domingo, 30 de maio de 2021

Sony revela que mulheres são donas de 41% dos PS4 e PS5 + Recomendação de Vídeo

Pois é, quem revelou a informação foi a própria empresa., citando o Tech Mundo: "A informação foi divulgada diretamente pela própria Sony Interactive Entertainment em uma apresentação feita pelo seu CEO Jim Ryan. Em um dos gráficos revelados em sua última reunião com investidores, Jim falava sobre as diferentes demografias de clientes PlayStation, e então mostrou esse considerável crescimento no mercado feminino através do tempo."

Se as mulheres eram apenas 18% das compradoras de PS1, a coisa mudou bastante e, enfim, é importante falar que as mulheres ainda são muito perseguidas e discriminadas no meio gamer, que é um dos nichos mais tóxicos do universo nerd.  Ainda no mesmo tópico, porque a matéria é comentada, recomendo a última live do Canal Gay Nerd que teve um convidado muito bom e tinha como tema "Por que NERDS são tão PRECONCEITUOSOS?".  Vale cada minuto, o convidado, o Christian Gonzatti faz doutorado estudando cultura pop e diversidade.

Segunda temporada de My Next Life as a Villainess: All Routes Lead to Doom! já tem data de estreia

Otome Game no Hametsu Flag shika nai Akuyaku Reijou ni Tensei shite shimatta... (乙女ゲームの破滅フラグしかない悪役令嬢に転生してしまった…) ou My Next Life as a Villainess: All Routes Lead to Doom! é uma série isekai que virou um sucesso tão grande que criou uma legião de cópias e clones.  Não sabe do que se trata?  Katarina Claes tem oito anos e é filha de um duque.  Mimada, insensível, no dia em que ela é apresentada ao seu futuro marido, o Geordo Stuart, ela sofre um acidente e bate a cabeça.  O menino se sente responsável e decide que não pode romper a aliança.  Já Katarina, bem, ela se lembra da sua vida passada... 

Um dia, Katarina viveu na Terra e era uma adolescente de 17 anos.  Uma otaku viciada em jogos de relacionamento.  O último jogo que ela jogou chamava-se Fortune Lover.  A vilã do jogo se chamava Katarina Claes.  À caminho da escola, Katarina se acidentou e morreu.  Não sabemos nesse primeiro capítulo de maiores detalhes, mas uma coisa ela sabe, sendo vilã do jogo, ou ela morre, ou vai para o exílio e morre lá, porque, bem, ela é uma ojousama mimada que não consegue sobreviver sem um séquito de empregados.  

Katarina fica super confusa no início, mas  começa a colocar o pé na situação.  Ela não é a heroína do jogo, quando ela tiver 15 anos e for para a escola onde a ação acontece, independentemente de qual cara (*é um jogo de namoro, afinal*) a mocinha escolher, ela irá morrer, ou ser exilada.  O que ela pode fazer para se salvar?!

Como o anime foi um sucesso e não cobriu a história inteira, que começou nos livros e, depois, virou mais de um mangá, fomos premiados com uma segunda temporada.  Enfim, o anime estreia em 2 de julho.  No novo trailer, podemos ouvir a abertura que se chama Andante ni Koi o Shite! da cantora angela.  Se vocÊ qusier ler a resenha que fiz do primeiro capítulo da primeira temporada, ele está aqui.

sexta-feira, 28 de maio de 2021

O Fim do Canal Loading: Recomendação de Vídeo

 

Ontem, ficamos sabendo da demissão em massa de funcionários do Loading, que tem mais ou menos seis meses e estreou como um canal especializado em cultura pop.  Eu tentei encontrá-lo, mas acredito que não está disponível em Brasília.  Mas, enfim, sem prévio aviso, demitiu cerca de 60 pessoas e colocou fim a todos os programas ao vivo e inéditos.  Só irá exibir reprises.  Hoje, outra matéria visou que o canal já está sendo negociado com alguma igreja.  Enfim, coisas do capitalismo, na verdade, de um capitalismo obtuso.  De qualquer forma, o Fábio do Coisas de TV fez um excelente vídeo sobre o caso e estou recomendando.  Peço que vocês deem uma olhada nele, porque explica direitinho o caso.

Ranking da Oricon - Semana 17-23/05

Saiu o ranking da Oricon e temos três mangás femininos no top 30, ainda que nenhum entre os dez primeiros.  Namaikizakari。e Aoshima-kun ha Ijiwaru entraram esta semana, já Uruwashi no Yoi no Tsuki estava no top 10 da semana passada.  Só repetindo, olhar o ranking da Oricon permite que a gente tenha uma ideia do que está vendendo no Japão e o que pode ser licenciado pelo mundo, o que pode virar dorama, ou anime.

1. Kaguya-sama wa Tsugera Setai ~Tensai-tachi no Renai Zunousen~ Bangai-hen #22
2. 【Oshi no Ko】 #4
3. Uma Musume: Cinderella Gray #3
4. Jojo no Kimyou na Bouken #26
5. Blue Lock #14
6. Kinou Nani Tabeta? #18
7.Komi-san wa Komyushou Desu。 #21
8. Bakemonogatari #13
9. Blue Period #10
10. Uma Musume Pretty Derby Anthology Comic STAR
13. Namaikizakari。 #21
14. Aoshima-kun ha Ijiwaru #2
22. Uruwashi no Yoi no Tsuki #2

quinta-feira, 27 de maio de 2021

JBC vai relançar mais um clássico de Osamu Tezuka: Buda + Assistam o novo vídeo do Shoujo Café

Não vou me estender muito, porque no final tem o novo Shoujocast e dedico os dez primeiros minutos a comentar My Broken Mariko (マイ ブロークン マリコ) e as escolhas da JBC e do mercado brasileiro atual. Enfim, com o anúncio do relançamento de Buda (ブッダ), teremos mais Tezuka neste momento significa uma opção pelos consumidores mais velhos, fãs de Tezuka, os que ainda tem emprego no Brasil, ou que tem bens,  e os estudiosos de mangá.  Esse nicho deve estar bem lucrativo mesmo, porque as várias editoras parecem estar disputando Tezuka neste momento.  Como ele publicou muita coisa, pode ser um negócio para décadas.  E deixo a recomendação de um vídeo de ontem do canal Orientação Marxista que trata da estratégia de aumentar preços, elitizar serviços e, ainda assim, conseguir lucrar.  O vídeo analisa o caso do metrô nas várias capitais do Brasil, mas a lógica é a mesma.  Se é a estratégia e se está dando certo, as editoras vão enveredar por este caminho, porque ele é super comum no Capitalismo.

Voltando para Buda, espero que repitam, agora como caso pensado, o que foi feito quando a Conrad lançou Buda.  Era comum nas grandes livrarias, vi isso na Saraiva Megastore da Rua do Ouvidor no Rio de Janeiro, que ao invés de colocar o mangá na seção de quadrinhos, o colocavam com os livros religiosos.  Com isso, se atingiu um público não previsto, que não lê mangá, ou qualquer quadrinho, mas que viu, comprou, gostou e colecionou.  A diferença é que, de lá para cá, cresceu a intolerância religiosa, o que pode fazer com que muita gente tenha medo de levar um mangá sobre um ícone de outra religião para casa. Aliás, na época do Adolf (アドルフに告ぐ) da Conrad, vi o mangá na seção de História, no meio dos Hobsbawm em uma tradicional livraria de Brasília.  Melhor estratégia.

A edição da JBC terá 8 volumes e seguirá o formato de Chi's Sweet Home (チーズスイートホーム), com 300 páginas e que custa no Amazon 45 reais.  Buda foi lançado no Japão entre 1972 e 1983, passando por três revistas shounen diferentes da editora Ushio Suppansha e contou com 14 volumes.  Seus direitos depois passaram para a Kodansha, que republicou o mangá em vários formatos diferentes. No Brasil, Buda foi publicado pela primeira vez entre 2005 e 2006 pela editora Conrad.  Devo ter alguns volumes de Buda em casa, mas não sei onde estão.  Abaixo, o vídeo do último Shoujocast:

quarta-feira, 26 de maio de 2021

JBC anuncia My Broken Mariko

My Broken Mariko (マイ ブロークン マリコ), mangá de Waka Hirako, começou a ser lançado em 2019 e foi um dos trabalhos mais premiados e elogiados do ano passado.  Eu acreditava que era uma série, mas se trata de um one-shot que não ocupa nem um volume inteiro.  Tenho a edição norte-americana e ela traz uma história curta no final, que nada tem com o original, mas é igualmente excelente.  Recomendei um vídeo do Comix Zone sobre ele e comentei no mau vídeo comemorativo do 8 de março que desconfiava que My Broken Mariko já estava licenciado (*está aí embaixo do minuto em que começa*).  Estava, só não esperava que fosse pela JBC.  

Como estou editando um vídeo no qual comento o mangá e outras coisinhas, deixo o resumo geral da história: A série tem como protagonista uma jovem office lady chamada Tomoyo Shiino.  Ela tem uma melhor amiga, Mariko, que acaba de cometer suicídio.  Tomoyo descobre isso pela TV e começa a recordar dos abusos que Mariko sofreu por obra de sua família durante a infância e adolescência. Shiino era uma criança, também, ninguém a ouvia, ela não tinha como ajudar Mariko, ninguém, aliás, parecia realmente enxergar as manchas roxas, os machucados, a magreza da garota, ou por qual motivo ela não era tão assídua na escola. Shiino então decide que irá fazer algo por Mariko, roubaria suas cinzas e impediria a amiga de ficar para sempre ao lado do pai abusador.  É o início da história.  É um mangá curto e intenso e que merece estar na sua casa.  Espero colocar meu vídeo no ar e que vocês possam assistir o que mais eu quero comentar.

segunda-feira, 24 de maio de 2021

JBC anuncia a reedição da Princesa e o Cavaleiro na live do JBOX TV


 Assisti boa parte da live da JBC no JBOXTV.  A live tinha como título Shoujo Mangás: Muito Além das Flores e o objetivo era falar da demografia, traçar uma história e, ao mesmo tempo, celebrar os vinte anos da JBC publicando mangás.  Parei o meu trabalho, estou produzindo slides sobre Absolutismo e Mercantilismo, não levei o pobre Meteoro (*meu cachorro*) para passear, e assisti ao programa, porque a Pachi me chamou.  Até comentei mais do que devia, posso ter sido até inconveniente até, mas confesso que não tenho mais idade para ter paciência com gente que visivelmente não gosta de shoujo, ainda mais querendo desviar o assunto a todo momento para falar de outros temas.  "No meu tempo de criança, meninos e meninas assistiam Fantomas e Speed Racer, todo mundo gostava das mesmas coisas, o que importa é a qualidade.".  

Bem, eu não lembro de Fantomas na TV, sou ligeiramente menos velha, mas a gente assistia QUALQUER ANIME que passasse na TV.  O que tinha, a gente via.  Coisa boa, coisa mais ou menos, a gente via.  Também achei meio o fim da picada confundirem character design do anime de Cavaleiros do Zodíaco (セイントセイヤ),,e da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら) com os respectivos mangás.  Sério gente?  Pessoa que publica mangá, que é do meio, e não sabe que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa?  E ainda meio que impedindo que as moças da live falassem.  OK, mas eis que iam fazer o anúncio de um mangá.  Pela forma como o Del Greco estava encaminhando a coisa, eu desconfiei que não seria nenhuma novidade, mas uma reedição de luxo de alguma coisa.

Enfim, teremos A Princesa e o Cavaleiro em formato grande e dois volumes.  É bom ter este mangá, um clássico, uma das pedras fundamentais do shoujo mangá com qualidade?  É, sim, mas preferia uma novidade de fato, uma série nova.  Fico também me perguntando se há público para A Princesa e o Cavaleiro para além dos entusiastas por Tezuka e dos estudiosos de mangá, mas como nunca saberemos se um mangá vende, ou não vende, porque eles só comentam quando é um sucesso absurdo, tampouco sabemos das tiragens, eu nem me estresso mais com essas coisas.

A Princesa e o Cavaleiro, ou Ribon no Kishi (リボンの騎士), conta a história de uma princesa que, por uma traquinagem de um anjo, nasce com dois corações, um de menino e outro de menina.  Como no reino de seus pais somente os homens poderiam reinar, o rei e a rainha decidem esconder que Safiri é uma garota e ela é publicamente um menino, mas recebe uma educação adequada aos papéis de gênero masculinos e femininos.  Se a fraude for descoberta, uma tragédia poderá acontecer.  Mas a princesa cresce, seu coração de  mulher muitas vezes se insurge e ela e ela conhece o príncipe do reino vizinho por quem se apaixona.  O anjo brincalhão também recebe a ordem de vir para a Terra e recuperar o coração de menino.  E, bem, seu segredo não será um segredo por muito tempo... Safiri é a primeira garota-príncipe e um modelo para todas as outras.

O mangá foi publicado originalmente na Shojo Club entre 1953 e 1956, sendo o primeiro shoujo mangá a seguir um modelo de serialização que já estava em vigor nas revistas para garotos, incorporando, também, a narrativa inspirada no cinema.  A série teve uma continuação com os filhos da heroína e foi republicada na Nakayoshi entre 1963 e 1966 com algumas revisões e com correções no olhos para que eles ficassem mais de acordo com a estética dos shoujo mangá. Devo comprar essa nova edição de A Princesa e o Cavaleiro, mas fiquei um tanto frustrada.  Há muita coisa que não saiu no Brasil e não sei se A Princesa e o Cavaleiro vem porque tem público, ou por ser escolha do editor.

domingo, 23 de maio de 2021

Dorama de Love Phantom estreou no dia 13 de maio

Estava com a matéria aberta aqui, mas não tinha postado ainda.  Love Phantom (ラブファントム), de  Kako Mitsuki, virou dorama e estreou no dia 13 de maio, segundo o Manga News.  A série tem 11 volumes até o momento e estreou em 2014 na revista Petit Comics.  A série conta a história de amor entre Momoko, uma simples funcionária do café de um hotel, e Kei, um funcionário bem mais importante no mesmo estabelecimento. Os dois se beijam rapidamente, mas a jovem não se considerará digna dele o suficiente.

A série é dirigida por Osamu Minorikawa e estreou no canal japonês MBS e, também, na plataforma Hulu. Os atores Renn Kiriyama e Sakurako Konishi serão os protagonistas, interpretando Kei Hase e Momoko Hirasawa, os dois protagonistas da história.  O site oficial do dorama é este aqui.  Já existe capítulo legendado em inglês de Love Phantom circulando por aí.

Samurai Kaasan vai virar dorama

Samurai Kassan (サムライカアサン), de Mina Itaba, é uma série sobre a relação de uma mão hiperativa e super protetora e seu filho Takeshi.  A série foi publicada originalmente na extinta revista Chorus e sua continuação, que tem o mesmo título mais um "plus", saiu na revista Cocohana. 

 Parece que na segunda série há outra filha, que ainda é criança.  Segundo o Comic Natalie, a série será produzida pela Nippon Television e estria no Hulu em outubro.

Ranking da Oricon - 10-16/5/2021

Fazia muitos meses que eu não postava os rankings da Oricon, isto é, que não registrava no blog quais são os mangás mais vendidos da semana  no Japão.  O top 30 estava sendo dominado por uma mesma série e estava tudo muito repetitivo.  Daí, você deixa de postar uma semana e outra e se perde.  Vamos tentar voltar, porque é sempre importante observar o que está vendendo no Japão.  Nesta semana, apesar de uma série com uma suástica no título original dominar várias posições, temos três mangás femininos no top 10 e duas delas nas primeiras colocações.  Onna no Sono no Hoshi foi o mangá feminino mais premiado de 2020 e parece estar vendendo bem, ocupava a quinta colocação na semana passada e subiu.  Agora, só há mangás femininos no top 10.  É muita coisa, eu sei, é importante, mas sempre é bom ter mais.  Como é o costume por aqui, posto o top 10 inteiro e os mangás femininos entre a 11ª e 30ª colocação, caso exista algum.  Não há.  Segue a lista:

1. Onna no Sono no Hoshi #2
2. Uruwashi no Yoi no Tsuki #2
3. Ajin #17
4. Tensei Kenja no Isekai Life ~Daini no Shokugyou o Ete, Sekai Saikyou ni Narimashita~ #12
5. Jujutsu Kaisen 0 - Tokyo Toritsu Jujutsu Koutou Senmon Gakkou
6. Jujutsu Kaisen #15
7. MF Ghost #11
8. Ojou to Banken-kun #6
9. Darwin's Game #23
10. Toukyou Revengers #22

sexta-feira, 21 de maio de 2021

Volume #13 de Gekkan Shoujo Nozaki-kun terá uma edição especial

Segundo o Manga Mogura, o volume #13 de Gekkan Shoujo Nozaki-kun (月刊少女野崎くん) vira com um booklet chamado volume #0.  Este livro brinde terá 80 páginas com 18 delas coloridas.  O lançamento está previsto para 11 de agosto.  Nozaki-kun é uma série muito boa, merecia uma segunda temporada animada, e espero que, um dia, seja publicado no Brasil.  Apesar de acompanhar o mundo do shoujo mangá, a série sai em uma revista shounen, Eu coleciono a edição norte-americana e não sei se eles vão lançar esse volume especial.

quinta-feira, 20 de maio de 2021

RIP Kentaro Miura: Uma Perda Súbita de um grande talento

Não sou leitora dos trabalhos de Kentaro Miura, mas não existe fã de mangá e anime que não conheça Berserk (ベルセルク), a maior obra do autor e que estreou em 1988.  Hoje, fomos pegos de surpresa com a notícia da morte de Miura aos 54 anos por alguma complicação cardíaca (dissecção aguda da aorta).  Segundo a editora Hakusensha, o autor faleceu no dia 6 de maio e a família promoveu uma cerimônia privada.  

Eu fui buscar posts sobre Kentaro Miura, lembrava de um e achei dois (*1 - 2*).  O mangá-ka fez fanarts de Akatsuki no Yona (暁のヨナ) e coloquei os dois no post.  Não sei se Miura era leitora da série, ou se tratava de alguma campanha promocional somente.  

A notícia da morte de Miura foi publicada inclusive na BBC, o que surpreendeu muita gente, com vários elogios à obra do autor.  Aos 54 anos somente, ele poderia produzir ainda muita coisa e é uma perda enorme para a indústria de mangás a sua partida.  

quarta-feira, 19 de maio de 2021

Livro recompila entrevista de Hagio Moto à NHK

O Pro Shoujo Spain deu detalhes do livro Bessatsu NHK 100-pun de Meicho Ji o Tsumugu Tabibito Hagio Moto (別冊NHK 100分de名著 時をつむぐ旅人 萩尾望都) que recomplica um programa de 100 mitnuos da NHK sobre Hagio Moto.  O livro trará 13 páginas de entrevista com a autora, além de quatro capítulos com participação de especialistas em literatura e mangá-kas.  O capítulo sobre O Coração de Thomas tem a participação da crítica de literatura fantástica e fantasia Mari Kotani, No capítulo #2, temos o foco em Iguana Girl, que é uma metáfora da difícil relação da autora com sua mãe, que nunca aceitou que ela fosse mangá-la, e Zankoku na Kami ga Shihaisuru, que se centra no drama de um adolescente que é abusado sexualmente pelo padrasto e esconde da mãe o seu sofrimento, porque ela é emocionalmente instável e apaixonada pelo marido.  O capítulo #3 é sobre Barbara Ikai e conta com a participação do Prof. Shohei Chujo tradutor e especialista em literatura francesa.  O último sobre Poe no Ichizoku conta com a participação do escritor de ficção científica e fantasia Baku Yumemakura.

Imagino que seja um material magnífico, se o dólar não estivesse descontrolado, eu encomendaria, mesmo sem saber ler japonês.  Um Mook é um formato grande (A5), com papel de grande qualidade.  O livro tem 152 páginas e custará 1210 ienes.  Lançamento previsto para 25 de maio.

Mangá de Suenobu Keiko na revista Be Love vai ser publicado, também, na Young Magazine

Suenobu Keiko comentou no Twitter que seu mangá atual, Ochitara Owari  (おちたらおわり) começou a ser publicado na edição eletrônica da revista seinen Young Magazine.  A série, que já vai no quinto volume, é publicada na revista Be Love.  Isso indica que Suenobu Keiko tem público entre os leitores de seinen mangá e olha que a Young Magazine nem é daquelas revistas mais "unissex" como a Morning ou a Afternoon, vide a capa.

Suenobu Keiko já tinha publicado em revista seinen antes, na Young Animal Arashi, ela participou de uma antologia chamada Mangaka-san Irasshai! R's Bar - Mangaka no Atsumaru Mise  (漫画家さん いらっしゃい! R's Bar 〜漫画家の集まる店〜), além de Life 2 Give Taker (ライフ2 ギバーテイカー), que saiu na Afternoon.  Como a Young Magazine é semanal, logo, logo, ela alcança a edição original.  Eu realmente me surpreendo de Ochitara Owari não ter scanlations, mas não achei.  A serie segue o dia-a-dia de uma jovem casada e mãe, que vai morar naqueles conjuntos de apartamentos que pertencem à empresas e sua convivência com as vizinhas, especialmente, a que aparece volta e meia nas capas e tem cara de psicopata.  Enfim, é Suenobu Keiko, então, a gente espera que seja coisa pasada.

segunda-feira, 17 de maio de 2021

RIP Eva Wilma: Perdemos uma das Grandes Damas da TV

Sábado perdemos uma das maiores atrizes brasileiras, Eva Wilma (1933-2021).  Eu deveria ter feito um post ontem, mas acabei não conseguindo, não podia deixar, no entanto, de registrar a partida da atriz.  Até o último momento, ela trabalhou e na UTI gravou a narração para um filme que ainda não tem data de estreia.  Eva Wilma, uma atriz de múltiplas facetas e que transitava sem problema do drama à comédia, que dava dignidade a todas as suas personagens, teve uma vida longa e produtiva e o câncer a levou. Essa doença maldita. 

O papel mais antigo de Eva Wilma do qual me recordo é a Márcia de Elas por Elas (1982), uma das minhas novelas favoritas, em seguida, a Maura de Roda de Fogo (1986), onde ela fazia uma mulher que tinah sido torturada na Ditadura Militar e ficara traumatizada, e  a romântica Penélope de Sassaricando (1987).  Sei que muita gente lembra de Eva Wilma por causa de suas vilãs, e escrevo o episódio com a atriz da série As Vilãs que Amamos do Viva, mas eu me lembro mais da atriz em papéis positivos mesmo.  Ainda poderia acrescentar a médica experiente do seriado Mulher.  Ela fez uma vilã em uma novela que gosto muito, foi a D. Cândida de Desejo Proibido, mas os papéis dela que mais me marcaram foram exatamente os outros.

Enfim, perdemos em rápida sucessão grandes talentos e antes de Eva Wilma já tínhamos perdido Nicette Bruno. Eu coloquei no post duas fotos de Eva Wilma em momentos importantes da História do Brasil, a Passeata dos Cem Mil (1968) e outra passeata durante a campanha pela Anistia.  Eva Wilma, ao que parece, também abraçou as melhores causas.  Ela fala sobre isso em outra das séries do Viva, o Grandes Damas da TV, ela comenta do pai alemão e da perseguição que ele passou no Brasil durante a Segunda Guerra e ela diz que aprendeu a lutar cedo.  Espero que ela esteja bem, onde quer que esteja e na companhia das bravas mulheres que estavam com ela na Passeata dos Cem Mil: Odete Lara, Norma Bengell, Tônia Carreiro e Cacilda Becker.

domingo, 16 de maio de 2021

Post atrasado do Dia das Mães: Em Memória das Mães e Meninas de Cabul

Semana passada, comecei um post do Dia das Mães e não postei.  Queria falar de uma série de oicas, da creche em Saudades, do Jacarezinho e do atentado a uma escola xiita para meninas no Afeganistão.  Pensei em nem publicar, afinal, uma semana depois, mas quero marcar o acontecido.  O parágrafo é da semana passada.  Até quando teremos que lutar para que meninas tenham direito à educação.  Segue o parágrafo como estava.  É somente um memorial.

"Hoje, quando estava no mercado, vi a notícia sobre o sepultamento coletivo de mais de cinquenta meninas mortas em uma tentado à bomba em Cabul.  Era horário de saída da escola, um caminhão bomba explodiu na frente da escola feminina Sayed al-Shuhada.  Ano passado, mais ou menos na mesma época, o Talebã, que negou este atentado, invadiu uma maternidade e massacrou grávidas e puérperas.  Sim, eles odeiam as mulheres, as querem em uma condição de miséria e controle.  Quando atacam uma escola, passam uma mensagem para as famílias, "melhor não mandar sua filha para a escola".  Enquanto planejava este post, o número de mortos subiu para 68.  Testemunhas relatam que viram muitos corpos despedaçados.  E era véspera do fim do Ramadã, o mês mais sagrado para os muçulmanos.  O fim do Ramadã é comemorado com festa e, hoje, muitas famílias estão chorando."

Mais de uma semana depois, a contabilidade do atentado é a seguinte, 85 mortos, a maioria meninas, e 147 feridos.  Quantas mães passaram o a última semana chorando e lamentando?  Semana passada, no hospital, algumas meninas, como Arifa, disseram que nada as impediria de estudar.  Espero que ela tenha o direito de decidir e a proteção necessária.

Recomendação de série de Reportagens: Aprisionadas

Para quem não viu, a Record fez uma série de quatro matérias sobre as mulheres brasileiras aliciadas na internet para tráfico humano, de órgãos, escravidão sexual e até para o Estado Islâmico.  Dos casos descritos, todos direcionados a partir do canal Sobrevivendo na Turquia, só não conhecia o da moça que quase perdeu o rim, deve ter sido comentado em alguma live da Danny Borggione que não assisti.  Esta moça do rim, inclusive, não teve estrutura para aparecer ao vivo e sua história foi contada usando a técnica do jornalismo em quadrinhos, recebendo destaque em grupos de estudiosos de arte sequencial.

Para quem não conhece o Sobrevivendo na Turquia, é um canal sério que tenta alertar brasileiras dos vários golpes dados por homens do Oriente Médio, indivíduos portanto, usando a internet, passando pela máfia nigeriana, cujos golpes resultam em perdas financeiras, e chegando até esses casos mais pesados que podem condenar uma mulher à morte e, antes dela, situações de degradação absurda.  Nem sempre concordo com a Danny Borgione, ela, por exemplo, tem uma visão muito equivocada sobre o que são os feminismos, mas é uma pessoa séria, uma mulher engajada em ajudar outras mulheres e famílias. Seu trabalho merece o máximo de respeito.

De todos os casos narrados, destaco, em especial, o da adolescente pobre, negra, que se converteu ao Islã, mudou de comportamento e roubou a mãe para se juntar ao Estado Islâmico.  Quem acompanha meu blog sabe o que eu penso do ISIS ou EI (Estado Islâmico do Iraque e do Levante), ou ainda o Califado, mas se não leu nada ainda, recomendo a resenha do filme As Filhas do Sol.  A primeira crítica que faço a essa primeira matéria, que nem o povo parece ignorar que há mulheres que aderem ao Estado Islâmico por se sentirem seduzidas pela violência e que dentro das fileiras do ISIS há mulheres que exercem papel de polícia contra outras mulheres, de supervisionar e torturar mulheres e crianças escravizadas pelo grupo.  É necessário ter mulheres em funções como essas.  Não tenho como localizar agora, é uma matéria de antes do Shoujo Café, mas li uma vez a entrevista da única mulher policial de Cabul, Afeganistão.  Ela se tornara policial na época da guerra com os soviéticos e, apesar da proibição de que mulheres trabalhassem, foi mantida na função, porque era indecente que homens fossem carcereiros de mulheres.  Para quem não sabe, havia mulheres militares no Afeganistão antes do Taleban.

O fato de serem noivas da Jihad, de algumas delas terem sido enganadas a respeito do que lhes seria oferecido na Síria e no Iraque caso partissem para se juntar ao ISIS, não exclui essas outras.  Seu poder, claro, é delegado e pode ser confiscado, mas elas são parte do problema, não vítimas.  Inclusive o caso Shamima Begum, que a Danny cita no seu canal quando fala da brasileira da matéria, é se uma moça que foi não somente para ser noiva da Jihad, mas que pertencia a esses quadros de mulheres armadas que oprimiam outras mulheres, além de fazer parte de redes de aliciamento na internet.  Por isso, o Reino Unido lhe tirou a cidadania.  É uma pena pesada?  Sim, é, mas não me peçam para passar a mão em quem merece, sim, uma punição severa e que parece não ter se arrependido de nada.  A gente tem que parar de tentar acreditar que a única função possível para as mulheres dentro desses grupos é de serem vítimas de uma ilusão.  Bianca, a menina brasileira, tirou fotos portando armas de brinquedo e desenhou mulheres com niqab e Kalashnikov na mão.

Na época em que o caso foi falado no Sobrevivendo na Turquia do caso da Bianca, a Danny afirmou que deu o apoio que podia para a família, mas que mexer com ISIS ela não mexe e que a Polícia Federal se recusou, porque era risco demais tentar infiltrar alguém na Síria para tirá-la da Síria, para um resultado que provavelmente seria ZERO, ou de perda de agentes.  Agora, deveriam investigar a mesquita, também.  Nada sobre isso foi dito na matéria.  Estão confiando que a fanatização da menina, porque era uma menina, se deu somente via internet, mas em países da Europa não tem sido somente através de redes sociais que os jovens são aliciados.  

Já que estou falando de Oriente Médio, eu sei que Israel, mais uma vez, está usando de força excessiva contra os Palestinos e agindo como um Estado terrorista.  Reagir a paus e pedras com mísseis parece ser a regra nas ações de Israel nos últimos anos e lembro que o pacifista Itzak Rabin, talvez o último primeiro-ministro de Israel a tentar negociar com os palestinos, foi morto por um judeu extremista religioso.  Agora, se você não concorda com aquilo que escrevi, veja que já foram mais de 140 mortos palestinos em uma única semana, inclusive várias crianças, e nenhum israelense.  Também foi chocante assistir um grupo de extrema direita judaico linchando um palestino em Tel Aviv, uma das cidades mais abertas, talvez a mais aberta, do Oriente Médio,  ao vivo na TV.  Ou ainda a derrubada ao vivo de um prédio de veículos de imprensa em Gaza com 13 andares durante uma transmissão da BBC.  Impedir o trabalho da imprensa, tentar impedir que a informação seja divulgada, é algo fundamental quando se quer esconder abusos e crimes.

Obviamente, isso não vai me fazer achar que o Hamas é uma organização que simplesmente reage a violência dos israelenses, ou que seu governo, se efetivado, seria democrático e inclusivo.  Ou ainda, vai me fazer olhar para o ISIS como um desdobramento da violência dos Estados Unidos no Iraque.  O buraco é mais embaixo, a história é mais longa e alimentar a violência e a miséria no Oriente Médio é um jogo com vários participantes, inclusive as nações árabe-muçulmanas, mas chega.  É horrível ver os civis sofrendo com as atrocidades e saber que essa desgraceira só começou.  A pandemia não ensinou nada, aliás, é como se ela sequer existisse em alguns lugares.

P.S.: Só uma correção sobre as baixas em Israel.  Citando do El País: "Em Israel, por outro lado, são 10 as vítimas fatais, oito delas por impacto de foguetes e duas que faleceram ao correr para se proteger em abrigos antibombas. A cifra de feridos em Israel até o momento superou neste sábado as 250 pessoas."

Livro de Keiko Takemiya será lançada na Itália

Em março, comentei que Keiko Takemiya estava lançando um livro chamado Tobira wa Hiraku iku Tabi mo~Jidai no Shougen-sha~ (扉はひらく いくたびも~時代の証言者~) tratando das lembranças da autora sobre as mangá-kas que revolucionaram o shoujo mangá são normalmente chamada de Nijuuyo-nen Gumi (24年組), ou Grupo de 24 (*da Era Showa*), ou grupo de 1948, porque a maioria das autoras é nascida neste ano.  O volume é fruto de uma série de entrevistas dadas pela autora.  A partir daqui, vou corrigir o post e agradeço a Lum, que é italiana, por ter deixado um comentário.  Obrigada mesmo!

Um livro do ano passado da Keiko Takemiya , sairá na Itália este mês com o nome de Il Suo Nome Era Gilbert - Keiko Takemiya E I Meravigliosi Anni Del Gruppo 24' (O seu nome era Gilbert ~Keiko Takemiya e o Maravilhoso Grupo do Ano de 24~), em japonês, Shounen no na wa Gilbert (少年の名はジルベール).  O Gilbert do título italiano é o nome de uma das personagens mais importantes de Takemiya e protagonista do mangá Kaze to Ki no Uta (風と木の詩).  O livro tem 200 páginas e irá custar 14 euros.  Para quem tinha lido antes, peço desculpas pela confusão.  Abaixo, uma foto dos dois livros.

Voltando ao último livro de Takemiya, o deste ano, e o que Hagio Moto lançou um pouquinho antes desenterraram uma antiga briga entre as autoras, algo dos anos 1970 e que as separou para sempre.  Ao que parece, Hagio Moto, que foi a ofendida, não consegue perdoar a ex-amiga, mesmo com Takemiya Keiko afirmando que se arrependeu e se desculpou.  Eu não sei maiores detalhes, mas do que sei, a ofensa foi grave.  Perdoar é bom, mas não serei eu a exigir que ninguém perdoe ninguém.  Até saber dessa história, pensava que as duas autoras, que são as mães do BL, que dividiram o mesmo apartamento, eram amigas.

sábado, 15 de maio de 2021

Romance + Boa Comida são a mistura certa para fazer um bom josei mangá

Vi no Comic Natalie o lançamento do primeiro volume do mangá Sando no Meshi to, Are ga Suki。(三度のメシと、アレが好き。) de Mari Yoshino em destaque.  Consegui encontrar parte do primeiro capítulo disponível e algumas poucas informações, mas o mangá parece promissor e com cara de coisa que pode virar dorama.  Vamos lá!

Maki está de casamento marcado e fazendo um curso de culinária para se tornar uma esposa melhor.  O capítulo abre em uma cena dela com o noivo e logo muda para as aulas e um convidado especial que iria participar naquele dia, um lindo e jovem chef que joga o maior charme para a protagonista que fica em êxtase ao provar o prato que ele preparou.  Ela gosta de comer e queria cozinhar melhor também por causa disso.  

Seguindo para o resumo, Maki descobre que está sendo traída e seu casamento é cancelado.  Ela fica arrasada, mas eis que aparece o chef lá da aula de culinária e ele está cheio de amor e boa comida para dar.  Sim, quero scanlations disso aí.  A série é publicada na AneFure.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Saíram os vencedores do 45º Kodansha Manga Awards e um mangá josei ganhou da categoria geral!

É raro, muito raro, mas, eventualmente, pode acontecer!  Yuria-sensei no Akai Ito  (ゆりあ先生の赤い糸), de Kiwa Irie, publicada na revista Be Love levou o prêmio mais importante e que geralmente vai para um mangá seinen.  A série, eu aposto, logo irá virar filme, ou dorama.  O resumo inicial da série é o seguinte: "Yuria, de 50 anos, tem uma vida tranquila dando aulas de bordado em sua casa, onde mora com o marido escritor e a mãe dele. Então, um dia, seu mundo vira de cabeça para baixo quando o marido sofre uma hemorragia subaracnóide e, ao chegar ao hospital, Yuria se encontra com um jovem choroso que anuncia ser amante de seu marido.".  Enfim, preciso olhar esse mangá, porque ele tem scanlations.

Já o vencedor da categoria shoujo foi  o fofinho Hananoi-kun to Koi no Yamai  (花野井くんと恋の病) de Megumi Morino. Eu achava que um dos queridinhos do momento, Yubisaki to Renren (ゆびさきと恋々) de Suu Morishita. Hananoi-kun to Koi no Yamai deve ser adaptado para animação, ou dorama, ou filme logo, logo.  Ambas as séries, aliás, saem na revista Dessert.  Prêmio da Kodansha costuma ficar em casa, claro.

Na categoria shounen, levou um mangá de futebol chamado Blue Lock (ブルーロック) e que fala do esforço de renovar e reforçar a seleção japonesa masculina de futebol depois do fracasso da copa de 2018.  Foi fracasso?  Enfim, o Japão terminou em 15º e não foi desclassificado perdendo por goleada, não.  Devem achar que é fracasso por conta do desempenho da seleção feminina, só pode.  Para quem não lembra dos indicados, eles estão aqui.  Vi o resultado da premiação no ANN.

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Vem aí uma série sobre a jovem Rainha Elizabeth I, antes dela ser rainha

Há personagens que sempre são retratadas no cinema e na TV, caso de Elizabeth, filha de Henrique VIII e de Ana Bolena.  Normalmente, a juventude de Elizabeth, e falo da sua adolescência, é deixado de lado.  Um dos incidentes mais importantes esquecidos é a tentativa de sedução de Elizabeth levada adiante por  Thomas Seymour, marido da última viúva de Henrique VIII, Catherine Parr, guardiã da princesa.  Sim, é uma história feia, Elizabeth tinha somente treze anos, ele era um homem casado de quase 40.  Há ainda as acusações de cumplicidade que recaem sobre Catherine Parr, uma personagem histórica da qual gosto muito, mas que fechou sua passagem pela terra de uma forma um tanto esquisita.  Enfim, posso estar enganada, mas as únicas produções importantes que me lembro é o filme Young Bess, de 1953, e no excelente Elizabeth R em seu primeiro capítulo e muito de passagem.

Pois bem, a Starz (*medo*) vai lançar uma série chamada Becoming Elizabeth com oito episódios e que eu não duvidaria, caso faça sucesso, de ser a prequel de uma série maior sobre a rainha.  Achei interessante o elenco, Romola Garai, a Emma da série da BBC de 2009, talvez ficasse melhor como Catherine Parr, mas será Mary I.  Escalaram Bella Ramsey, de Game of Thrones para ser Lady Jane Grey e acho bom sinal que a personagem esteja na série, porque ela também estava sob a guarda de Catherine Parr, que será interpretada por Jessica Raine, de Call The Midwife.  Alicia Von Rittberg, de quase 30 anos, fará a adolescente Elizabeth.  O Frock Flicks já fez uma análise do que foi liberado do figurino.  Abaixo um vídeo dos bastidores da série.



Confirmada a continuação de Enola Holmes


Alguém achava que não iria ser confirmada a sequência?  Enfim, a Netflix anunciou oficialmente hoje que teremos mais um filme com a irmã caçula de Sherlock Holmes criada por Nancy Springer.  Eu gostei do filme com várias ressalvas e assistirei a continuação com certeza.  Segundo a nota, Millie Bobby Brown e Henry Cavill estarão de volta em seus papéis.  Quem quiser ler minha resenha de Enola Holmes, ela está aqui.

quarta-feira, 12 de maio de 2021

Comentando Ajimi Dakeja Sumanai yo?~ Ama toro Hachimitsu Sekkusu: Sobre Abelhas, Sexo e Botulismo (*+18/NSFW*)

Semana atrasada, porque estou atrasada de tudo nessa vida, alguém postou no Facebook que o primeiro capítulo do mangá Ajimi Dakeja Sumanai yo?~ Ama toro Hachimitsu Sekkusu (味見だけじゃ済まないよ?~甘とろ蜂蜜セックス), também conhecido como Honey Sweet Sex, estava disponível em português.  Dei uma procurada e encontrei o mangá inteiro em inglês.  É curtinho, só tem 12 capítulos e a história é boa.  Sim, esses mangás TL conseguem tirar leite de pedra, às vezes, e surpreendem bastante a gente.

Enfim, a história é a seguinte, Hiwako Inuma é uma jovem repórter de uma revista sobre tendências na área de culinária, ou algo do gênero.  Ela tem um chefe que a menospreza e foi escalada para fazer uma reportagem sobre mel.  Ao que parece, o alimento estava na moda e todas as revistas do gênero estavam fazendo matérias sobre ele.  Inuma é azarada e todos os estabelecimentos, ou produtores, que ela tenta entrevistar, ou já foram por outra revista, ou se recusam.  Ela está desesperada, quando, de repente, aparece um pequeno enxame no meio da rua.  Um rapaz muito bonito e galante, tal e qual um príncipe, aparece e a salva, seu nome é Haine Koganei.  Detalhe, ele era o dono das abelhas.

Ao voltar ao trabalho e comentar seu encontro, é informada que Koganei é um dos maiores especialistas do Japão em abelhas e mel e que ele mesmo produz algumas variedades muito procuradas do alimento.  Só que Koganei não dá entrevistas, não fala com a imprensa.  Inuma é convencida pelos colegas de trabalho a procurá-lo dizendo que foi picada por uma de suas abelhas, já que ele tinha dito que lhe avisasse se isso houvesse acontecido.  Koganei termina por descobrir a mentira, mas está interessado em Inuma e termina aceitando que ela visite sua fazenda e faça uma matéria sobre seu mel.  Isso, obviamente, dá início ao relacionamento dos dois e discussões interessantes sobre discriminação às mulheres no trabalho e até sobre botulismo infantil.

Apesar do nome Honey Sweet Sex, o mangá tem muito menos sexo que a média do material TL que me caiu nas mãos.  Os protagonistas dão o primeiro beijo somente no terceiro capítulo e sexo mesmo, só bem mais para frente. Ou seja, apesar do clima entre os protagonistas, dos amassos entre os dois, a história se sustenta sozinha.  Vemos tanto o trabalho de Inuma na revista, as etapas da produção de uma edição e de como um editor pode intervir no trabalho dos repórteres seus subordinados.  Inuma tem suas matérias alteradas e o chefe adora colocar enfeites, porque ela não escreveria de forma feminina, leia-se, ela se preocupa em informar os leitores.

No caso do apicultor, é discutido todo o processo de produção de mel, os cuidados que devem ser tomados, a existência de ursos no campo japonês, os múltiplos usos do mel, inclusive na fabricação de afrodisíacos, porque, bem, o mangá é erótico, afinal.  E Koganei, apesar da sua reserva, é muito amado pelos vizinhos e a protagonista percebe o quanto a interação entre as pessoas no interior é diferente da realidade na cidade.  As pessoas são muito mais calorosas.  E Koganei sempre pontuando que Inuma poderia perguntar o que quisesse para ele por e-mail, ela não precisa fazer uma viagem para o interior.

Ao longo da história, Inuma aprende a ser mais confiante e o sucesso de suas matérias faz com que a situação dela e de outras mulheres na redação da revista mude bastante.  Não vou dar mais detalhes da trama, porque vale a pena a leitura.  Está completo em inglês e o pessoal está traduzindo para o português.  E, sim, antes de terminar, onde entra o botulismo infantil?  Eu tenho uma criança de sete anos e já tinha lido sobre isso, crianças até mais ou menos um ano de idade não devem consumir mel, porque são muito vulneráveis à bactéria Clostridium botulinum, produtora da toxina botulínica que afeta o sistema neurológico das crianças.  O ideal é esperar  oferecer o mel mais tarde.  

Quando em uma feira de mel, Inuma comenta sobre o tema na barraca da revista, Koganei fica encantado, porque ela realmente se preocupa em informar, que ela explica aos leitores da revista coisas que realmente fazem diferença.  E ele comenta com ela sobre a febre anterior de interesse pelo mel e como as matérias sensacionalistas, ou de mera propaganda, deixaram de passar informações importante e, quando crianças adoeceram, os produtores de mel foram culpabilzados e alguns foram à falência.  Por isso, ele resistira em dar entrevista e não queria falar com a imprensa.

Ajimi Dakeja Sumanai yo?  é bom e poderia ser mais longo e desenvolver mais o relacionamento de Inuma e Koganei, os outros mangás da autora, que se chama Kuromisa, talvez não sejam tanto, mas eu não li mais nada dela.  Para quem quiser ler o mangá, tem todinho em inglês aqui, já em português, pode ser lido neste outro site.