terça-feira, 30 de abril de 2013

Mangá sobre César Borgia tem site trilíngüe


A paixão e o envolvimento de Fuyumi Souryou com seu mangá Cesare (チェーザレ) é surpreendente.  Agora, segundo o Comic Natalie, foi criado um site trilíngüe (japonês-francês-italiano) com informações, ligações com a Wikipedia, imagens e tudo mais que você quer saber sobre César Borgia e sua família.  Estão on line, segundo CN (*e o que eu constatei*) as versões do site em francês e japonês, em breve a versão em italiano estará disponível.  Achei curioso não se preocuparem em colocar versão em inglês, talvez seja a certeza de que o público maior do mangá – que já foi licenciado na França e na Itália – é europeu mesmo, ou que a série nunca será lançada nos EUA.  Vai saber?  Registro no site é gratuito.


Shueisha Media Guide 2013 - Parte 1


Ontem o site Manga News publicou alguns dados do Shueisha Media Guide 2013.  Dentro desse guia – que eu não tinha o prazer de conhecer – há vários dados sobre as revistas da editora.  O site francês dividiu em dois blocos, eu vou reproduzir aqui os dados das revistas femininas – shoujo e josei – e, em outro post, comentarei algumas informações das revistas shounen e seinen.  Vamos lá!

Ribon:
*Tiragem Média: 210 000.
*Sexo dos Leitores: 100% feminino.
*Perfil Etário: Menos de 6 anos (1,3%), entre 6 e 8 (9%), entre 9 e 11 (60%), Ginasiais (23,5%), Colegiais e outras (6,2%).

Comentário: Percebe-se que a faixa etária das leitoras da Ribon é realmente muito baixa.  Surpreendeu-me ver que há criancinhas de menos de seis anos que consomem a revista, porque há material que não deve ser muito bem digerido por crianças.  De qualquer forma, o grau de fidelidade das leitoras mais velhas é pequeno, o que para mim é normal, mas já vi gente escrevendo por aí que as leitoras de shoujo são fiéis às suas revistas... E é uma revista 100% consumida por mulheres.

Cookie:
*Tiragem Média: 76 000.
*Sexo dos Leitores: 100% feminino.
*Perfil Etário: Menos de 15 anos (10%), entre 16 e 20 (26%), entre 21 e 25 (42%), mais de 26 (22%).

Comentário: Apesar de ser rotulada como uma revista shoujo, a Cookie é consumida principalmente por jovens adultas.  Pergunto-me, porque não consagrar o rótulo josei recategorizando a revista.  Imagino que na época de NaNa a Cookie deveria ter mais leitores homens.

Margaret:
*Tiragem Média: 70 000.
*Sexo dos Leitores:  0.1% masculino e 99,9% feminino.
*Perfil Etário: Menos de 13 anos (38%), entre 14 e 16 (34,1%), entre 17 e 19 (14,7%), mais de 20 (13,2%).

Comentário: A típica revista para adolescentes, com pouca penetração entre o público mais jovem e mais velho.  Fiquei curiosa em saber o que os 0,1% de leitores da margaret procuram na revista.  Switch Girl!!, talvez?

Betsuma:
*Tiragem Média: 225 000.
*Sexo dos Leitores: 1% masculino e 99% feminino.
*Perfil Etário: Menos de 14 anos (21%), entre 15 e 18 (32%), mais de 19 (47%).

Comentário: Aqui me surpreendi.  Sabia que a tiragem da Betsuma era maior que a da Margaret, mas não imaginava tanto.  Se bem que a Margaret é quinzenal e a Betsuma mensal.  Acreditava, também, que por conta de Kimi ni Todoke teríamos algum público masculino, já que o anime chama.  Interessante é ser que quase metade das leitoras está saindo da adolescência e além.  

The Margaret:
*Tiragem Média: 107 000.
*Sexo dos Leitores: 2% masculino e 98% feminino.
*Perfil Etário: Menos de 12 anos (9,3%), entre 13 e 15 (29,4%), entre 16 e 18 (30,5%), mais de 19 (30,8%).

Comentário: Talvez a revista com um público melhor distribuído em caráter etário, deve oferecer material que contempla tanto as mais velhas, quanto meninas de menos de 12 anos.  Outra coisa curiosa é ter um público masculino maior que o das outras revistas.  De novo, me pergunto que tipo de série os homens procuram na The Margaret.

Gekkan You:
*Tiragem Média: 350 000.
*Sexo dos Leitores:  100% de filles.
*Perfil Etário: Menos de 30 anos (15,4%), entre 31 e 34 (10,5%), entre 35 e 39 (14,0%), entre 40 e 44 (15,3), entre 45 e 49 (21%), mais de 50 (23,8%).

Comentário: Revista adulta por excelência, primeira publicação josei do Japão, não sabia que a YOU tinha uma tiragem tão alta.  Também é interessante ver que o público da revista é de mulheres com mais de 30 anos, as adultas jovens e adolescentes tem um peso pequeno dentro do espectro de leitoras, perdendo até para as leitoras com mais de 50 anos.

Office You:
*Tiragem Média: 84 000.
*Sexo dos Leitores: 100% de filles.
*Perfil Etário: Menos de 20 anos (4%), entre 21 e 24 (9%), entre 25 e 29 (20%), entre 30 e 34 (33%), mais de 35 (34%).

Comentário: Focada nas mulheres adultas e no mercado de trabalho, a Office YOU tem um público mais jovem que o da sua irmã mais velha, sem, contudo, fugir do perfil do 20 e 30 anos.  Assim como a YOU, seu público é 100% feminino.

Cocohana:
*Tiragem Média: 100 000.
*Sexo dos Leitores: 100% de filles.
*Perfil Etário: Menos de 20 anos (6%), entre 21 e 24 (8,8%), entre 25 e 29 (12,8%), entre 30 e 34 (19,9%), entre 35 e 39 (23,8%), entre 40 e 44 (16,1%), entre 45 et 49 (9,8%), mais de 50 (2,8%).

Comentário: Com um recorte mais moderno e série da autora de KurageHime, pensei que a Cocohana atrairia algum público masculino e tivesse leitoras mais jovens.  Me enganei.  É outra revista adulta e feminina por excelência.

Cobalt:
*Tiragem Média:  15 000.
*Sexo dos Leitores: 100% de filles.
*Perfil Etário: Menos de 15 anos (9%), entre 16 e 18 (9,5%), entre 19 e 22 (14,5%), entre 23 e 29 (32%), entre 30 e 34 (11%), entre 35 e 39 (13%), mais de 40 (11%).

Comentário: Não sei o quanto da Cobalt é mangá e o quanto é light novel, mas é uma revista com uma distribuição etária mais ampla, atraindo desde adolescentes até mulheres adultas.  Foi aqui que publicaram as novels de Maria-sama ga Miteru.

Algumas palavras sobre o final de Saiunkoku Monogatari



Ainda estou devendo as resenhas de vários volumes de Saiunkoku Monogatari (彩雲国物語), e aviso logo de saída que este texto não é uma resenha.  O fato é que desde a semana passada, quando chegou meu último volume (*e todas as encomendas que eu esperava fazia meses*), estava me roendo para comentar uma ou duas coisas a respeito do final da série.  É meio complicado dizer que amou e, ao mesmo tempo, ficou triste com o fim de um mangá e é meio difícil de explicar os motivos, eu acho.  Saiunkoku Monogatari é, talvez, a série de shoujo mangá adolescente mais feminista que eu já li.  Apesar do humor bobinho que, às vezes, aparece e dos pequenos clichês, Shūrei não é a mocinha típica e extrapolou em sua trajetória qualquer expectativa que eu pudesse ter.

Desde o início da série, sabemos que Shūrei é inteligente, esforçada, trabalhadora, boa administradora das finanças domésticas, ambiciosa e disciplinada.  Além disso, é bonita, mesmo que não se veja assim, e domina todas as prendas femininas, desde o bem cozinhar, até tocar instrumentos musicais típicos.  Não são qualidades muito comuns nas mocinhas dos shoujo mangá padrão, não reunidas todas na mesma criatura. Ela é, também, virgem e inocente, beirando o clueless em algumas situações.  Trata-se, sem dúvida, de um clichê, mas salvo pelos primeiros volumes, quando ela estava no harém do Imperador, sua vida amorosa nunca centralizou as discussões da série.  A questão mais importante de Saiunkoku Monogatari era o sonho impossível da menina em se tornar funcionária pública imperial.  

Ao longo da série, graças ao jovem imperador e seus conselheiros, a possibilidade de que a moça possa chegar ao seu objetivo começa a se desenhar.  É oferecido a ela a chance de ser a primeira mulher a tentar o exame público e, se aprovada, ela poderá abrir caminho para que outras moças possam também chegar lá.  Historicamente, é situação que já aconteceu várias vezes.  A pressão sobre as pioneiras de qualquer área é muito grande e tudo isso é bem discutido dentro da série.

O curioso é que tal não seria possível sem o sacrifício do jovem imperador.  Ryūki se torna um homem melhor graças à Shūrei, tão melhor que abre mão do seu maior desejo: ter a moça como esposa.  Uma imperatriz não pode ser funcionária pública; a mulher do Imperador deve habitar a corte interior e prender Shūrei  em um harém é matá-la aos poucos.  O próprio Imperador é prisioneiro dessa corte interior e de seu dever para com a nação.  O peso sobre ele é grande demais.  Há ao longo da série uma inversão de papéis de gênero no relacionamento dos dois, pois, normalmente, é a mocinha que esquece de si, ou se sacrifica pelo amado.  Vide Black Bird.  

Em Saiunkoku Monogatari sabemos que os dois se amam, mas Shūrei não balança em nenhum momento entre seu sonho e os braços do amado.  Afinal, seu sucesso não será somente dela, mas de todas as mulheres.  Se Shūrei fracassar, as mulheres nunca mais poderão concorrer ao cargo de oficial do imperador.  Como o padrão é a China imperial, não há possibilidade de casamento para funcionários públicos.

Só que quando cheguei ao final, eu queria o melhor de dois mundos, queria que ela atingisse os seus ideais – tão raro uma mocinha de shoujo mangá mainstream que os tenha – mas terminasse também com o Imperador.  É desse tipo de frustração que eu falo.  Fica até sugerido no volume #8 que eles poderiam ser amantes, já que o imperador suplica que ela o trate pelo nome, o chame de você (*Ah, adoro esse tipo de draminha com monarcas solitários!*), pelo menos quando estiverem à sós.  E lasca-lhe um monte de beijos, como no final do anime, dizendo que não se casaria com mulher alguma a não ser ela... Só que, quanto mais Shūrei se aproximava do seu sonho, mais distante do Imperador ela está e ambos sabem disso.


Ainda assim, o volume #9 não termina com os dois em cena, mas com a vitória de Shūrei, que é aprovada em excelente colocação.  Trata-se de um mangá muito curioso, porque conseguiu manter o casal de protagonistas longe um do outro durante boa parte do tempo se, contudo, deixar de construir um romance sólido entre os dois.  Enfim, palmas para as autoras de Saiunkoku Monogatari pela ousadia, por questionar tradições e papéis de gênero, por denunciar a exclusão das mulheres por serem mulheres de alguns serviços (*até os dias de hoje*). Agora, custava muito deixar os dois juntos, custava?  ;___; E, claro, agradeço à VIz por ter publicado este mangá maravilhoso nos EUA.

Será que há algo mais nas 22 light novels do que o que foi contado no mangá?  Acredito que, sim.  Aliás, o mangá poderia ser mais longo, havia espaço para isso.  Eu terminei triste a minha leitura dinâmica do último volume, porque, afinal, o Ryūki merecia ficar com a Shūrei, ou não merecia?  Visitem esta página e babem com as ilustrações da série de Saiunkoku Monogatari em tamanho grande.

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Fumi Yoshinaga publica livro com suas entrevistas


Eu tinha perdido a notícia no Comic Natalie, mas acabei vendo a informação no Hakkeyoi!!, e precisava postar.  Yoshinaga, uma das mangá-kas que mais admiro, lançou um livro coletânea com as entrevistas que deu ao lngo de sua carreira. Não sei se são todas, ou uma seleção das melhores.  Lembro que algumas delas eu comentei aqui, porque estavam em algum outro livro, ou revista. Enfim, o nome do livro é Yoshinaga Fumi Taidan Shu Anohito to Kokodake no Oshaberi (よしながふみ対談集 あのひととここだけのおしゃべり).  E as entrevistas no livro são com: Miura Shion (ensaista), Moto Hagio (mangá-ka), Kodaka Kazuma (mangá-ka), Chica Umino (mangá-ka), Takako Shimura (mangá-ka), Fukuda Ricca (mangá-ka ou escritora???) e Yamada Naito (mangá-ka).  Nessas horas, lamento muito não ler japonês. 

Arina Tanemura estréia na revista Melody


O mangá 31☆Ai Dream (31☆アイドリーム), de Arina Tanemura, estreou na última edição da revista Melody.  A Melody, apesar de ser rotulada como revista shoujo, tem um recorte bem maduro.  Acredito que será um desafio interessante para Tanemura escrever para um público que tradicionalmente não é o seu (*não que ela não tenha leitoras para além da faixa etária alvo da Ribon*).  


Enfim, segundo o Comic Natalie, o primeiro capítulo de 31☆Ai Dream veio em um suplemento especial em tamanho B5. Para comemorar a estréia, serão sorteadas 10 exemplares autografados da ilustração da capa.  Para participar, as instruções estão na revista. Só não sei quais das duas imagens... Acho que é a com a personagem com cabelo azul.

domingo, 28 de abril de 2013

Comentando O Homem de Ferro 3 (Iron Man 3)


Ontem, assisti com meu marido Homem de Ferro 3.  Optamos por uma sessão legendada (*algo cada vez mais difícil, mesmo em Brasília*) e 2D.  Como tinha ficado sabendo que o 3D do filme era convertido, não havia sentido em pagar mais caro.  No geral, assim como os dois filmes anteriores, (*ambos com resenha aqui no Shoujo Café: 1-2*) foi uma experiência divertida. Por outro lado, ficou evidente que a mudança na direção, de Jon Favreau, responsável pelos filmes anteriores, para Shane Black, diretor dos primeiros Máquina Mortífera, fez diferença.  E, bem, não vejo como diferença para melhor, mas explico isso ao longo do texto. 

Como a história do filme é cheia de viradas e possíveis spoilers, confesso que é difícil fazer um resumo que não seja potencialmente perigoso.  Mas vamos lá... Homem de Ferro 3 se passa algum tempo depois dos eventos de Os Vingadores.  Tony Stark (Robert Downey, Jr.) mergulhou obsessivamente no trabalho como uma forma de superar o trauma da experiência no Buraco do Verme.  Por conta disso, sua relação com Pepper Potts (Gwyneth Paltrow), agora diretora-executiva das Empresas Stark, encontra-se abalada.  O filme começa com um longo flashback no Ano Novo de 1999, no qual Stark, que estava acompanhado de seu guarda-costas Happy Hogan (Jon Favreau), trata com desprezo o frágil e fisicamente deficiente cientista Aldrich Killian (Guy Pearce) enquanto corre para passar a noite com a sedutora e brilhante botânica Maya Hansen (Rebecca Hall).  Esse flashback está ligado ao surgimento de um terrível e imprevisível terrorista internacional, o Mandarim (Ben Kingsley).  O vilão, além de fazer uma série de atentados com o objetivo de desacreditar o governo norte-americano, destrói a fortaleza de Stark e tenta se apropriar da armadura do Patriota de Ferro, que é vestida pelo Coronel Rhodes (Don Cheadle).  Dado como morto no atentado a sua casa e com sua armadura danificada, Tony Stark tem pouco tempo para juntar as pedras de um quebra-cabeças que envolve sua experiência de 1999 e o terrível Mandarim contando somente com a ajuda de um garoto, Harley (Ty Simpkins).


Vou começar pelo que considero a tirada brilhante do filme, a única, aliás: o Mandarim.  A forma como o vilão de Ben Kingsley foi construído e desconstruído, acabou sendo uma grande surpresa.  A personagem, que segundo meu marido é um dos inimigos mais antigos do Homem de Ferro, era chinesa.  Quando o filme o apresenta, a criatura parece um híbrido mal arranjado de chinês genérico com os clichês mais rasteiros sobre terroristas islâmicos.  Já fiquei na defensiva, mas lá pelas tantas,  houve uma virada.  E não foi mal urdida, mas muito convincente.  A surpresa veio de encontro a uma discussão mais que corrente: será que o rosto que é exibido como líder de uma organização – terrorista ou outra qualquer – é real?  É a mente que comanda tudo?  Paro por aqui, sem spoilers para tirar o prazer de quem vai assistir ao filme.  Mas foi muito legal ver um ator de primeira grandeza, escalado para vilão de um filme blockbuster, e fazendo algo diferente do esperado.  Se não tivesse gostado do filme, o vilão valeria o ingresso.

De resto, apesar do carisma de Robert Downey, Jr. segurar qualquer filme (*Sim, eu acredito nisso!*), Tony Stark precisa estar com sua armadura.  Durante boa parte do filme o que vemos é Stark desprovido da característica que o torna O Homem de Ferro e conseguindo se safar muito bem dos perigos.  O objetivo óbvio da película é mostrar um Tony Stark vulnerável, ainda que, e permitam-me um spoiler, ele tivesse um exército de armaduras prontinhas em seu porão.  Fora isso, temos ainda a interação do herói com um garoto.  O menino Ty Simpkins é bom ator, sua personagem não é chata, mas sabe-se que usar crianças e animais é recurso mais rasteiro para levar o público à comoção e estimular a empatia com o herói.  O problema é que por mais arrogante que Stark seja, nós já tínhamos criado um vínculo de empatia com a personagem e seu intérprete lá no filme #1 e não era absolutamente necessário uma parte tão longa do filme ser dedicada a essa relação entre o adulto (*aparentemente*) desempoderado e vulnerável com o menino fofinho.  


Conforme o filme vai caminhando com Stark sem armadura, me veio a impressão de estar assistindo um filme de ação regular.  Quando Don Cheadle e Robert Downey, Jr. estão juntos em cena, sem armaduras, de armas em punho, piadinhas na ponta da língua, no covil dos vilões, aquilo me lembrou um filme policial... me lembrou Máquina Mortífera!!!!!!  Olha, nada contra, mas  o filme era do Homem de Ferro.  Em vários momentos, o que eu vi foi um charmosíssimo Robert Downey, Jr. personificando um cruzamento de MacGyver, de Profissão Perigo, com o Sherlock Holmes que o próprio ator interpreta nas telas.  Isso acontece especialmente quando Stark, estimulado pelo menino, mostra todo o seu talento criativo-tenológico com material básico comprado na loja de ferragens ali da esquina e invade a mansão do Mandarim sozinho.   De novo, nada contra, a seqüência toda foi maneiríssima MAS o filme era do Homem de Ferro.

Assim como a parte do filme com o garoto foi longa demais, a seqüência final em que estava em jogo tanto a vida do presidente dos EUA, quanto a de Pepper, também se estendeu além do necessário.  Muita correria, muita explosão, muitas armaduras, e o pobre Stark tendo que se virar em momentos cruciais com a armadura defeituosa Mark 42.  A piada da armadura, que volta e meia dava pau porque era um protótipo, funcionou bem durante algum tempo, mas se estendeu por demais da conta.  Aliás, este filme tem muito mais piadas, e a maioria funciona bem dentro do contexto, e violência.  Os vilões, quer dizer, os asseclas dos vilões, são mortos sem piedade.  Sujeitos à experiência do projeto Extremis de Killian e Hansen, eles parecem desumanizados aos olhos do heróis.  A exceção, claro, é Pepper.  Aliás, eu adorei ver a mocinha salvar o herói DE VERDADE, é algo raro e inusitado, mas isso não anula o fato de continuar achando que a seqüência foi longa demais.


No geral, esse filme do Homem de Ferro parece menos concatenado que os demais.  Quer se falar de muita coisa.  Há toda uma insistência em ser intimista, em desnudar o homem que veste a armadura do Homem de Ferro e, em alguns momentos, a coerência fica comprometida.  E insisto que não se trata de suspensão de descrença, algo mais que necessário em filmes deste tipo, mas de falhas de roteiro memso.  Dois exemplos: quando Stark acessa os dados da Extremis, seus arquivos de soldados e tudo mais, não fica muito claro como ele fez isso usando o Patriota de Ferro; mais adiante, quando temos uma multidão de armaduras em cena, o Coronel Rhodes pede para que Stark lhe empreste uma delas, o herói informa que elas estão todas codificadas para seu uso pessoal e que isso seria impossível... obviamente, não se explica como Pepper pode usar as armaduras, ou parte delas, sem problema.   Bastaria uma frase, uma informação dada em algum momento do filme, mas ninguém se importa muito.

O filme cumpre a Bechdel Rule?  Sim, claro.  Temos uma Pepper Potts muito presente e ativa e uma cientista interpretada pela excelente Rebecca Hall, que se não é marcante, pelo menos tem nome, identidade e é competente no que faz.  As soldados – e elas partem para a pancadaria com a mesma intensidade que os homens – todas têm nomes.  Pepper e Hansen, a cientista, conversam em duas situações, em uma delas, obviamente, sobre Stark, mas da outra vez é sobre ética na ciência.  Conversa curta, mas que cumpre o terceiro ponto da Bechdel Rule.  Nesse aspecto o homem de Ferro 3 se qualifica e, mais do que isso, ainda tem personagens femininas interessantes, capazes e fortes.  Nesse quesito superou os anteriores.  


De resto, um detalhe delicioso: o guarda-costas de Stark, Happy, é fã de Downton Abbey. ^__^ Enquanto ele está no hospital volta e meia vemos uma cena do seriado inglês.  Se prestei bem atenção, o sujeito ficou tanto tempo internado que a primeira vez que a situação é mostrada temos uma cena da primeira temporada; quando volta a aparecer a TV, a cena é da segunda temporada, sempre com Sybil (Jessica Brown Findlay) e Branson (Allen Leech) em evidência. :)

Vale a pena assistir Homem de Ferro 3?  Sem dúvida.  É um filme divertido, tem excelentes atuações, algumas viradas realmente interessantes.  Não é o melhor dos três, como deixei claro em meu texto, mas não ofende o fã da série ou de Robert Downey, Jr. Agora, não sei se os fãs dos quadrinhos vão gostar.  Meu conhecimento sobre os quadrinhos do Homem de Ferro é quase zero.  De resto, os créditos finais têm um gostinho de seriado da década de 1980 e, claro, temos uma cena pós-crédito.  Portanto, não levante da cadeira antes do fim e se cortarem é culpa do cinema ou da distribuidora.

Ranking do Oricon


Eu atrasei os dois rankings esta semana.  Na verdade, postei menos do que costumo aqui no blog, estou com uma carga grande de trabalho e muito cansada, para dizer o mínimo.  Enfim, mas o número de shoujo ou josei mangá no top 30 da Oricon (*o Manga News e o ANN publicam os top 50, mas eu fico com os 30 da página da empresa, já é o bastante para mim*).  Quatro títulos, o melhor colocado é Love so Life e, lá na rabeira, Kyō no Kira-kun se despede.  Espero que a próxima semana seja melhor.

12. Love so Life #12
20. Honey Bitter #8
25. Akatsuki no Yona #11
30. Kyō no Kira-kun #5

sábado, 27 de abril de 2013

Confirmado o atraso do anime de Sailor Moon


Segundo o ANN, foi confirmado por Fumio Asano, editou da Kodansha responsável pelo mangá de Sailor Moon (美少女戦士セーラームーン), que o novo anime, comemorativo dos vinte anos da série, irá atrasar.  A série estava prevista para o verão japonês e, agora, pode ficar para 2014 [*Berubara BAD feelings!*].  O anime foi anunciado com toda a pompa pela autora, Naoko Takeuchi, pela Kodansha, e pelo grupo Momoiro Clover Z em julho passado e este atraso deixa a todos os fãs preocupados.  Espero que tenhamos este anime novo ainda em 2013.  Vamos torcer.  

Segundo volume de Madame Petit lançado com sessão de autógrafos


Madame Petit (マダム・プティ), mangá de Takao Shigeru, é uma série que se passa na década de 1920 e acompanha a jornada de uma moça de 16 anos, recém-casada, e seu marido rumo à Europa.  O primeiro volume começa com uma viagem a bordo do famoso Expresso do Oriente.  O traço é simpático e eu queria muito que tivesse alguma scanlation.  Se entendi bem o Comic Natalie, esse segundo volume se passa em Paris. Pois bem, para comemorar o lançamento, as 120 primeiras pessoas que comprarem os dois primeiros volumes da série no dia 20 de março na livraria  MARUZEN & Junkudo Umeda, em Osaka, ou reservarem por telefone, ganham ingresso para a sessão de autógrafos no dia 25 de maio.


sexta-feira, 26 de abril de 2013

E teremos mesmo o anime dos Nadadores MOE


No domingo, eu havia comentado que o anime dos nadadores MOE da KyoAni provavelmente iria sair de verdade.  Essa era a aposta a partir das silhuetas no site do estúdio.  Chegou o dia 26 de abril e foi confirmado que teremos mesmo os moços bonitos nadando de lá para cá.  O nome do anime é Free! e estréia em julho.  Segundo o ANN, o elenco principal de dubladores será formado por Nobunaga Shimazaki, Tatsuhisa Suzuki, Tsubasa Yonaga, Daisuke Hirakawa, Mamoru Miyano.  Os protagonistas da série serão os nadadores do Colégio Iwatobi e seus rivais de outros colégios.  Sei lá, além do apelo MOE óbvio, pode ser que seja um anime de esportes decente.  Eu gosto muito de séries de esporte.  No ANN, há o nome de todas as personagens principais. 

Akiko Higashimura homenageia 20 Mangá-kas na revista Kiss



Segundo o Comic Natalie, Akiko Higashimura, autora de KurageHime (海月姫), prestou homenagem às autoras que se destacaram na revista Kiss nos últimos 20 anos, fechando com ela mesma.  Começamos com Suzuki Yumiko, de Shin Shiratori Reiko de Gozaimasu!  (新・白鳥麗子でございます!) cuja foto está no início do post; passamos por  Yayoi Ogawa, de Kimi wa Pet (きみはペット); e antes de Higashimura temos Tomoko Ninomiya, de Nodame Cantabile (のだめカンタービレ);   Se vocês se lembram, a Kiss fez 20 anos de publicação no ano passado.  A homenagem é um grande ensaio e vem em um apêndice selado chamado Kiss Chronicles.  A lista com as autoras homenageadas é: 


1992 / Suzuki Yumiko
1993 / Koyama Yukari
1994 / Reiko Mochizuki
1995 / Kimura Chika
1996 / Shino Yukiko
1997 / Ozawa Mari
1998 / Ono Kanae
1999 / Junko Karube 
2000 / Matsumoto Koyume
2001 / Koikeda Maya
2002 / Yayoi Ogawa
2003 / Aikawa Momoko
2004 / Risa Itou
2005 / Chiya Toriko
2006 / Yonezawa Rika
2007 / Isoya Yuki
2008 / Rokuhana Chiyo
2009 / Hiura Satoru
2010 / Ninomiya Tomoko
2011 / Higashimura Akiko

Bolsa de Taiyou no Ie é brinde com a revista Dessert


O Comic Natalie trouxe a informação de que todos os fãs de Taiyou no Ie (たいようのいえ), da mangá-ka Taamo, podem enviar um cupom para receber uma eco-bag (*é o que aprece ser*) de presente.  A bolsa mede 20 cm de altura por 30 cm de largura, e é laranja e branca.  A bolsa será enviada no Verão para todos os que pedirem.  Se entendi bem o CN, há uma história extra de Taiyou no Ie nesta edição.  Aliás, a capa da revista Dessert ficou linda.


Confirmada a data de encerramento de Vampire Knight


Como havia comentado aqui, Vampire Knight (ヴァンパイアナイト) terminará na revista LaLa de julho que será publicada no dia 24 de maio.  A data agora é oficial, a informação nova é que o capítulo final terá 52 páginas.  A imagem foi publicada no Twitter do Manga News. Aqui, no Brasil, o mangá é publicado pela Panini.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Mangá e Cinema: Três Notinhas



Ontem, li três notícias sobre filmes relacionados a mangá.  O primeiro é um projeto vindo dos EUA.  Segundo o ANN, o competente Guilhermo del Toro está participando de um projeto de adaptação de Monster (モンスター), de Naoki Urasawa, para uma série da HBO.  Ainda segundo a nota, Del Toro and Steven Thompson (Dr. Who, Sherlock) estão escrevendo o roteiro do piloto que será dirigido por Guilhermo del Toro.  Don Murphy da Angry Films (live-action de Transformers) e Susan Montford são os produtores executivos.  Haverá consultoria da Shogakukan.  Dada a qualidade do pessoal envolvido e a liberdade criativa possibilitada pela HBO, o projeto promete.


As outras duas notinhas vêm do site Nippon Cinema.   A primeira é que Majo no Takkyubin (魔女の宅急便) ou Kiki's Delivery Service será adaptado para o cinema.  Na verdade, o belíssimo anime da Ghibli sobre uma bruxinha que deve sair de casa e mostrar que é autônoma quando atinge a idade de 13 anos é baseada em um livro de  Eiko Kadono, que servirá de base para o filme.  A protagonista será a atriz Fuka Koshiba de 16 anos.  A menina superou 35390 candidatas, ficando em uma peneira com 500 atrizes.  As filmagens começam em maio e a estréia está prevista para a primavera japonesa de 2014.  Ainda segundo o Nippon cinema, há a intenção de distribuir a película para o mundo e de criar uma série de filmes.


A outra notícia é sobre o elenco do filme baseado no mangá Kanojo wa Uso wo Aishisugiteru (カノジョは嘘を愛しすぎてる), de  Aoki Kotomi.  Eu normalmente não dou essas notícias quando elas saem no Comic Natalie, porque é complicado para mim, que não sou lá muito informada sobre as estrelas japonesas, saber o nome dos atores e atrizes.  A protagonista da série, Riko, será interpretada por Sakurako Ohara, que superou mais de 5 mil candidatas.  Já Takeru Satoh – do live action de Rurouni Kenshin  (るろうに剣心) – será Aki Ogasawa, compositor da banda Crude Play, e interesse romântico da heroína adolescente.  Ryo Yoshizawa e Yuki Morinaga, serão os amigos de infância de Riko, Yuichi Kimijima e Sota Yamazaki, ambos membros da banda de rock amador da moça.  Outros atores do elenco são Saki Aibu, Takashi Sorimachi, Mitsuki Tanimura, Shohei Miura, Masataka Kubota, Kouki Mizuta, e Kodai Asaka.  Gravações começam em maio.  A estréia está prevista para dezembro.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mangá da HanaYume on line vai para a revista regular


Segundo o Comic Natalie, a mangá-ka Yamada Nanpei publicou um one-shot de Sakura no Hana no Koucha Ouji  (桜の花の紅茶王子) na revista Hana to Yume On Line.  Para quem não sabe, esta revista irmã da HanaYume tradicional é gratuita e os seus mangás podem ser lidos on line até a próxima edição.  Assim, esse one-shot de  Sakura no Hana no Koucha Ouji   funciona como um aperitivo para a estréia da série regular na revista Bessatsu Hana to Yume, ou Betsuhana, para os íntimos, no dia 26 de abril.  Curios@? É só correr na página da HanaYume On Line e dar uma olhadinha.


Novela O Clone na lista dos programas mais representativos da TV dos últimos 50 Anos


O Estadão publicou que O Clone, novela de Glória Perez (*que deve estar soltando fogos*), entrou em uma seleta lista com os 50 programas de maior relevância na TV dos últimos 50 Anos.  Quem fez o levantamento ano a ano foi a WIT - empresa suíça especializada em rastrear tendências de conteúdo de TV e programação digital pelo mundo.  Esta lista foi feita para celebrar o meio século da MIPTV, a mais tradicional feira anual de TV que acontece em Cannes.  É lá que são feitas as grandes transações comerciais do ramo.  O jornal britânico The Telegraph, além de trazer a lista inteira (*logo abaixo no post*), também explicou que nenhum programa da BBC apareceu na seleção porque a conceituada rede inglesa não cedeu seus vídeos para exibição na feira.  Só isso explica as ausências de alguns programas top da emissora, como Dr. Who, Orgulho & Preconceito (1995) e o recente Sherlock.  O legal é que ela abre com um anime, Astro Boy, e o Japão marca presença quatro vezes na lista.  E tem Jornada nas Estrelas. ^_^ 


Agora, toda lista é questionável, claro.  Onde está Arquivo X, por exemplo? Beavis & Butthead é mais importante que a série com Mulder e Scully? E Downton Abbey?  Como entender que a fraca Dragon Ball GT esteja listada e, não, a série original?  Por que Grendizer e, não, outra série de Go Nagai, como Mazinger?  Ou um Gundam ou Patrulha Estelar?  E o que dizer de Candy Candy ou Sailor Moon, sucesso em muitos países?  E, claro, como entender O Clone nessa lista e, não, por exemplo, o maior sucesso das telenovelas brasileiras: A Escrava Isaura?  Ou então, Vale Tudo? Ou... Enfim, segue a lista;

1963 - Astro Boy (Japão)
1964 - Jeopardy (USA)
1965 - The Dating Game (USA)
1966 - Star Trek (USA)
1967 - Aktenzeichen XY Ungelvst (Alemanha)
1968 - Columbo (USA)
1969 - Sesame Street (USA)
1970 - Coronation Street (UK)
1971 - The Persuaders (UK)
1972 - The Price Is Right (USA)
1973 - The Young & The Restless (USA)
1974 - Derrick (Alemanha)
1975 - Wheel of Fortune (USA)
1976 - Family Feud (USA)
1977 - The Krypton Factor (UK)
1978 - Dallas (USA)
1979 - The Kids of Degrassi Street (Canadá)
1980 - Grendizer (Japão)
1981 - Wetten, dass..? (Alemanha)
1982 - Letters and Numbers (França)
1983 - The Thorn Birds (USA)
1984 - La Piovra (Itália)
1985 - Neighbours (Austrália)
1986 - Fun TV with Kato-chan and Ken-chan (Japão)
1987 - The Bold and the Beautiful (USA)
1988 - Home & Away (Austrália)
1989 - The Simpsons (USA)
1990 - Fort Boyard (França)
1991 - Rugrats (USA)
1992 - The Real World (USA)
1993 - Beavis & Butthead (USA)
1994 - Friends (USA)
1995 - Caiga quien caiga (Argentina)
1996 - Dragon Ball GT (Japão)
1997 - Survivor (Suécia)
1998 - Who Wants to Be a Millionaire? (UK)
1999 - Big Brother (Holanda)
2000 - Popstars (Austrália)
2001 - O Clone (The Clone - Brasil)
2002 - American Idol (USA)
2003 - Rebelde Way (The Rebels) (Argentina)
2004 - Desperate Housewives (USA)
2005 - Noor (Turquia)
2006 - Got Talent (USA)
2007 - Forbrydelsen (The Killing) (Dinamarca)
2008 - Murdoch Mysteries (Canadá)
2009 - MasterChef Austrália (Austrália)
2010 - The Voice (Holanda)
2011 - Homeland (Israel/USA)
2012 - Pablo Escobar, The Drug Lord (Colômbia)

Tonari no Kaibutsu-kun já tem data para terminar


O  Manga News publicou no Twitter uma foto de uma página da revista Dessert anunciando o final de Tonari no Kaibutsu-kun (となりの怪物くん).  A data de publicação do capítulo é 24 de junho, o que não impede que tenhamos algum gaiden, dado o sucesso do mangá.  O anúncio de que o mangá estava terminando foi em janeiro.  Gosto quando as autoras anunciam com alguma antecedência que estão encerrando suas séries.  Ruim é quando, de repente, a autora ou autor chega e diz "o próximo capítulo será o último".


Outra série que caminha para o fim é Reimei no Arcana (黎明のアルカナ) de Rei Toma.  Este mangá é publicado na revista Cheese! e também consegue se sair bem nos rankings de vendagem japoneses, mas não teve série animada até o momento.  A série sai pela VIZ, nos EUA, com o nome de Dawn of the Arcana.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Três concursos comemoram os 100 capítulos de Kamisama Hajimemashita


Segundo o Comic Natalie, os 100 capítulos de Kamisama Hajimemashita(神様はじめました), de Julietta Suzuki, serão recebidos com uma festa só.  Teremos um concurso de cosplays das personagens principais; um concurso de light novels entre 800 e 1000 caracteres, a vencedora será ilustrada pela autora; e um concurso de cenas/situações, cujo prêmio é serem ilustradas pela autora.   As instruções de como participar estão na edição 10 da revista Hana to Yume, que está a venda, e, se entendi bem, os vencedores serão publicados na edição 18 da revista.  De repente, é possível participar mesmo fora do Japão.  Quem sabe?

domingo, 21 de abril de 2013

Os japoneses elegem os melhores animes derivados de light novels


Light novels são romances curtos ilustrados.  Por curtos, digo os livros, porque light novels podem formar séries de dezenas de livros.  De uns anos para cá, uma boa parte dos animes para a TV tem sua origem em light novels e, não, em mangás.  Alguns conseguiram se tornar febre entre os fãs, seja por sua qualidade de roteiro e animação, ou por outros motivos menos  nobres.  Dentre os animes derivados de light novels são poucos os que podem ser chamados de shoujo ou josei, caso, por exemplo, de Saiunkoku Monogatari (彩雲国物語) e Maria-sama ga Miteru (マリア様がみてる).  Nenhum dos dois entrou na lista dos 50 melhores animes baseados em light novels dessa pesquisa do site Anime Biglobe, porque eu fui lá procurar.  E foi uma pesquisa com muitos votantes, 13559 ao todo.  Eu vi o resultado hoje no Sankaku (+18) e estou reproduzindo o top 25 - acho que não precisa mais que isso - que foi publicado lá.  O melhor colocado, com 492 votos, foi Sword Art Online.  Eu não assisti nenhum episódio, mas foi o anime favorito do meu marido na temporada passada e ele me contou a história toda.  Segue a lista:

1. Sword Art Online
2. The Melancholy of Haruhi Suzumiya
3. Hyouka
4. A Certain Magical Index
5. Kokoro Connect
6. Sakurasou no Pet na Kanojo
7. Aria the Scarlet Ammo
8. Humanity Has Declined
9. Ore no Imouto ga Konna ni Kawaii Wake ga Nai
10. Accel World
11. Shakugan no Shana
12. Durarara!
13. Zero no Tsukaima
14. Baka to Test to Shoukanjuu
15. Monogatari series (Bakemonogatari, Nisemonogatari, Nekomonogatari)
16. Ore no Kanojo to Osananajimi ga Shuraba Sugiru
17. Chuunibyou Demo Koi ga Shitai!
18. Boku wa Tomodachi ga Sukunai
19. Horizon on The Middle of Nowhere
20. Ro-Kyu-Bu!
21. Denpa Onna to Seishun Otoko
22. Full Metal Panic!
23. The Ambition of Noda Nobuna
24. Kore wa Zombie Desu Ka?
25. Seitokai no Ichizon

sábado, 20 de abril de 2013

Gag Anime de Glass Mask terá continuação


Humor é cultural e isso já foi objeto de muitas análises, livros e toda sorte de observação.  Daí, não posso dizer que não faz sentido que esse anime comédia de Glass Mask (ガラスの仮面),  Glass no Kamen Desu ga (ガラスの仮面ですが), vá ter continuação.  Estou aqui baixando o segundo episódio; o primeiro, assisti logo que saiu, é curtinho e não tem ninguém legendando.  Não achei nada demais, especialmente quando penso em como  BeruBara Kids (ベルばらKids) é simpático.  E vocês sabem que eu gosto de Glass Mask, acho uma série espetacular, torço pela Maya e pelo Masumi... Enfim, preparem-se, porque além do filme, Glass no Kamen Desu ga Onna Spy no Koi! Murasaki no Bara wa Kiken na Kaori!? (ガラスの仮面ですが THE MOVIE 女スパイの恋! 紫のバラは危険な香り!?), que estréia em 22 de junho, teremos, segundo o Comic Natalie, mais uma leva de episódios curtos em uma nova temporada chamada de Glass no Kamen Desu ga Z (ガラスの仮面ですがZ).  Só o amor dos japoneses pelo mangá eterno de Suzue miuchi são capazes de justificar essas séries aos meus olhos.

Não consigo acessar o Ask, Favor usar o Formspring


Estou recebendo várias perguntas via Ask.  O e-mail chega, mas quando tento acessar o site, recebo a mensagem "No Robots Allowed".  Bem, eu não uso robôs para gerar respostas automáticas.  Não sei como resolver o problema, e queria responder algumas perguntas imediatamente, não pensem que é má vontade.  Enfim, nem o widget parece estar funcionando direito. 

A boa notícia é que o Formspring não acabou, por isso mesmo, recomendo que vocês voltem a usá-lo.  Recoloquei o link no blog.  Agora, peço que parem de enviar (*e nem sei se são leitores do blog*) seu dever de casa para que eu responda, porque eu não estou aqui para dar cola.  Vá estudar!

Ryoko Fukuyama estréia novo mangá na Hana to Yume


Como o Comic Natalie já deu várias notas sobre esta série, acho que tinha obrigação de comentar aqui.  Pois bem, Ryoko Fukuyama, que parece ter se confirmado como mangá-ka de ponta com Monokuro Shounen Shoujo (モノクロ少年少女), estreou um novo mangá na Hana to Yume.  


Fukumenkei Noise  (覆面系ノイズ) parece ser uma série sobre uma banda de rock – ou qualquer outro tipo de música que me escapa – formada por alunos do colegial.  O Manga News deu o seguinte resumo: Nino é um garoto apaixonado por sua amiga de infância, Momo, que adora cantar.  Só que a paixão é em mão única, e o rapaz não acredita que terá seus sentimentos retribuídos.  Só que um dia, eles encontram outro garoto que está no trem compondo uma música... Nada que fale muito sobre a banda, mas acredito que música seja importante na história.  E no próximo número da HanaYume já teremos um CD chamado “in NO hurry to shout” como brinde para comemorar a série.  A página de Ryoko Fukuyama é esta aqui.


E, se entendi bem o CN, teremos um encarte comemorativo dos 200 capítulos de Skip Beat! (スキップ・ビート!) e dos 20 anos de carreira da autora da série, Nakamura Yoshiki.  É isso.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Ranking do Comic List


Eis o ranking do Comic List da semana de 13-19 de abril.  Esse ranking é tão louco nas suas atualizações, que só de virar a página, 0 ranking do dia 12-18 foi perdido.  O que isso significou?  Bem, Taiyou no Ie , que está com uma capa muito fofa, estava em 17º lugar e foi para 23º.  De qualquer forma, são somente dois shoujo no top, 30, Kyou no Kira-kun também tem uma capa bonitinha.  Esta semana, e não sei por quanto tempo isso vai durar, é de Shingeki no Kyojin, mangá shounen muito elogiado e cujo anime está em exibição.  Todos os seus 10 volumes lançados estão no top 30.  É um grande feito, ainda que nessa virada que mencionei o primeiro lugar tenha sido perdido para Silver Spoon.

23. Taiyou no Ie  #8
25. Kyou no Kira-kun #5

Em shoujo, temos uma mescla de títulos que já estão a semanas entre os mais vendidos, como Ore Monogatari!! e o josei Kyou wa Kaisha Yasumimasu。, e coisas novas.  Obviamente, há uns erros grosseiros, como colocar Meiji Hiiro Kitan, mangá josei da Be Love, em shoujo.  Mas o problema é mesmo no ranking josei, porque, bem, o top 10, na verdade, o top 15, é todo BL, salvo por Chihayafuru.  Pergunto-me por qual motivo não criam um top 30 yaoi para que possamos ter idéia dos josei  maisntream mais vendidos.  Além disso, o Bl tem representatividade para ter um ranking próprio, ou não?  E se lembrarmos da Taiyosha, este ranking existiu por anos, até que acabaram com ele.  Enfim, é isso!  Semana que vem tem mais. 

SHOUJO
1. Taiyou no Ie  #8
2. Kyou no Kira-kun #5
3.  Honey Bitter #8
4. Yamato Nadeshiko Shichihenge  #33
5. Douse Mou Nigerarenai  #4
6. Meiji Hiiro Kitan  #7 
7. Toshokan Sensou: Love & War  #11
8. Yajikita Gakuen Douchuuki II  #6
9. Nagareboshi Lens #6
10. Ookami-heika no Hanayome  #8
11. Love so Life #12
12. Kanojo wa Uso wo Aishisugiteru  #11
13. Akatsuki no Yona  #11
14. Ore Monogatari!! #3
15. Kyou wa Kaisha Yasumimasu。#3

JOSEI
1. Aitsu no Daihonmei  #6
2. Irootoko no Irogoto 
3. Honto Yajuu #6
4. Neko Neko Honey  
5. Seishun License  
6. Kono Otoko o Ore ni Kudasai  
7. Ultimate Lovers ROUND 1
8. Gosan no Heart  
9. Chihayafuru #20
10. Ore Dake ni Amai Koe 
11. Sensei no Himitsu, Shittemasu  
12. Choukyou no Jikan ~Kichiku na Kare to Junjou Dorei~
13. Itoshiki Kemono no Sumeru to Koro  
14. Maou Lover  
15. Midnight Dog Show  

Ranking do Comic List


Vocês devem ter percebido que não postei o ranking do Comic List na semana passada.  Salvei a lista para postar e acabei não publicando.  Ainda bem que não aconteceu como umas três ou quatro semanas atrás, que eu acabei apagando sem querer... Acontece.  Enfim, este ranking corresponde ao da semana de 06-12 de abril e só tínhamos dois shoujo mangá no top 30.  O destaque do ranking ficou com o mangá Shingeki no Kyojin que ocupou o topo do ranking e levou todos os seus dez volumes para o top 30.  Além do anime no ar, este shounen mangá terá live action no ano que vem, ou seja, tem tudo para continuar bombando.

12. Ookami-heika no Hanayome  #8
16. Toshokan Sensou: Love & War  #11

Em shoujo, temos uma série terminando, Oiran Girl, de Hibiki Wataru.  Esta série normalmente aparece no ranking de shoujo, que está bem equilibrado entre títulos novos e aqueles que tem permanecido nas últimas semanas, como Ore Monogatari!!  Em josei, predominam os mangás BL e temos a presença de dois shoujo da revista ARIA fora do lugar, Ani ga Imouto de Imouto ga Ani de。e  Pika☆Ichi, que está terminando.  De josei mais mainstream no top 10, temos somente Chihayafuru.

SHOUJO
1. Ookami-heika no Hanayome  #8
2. Toshokan Sensou: Love & War  #11
3. Oiran Girl #5
4. Uchi no Pochi no Iu Koto ni wa  #6
5. Douse Mou Nigerarenai  #4
6. Kanojo wa Uso wo Aishisugiteru  #11
7. Uryuudou Yumebanashi #14
8. Skip Beat! #32
9. Ore Monogatari!! #3
10. Aozora Yell #12
11. Kobayashi ga Kawai Sugite Tsurai!!  #2
12. Principal #6
13. Renai Caffeine  #2
14. Kyou wa Kaisha Yasumimasu。#3
15. Ore Monogatari!! #1

JOSEI
1. Aitsu no Daihonmei   #6
2. Honto Yajuu  #6
3. Irootoko no Irogoto
4. Neko Neko Honey
5. Ani ga Imouto de Imouto ga Ani de。#3
6. Kono Otoko wo Ore ni Kudasai
7. Chihayafuru #20
8. Gosan no Heart
9. Midnight Dog Show
10. Pika☆Ichi #7
11. Koyoi Omae to  #3
12. Maou Lover
13. Itoshiki Kemono no Sumeru to Koro
14. Mayonaka wa Aozora Shokudou
15. Otodoke ni Agarimasu!

O novo gaiden da Rosa de Versalhes será sobre André


Amanhã (20/04), será publicada no Japão a especialíssima edição da revista Margaret comemorando os 50 anos da revista.  Segundo o ANN, o gaiden da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら) será sobre André antes de encontrar Oscar.  Imagino que enfoque a morte dos pais do garoto e como ele foi morar com a avó.  Esse gaiden terá 16 páginas.

Como acompanho o traço de Ikeda, tenho vários mangás dela representativos de quatro décadas de trabalho (*e nenhum dos anos 1960*), não estou lá muito empolgada.  Faz tempo que os desenhos de Ikeda não me enchem os olhos e seria uma grande surpresa vê-la resgatando o estilo dos anos 1970 especialmente para esse gaiden.  Em outros gaiden da Rosa publicados nos anos 1980 (*e que não saíram na Margaret*), ela usa seu traço atual, não o da obra original.  Ikeda continua fazendo um trabalho bem divertido em BeruBara Kids, e espero que com esse sucesso do anime gag de Glass Mask alguém convença Ikeda a deixar que suas tirinhas sejam animadas, mas fora esta obra, o que vi de mangá recente dela me dá uma tristeza muito grande.  De resto, Riyoko Ikeda escreveu para o Takarazuka e esses espetáculos, sobre André e sobre Alain, bem que poderiam virar gaiden, também.


De resto, eu vou encomendar esta edição histórica e confesso que minha maior curiosidade é sobre Ace Wo Nerae ( エースをねらえ!).  Sumika Yamamoto abandonou a carreira faz tempo para dedicar-se á religião (*desconfio que tenha se tornado monja budista... sei lá*).  Então, o que de Ace teremos nesta edição?  Entrevista?  Ilustrações?  Bem, quando a minha edição chegar (*vou encomendá-la, claro*), eu descubro.  A capinha da primeira Margaret veio do site Manga News.  As duas ilustrações são fanarts, mas não sei quem é a autora (*ainda que desconfie*).