolhem os nossos candidatos à vaga por politicagem ou em cima de clichês (*tem criancinha? Tem velhinho?*) e, não, pela história, qualidade técnica e tudo mais.

De resto, O Discurso do Rei ganhou 12 indicações. Não acho que vai levar nem 1/3., aliás, acho que vão pulverizar a premiação. E corre o risco de Bravura Indômita levar o Oscar de Melhor Filme e a Natalie Portman perder para a Anette Benning. Não acho que leva Toy Story 3, mesmo com a Folha de São Paulo apostando nisso. Os mais indicados, depois de O Discurso do Rei, foram Bravura indômita, com dez indicações, A rede social e A Origem, ambos com oito indicações. Em seguida vêm O vencedor, que disputa o prêmio em sete categorias, 127 horas, em seis, e Cisne negro, em cinco. Seguem os indicados, as minhas apostas estão em vermelho (*os Oscars técnicos eu chutei mesmo, mas acho que A Origem deve ficar com a maioria*).

Melhor filme:
- “A rede social”
- “O discurso do rei”
- “Cisne negro”
- “O vencedor”
- “A origem”
- “Toy Story 3”
- “Bravura indômita”
- “Minhas mães e meu pai”
- “127 horas”
- “Inverno da alma”

Melhor diretor:
- David Fincher – “A rede social”
- Tom Hooper – “O discurso do rei”
- Darren Aronofsky – “Cisne negro”
- Joel e Ethan Coen – “Bravura indômita”
- David O. Russell – “O vencedor”

Melhor ator:
- Jesse Eisenberg – “A rede social”
- Colin Firth – “O discurso do rei”
- James Franco – “127 horas”
- Jeff Bridges – “Bravura indômita”
- Javier Bardem – “Biutiful”

Melhor atriz:
- Annette Bening – “Minhas mães e meu pai”
- Natalie Portman – “Cisne negro”
- Nicole Kidman - “Rabbit hole”
- Michelle Williams - “Blue valentine”
- Jennifer Lawrence - “Inverno da alma”

Melhor ator coadjuvante:
- Mark Ruffalo – “Minhas mães e meu pai”
- Geoffrey Rush – “O discurso do rei”
- Christian Bale – “O vencedor”*
- Jeremy Renner – “Atração perigosa”
- John Hawkes – "Inverno da alma"

Melhor atriz coadjuvante:
- Helena Bonham Carter – “O discurso do rei”**
- Melissa Leo – “O vencedor”
- Amy Adams – “O vencedor”
- Hailee Steinfeld – “Bravura indômita”
- Jacki Weaver - “Reino animal”

Melhor roteiro original:
- “Cisne negro”
- “Minhas mães e meu pai”
- “O vencedor”
- “A origem”
- “O discurso do rei”

Melhor roteiro adaptado:
- “A rede social”
- “127 horas”
- “Bravura indômita”
- “Toy Story 3”
- "Inverno da alma"

Melhor longa-metragem de animação:
- "Como treinar o seu dragão"
- "O mágico"
- "Toy Story 3"

Melhor direção de arte:
- "Alice no País das Maravilhas"
- "Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 1"
- "A origem"
- "O discurso do rei"
- "Bravura indômita"

Melhor fotografia
- "Cisne negro"
- "A origem"
- "O discurso do rei"
- "A rede social"
- "Bravura indômita"

Melhor figurino
- "Alice no País das Maravilhas"
- "I am love"
- "O discurso do rei"
- "Bravura indômita"
- "The tempest"

Melhor documentário (longa-metragem)
- "Exit through the gift shop"
- "Gasland"
- "Inside job"
- "Restrepo"
- "Lixo extraordinário"

Melhor documentário (curta-metragem)
- "Killing in the name"
- "Poster girl"
- "Strangers no more"
- "Sun come up"
- "The warriors of Qiugang"

Melhor edição***
- "Cisne negro"
- "O vencedor"
- "O discurso do rei"
- "127 horas"
- "A rede social"

Melhor filme de língua estrangeira
- "Biutiful"(México)
- "Dogtooth" (Grécia)
- "In a better world" (Dinamarca)
- "Incendies" (Canadá)
- "Outside the law" (Argélia)

Melhor trilha sonora original
- "Como treinar seu dragão" - John Powell
- "A origem" - Hans Zimmer
- "O discurso do rei" - Alexandre Desplat
- "127 horas" - A.R. Rahman
- "A rede social" - Trent Reznor e Atticus Ross

Melhor canção original
- "Coming home", de "Country Strong"
- "I see the light", de "Enrolados"
- "If I rise", de "127 horas"
- "We belong together", de "Toy Story 3"

Melhor curta-metragem
- "The confession"
- "The crush"
- "God of love"
- "Na wewe"
- "Wish 143"

Melhor curta-metragem de animação
- "Day & night"
- "The gruffalo"
- "Let's pollute"
- "The lost thing"
- "Madagascar, carnet de voyage"

Melhor edição de som
- "A origem"
- "Toy Story 3"
- "Tron: o legado"
- "Bravura indômita"
- "Incontrolável"

Melhor mixagem de som
- "A origem"
- "O discurso do rei"
- "Salt"
- "A rede social"
- "Bravura indômita"

Melhores efeitos visuais
- "Alice no País das Maravilhas"
- Harry Potter e as relíquias da morte - Parte 1"
- "Além da vida"
- "A origem"
- "O Homem de Ferro 2"
* É a chance dele, levou o Globo de Ouro, e como ele é um ator muito mediano, periga não ter outra chance.
** Queria muito que a Borham-Carter levasse, mas acho que pode ir para uma das atrizes de O Vencedor. Não tinha percebido que a protagonista de Bravura Indômita estava aqui... Isso muda tudo, acho que pode ser dela. E este artigo interessante explica o motivo preconceituoso dela ter entrado como coadjuvante e não como melhor atriz, que seria o correto.
*** Segundo o mesmo artigo, desde 1981, todo vencedor do Oscar de melhor filme foi indicado nessa categoria e a maioria levou o prêmio para casa.

Comentando Dead and Gone



Terminei de ler Dead and Gone, hoje, por volta das 3h15 da manhã. Faltavam somente umas vinte páginas e, depois de ter cochilado um pouco, não podia esperar para ler o desfecho. Sim, foi o melhor livro da série em muito tempo. E eu o colocaria empatado com o livro um, não fosse o caso do Quinn. O que o livro tem de bom? Uma história coesa, empolgante, com desenvolvimento das personagens e seus relacionamentos sem necessariamente fugir da trama principal. Tudo que é paralelo, aparece em função da trama principal e não para nos desviar dela. Além disso, o título do livro foi usado em vários momentos para marcar que alguém estava efetivamente “dead and gone”. Se o livro oito foi uma decepção por não conseguir aprofundar duas tramas bem atraentes (*a da guerra dos lobisomens e a da tomada da Louisiania pelo rei de Nevada*), o livro nove foi bem fundo na guerra das fadas. Sim, depois desse livro, nunca mais olharei para fadas, sejam as de Padrinhos Mágicos ou a Sininho de Peter Pan, com os mesmos olhos. Mas nada que limonada e uma boa colher de pedreiro de ferro não possam resolver... ^_^

A trama básica do livro é a seguinte: Os shapeshifters e weres (*que viram somente um animal específico: lobos, panteras, tigres, etc.*) decidem se revelar para o mundo. E Sam e Tray Dawson, um lobisomen solitário (*acho que nunca falei do Tray, mas ele é uma personagem terciária bem legal*), se transformam no Merlotte, e os vampiros – nesse caso Bill e Clancy (*que Sookie odeia*) – estão lá para dar cobertura. As reações em Bon Temp são tranqüilas, salvo por Arlene, que está envolvida com a Irmandade da Luz e pede demissão. As panteras de Hotshot não se revelam, ou assim parece, mas ficamos sabendo que há muita gente insuspeita, como o delegado da cidade, que sabe de Calvin e seus parentes. Se em Bon Temp e Shreveport (*Eric estava dando cobertura para Alcide*) as coisas vão bem, o mesmo não ocorre na casa de Sam, pois o padrasto do rapaz atirou em sua mãe quando a viu se transformando. Sam precisa ir até o Texas e deixa Sookie no comando do bar.

No dia seguinte, Sookie é convocada por Eric a ir até o Fangtasia e recebe de um empregado dele uma caixa, que deve ser retornada ao vampiro. Tratava-se de uma “armadilha” de Eric que, supostamente, para proteger Sookie, conseguiu fazer com que outros vampiros, no caso Victor, representante do rei de Nevada, considerasse que os dois estavam casados “pela faca”, a mesma que Eric usou para oficiar o casamento do rei do Mississipi, no livro sete, era isso que estava dentro da caixa. Segundo Eric, Felipe de Castro queria levar Sookie embora e, agora, isso seria impossível. Sookie fica indignada, mas ela tem outras coisas para pensar, e ainda recebe uma visita de dois agentes do FBI que investigam a “ajuda” que ela deu no resgate dos soterrados em Rhodes. Sookie fica apavorada, porque acredita que pode ser obrigada a trabalhar para o governo. Mas a pressão dos agentes logo é aliviada por um crime muito terrível, Crystal, a werepanther vagabunda casada com o safado do Jason, foi crucificada nos fundos do Merlotte. Crystal estava grávida, Sookie fica mortificada e a comunidade em polvorosa. Calvin e as panteras de Hotshot querem vingança. Os agentes do FBI e Andy Bellefleur desconfiam de um crime de ódio. E Sookie precisa tentar descobrir quem foram os autores desse crime hediondo.

OK, já temos trama suficiente para o livro, certo? Mas ainda tem mais e é a trama mais importante do volume nove. Niall Brigant, bisavô de Sookie aparece para avisar que as fadas estão em guerra e que ela deveria se precaver, pois estava na lista de alvos do grupo de fadas da água (*os parentes de Sookie são fadas do céu*), que queriam fechar as portas entre o mundo das fadas e o mundo dos humanos. E, claro, eliminar todos aqueles que fossem mestiços. O contato de Niall com Sookie fez com que seus inimigos descobrissem que ela existia, e eles sabem o quanto ela é amada pelo velho príncipe das fadas. Niall também avisa Sookie que ela deveria se precaver especialmente contra uma fada que se parecesse com seu irmão Jason. Dearmort, irmão gêmeo de Fintan, avô de Sookie, estava do lado das fadas “racistas” e ele é a própria imagem de Jason. É por isso, que o velho Niall só procurou por Sookie... A guerra das fadas avança em uma escalada de violência sem limites e weres e vampiros, todos devedores de favores de Sookie, acabam se envolvendo nela. Resultado é que talvez este tenha sido o livro mais barra-pesada da série de Sookie Stackhouse até agora.

A trama principal do livro é essa “Quem matou Crystal?” e “Quem vencerá a guerra das fadas?”. Sem querer dar muitos spoilers, já digo que as duas tramas se confundem e tudo o que acontece de paralelo, foi muito bem costurado para prender a leitora que está escrevendo. Para se ter uma idéia, a autora aproveitou para avançar o relacionamento entre Eric e Sookie neste livro, colocando algumas boas piadas, uma boa dose de erotismo (*afinal, Sookie e Eric se tornam amantes de verdade*), e excelentes diálogos. É neste livro que Eric conta para Sookie como se tornou vampiro, e é uma história muito triste, que ele fala de seu maker (*ou sire*) , um legionário romano, e de como foi obrigado a se tornar amante do sujeito. Embora tenham colocado aquela cena gay infeliz (*não por ser gay, mas pela forma cruel e traiçoeira que Eric usou para matar o amante do rei do Mississipi*) no seriado de TV, a preferência do Eric nos livros é heterossexual. Mas, como ele mesmo explica para Sookie, um vampiro precisa obedecer ao seu maker. As conversas de Eric com Sookie elucidam algumas questões dos relacionamentos entre vampiros e humanos, como o cuidado que se deve ter no consumo de sangue de vampiro, já que o humano pode se tornar um “Reinfeld”, o criado de Drácula. E é curioso como Eric fala que acha estranho que alguém tão nobre como Drácula descesse tão baixo... Será que esta mulher vai me colocar o próprio Drácula em um livro futuro?! Eu adoraria... Eric também oferece a proteção da sua casa para Sookie, e diz que somente outra pessoa já foi convidada para ir lá, a Pam. Sookie brinca que a casa dele deve ser "blondies only" (*só para louros*), mas ele fala sério. E, sim, Pam foi a última pessoa a ter bebido do sangue de Eric e ele do dela. Eric também fica meio apatetado de Sookie não querer ser sustentada por ele ou mesmo que ela não declare a amor infinito e absoluto. Bem, adoro a Sookie, o diálogo foi excelente e feminista até, mas, por favor, que ela não me coloque a protagonista tendo uma recaída para os lados do Bill...

E é neste livro que Bill se redimiu. Se alguém ainda tinha dúvidas de seu amor pela Sookie, elas se dissiparam com tamanha a coragem e o desprendimento do vampiro. Mas o Bill começou como um chato, traiu a Sookie, nunca esteve lá quando ela precisava nos primeiros livros... E, enfim, agora, eu não consigo não torcer pelo Eric. Mas desejo um final feliz para o Bill, ou algo que valha. É possível que a Harris mate um dos dois, ou mesmo os dois... Eu não duvido de nada. Neste livro o Sam, também, se mostra bem irritadiço, o que se explica pelo caso de família, mas que denota, também, um ciúme muito grande da Sookie mesclado com preocupação. Ele é muito grosseiro quando fica sabendo do “casamento” e, como participa pouco do livro, os dois terminam não fazendo as pazes como deveriam. Espero que o livro dez consiga colocar as coisas nos eixos. Eu gosto muito do Sam, muito mesmo.

Já o Quinn foi o ponto baixo do livro. Aliás, já comentei que a Harris lidou muito mal com a personagem... Muito mesmo! E Sookie foi péssima com ele. É importante ressaltar, que a Sookie admite isso, mas daí, ela já está devidamente envolvida com o Eric. Quem tem que despachar o pobre Quinn é o Bill. Não me espantaria se o tigre passasse a vilão em um livro futuro... Não queria isso, gosto do Quinn e ele é um exemplo de como um autor ou autora, pode criar uma excelente personagem e depois não saber o que fazer com ela... Mas, pelo menos, não tivemos nada de Debby Pelt neste livro, embora, claro, com a retomada da memória do Eric e a irmã da Debby ainda tramando contra Sookie, o caso deve retornar... Em breve!

Pontos tristes, e eu fiquei triste mesmo, foram a morte do Tray Dawson e o caso do Mel, o novo amigo do Jason. Dawson apareceu esporadicamente desde o livro cinco. Lobisomen, ex-policial, mecânico de motos, guarda-costas nas horas vagas, amigo do Sam, ele ajuda bastante no livro oito e no nove. E acaba namorado da Amelia Broadway, a bruxa amiga e inquilina da Sookie. Ele é uma das baixas da guerra das fadas... E as fadas são cruéis, torturam Dawson, torturam a Sookie de forma terrível (*e pelo que já olhei no livro dez, ela vai ficar traumatizada por causa disso*). Nesse livro descobrimos que Fintan, avô de Sookie, foi morto pelos inimigos de Niall, e que os pais de Sookie não tiveram morte natural... Já o Mel, novo amigo-sombra do Jason, tinha saído da comunidade de Hotshot por não suportar as regras e as hierarquias. E, claro, eu concordo com a Sookie, viver em Hotshot não deve ser boa coisa. Mas o pobre do Mel fez uma grande bobagem (*e não vou contar, porque é spoiler muito importante mesmo*). Enfim, mas ele saiu de Hotshot por um motivo muito simples, ele era gay. E, embora ninguém fosse mandá-lo embora da comunidade por isso, todas panteras “puras” deveriam procriar pelo menos uma vez. Ele não suporta e vai embora... E se apaixona pelo Jason.

Enfim, o livro nove é muito tenso, cheio de passagens cruéis, não tem final feliz, e pontuou muito alto comigo. Passou a ser meu terceiro livro favorito. E algumas coisas ficaram ainda no ar, como o passado da avó de Sookie, ou o que aconteceu com o tio Dearmort, que é a cara de Jason, e teve participação nas mortes do pai e da mãe de Sookie. E, pior, terminamos o livro sem saber se fizeram alguma coisa com o Bubba e se a Claudine está viva... Eu acho que ela morreu, também! Mas o próximo livro já tem um nome sugestivo: Dead in the Family. Estou me segurando para não começar a ler o livro dez AGORA! E só digo que o Victor, representante do rei de Nevada, já vai com a vida nos descontos, afinal, ele foi responsável pelo atraso do Eric em salvar a Sookie... Como eu sei? Está na amostra do livro dez que veio em Dead and Gone.
P.S.1: Que eu me lembre, é neste filme que vampiros choram sangue pela primeira vez... São coisas que o seriado de TV incorporou antes, mas que estão em livros mais avançados. ^_^
P.S.2: A piada com Jornada nas Estrelas foi ótima. Sookie se perguntando se o Sr. Scotty estava materializando e desmaterializando as fadas no seu quintal usando o teletransporte da Enterprise. :D O humor da Charlaine Harris é ótimo.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Mangá de Kuragehime em português



Não comecem a pular achando que se trata de um licenciamento. Simplesmente, um grupo de fãs decidiu traduzir o mangá de Akiko Higashimura e já temos dois capítulos traduzidos. Então, é uma boa notícia, especialmente, para quem não lê japonês, inglês ou italiano. O nome do grupo responsável é o Pururin Fans. Agradeço à Isabella por ter me mandado a boa notícia e pelos elogios ao blog. Um grande abrraço!

Mais um gaiden de Ouran Host Club



Segundo o Comic Natalie, um novo gaiden (side story) de Ouran Host Club (桜蘭高校ホスト部) foi publicada na última edição da revista Lala. O mangá – que, teoricamente, já terminou – aparece na capa e a história de 60 páginas teve várias delas em cores. Além disso, a revista ainda vem com brinde de Ouran, um pendente de celular. Não achei bonito, não. O Tamaki está muito esquisitinho. Se entendi bem, a aventura se passa em Barcelona, Espanha. Parece que Bisco Hatori ainda nos oferecerá muitas histórias curtas com as personagens de seu maior sucesso. A incógnita para mim, é se ela conseguirá, ou não, emplacar outro grande sucesso. Falando na série, achei um site japonês com uma simagens excelentes de Ouran. Não sei se todas são fanarts, mas recomendo a visita.

Raking do New York Times



Eis o ranking de mangás americanos da semana passada. Temos três shoujo. Vampire Knight firme na segunda posição, logo depois de Hetalia, e já na sua sexta semana no top 10, sempre em 1º ou 2º. Dengeki Daisy está na sua segunda semana e Stepping on Roses estréia entre os dez, este mangá tem conseguido ficar pelo menos uma semana no top 10, acredito que pelo menos três dos quatro volumes entraram no ranking. Imagino se, de repente, Stepping On Roses não acabe por aqui... Rinko Ueda tem um traço excelente e é boa contadora de histórias.

1. Hetalia - Axis Powers #2
2. Vampire Knight #11
3. Naruto #49
4. Hetalia - Axis Powers #1
5. Black Butler #3
6. Rosario + Vampire season II #3
7. Black Butler #1
8. Stepping On Roses #4
9. Dengeki Daisy #3
10. Yotsuba&! #9

Entrevista com Frederik Schodt - Parte 2



Desculpem a demora. Tive problemas e fiquei quase off, só usei a net do celular por alguns dias. Enfim, eis a última parte da entrevista do Schodt. Gosto muito do bom senso dele em se recusar a fazer futurologia, algo que muita gente adora fazer aqui no Brasil e em qualquer lugar. De qualquer forma, ele é muito otimista em relação a diversidade de material publicado nos EUA. Em termos de mangá feminino, há ainda um longo caminho a seguir. A não ser, claro, que somente o fator lucro certo for levado em conta. Segue a tradução da entrevista dada ao The Comics Journal. Para a primeira parte, clique aqui.

SMR: O que você acha da possibilidade dos mangás de esporte se tornarem um grande sucesso? Eu estou pedindo para você usar os seus poderes de adivinhação...

FS: Eu não vejo isso acontecendo de verdade. Mas eu já errei tantas vezes. Seria ótimo se acontecesse. Talvez as pessoas que gostem de esportes por aqui não leiam quadrinhos? Eu não sei. Mas eu tenho errado regularmente sobre o que iria se tornar popular [risos]. É fascinante observar como as coisas têm acontecido.

SMR: Parece óbvio a partir do seu novo livro [The Astroboy Essays: Osamu Tezuka, Mighty Atom, and the Manga/Anime Revolution] que você tem um profundo interesse pelo trabalho de Tezuka. Eu fiquei imaginando se existe um period particular [Do trabalho de Tezuka] ou séries que não tenham sido traduzidas, que você gostaria de ver.

FS: Do trabalho de Tezuka? Tezuka foi mais traduzido do que qualquer artista. Claro que isso não significa sucesso comercial. Mas se você olha o que a Vertical lançou ou a DMP trazendo Swallowing the Earth [Chikyuu Nomu (地球を呑む)]... isto realmente me surpreendeu, porque este é um trabalho realmente obscuro, mesmo no Japão. Ele [Tezuka] tem sido mais traduzido do que eu nunca poderia imaginar. Eu acho que gostaria de ver mais materiais que se passassem no Japão. Shumarie, e um outro… Eu não consigo lembrar como ele é chamado em inglêes, mas é sobre os seus ancestrais. [Tezuka’s Ancestor Dr. Ryoan] Eu acho que a Vertical tomou a responsabilidade para si de traduzir Tezuka. E isso é maravilhoso.

SMR: Você teve a chance de ler A Drifting Life [Gekiga Hyouryuu (劇画漂流)]?

FS: Sim, ele foi realmente uma surpresa. Esse é um exemplo de um artista que foi realmente esquecido no Japão. Drawn and Quarterly trouxe muito mais atenção para Tatsumi. E então as editoras japonesas passaram a olhar para ele de novo, e ele se tornou foco de mais atenção da mídia no Japão, e ganhou mais prêmios. Há um punhado de artistas na mesma situaç ão, que tiveram mais fãs e atenção da crítica no exterior, e então foram reavaliados no Japão. Shirow Masamune é outro exemplo. Eu acho que é mais seguro dizer que eles tinham mais fãs nos Estados Unidos antes de se tornarem realmente importantes no Japão.

SMR: Durante o período de Appleseed?

FS: Mesmo Ghost in the Shell. Esse foi um dos primeiros trabalhos japoneses a realmente fazer sucesso na América, em parte por ser ficção científica, um futuro próximo distópico, um mundo com o qual podemos realmente nos relacionar [risos]. Mas eu acho que os americanos podiam realmente se relacionar melhor com o material na época do que o leitor japonês médio. Claro que ele é um grande sucesso no Japão agora, mas eu acredito que a sua carreira teve um grande impulso por causa da sua popularidade na América. E Tatsumi estava relativamente esquecido. Eu escrevi a introdução de Goodbye, um dos livros de Drawn and Quarterly, e este foi o meu argumento principal – na época ele não tinha nem verbete na Wikipedia Japonesa. Esta foi a coisa que mais me surpreendeu quando estava escrevendo a apresentação do material – no Japão as pessoas mal o conhecem, mas na América todos estão excitados com o seu trabalho.

SMR: Eu vi que você o mencionou em Manga! Manga! mas foi quase uma nota, basicamente apenas mencionando que ele foi a pessoa que cunhou o termos “gekiga”.

FS: Sim, e este é mais ou menos o lugar dele na história no Japão. Pouca gente estava lendo o seu trabalho, e muito da sua obra, até que ele foi redescoberto nestes dois últimos anos, era vista como “nekura”, ou realmente sombria. Talvez muito sombria para a geração mais moderna. As pessoas não o estavam lendo muito. Mas, agora, elas estão.

SMR: O que você gostaria de ver mais? Há algum gênero em particular que lhe parece negligenciado?

FS: Não… As editoras americanas tem se interessado por todo o tipo de material que elas esperam que funcione, e eu acho que neste momento se uma editora americana acredita que pode ganhar dinheiro, ela publicará qualquer coisa. [risos] Mas, dito isso, a maioria dos mangás japoneses, e da arte, também, está ainda intrinsecamente ligada a cultura pop cotidiana no Japão e freqüentemente diferente do que ocorre aqui e não será publicada. E isso está OK. Nós nunca iremos ver muitas histórias de pachinko, histórias de mah jong – isso não é parte da vida americana. Seria maravilhoso poder lê-las, mas não acho que um mercado para elas vá se desenvolver.

Os japoneses e a capacidade de "Moeficação" infinita



Gokicha! (ゴキチャ!) é uma linda baratinha... Sim, você leu direito, uma baratinha! Gokicha! Cockroach Girls! é um fanzine 4-koma de Tamati Rui que acompanha as aventuras e desventuras desse inseto que causa asco a todo mundo. O mangá fez tanto sucesso no Japão que, agora, foi anunciado que terá um anime para celular. Trata-se da prova cabal de que qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, pode ser “moeficada” (*tornada fofa*) pelos japoneses. Duvido que esse anime não acabe por aí para baixar. Segundo o site Moetron, já tem scanlations em inglês.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Resultado do 56º Shogakukan Award



Saiu o 56º Shogakukan Award. O prêmio contou com o seguinte corpo de jurados Mitsuru Adachi, Akira Oze, o escritor Mitsuyo Kakuta, Kaiji Kawaguchi, Chiho Saito, Kenshi Hirokane, a novelista Yū Nagashima, e Buronson. Cada um dos premiados recebe uma estatueta de bronze e um prêmio de um milhão de ienes. A entrega do prêmio será no Hotel Imperial em Tokyo, no dia 3 de março. É importante ressaltar duas coisas, a primeira é que da própria Shogakukan só temos dois premiados, a segunda é que, de novo, as categorias gerais foram para os mangás seinen e uma obra de grande qualidade a apelo como Ōoku, conseguiu o prêmio de melhor shoujo, algo mais que merecido e que me deixou muito contente. Por conta disso, sempre haverá um idiota ou outro dizendo que os melhores mangás ganham na categoria “geral”, que, via de regra só têm premiado mangá seinen, e os outros... bem... são inferiores. De qualquer forma, temos dois shoujo premiados este ano, Yumeiro Pâtissière, na categoria infantile (kodomo), e Ōoku como melhor shoujo mangá. Sim, na categoria infantil, geralmente temos a premiação de um shoujo e um shounen, já que os mangás dessas duas categorias podem ter como público alvo desde crianças até pessoas no fim da adolescência. Ano passado gannhou um shounen. A lista dos premiados foi publicada pelo Comic Natalie e eu usei o ANN como base para o post. Seguem os premiados:

  • Kodomo Mangá – Yumeiro Pâtissière (夢色パティシエール) de Natsumi Matsumoto – Revista Ribon (Shueisha)
  • Shounen Mangá – King Golf de Ken Sasaki e Masaki Tani – Revista Weekly Shounen Sunday (Shogakukan)
  • Shoujo Mangá – Ōoku (大奥) de Fumi Yoshinaga – Revista Melody (Hakusensha)
  • Categoria Geral – Yamikin Ushijima-kun (闇金ウシジマくん) de Shohei Manabe – Revista Big Comic Spirits e Uchū Kyōdai (宇宙兄弟) de Chūya Koyama – Revista Weekly Morning da Kodansha

P.S.: Para quem quiser saber quem ganhou no ano passado, clique aqui.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ranking da Oricon



Saiu o ranking da Oricon, e ele foi bem positivo para os shoujo e josei, já que temos 10 títulos no entre os 30 mais vendidos. No top 10 temos o primeiro, o quarto, o sexto e o nono lugar. Aliás, não esperava ver Stardust Wink tão bem posicionado. Logo em seguida, estão dois josei, Nodame e Seito Shokun!, era o esperado, mas não os imaginava em tão boa posição. Até memso Strobe Edge conseguiu aparecer entre os trinta, depois de tanto tempo em circulação. Sim, foi a semana execelente para os mangás femininos.

1. Suki-tte Ii na yo. #6
4. Tonari no Atashi #6
6. Happy Marriage!? #5
9. Stardust★Wink #5
13. Nodame Cantabile #25
14. Seito Shokun! Kyoshi-hen #23
19. Majo wa Nido Aegu #5
24. Strobe Edge #10
27. Saa Himitsu o Hajimeyō #6
30. Momo #6

Entrevista com Frederik Schodt - Parte 1



Passei pelo Manga Blog e vi o link para uma entrevista do Frederik Schodt para o site do The Comics Jounal feita por Sean Michael Robinson. Trata-se de uma reflexão – e existe todo um texto antes que eu não vou traduzir – sobre o que mudou no mercado de mangá nos EUA nesses quase trinta anos desde a publicação de Manga! Manga! Eu parti a a entrevista em duas partes, a outra deve ir ao ar na sexta ou no sábado. Amanhã não terei como fazer nada. Traduzi a metade que termina com a discussão de porque A Rosa de Versalhes não saiu nos EUA se existe público (*Schodt traduziu dois volumes da Rosa de Versalhes que chegaram a ser publicados em inglês, e ele conhece bem a série*) e Leiji Matsumoto não pegou nos EUA. Ele também diz que o que mais o surpreendeu no mercado americano foi o sucesso do shoujo mangá. O que me faz dizer que, mesmo Schodt sendo brilhante como é, ele nunca conseguiu compreender que mulheres lêem quadrinhos desde que exista material para elas. E em Manga! Manga! ele é muito injusto com o shoujo, até porque, como homem formado pelo mercado de comics americano, ele não conseguiu se despir de preconceitos. E, pior ainda, seu capítulo foi copiado e recopiado e os preconceitos de Schodt ampliados por gente muito menos sensível. A culpa disso é em parte o preconceito contra o material para mulheres e em parte culpa da não publicação do livro aqui no Brasil. Um material fundamental, com trinta anos de lançamento, e nada aqui.

SMR: Quando você estava escrevendo Manga!Manga!, você tinha intenção de defender algum tipo de causa, ou estava tentando simplesmente oferecendo a explicação de um fenômeno?

FS: Eu queira que as pessoas dessem mais atenção à cultura popular japonesa em geral, e o que estava sendo feito com quadrinhos no Japão era tão interessante e tão pouco conhecido que eu realmente me senti motivado. Eu gastei muito tempo para escrever o livro – correndo por aí e entrevistando pessoas e toda sorte de coisas. Então eu estava totalmente dedicado a minha causa, que era fazer com que as pessoas conhecessem este fenômeno muito interessante que estava passando despercebido. E não eram somente os quadrinhos, na verdade. Eu acredito que era na forma como se dava muita ênfase à arte tradicional japonesa e às técnicas empresariais. Não se estava realmente dando muita atenção para quão vibrante era a cultura popular japonesa. A impressão que muitas pessoas tinham dos japoneses era de que são pessoas muito sérias, salary men que se comportam como robôs, ou monges Zen ou algo do gênero. Isso estava muito desconectado do que eu vi, e realmente foi um grande motivador. Eu fui muito inspirado pelo livro de Robert Whiting chamado The Chrysanthemum and the Bat [Nota da Tradutora: O título é referência ao livro clássico O Crisântemo e a Espada da antropóloga americana Ruth Benedict.]. Ele fez um bom trabalho tomando o baseball como uma forma de introduzir um aspecto pouco conhecido do Japão. E eu realmente gostei desse livro. Mesmo que meu livro seja totalmente diferente do dele, ele era de alguma forma muito similar, que era mostrar muito mais do Japão do que era escrito no geral. Havia uma desconexão tão grande que era importante começar a preencher a lacuna entre como os japoneses eram percebidos e como eles eram na verdade. Mas, claro, meu grande motivador era que eu apenas amava mangá e amava comics. Mas isso era outra coisa. Eu me sentia como se estivesse em algum tipo de missão.

SMR: Eu vi uma entrevista que você deu logo depois do lançamento de Dreamland Japan [1996] onde você discutia o mercado da época, e como uma parte considerável dos lançamentos da época eram basicamente ficção científica e fantasia. Você ficou surpreso quando as editoras começaram a diversificar o material?


FS: Quando Manga! Manga! foi publicado pela não havia quase traduções de tipo algum. A maioria eram projetos iniciados por artistas japoneses para exibir os seus talentos. O inglês era muito fragmentado, e eram projetos one-shot muito limitados. Assim, na época em que Dreamland Japan foi lançado as coisas tinham mudado muito. Em 1996, a VIZ já existia e ao quadrinhos japoneses já tinham criado raízes na América. Inicialmente, eu fiquei muito surpreso com o sucesso do shoujo mangá. Isso realmente pegou de surpresa toda a indústria. Por algum tempo, as pessoas pensaram que o shoujo mangá fosse salvar toda a indústria editorial. [risos]
Quando eu escrevi Manga! Manga!, eu não pensava que os quadrinhos japoneses fossem um dia se tornar tão populares quanto eles se tornaram nos Estados Unidos. Para mim isso é sintoma do fato de existir uma espécie de pensamento global se desenvolvendo entre os jovens. Se você está falando das nações industrializadas e informatizadas do primeiro mundo, uma cultura jovem global emergiu. Como resultado, as pessoas estão vivendo em um mundo muito semelhante, e eles podem se relacionar com mais aspectos de outras culturas do que poderiam fazer vinte ou trinta anos atrás. É uma grande mudança.

SMR: No final de Manga!Manga!, você colocou mais de 100 páginas de quadrinhos de quatro diferentes artistas. [um capítulos de Fênix de Osamu Tezuka, Ghost Warrior de Leiji Matsumoto, e um capítulos de A Rosa de Versalhes de Riyoko Ikeda e Gen Pés Descalços de Keiji Nakazawa] É interessante olhar o que aconteceu e ver quais desses artistas foram publicados em inglês, e quando. Claro que Fênix demorou muito a ser publicado aqui, mas foi um sucesso quando finalmente aconteceu, pelo menos de crítica, ainda que não financeiramente.

FS: Pelo menos de crítica. [risos]

SMR: E, claro, há Gen Pés descalços que foi lançado quase imediatamente. E você esteve envolvido nesse projeto. Entretanto, nada de Rosa de Versailhes e quase nada de Leiji Matsumoto.

FS: Sim, eu fico surpreso com isso. Eu não sei exatamente por quê. Com a Rosa de Versalhes, parecia que havia um mercado para a série aqui, e eu sei que existem fãs, pessoas que dedicam páginas ao mangá e coisas do gênero. Eu não sei qual a situação, se é um problema de direitos ou o quê. Leiji Matsumoto é uma espécie de mistério para mim, também, porque eu acho que muito do seu material é maravilhoso. Mas o que foi publicado aqui não conquistou o público da forma que eu esperava que acontecesse. Eu sempre pensei que suas séries de guerra, e mesmo os seus materiais muito mais orientados para a cultura pop japonesa, o quarto mat tatami quatro e meio [Nota da tradutora: eu não faço idéia do que seja isso... acho que é um quarto miserável, mas certeza, eu não tenho.], com cenas do tipo do estudante passando fome que ele cultivou por muitos anos, eu acho esse material maravilhoso. Apesar de eu poder entender os motives pelos quais esse tipo de material não deve aparecer por aqui, porque está intrinsecamente ligada a uma cultura que não existe mais nem no Japão. Mas eu pensava que as suas histórias de guerra fossem ser publicadas, porque eram belissimamente executadas.

SMR: Eu imagino quantas das histórias dele vieram para o nosso mercado.


FS: Seu material espacial, como Patrulha Estelar e Harlock, não conquistaram realmente os leitores, como outros materiais japoneses fizeram, o que é muito interessante. Porque seu material espacial tem um aspecto internacional.

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan e, assim como no da Taiyosha, o topo é ocuapdo por um shoujo, Suki-tte Ii na yo。Temos ainda mais dois shoujo, Tonari no Atashi e Hapi Mari, que vem resistindo bem entre os mais vendidos. De resto, temos Saint☆Oniisan, mangá seinen sobre Buda e Jesus Cristo dividindo um apartamento em Tokyo, resistindo entre os dez mais vendidos, e o shounen hit do momento, Shingeki no Kyojin, com dois volumes no ranking.

1. Suki-tte Ii na yo。#6
2. Naruto #54
3. Initial D #42
4. Saint☆Oniisan #6
5. Tonari no Atashi #6
6. Bakuman。 #11
7. Hapi Mari~Happy Marriage!?~ #5
8. Hanma Baki #27
9. Shingeki no Kyojin #3
10. Shingeki no Kyojin #2

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Meu mangá de Razão & Sensibilidade chegou



Razão & Sensibilidade (Sense & Sensibility) deve ser a segunda obra de Jane Austen mais conhecida no Brasil e, talvez, no mundo, só perdendo para Orgulho & Preconceito. Tudo isso, graças, em boa medida, ao filme bancado por Emma Thompson com Alan Rickman, Hugh Grant e Kate Winslet como protagonistas. Ano passado foi publicado no Japão o mangá adaptando o livro e minha edição encadernada chegou ontem. A autora, Reiko Mochizuki, é a mesma do mangá de Orgulho & Preconceito, que eu já comentei aqui. Só que, infelizmente, Razão e Sensibilidade, ou Funbetsu to Takan (分別と多感), em japonês, tem somente um volume. Por conta disso, muita coisa foi cortada. Não é possível colocar o livro inteiro em um mangá, e se você tem tão pouco espaço...

Eu já imaginava que seria assim e algumas das minhas passagens favoritas não estão no mangá. Assim, não temos o duelo entre o Coronel Brandon e Willoughby, mas ele também não estava no filme de 1995 (*Imagina o Alan Rickman duelando... Grande ausência...*), assim como as cenas bonitinhas do Edward com a Margaret, a irmão mais nova de Elinor e Marianne, as protagonistas. Aliás, Margaret faz só figuração. O mangá tem influência tanto do filme, quanto da minissérie de 2008 da BBC, que é excelente, e saiu no Brasil (*cortada*). Assim, há algumas cenas visualmente inspiradas em uma obra e em outra, mas nada tão forte quanto em Orgulho & Preconceito. Achei a arte um pouquinho inferior (*embora alguns quadros sejam bem bonitos*), também, mas pode ser impressão, já que não estou com Orgulho & Preconceito para comparar. De qualquer forma, a autora não tem um grande repertório de tipos masculinos. Edward e Darcy, por exemplo, são feitos pelo mesmo ator. E acho que ninguém escalaria um mesmo ator para fazer essas duas personagens, pois elas são muito diferentes. ^_^ A capa, entretanto, é linda, com uma irmã de cada lado.

Este ano, deve sair o encadernado de Emma, que é desenhado por outra autora. Espero que outras adaptações de Jane Austen sejam feitas este ano. Eu ficaria muito contente. Para que vocês possam ter uma noção do que é o mangá, bati umas fotos e coloquei para download. Para pegar o pacote, é só clicar aqui. Precisava dividir com você, afinal, é mangá e é Jane Austen. Eu realmente lamento que o pessoal das editoras seja tão obtuso, porque qualquer coisa com o nome Jane Austen escrito vende... E esses mangás estão longe de ser "qualquer coisa".