sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ 2011!!!




Queria ter gravado um videozinho para comentar 2011. Na verdade, foram dois dias meio corridos e acabei nem postando o que deveria... Enfim, agradeço por tod@s que visitam o blog e comentam os posts... Não vou fazer a lista, porque fatalmente esquecerei alguém, mas sintam-se tod@s abraçados! Eu faço o Shoujo Café por e com prazer, mas a resposta de vocês é muito estimulante, também. Agradeço à Lina e à Tanko por aceitarem embarcar comigo no Shoujocast. A Lina deu uma qualidade enorme ao "podrecast" que eu fazia. Fazer o programa com vocês é uma experiência muito legal e divertida. Espero tornar o Shoujo Café um site cada vez mais acolhedor, ainda que eu seja uma pessoa cheia de manias e muito excêntrica, acho que sempre vai ter alguma coisa que possa interessar a vocês (shoujo, josei, cinema, livros, seriados de TV, minisséries da BBC, feminismo, história, etc.).

Enfim, obrigada! Muito obrigada! Que 2011 possa ser um ano melhor para todos nós com muito shoujo e josei no Brasil, com mais animes legais, com algum clássico chegando às nossas livrarias (*A Rosa de Versalhes, por favor!*). Quem sabe eu não gravo o vídeo depois de voltar da Igreja? Um grande abraço para vocês!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Gaiden de Bronze – Zetsuai since 1989 na revista Chorus



Se eu bem me lembro, Bronze – Zetsuai since 1989 (ブロンズ- Zetsuai since 1989) foi o primeiro yaoi que eu olhei na vida e o primeiro mangá onde vi o tal "estupro consentido". O mangá de Minami Ozaki começou a sair na revista Margaret em 1992. Agora, segundo o Blyme Yaoi, a série terá um gaiden (*continuação*) com o nome de Bronze Zetsuai Tenshi Kōtan (BRONZE-ブロンズ-外伝 華冤断章―天使降誕―). Será um oneshot em duas partes, com 80 páginas ao todo... ou 160, talvez, estou na dúvida ainda. A primeira série chamada Zetsuai (絶愛) foi publicada de 1989 até 1991, a segunda, acho que mais famosa, Bronze – Zetsuai since 1989, foi de 1992 até 2006. Agora, ela voltará na revista Chorus, ou seja, era shoujo, agora volta josei. Percebem porque eu insisto que o Yaoi/BL é um subgênero do shoujo. Feliz ou infelizmente, nem o josei, nem o BL, ganharam autonomia ainda, para que a gente tenha o grande guarda-chuva “mangá feminino” e suas (pelo menos) três ramificações debaixo dele. E torna-se mais complicado ainda, quando o seinen adquire um aspecto tão, digamos, “universal”, oferecendo material para quase todos os públicos. Mas esse nem é o assunto do post...

Estréias do cinema em Janeiro e Fevereiro de 2011



Passei pelo site Ingresso.com e vi essa lista. Não acredito que sejam todas as estréias, deve ter muita coisa fora, e desconfio que alguma data não seja cumprida. Bem, não sei que filme "Desenrola" é esse, acredito que já seja um título escolhido de forma oportunista, por causa do filme da Disney. Bem, é um filme brasileiro adolescente. Também não sei quase nada sobre o filme Amor e Outras Drogas, li uma pequena sinopse e, bem, nenhum vontade de ver. Talvez o trailer me convença. Quem sabe? 127 Horas, eu passo, o sujeito cortando o próprio braço não deve ser lá muito agradável e nem sou fã do James Franco. Malu de Bicileta, outro filme brasileiro, também não me encheu os olhos. Qualquer Gato Vira-Lata é outro nacional. Esse talvez eu queira olhar. Só apra constar, achei filmar Zé Colméia uma das idéias mais infelizes... Eu vi o trailer ontem antes de Megamente (*vou fazer resenha depois*).

Da lista, quero ver Enrolados, Bravura Indômita e O Discurso do Rei. Os dois primeiros estreiam quando eu ainda estiver de férias... O problema de estar no Rio é ter que pagar entrada inteira, mas eu vou. Como Enrolados só deve estrear dublado (*infelizmente*), facilita a minha vida, posso ver perto da casa dos meus pais (*todos os cinemas da Baixada Fluminense só parecem exibir filmes dublados agora. Sabe que não é preconceito, nem discriminação... é mercado... Retrocesso!*), Já Bravura Indômita, terei que ver longe. Quem sabe com o Lancaster de novo, como foi com Sherlock Holmes? E, por fim, espero que O Discurso do Rei estreie na véspera do meu aniversário MESMO. Seria um ótimo presente para mim. :D

Não sabia que With the Light... tinha tido um final



Passando por um site americano com os melhores oneshots para se ler em 2011, vi que estava listado o volume #15 de With the Light: Raising an Autistic Child (光とともに...-自閉症児を抱えて-, Hikari to Tomoni... ~Jiheishouji o Kakaete~). Para quem não lembra, trata-se de um premiado mangá que fala da experiência de uma mãe com seu filho autista. Eu tenho os primeiros volumes e é uma série comovente. Virou dorama, também. Pois bem, só que a autora, Keiko Tobe, faleceu em janeiro deste ano. Daí eu pensei: será que alguém fez o fechamento da série? Enfim, pelo que vi na Wikipedia, trata-se de uma complicação dos últimos trabalhos de Tobe para a série, quando já estava com a saúde bem debilitada, e de algum material do início de sua carreira que estava por publicar. Não é realmente o fim de With the Light..., infelizmente.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ranking da Oricon



Saiu o ranking da Oricon e foi uma semana excelente para os shoujo e josei mangá, como eu já esperava. Nodame só perdeu uma posição no ranking da Oricon (*vide o ranking da Taiyosha*), e mesmo assim para um mangá de forte apelo feminino e criado por uma mangá-ka, Saint Onii-san, e temos dois shoujo entre os dez primeiros. Saindo para o top 20, temos três shoujo e um josei, pois considero o mangá Τερψιχόρα Maihime Dai-2-bu, de Ryouko Yamagishi, que sai na revista literária Da Vinci, como mangá para mulheres adultas. Já no top 30, dois josei aparecem, e ter três josei entre os mais vendidos é muito raro. Aozora Yell vem em 24º, esperava mais, no entanto, é primeira semana do título e ele pode, talvez, subir algumas posições para a semana que vem.

2. Nodame Cantabile #25
3. Strobe Edge #10
10. Suki Desu Suzuki-kun!! #10
13. Kanojo wa Uso o Ai Shisugiteru #5
14. Gakuen Alice #23
17. Τερψιχόρα Maihime Dai-2-bu #5
18. Psychic Detective Yakumo #4
23. Chihayafuru #11
24. Aozora Yell #6
30. Real Clothes #11

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Rindo com duas propagandas geniais



Eu não conhecia a rede de supermercados Fleggaard (*Aqui todos os vídeos da campanha comercial*). Também, seria meio difícil levando-se em conta que é uma cadeia de lojas que fica na fronteira entre Alemanha e Dinamarca. Pois bem, recebi por e-mail a propaganda “para os homens” da cadeia de supermercados. O link veio por e-mail, com o comentário “só podia ser a loura”. Desconfiei que era bobagem, mas fui assistir. O vídeo sozinho me pareceu muito ofensivo, pegam-se um bando de mulheres com pouca roupa e pinta de modelo, e um homem som, engravatado e de meia idade. O grupo de mulheres vai se despindo antes de entrar no avião. O homem, claro, é o piloto. Já no avião, elas ficam de topless e salto alto, todas são siliconadas, colocam pára-quedas e pulam. No solo começam a mostrar pessoas comuns, assustadas com aquela nuvem de mulheres nuas que se juntam para formar uma propaganda de... DESCONTO DE MÁQUINA DE LAVAR. Não vou contar o resto, o motivo da piada com a loura. Se vocês forem olhar a net, vão ver que as pessoas elogiam a propaganda. Alguns sites dizem que é a mais genial de todos os tempos e coisa e tal. Ou dizem “Só na Dinamarca esse tipo de maravilha acontece!” e por aí vai. Há até um documentário de 5 minutos, legendado em inglês, comentando a propaganda, sua genialidade e talz. O machismo básico...


Mas eu fui entrando nos links e descobri que a cadeia de lojas fez uma versão para as mulheres (*e com forte conteúdo homoerótico*), com belos rapazes, e todos quase todos os clichês possíveis de romance harlequin (*aviador, bombeiro, salva-vidas, pianista que chora, etc.*). E todos esses homens terminam dentro de um zepelin fálico!!! Ela se chama “O que as mulheres querem”. O objetivo? Vender OMO. Sim, sim, o sabão em pó. As duas juntas – e os sites só comentam a “para os homens” – são engraçadas, não são ofensivas e mostram um senso de humor muito grande. Como conjunto, elas riem dos clichês, em separado, talvez a para os homens pareça simplesmente um vídeo que objetifica os corpos das mulheres.

E, agora, o último ponto. Como uma propaganda é feita para a Dinamarca e Alemanha, ela não precisava ser tão interracial, mas ela é! Nesse sentido ambas são muito inclusivas. Se o piloto ser homem e branco pode ser criticado, afinal, na propaganda das mulheres o piloto não é uma mulher, nós temos orientais e negras entre as modelos, gente que não é branca assistindo o salto de pára-quedas. Não precisava, afinal, pensem que as propagandas do Brasil, um país com uma competição étnica muito mais diversificada, geralmente são muito mais brancas. Na propaganda para as mulheres, também acontece o mesmo, há homem para todos os gostos. Enfim, não tem muito ou nada a ver com o Shoujo Café, mas queria comentar essas duas propagandas. Afinal, se a coisa é equitativa é possível, sim, rir dos estereótipos, usando do hiper-exagero, e ainda ganhar dinheiro com isso... Agora o mérito dos dinamarqueses: Será que se fariam duas propagandas tão bem humoradas para homens e mulheres ou somente o corpo feminino seria transformado em objeto?

Doujinshis reagem com humor à Lei de Censura de Tokyo



Eu descobri um site chamado Anime & Manga, hoje. Parece que é um agregador de notícias que pega todo material do Twitter, daí, a hashtag #manga relacionada a pessoas com sobrenome Manga ou à fruta manga acabam indo parar lá. Mas, enfim, a notícia é a seguinte o tradutor Dan Kanemitsu, junto com o mangá-ka Takeshi Nogami e um veterano da indústria de animação chamado Takaaki Suzuki (também conhecido por seus artigos sobre História Militar Japonesa) se juntaram para fazer um doujinshi, ou melhor, um guia aos moldes do livro Even a monkey can draw manga (aliás, há referência direta a ele na início do livro) contra a nova legislação de censura de Tokyo. O material é bilíngüe e o objetivo, ao que parece, é que ele possa ser acessado por pessoas fora do Japão. O nome do material é An Idiot’s Guide to Tokyo’s Harmful Books Regulation (Algo como Um Guia dos Idiotas para a Lei de Tokyo sobre os Livros Prejudiciais).


Há várias imagens do guia no blog de Dan Kanemitsu e basta clicar sobre as imagens para poder ler. É tudo piada, claro, mas algumas são mais pesadas que outras... Os autores defendem que o mundo seria mais pacífico se todos produzissem material “moe”, o governador de Tokyo aparece como um dos vilões de Hokuto no Ken ou como um homossexual (*daqueles com perfil sugar daddy*) às escondidas que na vida pública persegue os gays, as três protagonistas do mangá são tipos básicos de meninas de anime (a de óculos, a peituda e a de longos cabelos negros... e óculos*), mas de tão básicas são apresentadas como substitutas. ^__^ Enfim, o guia faz piada, mas traz artigos conclamando os otakus a se tornarem politicamente ativos contra a nova legislação. Espero que esse material caia na net, porque deve ser bem engraçado. ^_^

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Matéria da Globo elogia Colin Firth, mas desqualifica Mr. Darcy



Bela matéria do Jornal O Globo sobre o Colin Firth. Obviamente, tentam culpar filmes como Bridget Jones e a série Orgulho & Preconceito pelo não reconhecimento do ator. Ora, ele já tinah carreira antes de O&P, mas foi a séire da BBC que o projetou na Inglaterra e fora dela, e nem el consegue negar isso. E o segundo ponto, claro, é o desprezo pelo material feito apra mulheres, adaptações de livros "para mulherzinha" (*o próprio Firth já disse isso, lamentavelmente*), como os de Jane Austen, e comédias românticas não são apra atores sérios. Nem musicais para "mulherzinha" como Mamma Mia. E um detalhe, em St. Trinnian's, quem faz "a diretora" é o Rupert Everett, o Colin Firth é uma espécie de fiscal do Ministério da Educação e os dois têm um caso. Parece até que eu estava pensando nisso quando conversava com a Lina Inverse agorinha mesmo... Pena que a matéria não consiga fugir do duplo preconceito. De resto, vale muito a leitura. Mal posso esperar pelo Discurso do Rei.

Os desafios de Colin Firth, indicado ao Globo de Ouro pelo George VI de 'O discurso do rei'

LONDRES - Para um ator que invariavelmente reclama de memória curta, a ironia é que o público parece lembrar ainda menos: mesmo antes do papel de professor universitário torturado pela morte do namorado, que lhe valeu uma indicação ao Oscar de 2010 (infelizmente no mesmo ano em que a Academia tinha como questão de honra premiar Jeff Bridges), Colin Firth já dera mostras de poder interpretar mais do que almofadinhas ingleses. Pena que foi justamente na pele de dois gentlemen de sobrenome Darcy que o inglês teve sua maior visibilidade na carreira.

Mas tanto o cavalheiro de fino trato da adaptação televisiva de "Orgulho e preconceito" (1995) quanto o mocinho advogado endinheirado e fã de gordinhas de "O diário de Bridget Jones" (2000) acabaram ajudando a ocultar uma versatilidade que Firth agora volta a exibir em "O discurso do rei". Tê-lo como opção imediata para o nice guy de plantão já não parece tão óbvio. Ainda que novamente numa pele aristocrática, o inglês empresta ao papel do rei George VI, pai da atual soberana britânica, Elizabeth II, uma carga dramática em sintonia com um personagem não menos complicado.

Em mais de um sentido: longe de contar com a reputação imponente de antecessores de coroa como Arhtur, Ricardo Coração de Leão e Henrique VIII, George VI foi um rei acidental, em cujo colo a coroa caiu depois de o irmão mais velho, Eduardo VIII, ter sido forçado a abdicar por conta de sua relação com uma americana divorciada, em 1936, num momento em que a Europa caminhava para a Segunda Guerra Mundial.

Para tornar a missão ainda um pouco mais complexa, o novo rei era gago - a principal premissa do filme, por sinal, é o esforço para transformar George VI em algo próximo de um monarca convincente com o auxílio de um fonoaudiólogo australiano de métodos pouco ortodoxos. Mais do que a dificuldade de eloquência monárquica, o desafio para quem encarnasse o personagem era captar a angústia que acabaria contribuindo para a morte prematura do soberano, cuja saúde foi corroída pelo estresse do cargo e pelo tabagismo inveterado - George VI faleceu aos 57 anos, de câncer pulmonar.

Firth faz mais do que isso: mesmo nos momentos mais engraçados do filme, seu George VI passa a sensação de que o rei encara o microfone como uma arma apontada para sua testa. E ao mesmo tempo em que conta com colegas de gabarito no filme (a rainha, por exemplo, é interpretada por Helena Bonham-Carter, enquanto Geoffrey Rush assume o papel do terapeuta), Firth basicamente comanda o show numa produção com sete indicações para o Globo de Ouro, inclusive a de melhor ator na categoria drama.

E que pode, ironicamente, levar o ator a gaguejar caso os prognósticos de uma segunda indicação ao Oscar se comprovem.

- Para mim, a gagueira era o menor dos problemas. Resolvia-se com um pouco de treino. O crucial era explorar o problema de expressão em meio ao protocolo real, algo que, por exemplo, já sabotava a relação de cumplicidade entre cliente e paciente - contou Firth na entrevista coletiva promocional do filme no Festival de Londres, em outubro.

Aos 50 anos, Firth pode não ter atingido o nível de cinismo do contemporâneo e colega de trabalho Hugh Grant, mas tampouco tenta justificar algumas escolhas questionáveis de papéis - como o diretor escolar na patética comédia britânica "St. Trinian's" ou a participação na versão cinematográfica de "Mamma Mia!". Nem por isso ele diz perder o sono:

- Dignidade é um pouco superestimado. Não me vejo tão preocupado em justificar minhas escolhas. Atores sempre soam estranhos quando descrevem seu trabalho como algo muito sério.

Até porque suas atividades longe das câmeras também têm sido elogiadas. Ele vem participando de campanhas em prol dos direitos civis de refugiados no Reino Unido, protestando ativamente contra deportações. Também não teve vergonha em expressar publicamente suas opiniões políticas ao anunciar o apoio aos liberais-democratas na recente eleição-geral britânica.

Ao contrário de outros colegas, Firth também comenta a política cinematográfica. A decisão inicial nos EUA de dar a "O discurso do rei" classificação para maiores de 15 anos por causa de cenas com palavrões (um dos recursos utilizados pelo fonoaudiólogo do rei) motivou um desabafo do ator:

- Gostaria muito de saber quem são as pessoas que preferem reclamar dos palavrões em vez de criticar a violência nos filmes.

Qual o melhor shoujo/josei do mercado brasileiro - Agora é a pesquisa!



Estou colocando aqui no blog as pesquisas para que vocês possam votar. Agradeço a tod@s que divulgarem e deisarem seus votos. Elas vão fechar no próximo sábado, e depois eu comentarei os resultados.



Ranking da Taiyosha



Saiu o ranking da Taiyosha e como estava muito fácil de traduzir, decidi fazer o mais cedo possível. ^_^ O ranking da josei é praticamente o mesmo, e Nodame continua no top 10 geral, em quarto lugar, ou seja, desceu três posições. Strobe Edge representa os shoujo no top 10 e aparece em sexto lugar. E que capa feliz tem esse volume? Eu preciso ler Strobe Edge, acho que só vi o primeiro capítulo e mais nada. Acho que os rankings da Oricon e da Tohan terão mais shoujo e, talvez, josei, entre os dez mais vendidos. Apostaria 40% do top 10, vamos esperar. Bem, voltando ao ranking de josei, Kuragehime colocou de novo quase todos os seus seis volumes na lista, ficou fora o volume #5, porque Nodame tem muita força e conseguiu arrastar seu volume #24 para os dez mais vendidos. HER, considerado um dos melhores mangás do ano, deve continuar no top 10 por algum tempo, talvez cedendo espaço para os Harlequin e voltando. Real Clothes, também, deve ficar por algum tempo, mas deve ir embora em, no máximo, umas três semanas.

Em shoujo, Strobe Edge aparece no topo da lista, o mangá vende bem, tem novels e drama CD, mas não tem anime ou dorama, infelizmente. Suki desu Suzuki-kun!! e Kanojo wa Uso wo Aishisugiteru são dois títulos fortes sempre, suas autoras já emplacaram vários sucessos e tem um conjunto amplo de fãs. Gakuen Alice é sempre um título forte e teve anime, mas eu não consegui me interessar por esta série. Shinrei Tantei Yakumo vem dos livros e teve anime este ano, todos os seus volumes vem aparecendo nos top 10 de shoujo. Aozora Yell é da mesma autora de Koukou Debut, outra falha minha não ter pego esse mangá para ler, tenho certeza de que deve ser muito bom. Itsudemo Otenki Kibun é o novo mangá da autora de Aha-chan to Boku. Tonari no Kaibutsu-kun é um mangá interessante – resenhei o primeiro volume para o blog – e resiste entre os mais vendidos, acredito que consiga ficar no top 30 da Oricon. Kokoro Botan está sendo comparado à Itazura na Kiss, só que com um protagonista masculino mais interessado Em romance? Em sexo? Sei lá... E Orange Chocolate é o outro sobrevivente da semana passada e deve estar se despedindo.

SHOUJO
1. Strobe Edge #10
2. Suki desu Suzuki-kun!! #10
3. Kanojo wa Uso wo Aishisugiteru #5
4. Gakuen Alice #23
5. Shinrei Tantei Yakumo#4
6. Aozora Yell #6
7. Itsudemo Otenki Kibun #4
8. Orange Chocolate #5
9. Tonari no Kaibutsu-kun #6
10. Kokoro Botan #4

JOSEI
1. Nodame Cantabile #25
2. Chihayafuru #11
3. Real Clothes #11
4. HER
5. Kuragehime #6
6. Nodame Cantabile #24
7. Kuragehime #1
8. Kuragehime #2
9. Kuragehime #3
10. Kuragehime #4

domingo, 26 de dezembro de 2010

Qual o melhor shoujo/josei do mercado brasileiro - ainda não é a pesquisa!




Um leitor do blog, o Matt, me perguntou se eu não iria postar uma pesquisa sobre “Qual foi o melhor shoujo/josei de 2010?”. Pois bem, depois que ele me ajudou a listar, porque eu tinha perdido a conta (*vejam como isso é excelente!*), chegamos a uma lista. Acho que ela está completa, mas quaisquer acréscimos, por favor, deixem nos comentários. Ainda não montei a pesquisa para votação. Só para esclarecer alguns critérios: 1. Não inclui Zucker, porque não considero material em estilo mangá como mangá “de verdade”. Isso nada tem a ver com qualidade, já que considero muito o trabalho das artistas do Studio Seasons, mas o que elas fazem é quadrinho nacional – gibi, queria tanto que o termo voltasse a ser usado de forma corrente – com forte e saudável influência do material japonês; 2. Não vou colocar Miyuki-chan in Wonderland da JBC como shoujo, pois o material saiu na NewType, revista informativa para um público otaku majoritariamente masculino (*basta ver as listas de personagens e séries favoritas que eles fazem com a participação dos leitores*). Mangás que saem na NewType normalmente são enquadrados como seinen e pouco importa o conteúdo shoujo-ai de Miyuki-chan. Aliás, já me perguntaram e até perturbaram querendo que eu considerasse Kobato como shoujo pelo traço e eu disse que não iria considerar, porque era da NewType, então, não vou abrir exceção aqui. O fato é que investir em CLAMP é oferecer material para um público bem amplo, mas, ainda assim, a JBC está devendo no quesito shoujo mangá. Vou fazer também uma enquete para material em andamento, deveria colocar “material da Panini em andamento”, até porque é esta editora que vem lançando shoujo mangá regularmente e Nana está interrompido por causa da doença da Ai Yazawa, e a JBC não tem responsabilidade nisso. 3. Mangás encerrados em 2010, salvo os que tenham sido iniciados este ano, não entram na pesquisa. Por causa disso, Sunadokei, que terminou em janeiro, e Aishiteruze Baby, que foi quase até a metade de 2010, não estão na sondagem. Dito isso, a lista preliminar é a seguinta:

Panini
~2010~

Otomental
PXP
Rock’n Heaven
Spicy Pink
Sugar Sugar Rune
The Gentleman’s Alliance (Shinshi Doumei Cross)
Tokyo Mew Mew
As Estrelas Cantam (Hoshi Wa Utau)
Bijojuku
Black Bird

~EM ANDAMENTO~
Honey & Clover
Vampire Knight
Otomen
Ouran Host Club

JBC
~2010~

DNAngel

~EM ANDAMENTO~
Nana

NewPop
Shinshoku Kiss
Alice no País das Maravilhas

On Line
W.I.T.C.H.

Novo mangá de Miho Obana na revista Cookie



Segundo o Comic Natalie, a revista Cookie, que chegou às lojas ontem, trouxe dois novos mangás, um deles é Bar OBANA, de Miho Obana, autora de Kodomo no Omocha (こどものおもちゃ), que eu acredito ser um one-shot ou algo do gênero, e ZenZen (ゼンゼン), que é uma série com duas autoras Maki Youko (roteiro) e Mochida Aki (arte). Um one-shot de ZenZen já tinha sido publicado em julho. Deve ser por isso, que o nome não me é estranho, acho que comentei sobre ele aqui. Outra estréia, e não sei se é one-shot ou série regular é Toiki to Inazuma (吐息と稲妻), de Tanikawa Fumiko. Já na próxima edição estreiam LIPS, de Yoneyama Setsuko, e Tera Girl (寺ガール), de Mizusawa Megumi.
P.S.1: Tera Girl não está registrado no Mangaupdates ainda e fique na dúvida se o kanji “寺” deveria ser traduzido como “ji” ou “tera”, apostei na segunda opção, mas certeza, eu não tenho.
p.S.2: Abri agora o Manga News e eles estão comentando o mangá da Mizusawa. Será one-shot e o nome é Tera Girl mesmo.

Ranking do New York Times



O ranking americano desta semana não mudou muito em relação ao anterior, 80% dos títulos estão lá, mas um dos ausentes é Alice, da Tokyopop. É, claro, que o título não caiu muito, deve estar na vizinhança do top 10, afinal, Hetalia retornou com força total. De qualquer forma, temos três shoujo no top 10, Vampire Knight, mantendo o primeiro lugar pela segunda semana, Ouran e Ski Beat, que não deve estar na lista semana que vem.

1. Vampire Knight #11
2. Rosario + Vampire season II #3
3. Bleach #33
4. Naruto #49
5. Ouran High School Host Club #15
6. Hetalia - Axis Powers #1
7. Dance in the Vampire Bund #9
8. Black Butler #3
9. Skip Beat! #22
10. Inuyasha #55

Comentando o volume 1 de Tonari no Kaibutsu-kun



Sempre que vejo Tonari no Kaibutsu-kun (となりの怪物くん) nos rankings de vendagem, fico com vontade dar uma olhada neste mangá que, junto com Suki-tte Ii na yo。 (好きっていいなよ。), deve ser o mais importante da revista Dessert. Nunca li nada da mangá-ka Robiko e, olhando a ficha dela no Mangaupdates, ela tem poucas obras no currículo, a maioria one-shots. Pois bem, não há muita coisa de Tonari no Kaibutsu-kun traduzido, só o volume #1 e alguma coisa do volume #2. Então, o que vou escrever a seguir se assenta no pouco que eu pude ler até agora. Uma das coisas que posso dizer com certeza é que o traço de Robuko é muito bom, as personagens e cenários são bem desenhados, ela tem um estilo próprio e bem seguro. Eu gostei bastante.

Em linhas gerais, o que acontece no volume #1 é o seguinte. Mizutani Shizuku é a melhor aluna da escola e sua única preocupação é tirar notas altas, especialmente em cálculo, e construir uma carreira que lhe possibilite enriquecer. Claro que no caminho ela espera ser a melhor aluna da escola e receber todas as honras por isso. Ela é fria, insensível até, objetiva e não tem tempo, nem vontade, de arrumar amigos. Um belo dia, a professora (homeroom teacher) lhe dá a incumbência de levar as lições para Yoshida Haru. O garoto é seu vizinho, mas eles nunca se falaram, ela lembra pouco dele, na verdade, sabe que ele brigou no primeiro dia de aula e nunca mais apareceu. A professora tem medo de Haru, que já se recusou a recebê-la, e Shizuku se aproveita disso, exigindo pagamento pelo favor. A professora terá que lhe comprar um livro bem caro. Só que Shizuku não sabe o que lhe espera.

Haru parece (*eu não tenho certeza*) morar em uma espécie de casa de jogos e é extremamente carente. Sua família não é mostrada e o mais próximo disso que ele tem, é o dono do estabelecimento. Haru precisa de amigos e fantasia a respeito das pessoas que se aproximam dele. Por conta disso, ele recebe mal Shizuku, porque ele acredita que ela quer levá-lo d evolta para a escola, como a professora tentou, mas acaba se convencendo rapidamente de que, se ela levou as notas para ele, os dois são amigos. A garota discorda, mas Haru passa a cercá-la na rua, quase que a tocaiando. Como ele é excêntrico e tem fama de bad boy, Shizuku à princípio tem medo dele, mas acaba descobrindo que Haru não vai lhe fazer mal algum, ainda que possa se tornar muito violento quando desconfia que alguém quer feri-la. Ela descobre, também, que Haru tem fobia da escola, tudo por conta do mal entendido e, talvez, de algo que a autora ainda não nos contou. Por conta da pressão da professora, e de um inconfessável interesse, Shizuku barganha outros livros e termina se tornando cada vez mais próxima de Haru, até se apaixonar por ele. Haru consegue fazê-la rir e se divertir, coisa que ela nunca se permitiu na vida.

Não vou dizer que me apaixonei por Tonari no Kaibutsu-kun, no entanto, a autora mantém um suspense tão grande em relação ao passado de Haru que o gancho do final vai me obrigar a seguir em frente. Tanto Haru, quanto Shizuku, são ótimas personagens e o que acontece no volume #1 é mais uma apresentação dos dois e dos novos amigos que vão se juntando ao grupo. Shizuku é a típica persoangem Miyazawa-like, sem ser ter duas caras, ela simplesmente é daquele jeito mesmo. Ela é focada nos estudos, ela não tem amigos, nem se importa em consegui-los, e ela fala o que pensa. É engraçado vê-la chocada ao descobrir que Haru foi o primeiro no concurso de admissão da escola, que foi ele que roubou a sua estréia triunfal, e, pior, sem parecer estudar nem um pouco para isso. Ela tenta se afastar de Haru várias vezes, mas ele desperta a sua curiosidade e o convívio com o garoto acaba mudando a sua vida. Como Shizuku é a narradora, sabemos o que vai na cabeça dela e suas angústias.

Já Haru oscila entre um surto de violência e outro, é intelectualmente brilhante e, ao mesmo tempo, ostenta uma inocência quase infantil. Ele quer amigos e, para isso, é capaz de tudo. Ele também tem paixão por animais, ajudando-os sempre que possível. Por conta disso, quando consegue voltar para a escola (*para estar mais perto de Shizuku*), ele adota uma galinha e a leva junto para o desespero da professora. Só que a turma inteira decide adotar o animal e a professora tem que pedir à direção que permita aos alunos montarem um galinheiro. É sério! Os meninos argumentam que algumas escolas têm esse tipo de coisa, e que eles tinham animais de estimação nas suas escols primárias e ginasiais. Apesar da má vontade da professora em levar o pedido, a direção aprova. A compra dos materiais, a construção do galinheiro, tudo é por conta dos alunos, mas essa atividade acaba aproximando Haru e Shizuku de outros colegas de classe. E já está se desenhando o primeiro grupo de amigos. O volume fecha com Shizuku se declarando abertamente para Haru e sendo rejeitada por ele, que diz que ela não vai querer ficar ao lado dele se souber do seu passado (*que deve significar, sua família*)... Bem, quem não quer saber do passado dele? Eu quero e, por isso, vou seguir adiante.

No volume #1 de Tonari no Kaibutsu-kun não há situações sexuais, e os surtos de violência de Haru nada tem a ver com atos de agressão sexual contra Shizuku. Ele simplesmente é explosivo e não sabe muitas vezes como se comportar. Shizuku não é vítima e Haru não é agressor, como em tantos shoujo que os grupos de scanlators parecem ter prazer em traduzir. A imagem de Haru na coleira que é capa do primeiro volume não retrata nenhuma situação que acontece nesses capítulos iniciais, e não sei o motivo da escolha da autora. Enfim, como escrevi no início, Tonari no Kaibutsu-kun não me pareceu brilhante, nem me conquistou de largada, mas foi assim também com Honey & Clover ( ハチミツとクローバー) e desconfio que a série tenha algo que justifique as boas vendagens. Também é bom ver uma protagonista inteligente e assertiva. Shizuku pode não ser simpática, mas, com certeza é uma personagem marcante. Quando conseguir ler mais, talvez eu comente aqui no blog.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Estréias e brinde de Nodame Cantabile na revista Kiss



Segundo o Comic Natalie, a revista Kiss que chegou às lojas hoje trouxe várias novidades, uma delas um booklet de Nodame Cantabile (のだめカンタービレ) chamado Nodame☆Shousasshi (のだめ☆小冊子) . Se entendi bem, o booklet foi dado como brinde na edição limitada do volume #24 do mangá. Há uma história extra nele. A notinha diz que o booklet será incluído no Nodame Cantabile: Kai (のだめカンタービレ:怪). Eu aqui preciso de ajuda, esse kanji怪 (kai) é o de universo? Nesta edição estréia o mangá Maison de Nagaya-san (メゾン de 長屋さん), de Satoru Miura. Se entendi bem, haverá também uma história extra de Kiss & Never Cry (キス&ネバークライ), de Yayoi Ogawa, na edição de primavera da Kiss Plus. Na próxima edição, Risa Itou irá retomar Oi Piitan!! (おいピータン!!) e Mari Yamazaki estréia um novo mangá (*ou coluna, não entendi bem*) chamado Sweet home Chicago. E não posso deixar de lembrar que o principal mangá da revista é Kuragehime.

Uma musiquinha de Natal



Eu não assisti Toradora até hoje, e sei que deveria, mas a musiquinha de Natal desse dessa série é a melhor de todos os animes. E procurando, acabei por encontrar o pedacinho do episódio 19 onde a Taiga, a protagonista, e uma amiga cantam Holy Night. :) Vale a pena assistir. O vídeo aí embaixo é com cenas do anime e a música Last Christmas. Ficou bonitinho, também. ^_^

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Shoujocast #33 no Ar: Comemorando o Natal com Vocês!



Pois é, chegou o Natal e, com ele, o último Shoujocast do ano! E este programa é especial, porque contou com a participação dos ouvintes do nosso podcast. Muito obrigada pelo carinho. A imagem do cast é do anime que mais foi lembrado por quem participou, Card Captor Sakura. E, leia até o final o nosso post, porque chegou a hora de concorrer às lendárias canecas. ^_^ Se quiser ouvir o nosso programa, a Tanko, a Lina Inverse e eu (Valéria) ficaremos muito felizes. :) Feliz Natal! Feliz Ano Novo! Depois de ouvir, se você quiser comentar, use o espaço do post, ou mande um e-mail para shoujocast@yahoo.com.br Para assinar o nosso feed, clique aqui. Se quiser baixar o programa, é só clicar neste link. É possível ouvir o Shoujocast no player abaixo, também:


E conforme prometido, chegou a hora de tentar ganhar uma das canecas do Shoujocast. ^_^ Coloquei uma das fotos aqui, as outras vocês podem ver no meu Twipic. Para quem interessar por comprar, a Lina achou o site das canecas (*eu tinha perdido*), é o Nezumi Studio. Pois bem, a promoção será feita por Twitter, então, você precisará seguir o Shoujocast e retwittar uma mensagem.


A Lina achou um link para uma notícia que fala da relação entre o KFC e o Natal no Japão. é este aqui. Ah, quem quiser adquirir um dos artesanatos que a Lina faz, é só visitar o Inverse Craft. Ela faz coisas muito fofas, como esses chaveiros de Moyashimon que ela me deu de presente. ^_^ E visitem o site da Lina e o Blyme Yaoi, o site da Tanko. Eles valem a pena. E agora o Shoujocast está no Twitter, então, se quiser, pode nos seguir. Agradeço a quem fez doações para o projeto Gibiteca Escolar da Natania. E para quem quiser conhecer o trabalho da Natania, o blog dela se chama Gibiteca.com.

Para quem quiser, aqui está a relação das músicas que a Lina usou no Shoujocast de Natal. E ela colocou as músicas para download aqui. É um presente de Natal para quem quiser. ^_^ Segue a lista com as músicas:

Jiggle Bells - Faixa 4 do cd de Natal da Sailor Moon
Shonen Knife - Space Christmas
TOKIO - ding-dong
L'arc en ciel - Hurry X'mas
DA PUMP - All Wishes
Juliet – X’mas Bell men’s Side
Tommy Heavenly6 - I LOVE X'MAS
Mariah Carey - Oh Santa!
DA PUMP - Christmas Night
Judy and Mary - Christmas
B'z - Itsuka no Merii Kurisumasu
Tatsuro Yamashita - Christmas Eve
Megumi Hayashibara - Cherish Christmas
Arashi - Ano Hi no Merry Christmas
Fukuyama Masaharu - Heart of X'mas
CHAGE&ASKA - Merry X'mas
Shazna - White Silent Night
Sailormoon Christmas - Faixa 01 do cd de Natal de Sailor Moon
EXILE - Last Christmas
GLAY - Karera no HOLY X'MAS
SMAP - Christmas Night
Kuroyume - Merry X'mas, I Love You
Morobitokozoride - Faixa 05 do cd de Natal de Sakura Card Captors
KinKi Kids - Another Christmas

Uma ouvinte, a Tabby Kink, enviou um cartãozinho para o e-mail do Shoujocast (*e várias outras pessoas*) e agradecemos muito (*detalhe que me deixou feliz é o bonequinho com a camisa do Fluminense*):

Suki-tte Ii na yo。é o calendário da revista Dessert



Suki-tte Ii na yo。 (好きっていいなよ。), de Kanae Hazuki, ilustra o calendário 2011 da revista Dessert, além, de ser a bela capa da revista. Segundo o Comic Natalie, há também um site especial do mangá dentro da revista fazendo pesquisa de popularidade das personagens. Falando nisso, comecei a ler Tonari no Kaibutsu-kun, depois comento algum coisa, mas falta Suki-tte Ii na yo。, desses que sempre estão nos rankings de vendagem. Enfim, além desse destaque na revista, o volume #6 do mangá sairá em duas edições, uma simples e outra especial com um CD. São duas capas diferentes mesmo, não é só um detalhezinho como acontece com a maioria das edições especiais. Os volumes saem no dia 13 de janeiro e tem sessão de autógrafo no dia 30.

Todas as revistas da Shueisha com One Piece na capa



Para comemorar as super vendagens de One Piece, todas as revistas da Shueisha que forem vendidas entre 31 de janeiro e 28 de fevereiro terão uma capa com as personagens deste mangá. Até as revistas shoujo e josei, segundo o Pro Shoujo Spain. As edições que trarão One Piece na capa são Ribon 2/2011, Margaret #6 e #7, Betsuma 3/2011, You #5, Office You 4/2011, The Margaret 4/2011, Cookie 4/2011, e Chorus 4/2011. Essas capas devem ser muito curiosas, para dizer o mínimo...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Mais um gaiden de Ouran Host Club



Segundo o Manga News, um novo gaiden de Ouran Host Club (桜蘭高校ホスト部) será publicado em 24 de janeiro. Pelo que se sabe, a história se passará no exterior. O primeiro gaiden de Ouran Host Club foi publicado em novembro. Acredito que muitos outros ainda virão. Aqui no Brasil, Ouran Host Club é publicado pela Panini. Há uma página especial para Ouran dentro do site oficial da revista Lala.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ranking da Oricon



Eis o último ranking da semana, o da Oricon. Já previa que teríamos muito mais shoujo e josei do que nas últimas pífias semanas, mas não esperava que Yamato Nadeshiko conseguisse chegar no top 10. Bem surpreendente. E eu tinha apostado que Real Clothes iria entrar no top 30 e foi por muito pouco, muito pouco mesmo! A capinha ficou tão fofa, e eu queria muito que traduzissem este mangá, mas, claro, não há scanlations.

1. Nodame Cantabile #25
2. Chihayafuru #11
4. Tonari no Kaibutsu-kun #6
10. Yamato Nadeshiko Shichihenge #27
12. Sakura-Hime Kaden #7
15. L-DK #5
16. Gakuen Alice #23
30. Real Clothes #11

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan e ele repete mais ou menos o que aconteceu no da Taiyosha em relação aos mangás femininos, temos dois josei – coisa rara – encabeçando o top 10. E, em quinto lugar, um shoujo, Tonari no Kaibutsu-kun, no ranking da Tayosha, este mangá estava em sétimo. Mas queria destacar o mangá Shingeki no Kyojin, trata-se de um shounen de terror, não tem scanlations (*olha só!*) e acho que ficou bem colocado nas listas de melhores mangás de 2010. Talvez por causa disso, o volume #1 foi puxado para o top 10. Enfim, está um ranking bem interessante esta semana.

1. Nodame Cantabile #25 Opera Encore Hen
2. Chihayafuru #11
3. Shingeki no Kyojin #3
4. Fairy Tail #24
5. Tonari no Kaibutsu-kun #6
6. Hajime no Ippo #94
7. Diamond no Ace #24
8. Shingeki no Kyojin #1
9. Bleach #48
10. Kekkaishi #32

Tokyopop lança serviço de mangás "on demand"



Segundo o ANN, a Tokyopop lançou um serviço de mangás para impressão on-demand. Sabe aquele mangá esgostado? Bem, você pode encomendar diretamente no site da editora, que fez uma parceria com a distribuidora Baker & Taylor Inc., e encomendar o seu exemplar. O preço de capa, claro, é maior que o do original, mas isso é mais que justo. Quem quiser encomendar algum título esgotado, que a Tokyopop tenha os direitos, pagará US$15.99, como promoção de lançamento, sairá por US$11.19. A imagem que está no post é de Fruits Basket, eu procurei dentro do site da editora e não encontrei o caminho para o serviço on-demand, mas está lá. :) E eu acho que essa idéia é genial. Pena que não possa fazer isso com Emma, que é uma série que tenho incompleta, por causa da maldita ganância da DC Comics.

Mais comentários sobre a Lei de Censura de Tokyo



Só mais uma notinha sobre a Lei 156 de Tokyo, que eu acho que não vai pegar. Segundo o ANN, os sites de download de mangás e animes, manga para celular e tudo o que está na internet, não estarão submetidos à legislação de censura aprovada pelo governo metropolitano de Tokyo. Entenderam? Só se aplica ao material publicado, CDs e DVDs, internet, não. Pense que no Japão o uso da internet é muito disseminado. Perceberam o rombo na lei? Pois é... Um colega que comentou o meu post anterior, pontuou que o governo infeliz de Tokyo termina em abril, as editoras precisam se adequar até julho. Resumindo: muita água vai rolar debaixo dessa ponte. É isso por agora.

Obra de Hagio Moto ganha grande exibição em Nagoya e Fukuoka




Segundo o Comic Natalie, duas grandes exibições, com material original de Hagio Moto, acontecerão no Japão para comemorar os 40 anos de carreira da autora. A exibição de Nagoya começa hoje, já a de Fukuoka abre no dia 22 de janeiro. As duas mostras terão manuscritos, ilustrações e outros materiais, num total de 350 peças. Espero ter entendido bem. Haverá também leilão de desenhos da autora com fins de caridade. Falando em Hagio Moto, semana passada chegou o meu volume de Drunken Dreams & Other Stories da Fantagraphics Books. Realmente, o preço – 25 dólares – é justo: papel especial, capa dura, letras douradas, várias páginas em cores, artigo sobre a geração que revolucionou o Shoujo Mangá na década de 1970, entrevista com Hagio Moto. O Matt Thorn realmente fez um trabalho de primeira linha. Adorei. Li Iguana Girl e realmente é visível que se trata de um acerto de contas com a própria mãe, como Moro disse em entrevista. Aliás, preciso terminar de traduzir a entrevista com a autora. É isso.

CD de músicas comemora os 15 anos de carreira de Arina Tanemura



Segundo o Comic Natalie, um CD especial comemorará os 15 anos de carreira de Arina Tanemura. Se entendi direito, as músicas foram escritas por ela. Há músicas inspiradas em vários de seus trabalhos, como Sakura Hime Kaden (桜姫華伝), Kamikaze Kaitou Jeanne (神風怪盗ジャンヌ), Time Stranger Kyoko (時空異邦人KYOKO) entre outros. O CD será lançado em 29 de dezembro, no Comicket 79, que acontecerá noTokyo Big Sight. Acredito que haverá, também, outros eventos de lançamento, porque a notinha fala de um evento que possa contar com a presença das crianças, já que o Comicket não é um local muito confortável para os pequeninos. Se compreendi bem, esse outro evento de lançamento seré em 20 de janeiro e haverá um mini-concerto com sessão de autógrafos em 30 de janeiro no Animate Ikebukuro. São dez músicas no total. Um... espero ter dado a noticia direitinho... De qualquer forma, o CD é produto indispensável para os fãs de Arina Tanemura. :)

Peça de Fushigi Yuugi volta aos teatros japoneses



Segundo o Comic Natalie, a peça teatral de Fushigi Yuugi (ふしぎ遊戯) terá segunda temporada no Japão em 2011. Ainda não há informação sobre elenco e venda de ingressos, mas a temporada irá – se entendi bem – de 30 de março até 3 de abril em um teatro em Shinjuku. Pois é, Fushigi Yuugi e seus derivados continuam muito populares no Japão. Bem que poderiam fazer logo um anime da continuação da série, Fushigi Yûgi Genbu Kaiden (ふしぎ遊戯 玄武開伝).

Comentando o filme Another Country (Inglaterra, 1984)


No domingo postei uma matéria sobre o filme O Discurso do Rei. Dentro do texto da Folha, havia um comentário sobre Another Country (Memórias de um Espião), a estréia no cinema de Colin Firth. Eu tinha o filme aqui no meu computador, mas com uma qualidade lamentável... Bem, decidi tentar baixar com uma qualidade melhor e consegui. Nunca é tarde para assistir um bom filme, aliás, Another Country foi um dos melhores filmes que assisti este ano, fora, claro, que é ótimo tentar identificar tantas caras que depois se tornariam mais ou menos conhecidas em séries da BBC ou filmes dos anos 1980 e 1990, como Nicholas Rowe, que fez Sherlock Holmes em O Enigma da Pirâmide, e é figurante no filme. Another Country é baseado em peça famosa (*baseada no livro... baseada em uma história real...*) e parece que toda uma geração de atores ingleses participou da peça ou do filme quando em início de carreira (Colin Firth, Daniel Day-Lewis, Rupert Everett, Kenneth Branagh, Cary Elwes, etc.).

A história do filme é mais ou menos a seguinte. Inglaterra, década de 1930, em colégio particular de elite masculino, estudam Guy Bennet (Rupert Everett) e Tommy Judd (Colin Firth). Bennet sonha em ser diplomata e ser indicado para o seletíssimo grupo dos prefeitos do colégio em seu último ano. Esses garotos, que têm poder e prestígio dentro da escola, instituição que se organiza como se fosse outro país (*é uma das explicações do título*), são chamados de “deuses”. Só que Bennet afronta o sistema o tempo inteiro, é debochado e tem preferências abertamente homossexuais. Já Judd, que se considera “a piada da escola”, é um excelente aluno, mas comunista e crítico do sistema, daí, não quer ser eleito para coisa nenhuma, ainda mais para ter que garantir a manutenção de uma estrutura que ele considera abusiva, opressora e reprodutora do que de pior existe no capitalismo. 


Bennet e Martineau.
Os dois, apesar de muito diferentes, são grandes amigos e além de serem os párias do colégio. O filme começa com dois alunos, um deles prefeito, pegos em um ato homossexual por um professor. Para evitar a vergonha de ser expulso, um deles, Martineau (Philip Dupuy), se suicida, dando início a uma perseguição, liderada pelo capitão de uma das casas, Fowler (Tristan Oliver), de toda prática suspeita, em uma tentativa de abafar o escândalo e salvar o bom nome da escola. Só que Bennet se descobre apaixonado por James Harcourt (Cary Elwes) e todos os seus planos de se tornar “deus” são frustrados por Fowler, que odeia tanto Bennet, quanto Judd.

Another Country não é o primeiro filme, que assisto, que se passa nesses colégios internos ingleses de elite, e eu nunca vou deixar de achar esse tipo de instituição surreal, abusiva e quase fora do seu tempo... como um outro país, um pequeno microcosmo com regras próprias, mas que visa formar elementos conservadores da ordem constituída. É assim em IF, que termina com um grupo de alunos fazendo uma revolução e destruindo o colégio opressivo (*Ah, os anos 60...*) e é assim em Another Country. A diferença é que, em IF, eu conseguia entender perfeitamente as hierarquias do colégio, assim como em Harry Potter, porque acima dos prefeitos, todos, aparentemente, em pé de igualdade, havia o head boy e somente isso. 


Clandestinos.
Em Another Country a coisa é mais intrincada, há o head boy, que não tem falas e é interpretado por Guy Henry, o Mr. Collins de Lost in Austen, há os prefeitos comuns, e “os deuses”, que devem ser "super-prefeitos", junto com o capitão de cada casa... Confuso... Mais complicado ainda é que o subversivo Bennet pudesse acreditar que conseguiria afrontar todas as regras e, ainda assim, se tornar um dos deuses no último ano de colégio. Mas ele é um adolescente um tanto delirante, então até é possível...

Apesar da minha dificuldade em entender o emaranhado de hierarquias, achei Another Country um filme excelente, enfiando de forma poética o dedo em certas feridas. Tudo é narrado a partir do ponto de vista de um já idoso Guy Bennet, diplomata britânico que espionou para os soviéticos e vive exilado em Moscou. Ele se dispõe a dar uma entrevista para uma jornalista americana e começa a lembrar dos tempos de colégio e do seu primeiro contato com o comunismo, através de seu amigo Judd. Bennet é o elemento mais importante do filme e é feito por um inspirado Rupert Everett, que é um dos meus atores favoritos, ainda que eu ache que sua interpretação de homossexuais bem nascidos (*e eu só o imagino fazendo tipos aristocráticos mesmo*) sejam todas muito parecidas. É só pegar O Casamento do Meu Melhor Amigo e comparar com Another Country. A diferença é que Everett faz um adolescente, cheio de contradições, que deseja estar dentro do sistema, se aproveitar dele e, ao mesmo tempo, sabe que não será aceito por ser homossexual.

Uma piada respeitável.
A melhor cena do filme, para mim, é exatamente a conversa que ele tem com Judd, depois de ser punido (*isto é, ser ter levado uma surra de um dos prefeitos*), quando toma consciência de que realmente é gay e que está apaixonado por Harcourt. Só explicando, Bennet nunca era punido, porque chantageava os prefeitos com quem já tinha tido “casinhos”, só que um deles consegue interceptar um bilhete que ele enviara para Harcourt, um rapaz de outra casa. Por conta disso, ele se sacrifica pelo amado, para que ambos não sejam expulsos. Como tinha chantageado os prefeitos antes, um deles, Delahey (Robert Addie), faz questão de puni-lo de forma exemplar. Outra explicação, há muita gente que mantém práticas homossexuais, utilizando-se muitas vezes de violência contra os mais fracos (*caso dos colégios internos*), para se satisfazer sexualmente, mas não imagina a possibilidade de ser gay, aliás, despreza os gays. 

Bennet, ao longo do filme, toma consciência de que é homossexual e da dor que isso lhe causa, não por odiar a sua condição, mas porque não há espaço para ele "no sistema". Todo o seu sacrifício aturando dez anos daquele modelo pavoroso de educação foram, portanto, em vão. Daí, o confronto com Judd, quando ele assume sua condição de homossexual e o amigo tenta dissuadi-lo. O ponto alto é quando Bennet diz que por mais progressista que Judd seja, ele é tão homofóbico quanto os deuses que ele vê como reacionários.

JUDD: Não entendo. Por que não usou de chantagem outra vez?
BENNET: Porque...
JUDD: Por que... o quê?
BENNET: Porque se tivesse ido ao diretor... ele teria sabido de James.
JUDD: E daí?
BENNET: Teriam expulsado nós dois.
JUDD: Que sorte!
BENNET: Não posso fazer isso... eu o amo.
JUDD: Vamos, Guy.
BENNET: Não vou fingir mais... estou farto. Acha que é uma brincadeira, mas não é. Nunca vou amar uma mulher.
JUDD: Não seja ridículo.
BENNET: Martineau soube disso aos dez anos de idade e me disse.
JUDD: Isso não se pode saber nem com dez anos, nem agora.
BENNET: Sim... pode. Não é uma grande revelação. É admitir algo que sempre se soube. É um grande alivio.
JUDD: Não pode confiar em intuições como essa.
BENNET: Você é comunista porque lê Karl Marx? Não. Lê Karl Marx porque é comunista.
JUDD: Sinto por você...
BENNET: Assim é como reagem os amigos.
JUDD: Desculpa. Você está certo... Isso foi condescendente e inaceitável.
BENNET: Não pode evitar, não é? Porque no fundo, você, apesar da sua conversa sobre igualdade e fraternidade, assim como Barclay, Delahay, Fowler e Menzies ainda continua acreditando que umas pessoas são melhores que outras pelo modo como fazem amor. Pense nisso pelo resto de sua vida. Pense nos xingamentos como marica, viado, bicha, fadinha, fruta... Isso dói muito! Veja... Vou dar um passeio, vem? 
Mesmo sem entender bem o que o amigo sente, Judd o apoia.
Aliás, essa história de que basta ser de esquerda para ser despido de preconceitos, como se isso te desse um selinho de qualidade em letras vermelhas “não-homofóbico, não-racista, não-sexista”, é uma das maiores falácias já inventadas. E o quiproquó iniciado por conta do uso “feminazi” em um blog dito “progressista e de esquerda” ilustra bem a questão. Não sabe do que se trata, bem, dê uma olhada nessas postas aqui: 1-2-3. Enfim, sem me desviar do filme, só tente imaginar a possibilidade de um pensamento inclusivo, que não julgasse as pessoas pela sua forma de "fazer amor" nos anos 1930. 

E só mesmo o ódio que Bennet passa a nutrir pelo sistema para fazê-lo abraçar o comunismo. Afinal, até recentemente, ser homossexual e comunista não era uma possibilidade, e países como Cuba perseguiram e difamaram oficialmente os gays durante muito tempo. Mas Judd é ético e tem um apurado senso de justiça, reconhece suas limitações, e isso permite que os dois continuem amigos. Aliás, eu até imaginava, antes de ver o filme, que os dois teriam um caso., que esse seria o centro da trama. Bom ver que a relação dos dois é de amizade, e daquelas bem fortes que marcam a vida e são lembradas mesmo décadas depois. Afinal, heteros e gays podem ser e são amigos, independente da sua orientação sexual.

O sistema tenta formatar e cooptar a todos.
Enfim, a outra personagem marcante do filme é Judd, interpretado por Colin Firth. E ele não é rabugento, simplesmente critica o sistema, usando categorias marxistas, e tenta manter Bennet com os pés no chão. Mas ser crítico, na opinião de muita gente é ser "rabugento" e "mal resolvido". Ao contrário dos outros alunos seniors, ele trata bem os alunos mais novos, é cordial com eles, dentro de uma estrutura na qual os mais jovens são explorados pelos mais velhos tendo que limpar, lavar, engraxar sapatos dos seus “superiores”. Já tinha visto isso em IF, na época, achei muito estranho, mas parece que é a regra nas escolas inglesas. Para Judd o colégio é insuportável, ele quer ir embora, ser expulso até, ao contrário de Bennet, que odeia intensamente a instituição, mas quer se valer dela para subir na vida, conseguir status. E é por causa de Bennet que Judd acaba sendo confrontado com uma terrível possibilidade, se tornar prefeito.


Os prefeitos “deuses” não querem que Fowler se torne head boy (*acho que era para ser o geral da escola mesmo*), pois ele é arrogante, abusivo e fanático religioso. Mas eles precisam de prefeitos inferiores que ajudem a conter a subida de Fowler, talvez por terem direito a voto, isso não fica claro, para mim. Como já escrevi, a organização hierárquica do colégio é difícil de entender... Por conta da tensão, há uma ótima a cena em que um dos prefeitos tem uma crise em relação ao sistema, fruto do medo que tem de Fowler, e vai se abrir com Judd, que o destroça. Afinal, ter crises em relação ao sistema é aceitável, mas ele duvida que o prefeito vá romper com tudo e abrir mão dos seus privilégios. Como "classe superior", ele vai se adaptar. 

 Embora eu não entenda muito bem a trama, a proposta de se tornar prefeito "simples" é feita para Judd. Ele, claro, não era a primeira opção, mas o rapaz que ficaria com a posição estava sendo transferido da escola por conta do escândalo do suicídio de Martineau. Judd parece ter uma ficha limpa e era bom aluno. Bennet entra no jogo e recebe a promessa de que, se conseguir fazer Judd aceitar, ele será escolhido para ser “deus” no próximo ano. OK, e aí temos o segundo melhor diálogo do filme:
BENNET: Judd, Judd, Judd, Judd... A lua brilha em uma noite como esta. O vento beija suavemente as árvores. Em uma noite como essa Bennett trepa pelo muro de Gascoigne e encaminha sua alma até as barracas de Longford onde Harcourt se encontra essa noite.
JUDD: Não posso fazer isso. Não posso ser um prefeito.
BENNET: Por que não?
JUDD: Tenho uma reputação.
BENNET: O quê?
JUDD: Eu sou a piada da escola, já sei. Mas sou uma piada respeitável. Sou fiel aos meus princípios e isso agrada as pessoas. Se os abandono agora... Sinto muito.
BENNET: Você não se importa com o que as pessoas pensam.
JUDD: Sobre mim não. Dirão que tudo era falso.
BENNET: Não.
JUDD: Dirão “Isso é que ele dizia. Era só uma forma de se exibir.”
BENNET: Ao contrário, o fim justifica os meios. O que pode fazer mais comunista do que isso?
JUDD: Irão pensar que era tudo é falso! Pensarão que todos os comunistas são falsos.
BENNET: É isso o que dizem de Stalin.
JUDD: O que tem Stalin a ver com isso? Aquele homem está suando sangue para arrastar o seu país o século XX criando e criar todo um novo conceito de sociedade ao mesmo tempo. Não suporto quando as pessoas zombam dele... Piadas sobre o Czar... Rápido! Rápido!
Curiosamente, é muito mais fácil ver gente vendendo seus ideais, às vezes por causa de um “suposto” bem maior (*tipo feministas deixem de reclamar do termo “feminazi”, pois isso está desunindo a “esquerda” na internet*), do que se apegando ao que realmente é importante. Aliás, infelizmente, a gente faz isso o tempo inteiro. Judd não consegue, não quer. E não somente por causa dele, mas porque ele é a única representação de um grupo inteiro “os comunistas”, dentro de seu colégio de elite. E não estranhem a defesa de Stálin, afinal, o filme se passa nos anos 30. Judd termina morrendo na chamada “última guerra justa”, a Guerra Civil Espanhola, e não poderia ser diferente... Mas, claro, a trama dos prefeitos não termina como Bennet ou Judd esperavam, no entanto, tudo concorre para manter o sistema funcionando.

Rupert Everett estava lindo nesse filme.  Todos estavam, aliás.
Bem, já escrevi demais... Enfim, foi ótimo ver esse filme, seja por conta das discussões trazidas, seja para ver atores tão queridos em suas primeiras atuações. Eu não costumo achar o Colin Firth bonito em seus primeiros filmes, e o considero um Valmont muito inferior ao de John Malkovich, mas ele está muito bonito como Judd. Ele tinha feito Another Country no teatro, interpretando Bennet. Já Rupert Everett não estava estreando (*descobri que ele estava em um dos piores filmes que já assisti na vida*) no cinema, mas, também estava em início de carreira e muito bonito e muito charmoso. Outro estreante, era o bonitinho Carey Elwes, que chegou a fazer sucesso nos anos 80 e está em um dos meus filmes favoritos, Tempos de Glória, mas que acabou caindo meio que no limbo. Já falei que o Nicholas Rowe é figurante com nome, aparecendo em umas três ou quatro cenas de grupo. Eu o reconheci de cara. E ainda temos o Anthony Calf, que faz o Coronel Fitzwilliam em Orgulho & Preconceito de 1995. É um belo elenco.

É isso, recomendo Another Country. É um belo filme sobre amizade, que discute muito bem a questão da homofobia, da hipocrisia da sociedade, modelos de educação repressores, e de como as pessoas se aferram à privilégios. Além disso, é uma estréia bem respeitável para o Colin Firth. Para quem se interessar, essa página sobre Another Country é muito boa. Se o filme fosse lançado em DVD, eu compraria.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Óperas famosas em formato mangá no Japão



Segundo o Comic Natalie, a partir de dezembro, agora, serão lançados oito volumes de mangá baseados em óperas famosas. Carmem (カルメン) e La Traviata (椿姫) saem agora em dezembro, serão duas por mês: Madame Butterfly (蝶々夫人) e Turandot (トゥーランドット) em janeiro, As Bodas de Fígaro (フィガロの結婚) e A Flauta Mágica (魔笛) em fevereiro, O Holandês Voador (さまよえるオランダ人) e Aída (アイーダ) em março. O tamanho dos volumes será A5, e a mangá-ka supervisora do projeto, e responsável por Carmem, é Rumi Kizawa. Kyoko Nakano, especialista em língua alemã, também atuará como supervisora de algumas obras.