quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O Caso Michele ou Quais os Limites do "Humor" na TV Aberta


Como mãe que está amamentando, sinto-me obrigada a escrever algumas linhas sobre a crueldade que o “humorista” (*assim, entre aspas, porque não acho que o que este senhor faça seja humor*) Danilo Gentilli fez com a enfermeira Michele Rafaela Maximino.  A mulher, uma das maiores doadoras de leite do Brasil, talvez do mundo, teve sua imagem exposta, foi comparada ao em sua abundância de leite ao ator pornô Kid Bengala, entre outras “gracinhas”.  Enfim, coisinha sem importância, Michele – que passou a ser chamada de “vaca leiteira” e “vaca do Gentilli” na cidadezinha onde mora – e o marido – acusado de ganhar dinheiro vendendo a imagem da esposa – é que não tem senso de humor. 

Segundo várias notícias, Michele está deprimida, sua produção de leite caiu drasticamente, o leite de um dos seus seios secou, e ela está disposta a deixar de doar leite no próximo mês... Nada demais, claro, ninguém vai perder com isso, e Gentilli e sua turma vão continuar debochando de gente indefesa, gente comum, e ganhando dinheiro com isso.  Eu tomei conhecimento de que Michele existia através de uma matéria do G1, que diz o seguinte sobre ela: “Michele Rafaela Maximino, de 31 anos, é mãe de três filhos, pesa 53kg, diz ser saudável e obtém o excedente de 1,5 litro de leite por dia. “Eu pensava que era a produção normal, até que passei a pesquisar sobre aleitamento”, afirma. E o excesso acabou mudando os rumos dela. “Eu era técnica de enfermagem e hoje sou dona de casa. Abandonei a profissão para doar. Agora eu tenho outras famílias”, diz Michele Rafaela.”  


Hoje, pelo post do site da Lola, fiquei sabendo que Michele e o marido fazem uma viagem de 80 km todos os dias até Caruaru, onde fica o hospital Jesus Nazareno para doar o leite que será utilizado na UTI Neonatal.  Michele, antes de ser ridicularizada por Gentilli e seus coleguinhas em um dos seus programas diários era responsável por 70% das doações de leite do hospital.  Michele se tornou doadora depois que teve sua última filha; a menina nasceu prematura e precisou de doações.  

Michele faz DOAÇÕES, ou seja, não ganha nada em troca a não ser a certeza de que algum bebê poderia receber conforto ou ser salvo.  Segundo a diretora-geral do hospital, “(...)  a maternidade registra uma média de 500 partos mensais, sendo 30% prematuros, que dependem do banco de leite em suas primeiras horas de vida. O hospital possui 18 leitos de UTI neonatal, sendo que 17 deles estavam ocupados até o final da manhã desta quinta-feira”.  Mas para humoristas do nível de Gentilli (*e outros*), peitos de mulheres existem para dar prazer sexual aos homens.  Tudo o que escapa disso é motivo de chacota ou vergonha.  Daí, em alguns espaços públicos, como os shoppings de Caxias do Sul, se você quiser amamentar, precisa ir para o banheiro... 


Quem amamenta, e eu estou passando pela experiência faz 13 dias, sabe o quão dependente um bebê, especialmente um recém-nascido, é deste alimento.  Eu tenho leite mais que suficiente para a minha filha, não vou dizer que é uma experiência 100% prazerosa, porque a demanda é grande, as horas de sono são fragmentadas, você fica dolorida (*meus seios não racharam ou sangraram, ainda bem*), e você fica preocupada com a qualidade do que come e o impacto que isso tem sobre o bebê.  Não é fácil, mas, pelo menos no meu caso, ver a cara de alegria da criaturinha quando agarra (*às vezes, ao estilo tubarão... ainda bem que não tem dentes*) meu peito é bem reconfortante.

Voltando ao caso, Michele e o marido estão processando a emissora (*Bandeirantes*) e Danilo Gentilli.  Hoje, uma liminar em favor de Michele foi expedida pela juíza da 2ª Vara Cível de Olinda, Cíntia Daniela Albuquerque, determinando que a emissora retire o vídeo de todos os sites da internet que sejam de sua responsabilidade, bem como impedir que outros mantenham ou disseminem o seu conteúdo.  A multa é baixa, 5 mil reais.  O casal pede 1 milhão por danos morais; no Brasil, indenizações dessa monta raramente são concedidas.  Resultado?  Ofender, humilhar, difamar, sai muito barato e é dinheiro que faz diferença nesses casos.  Querem ver?  Gentilli continua debochando de Michele e da repercussão da sua “brincadeira” de extremo mau gosto, mas em 2011, quando do caso do metrô de Higienópolis, o moço pró liberdade de expressão e contra o politicamente correto se desculpou publicamente depois que twittou “Entendo os velhos de Higienópolis temerem o metrô. A última vez que eles chegaram perto de um vagão foram parar em Auschwitz”.


A comunidade judaica, até por motivos óbvios, é muito organizada e tem poder de pressão.  Pode abrir ou fechar portas.  Uma briga dessas pode resultar em perda de anunciantes.  E, bem, eles estão certos em pressionar, processar, e pedir indenização.  Errado é se calar e não se organizar contra os abusos.  Mas e uma Michele e seu marido? Ah, para os fãs do Gentilli, a mulher é uma aproveitadora, não tem senso de humor.  Sei... Sei... Dificilmente, ele irá se desculpar.  Eu diria que não vai, porque, bem, ele não vai perder anunciantes por causa de Michele, nem seu programa, que é na TV Aberta, concessão pública, portanto, vai ser tirado do ar ou ser suspenso... Então, precisamos confiar (*Cóf!  Cóf!*) na Justiça.  Só que, ainda que Michele receba alguma compensação, o estrago está feito.  E reproduzo a fala da diretora-geral do Hospital Jesus Nazareno, Flora Raquel de Freitas:  
“É uma mente perversa. Não tem conotação sexual alguma e é um desrespeito sem tamanho para com as mulheres que amamentam. Amamentar é alimentar, é salvar vidas. Este humorista, esta pessoa, prestou um enorme desserviço à amamentação em todo o Brasil.   O pior que pode acontecer é fazer com que outras mães fiquem inibidas e não façam a doação do leite materno, prejudicando enormemente um trabalho de muitos anos e colocando em risco a vida de muitos recém-nascidos que contam com os bancos de leite para suprir suas necessidades.”

É isso.  Triste ver a falta de consciência de alguns “humoristas” neste país e de seus fãs.  De como humor politicamente incorreto é sinônimo de debochar dos mais fracos, das minorias historicamente discriminadas: pobres, mulheres, gays, negros, etc.  Quando se mexe com os poderosos, aí, temos afastamentos e pedidos de desculpas.  Vide, também, o caso Rafinha Bastos X Vanessa Camargo (*ou seu marido empresário*) ou Gentilli X judeus de Higienópolis.  Aí, o buraco é muito mais embaixo...  Mas se quiser fazer alguma coisa positiva por Michele, deixe um recado na página dela.  Imagino que isso possa confortá-la m pouco.  Se fosse comigo, com certeza, ajudaria.

P.S.: Se você acha que Gentilli está certo, que se trata de humor e, não, de abuso e crime, nem se dê ao trabalho de comentar.  Eu não publicarei.  Gaste sua energia em um grande portal, no qual as pessoas podem defecar pelos dedos e qualquer coisa é publicada.

Ranking da Oricon


Saiu o ranking da Oricon (*via ANN*) e Kimi ni Todoke lidera o top 30.  Não foi uma semana espetacular, mas pegar o topo da lista não é fácil.  Karneval vem representando os josei, empurrado pelo anime da última temporada.  De resto, temos três títulos que estão se despedindo.  Não acho que Love So life, Oresama Teacher e Hiyokoi voltem a aparecer na semana que vem.

1. Kimi ni Todoke #20
19. Karneval #12
20. Love So Life #13
24. Oresama Teacher #17
30. Hiyokoi #11

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Love So Life entra no seu arco final


O Pro Shoujo Spain noticiou que o mangá Love So Life (ラブ ソー ライフ), de Kaede Kouchi, entrou no seu arco final. Não se tem ainda uma data para o término do mangá, mas se sabe que ele começa no volume #14. O volume #13 acabou de sair e a série sempre fica bem posicionada nos rankings de vendagens, além de ter umas capas lindinhas. Love So Life é publicado na Hana to Yume e conta a história de uma jovem órfã, que ganha algum dinheiro como babá, um dia, ela é contratada por um sujeito para cuidar de seus sobrinhos de dois anos. Parece que os dois acabam se apaixonando, mas eu não li coisa nenhuma da série...

Mangás mais rentáveis do Mercado Americano

De tempos em tempos, o ICV2 publica informação sobre os mangás mais lucrativos do mercado americano.  Nem sempre eu me lembro de publicar aqui, mas, desta vez, acabei vendo o post e decidi publicar a informação no Shoujo Café.  Antes, se vocês se recordarem, eu publicava o ranking norte americano semanal, faz tempo que me perdi e deixei de postar.  Uma pena, mas sei que neste momento é que não vou consegui retomar mesmo... Enfim, segue o top 25 de mangás mais importantes do mercado norte americano, basicamente, mas disputa entre VIZ e Yen Press, com a Kodansha encaixando dois títulos muito poderosos, Attack on Titan e Sailor Moon.  Marquei os shoujo mangá, mas não esqueçam que a popularidade dos top shounen depende, e muito, do público feminino.


Publicação comemora 40 anos de carreira de Fumizuki Kyoko


O Comic Natalie trouxe hoje a informação de que no dia 1 de novembro será lançada uma compilação com obras selecionadas de Fumizuki Kyoko, começando com sua obra de estréia Freesia no Koi (フリージアの恋), de 1973.  A editora do lançamento é a Ohzora, que é a maior editora de mangás femininos no Japão.  Fumizuki, nascida em 1953, fez parte da geração que revolucionou o shoujo mangá na década de 1970 junto com Hagio Moto e Takemiya Keiko.  A autora continua em atividade, produzindo principalmente josei mangá.  Constam no livro as seguintes obras:  


1. Freesia no Koi  (フリージアの恋) – 1973)
2. Yane no Kami no Oujisama (屋根の上の王子さま) – 1975
3. Ohayou Yoru Desu (おはよう夜です) – 1987 
4. Kiss wa wazawai no Hajimari (キスは災いのはじまり) – 1994 
5. Wanpoku Green Town (わんぱくグリーンタウン) –  2004)
6. Riso no Hana Muco (理想の花ムコ) – 2013 


terça-feira, 29 de outubro de 2013

Revista LaLa terá sua versão virtual


Segundo o Comic Natalie, a revista LaLa vai ganhar uma irmã virtual, a LaLa Melody online (LaLaメロディonline).  O site abre no dia 22 de novembro.  A revista Hana to Yume já tem sua versão virtual e acredito que cada vez mais teremos esse tipo de estratégia.  Como comentei antes, algumas séries de sucesso tem migrado da net para o papel, mas legal é ver que as revistas podem utilizar vários suportes e que a internet é o futuro para muitas séries.  Ainda nesse mesmo post do CN, confirmação do que eu suspeitava: La Corda D'Oro (金色のコルダ) terá novo mangá.  Estréia em 2014.

Obra de Asumiko Nakamura ganha exposição no Japão


O Comic Natalie anunciou que haverá uma grande exposição no Japão celebrando a arte de Asumiko Nakamura e, em especial, do seu mangá Doukyuusei (同級生).  Ao que parece, a série será concluída na última edição da revista Opera, a ser lançada em 27 de dezembro.  Os encadernados do mangá saem no dia 15 de fevereiro e a exposição será aberta em 19 de fevereiro e terminará em 26 do mesmo mês.  Serão 40 ilustrações em cores e 30 P&B, se entendi bem o CN.  Mas por qual motivo anunciar tão cedo?  Haverá um talk show em 21 de fevereiro, no mesmo espaço onde acontecerá a exposição, o Arts Chiyoda, e quem quiser participar precisará checar os detalhes na última edição da Opera lançada em 26 de outubro.


Brinde de Glass Mask e outras notícias da Betsuhana


O Comic Natalie noticiou que a edição atual da Betsuhana veio com um apêndice com cartões postais de Glass Mask para colorir. Enfim, brindes de Glass Mask (ガラスの仮面) são coisa comum na revista, e essas ilustrações parecem já ter aparecido muitas e muitas vezes. Sabe a minha impressão? Parece, posso estar errada, que Suzue Miuchi fica reeditando as mesmas imagens o tempo inteiro. Queria coisa nova... 

Já na próxima edição da revista, chegam ao fim Orange Chocolate (オレンジチョコレート), mangá de sucesso de Nanpei Yamada, e Itsudemo Otenki Kibun (いつでもお天気気分), série dos anos 1990 que foi retomada por Marimo Ragawa quando terminou Shanimuni Go (しゃにむにGO). No mesmo número estréia Rokuro no Kubi (ロクロの首) de Saenagi Ryou.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Anunciado o dorama de Shitsuren Chocolatier


Hoje saiu uma notinha no Comic Natalie anunciando que o mangá Shitsuren Chocolatier  (失恋ショコラティエ), de Setona Mizushiro, vai virar dorama.  Segundo o CN, maiores detalhes serão dados na próxima edição da revista Flowers, que sai em 28 de novembro.  Não se sabe nada sobre o elenco ainda, mas o protagonista foi encarnado pelo dublador Hiro Shimono no Drama CD lançado em 2010. 

Revista Melody homenageia Cipher


Cipher (CIPHER サイファ), de Minako Narita, é uma das séries mais importantes da editora Hakusensha, que está comemorando seus quarenta anos.  Por conta disso, ela está sendo relançada e,segundo o Comic Natalie, a próxima edição da revista Melody trará um booklet celebrando a obra.  Item obrigatório para os fãs da série.


O mesmo post do Comic Natalie trouxe imagem da capa do volume #10 de Ōoku (大奥). A capa foge ao padrão do resto da série, trazendo um grupo de personagens em fundo branco e, não, um rosto em evidência com fundo preto.  Se Fumi Yoshinaga não voltar atrás, faltam somente dois volumes para  o fim da série.

Autora de Hotaru no Hikari estreia novo mangá


Satoru Hiura, que ganhou projeção com Hotaru no Hikari (ホタルノヒカリ), estreou nova série na revista Cocohana. O nome do mangá é Moshimo Kami-sama (もしも神様). Pelo que entendi do que está o Comic Natalie, a série tem como protagonista uma mulher que é casada com um herbívoro... Imagino que sexo seja um problema para os dois...  Não entendeu?  Post sobre os herbívoros aqui.

Brinde de Ayakashi Hisen na Primeira Sho-Comi de 2014


Ayakashi Hisen (あやかし緋扇), de Kyoko Kumagai, chegou ao seu final na revista Sho-Comi. Nunca li nada da série, mas ela vendia bem e saíram várias notícias no Comic Natalie falando dela e do brinde – um leque – que viria ou virá com a edição limitada do último volume. Eu acabei não comentando sobre isso. Agora, o CN noticia que um Fanbook, o Memorial Original Collection, viará com a edição da Sho-Comi que sai no dia 15 de janeiro de 2014. Provavelmente, teremos ilustrações e outras coisinhas para alegrar os fãs da série.

domingo, 27 de outubro de 2013

Terceira temporada de La Corda D’Oro já tem data de estréia


O Comic Natalie publicou na semana passada (*muitas matérias atrasadas*) que a terceira temporada de La Corda D’Oro (金色のコルダ/ Kiniro Corda), chamada de Golden(*site oficial*), tem data de estréia: abril de 2014.  O anime, segundo o CN, é baseado no game da série lançado em 2010.  Já novo o Drama CD da série será brinde na edição da revista LaLa de janeiro... só que ela sai em novembro.  Não me perguntem o motivo, eu não sei explicar... Não me surpreenderia se tivéssemos nova série de mangá, também.  Só lembrando, a série La Corda D’Oro é baseada em uma linha de otome games no estilo date simulator. Algo muito popular no Japão, não somente entre os rapazes.

Notícia boa é para repassar: O Renascimento do Parto pode estar sendo exibido outra vez perto de você!


Como só permanece na ignorância quem não pode ter acesso à informação e só permanece reproduzindo bobagens quem está na ignorância ou tem má fé, eis uma chance de se informar. Eis a chance de assistir ao documentário brasileiro O Renascimento do Parto (*resenha aqui*) perto da sua casa:
Vejam que notícia mais linda!!

Como 'O Renascimento do Parto – O Filme' já é um dos documentários de maior bilheteria na história do cinema nacional… fomos selecionados para o 14º Projeta Brasil da Rede Cinemark. Segundo a rede, estamos entre as 28 principais produções nacionais de 2013 e que serão exibidas no dia 11 de novembro país afora. Um dia dedicado exclusivamente aos melhores filmes brasileiros da temporada.

Vamos à programação do nosso filme… e o melhor, ingressos por apenas R$ 3,00!

* Belo Horizonte - BH SHOPPING – 12h e 16h20

* Brasília – PIER 21 – 11h40 e 16h10

* Campo Grande – CAMPO GRANDE - 10h50 e 14h50

* Curitiba – PARKSHOPPING BARIGUI - 12h10 e 17h50

* Guarulhos - SHOPPING GUARULHOS – 13h, 17h15 e 21h30

* Porto Alegre – BARRA SHOPPING SUL – 12h e 16h20

* Recife – RIOMAR RECIFE – 11h40, 15h50 e 20h10

* Rio de Janeiro – DOWNTOWN – 12h40 e 17h50

* São Paulo

- ARICANDUVA – 13h05 e 17h15

- INTERLAGOS – 11h40 e 16h20

- METRO SANTA CRUZ – 14h e 17h45

- VILLA LOBOS – 11h10, 13h e 18h

* Santos – PRAIAMAR SHOPPING – 12h30 e 16h40

* São José dos Campos – CENTER VALE – 13h10 e 18h10

* Vitória – SHOPPING VITÓRIA – 13h e 17h

Este será um grande marco de encerramento da nossa temporada nos cinemas do Brasil e portanto, esta será a ÚLTIMA oportunidade!!

Programação completa aqui neste link:


Por mais nascimentos com respeito... Bom filme a todos!

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Seguimos em cartaz em São Gonçalo e Joinville até a quinta-feira dia 31/10 pela nossa 12ª cinesemana:

SÃO GONÇALO (RJ) - CINESPAÇO BOULEVARD - diariamente às 18h

JOINVILLE (SC) - GNC MUELLER – diariamente às 21h20 e tem CineMaterna na quarta dia 30/10 às 14h

Lembrando que já passamos por: Aracaju, Araraquara, Belém, Belo Horizonte, Blumenau, Campinas, Campo Grande, Cascavel, Cotia, Criciúma, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Indaiatuba, João Pessoa, Joinville, Juiz de Fora, Jundiaí, Lages, Londrina, Maceió, Manaus, Mossoró, Maringá, Novo Hamburgo, Palmas, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São José dos Campos, São Luís, São Paulo, Sorocaba, Tubarão e Uberlândia.

sábado, 26 de outubro de 2013

Ranking da Oricon


Por conta do nascimento da Júlia, atrasei uma série de coisas. Ranking do Comic List é impossível recuperar, mas os do Oricon, até dá para fazer alguma coisa.  Enfim, nas duas últimas semanas tivemos três representantes no top 30.  Semana passada, Ookami-heika no Hanayome  estava saindo do top 10 e nem apareceu nesta semana.  Havia um josei – Hyakki Yakoushou – e a edição limitada de K ~Memory of Red~, mangá da revista área.  Esta semana, mais três títulos,todos shoujo populares.  Hiyokoi é o melhor colocado.  Agora, é esperar a quarta-feira e ver como fica.  

15.  Hiyokoi  #11
18. LOVE SO LIFE #13
19. Oresama Teacher #17

11. Ookami-heika no Hanayome  #9
17. Hyakki Yakoushou #22
25. K ~Memory of Red~ #3 Edição Limitada

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Relato do Nascimento da Júlia e algumas reflexões


Hoje faz uma semana que a minha Júlia nasceu e estou escrevendo um relato – pessoal, mas que pode, talvez, servir para alguém – sobre como as coisas aconteceram.  Chegamos em casa no domingo; ela nasceu na madrugada do dia 18, lua cheia, através de uma cirurgia e, não, por parto normal, como era o meu desejo.  Na verdade, preciso digerir algumas coisas ainda e, bem, nem tudo está muito resolvido dentro de mim.  Ao mesmo tempo que estou muito feliz, afinal, minha filha está aqui comigo e é perfeita, é como meu parto – que deveria ser domiciliar, humanizado e natural – se tornou cirurgia é algo que me atormenta.  Nos primeiros dias, na verdade, até por conta da carga hormonal, tive uns altos e baixos emocionais que deixaram todos por aqui preocupados – marido, mãe, doula, as enfermeiras obstétricas que acompanharam meu trabalho de parto e estão me atendendo até hoje – pois acreditavam que eu estava (*ou ainda estou, sei lá*) em uma espiral  depressiva.  Enfim, vamos para os acontecimentos – como me lembro deles, claro – e espero que a narrativa não seja longa, ou cansativa demais, mas tenho uma série de coisas a relatar. 

A minha última semana de gestação – a trigésima nona – foi bem complicada, tive um acidente doméstico (*uma prateleira de livros despencou em cima de mim no domingo dia 13*), preparativos para a chegada da minha bebê não estavam prontos (*os caras dos móveis e aplicação do papel de parede furaram vezes... estamos sem o berço do conjunto até hoje*) e eu não tinha controle sobre os acontecimentos, e minha pressão descontrolou.  Na academia (Programa Dani Rico na Body Tech), a professora na aula de hidro da segunda-feira, identificou que havia algo errado com minha pressão arterial. Como esta professora sempre conseguia aferir uma pressão acima da correta, fiz a aula tranqüila, mas, ainda assim, fiquei com a pulga atrás da orelha.  Tirei a pressão em casa e no posto de saúde, estava 13/9, alta para meus padrões, sem dúvida, mas não os 15/10 que tinha aparecido no dia anterior.  



No posto de saúde, estranharam que a médica do Hospital da Força Aérea, onde me consulto, não tivesse marcado uma consulta semanal.  A médica tinha dito que só precisava me ver na quadragésima semana e que faria um exame de toque... aposto que se minha Júlia decidisse ficar mais uma semana na barriga e se eu aceitasse o exame, teria saído de lá com um descolamento de membranas para acelerar o trabalho de parto ou um indicativo de cesariana sem motivo.  Hoje sei que um pré-natal no posto de saúde quase do lado da minha casa talvez fosse muito mais saudável para mim, mas já era tarde, muito tarde.  Enfim, tive que ficar controlando a pressão, fazendo exames na emergência do HFAB (*onde me trataram muito bem na emergência, conforme bem comprovei*), e temendo a possibilidade de uma pré-eclâmpsia, que inviabilizaria o meu plano de parto domiciliar.  Logo, eu que tinha uma pressão normal e até baixa durante os nove meses?  Como as coisas poderiam terminar desse jeito?  Os resultados dos exames terminaram por descartar o problema e a pressão alta foi considerada como resultado do meu estado emocional.  E ela voltou ao seu normal nas vésperas do meu parto e esteve assim durante todo trabalho de parto e a cirurgia.

Minha mãe chegou do Rio de Janeiro no dia 15, bem à noitinha, e, como se Júlia estivesse esperando pela avó, ou pelos caras que montariam seu quarto, pois eles começaram a aparecer aqui em casa antes de 7 e 30 da manhã, comecei a sentir fortes pródromos (*contrações doloridas, mas de treinamento*) a partir desse horário.  Ao logo do dia, elas foram se tornando contrações regulares e passaram a ser de 5 em 5 minutos a partir das 11 da noite, ou um pouco antes. Minha doula (*Vanja Mendes*) veio na minha casa e fez algumas recomendações. Foi uma noite longa, dolorida, mas cheia de boas expectativas. Como já estava com três cm de dilatação e colo favorável, acreditava que tudo iria correr bem.  As enfermeiras obstétricas do Luz de Candeeiro, Iara e Ana Cynthia, chegaram na minha casa na manhã do dia 17 e segui em trabalho de parto.  Chuveiro quente, agachamentos, bola, a piscina (*que meus gatos destruíram*), caminhada... As contrações eram fortes, mas foram se tornando irregulares, quando o esperado era o inverso.  Os exames de toque permitiam sentir a bolsa muito baixa e a cabeça da minha bebê, só que ela não parecia encaixada da melhor maneira (*cefálica defletida, com a testa e não a parte “certa” da cabeça posicionada*) e a bolsa impedia a sua descida.  Pouco depois das duas horas da tarde, elas conversaram comigo sobre a única intervenção possível, e eu permiti que rompessem a bolsa.  Líquido nítido, odor normal e muitos cabelinhos da minha Júlia. Acreditávamos que o trabalho de parto prosseguiria mais rápido, afinal, a bolsa – que era enorme – parecia estar impedindo a bebê de descer e eu já estava com quase nove cm de dilatação.


Infelizmente, as horas passaram e o trabalho de parto não evoluiu, as contrações foram se tornando cada vez mais irregulares.  Comecei a ter medo e, cada vez mais acredito, foi aí que eu perdi o meu parto.  Perto das sete da noite, as enfermeiras perceberam o quão cansada eu estava, que do jeito que o trabalho de parto evoluía, poderia se prolongar muito ainda, e que seria uma saída mais segura ir para o hospital e tentar uma indução com ocitocina, afinal, faltavam somente dois centímetros e tudo poderia terminar bem e rápido.  Sim, é assim que funciona um parto domiciliar, os profissionais envolvidos – enfermeiras obstétricas, médic@s – observam os sinais da mãe e da criança, nunca colocam nossa vida em risco, e é preciso ter um plano B bem amarrado.  A primeira parte estava OK, mas paguei o preço de não ter um plano B de qualidade. Confesso que a ida para o hospital já sinalizava, para mim, que eu terminaria na mesa de cirurgia, mas acredito que ambas, Iara e Ana Cynthia, avaliaram bem o meu psicológico.  Fui para o HFAB, por um instante houve  a possibilidade de ir para a Maternidade de Brasília, a melhor da cidade em termos de parto humanizado, mas não havia vagas.  E terminei transferida em uma ambulância extremamente desconfortável para o Hospital Alvorada de Brasília, não me deixaram ir no carro do meu marido, o que seria muito menos desconfortável.  

Chegando lá, havia somente uma médica plantonista, ela iria “fazer” o meu parto, pois, a partir de agora, eu não era mais sujeito e, sim, objeto.  Meu marido brincou depois que a médica parecia uma profisssional militar de hospital de campanha, fazendo de parto até amputações... Entrei com minha doula, que disse ser minha prima, enquanto meu marido cuidava da burocracia.  A médica aceitou alguns pedidos, como a não episiotomia (*obviamente, eu não estava acreditando muito nisso*), que esperaria o cordão umbilical parar de pulsar para fazer o campleamento, mas nada de bizarrices como “parto de cócoras” ou “de quatro” (*e isso sem que falássemos nada*).  Com alguma demora, depois da técnica arrancar o acesso do soro que veio comigo do HFAB fazendo espirrar sangue para todo o lado e de me furar várias vezes de forma negligente, estava na ocitocina, ou assim me disseram.  Digo isso, porque o efeito não foi imediato, ficaram dizendo que a “posição da minha mão atrapalhava a descida do soro e as contrações continuaram as mesmas. Não me obrigaram a ficar deitada, andei, agachei, tentei, enfim, ajudar a Júlia a descer. Só que quando as contrações ritmaram, um dos efeitos colaterais do hormônio sintético apareceu, os batimentos cardíacos da Júlia despencaram, ou assim me foi dito, porque não vi o visor e nem me lembro do som da leitura, isto é, se era diferente do que ouvi o meu pré-natal inteiro e durante o trabalho de parto.  De qualquer forma, vaticinaram cesariana de emergência.


Com toda a presteza, em menos de 40 minutos tudo tinha sido preparado, e eu estava anestesiada.  Fiquei consciente o tempo inteiro e tive a certeza de que minha bebê, que não vi nascer ou ouvi chorar, estava “salva”.  O anestesista e as enfermeiras me disseram que nunca viram uma mulher tão calma em uma situação de cesárea de emergência.  Ora, se você sabe que o procedimento é necessário para garantir a vida da sua filha, não é hora de fazer drama, é preciso encarar a situação, fora que não havia alternativa, então é respirar fundo e ir em frente.  A equipe, da médica de campanha, passando pelas enfermeiras muito gentis e o anestesista, um dos médicos mais atenciosos que já conheci na vida, trabalharam para o nosso melhor.  Temia alguma violência obstétrica, mas tudo correu muito bem.  

Só a pediatra é que destoou do grupo, falou para que meu marido nunca mais permitisse que eu tentasse um parto normal, insinuou que minha filha poderia ter problemas neurológicos, e veio falar comigo anestesiada que parto normal era “coisa de índio” e não de “gente civilizada”, e que minha menina tinha ganho um Apgar 3, mas que, por piedade, ela tinha lançado 5 (*mentira, consta 3*).  Acredito que ela achou que eu iria me desesperar por não saber do que se tratava a tal nota e quando perguntei se no minuto 1 ou 5, ela bufou e foi embora... Bem, mesmo com a barriga aberta e sendo costurada, ainda é possível ver alguma graça na situação.  O anestesista, que tinha ficado conversando comigo durante quase toda a cirurgia, não conseguiu conter o riso.  Se minha menina tivesse Apgar 3 ao nascer iria para a UTI, ou ficaria em observação por várias horas, coisa que não ocorreu.  


Para terminar, no fim das contas, minha menina nasceu bem, nasceu quando quis nascer, passado pelo trabalho de parto e recebendo os hormônios necessários, não foi para a UTI neonatal, e a mandaram para o meu lado ainda na sala da recuperação de anestesia, coisa que eu não esperava.  O tratamento no hospital não foi humanizado, mas não fui desrespeitada pela maioria absoluta dos profissionais e nisso sou muito grata.  Não me amarraram e permitiram a presença do meu marido em todo o processo e não me senti sozinha, nem desassistida.  Mas minha doula não pode entrar.  Imagina!  E, o mais importante, o que doeu mais e dói, não pude poupar minha filhinha de nenhuma das intervenções desnecessárias: luz forte na cara, cordão prematuramente cortado, colírio de nitrato de prata.  Ainda bem que o ar condicionado estava quebrado, ou sei lá... Meu marido não pode, também, ser coparticipante – filmar a cirurgia não conta – queria muito que ele cortasse o cordão da filha.  Tínhamos sonhado com isso.  Não pude amamentá-la ao nascer, não vou poder usar minha placenta para adubar uma nova árvore.  Não queria “parto bonito” para colocar  no Youtube, queria, sim, ser protagonista no meu parto e proporcionar o melhor para minha filha e marido.

De resto, o único porém no hospital foi uma enfermeira terrorista passar o sábado todo me azucrinando com o falso fantasma da hipoglicemia, pois não vira minha menina mamar “direito” nenhuma vez.  Foi um inferno.  Só que minha Júlia foi bem avaliada em todas as revisões.  Ela foi liberada com as 48 horas protocolares e está mamando maravilhosamente bem. Ela nasceu pouco depois da meia noite do dia 18.  Uma das coisas que descobri durante a cirurgia é que meus dois pequeninos miomas externos (*subserosos*), relatados como inofensivos no início da gravidez, eram pelo menos quatro.  Meu marido filmou tudo.  Os miomas eram grandes a ponto de um deles ter sido confundido com um pedacinho da minha filha durante o final da gestação. Apesar de acreditar que meu emocional interferiu, os miomas provavelmente foram responsáveis pelas contrações irregulares, pela dificuldade na evolução do trabalho de parto. Se as Enfermeiras Obstetras não tivessem sido tão cuidadosas e profissionais, poderia ter acontecido o pior.  O curioso é que, apesar de imensos, eles não foram relatados nos últimos ultrassons.  Se minha teoria procede, os médicos das ultrassons colocaram em risco a vida da minha filha ao não relatarem o que deveria estar evidente na tela. 


Enfim, o processo foi longo, as coisas não aconteceram como eu desejava e esperava, mas saí do hospital com minha menina nos braços.  Não fui protagonista do processo, fui chamada de “mãezinha” em vários momentos, fiquei impotente, fui conduzida.  Enfim, não tive um parto, foi uma cirurgia e tento acreditar que necessária para o bem de minha menina e o nosso.  Chorei algumas vezes desde o nascimento da minha Júlia, penso naquilo que não consegui fazer acontecer, se a coisa dependeu mais de um amadurecimento emocional meu, ou se não havia jeito mesmo.  Por isso, me agarro na história dos miomas.  Será que eles realmente atrapalharam tudo?  

Não tive um parto, passei por uma cirurgia; extraíram minha filha, não fui parte ativa.  Em tempos de campanha contra o parto humanizado, pois os cesaristas se incomodam da mesma forma que a turma do “orgulho branco”  e do “orgulho hetero”, não me sinto “menas mãe” por conta de tudo que aconteceu.  Agora, é que começa o trabalho, aquilo que se chama de maternagem.  E aí, pouco importa se você pariu (*e como*), se retiraram sua criança por meio de cirurgia, ou se você adotou, ser mãe ou pai é exercício, acerto e erro, esforço, e muito amor.  E, pelo menos no meu caso, já que tive uma gravidez desejada, tive oito meses e meio para aprender a amar a minha menina.  Não é instinto, destino biológico, nada disso, é algo construído culturalmente e, talvez, estimulado por alguns hormônios... mas é melhor deixar esse papo para outro dia...  Continuo militando pelo parto humanizado, pelo respeito às mulheres, algo mais que fundamental.  Cesariana deveria ser m recurso somente para salvar vidas; mas uma mulher, desde que esclarecida dos contras (*porque dos supostos prós, todo mundo sabe*) da cirurgia tem todo o direito de optar por ela.  Só não peça, em nome de um suposto respeito ao direito de escolha, que a gente se cale em relação ao problema da cultura cesarista no Brasil, ou engula mentiras contadas para justificar o que não é justificável.  


Mas é isso, minha doula insistiu para que eu lembrasse os bons momentos.  Do trabalho de parto, dores fortes, sim, mas que abriam as portas para uma nova vida, do cuidado das profissionais envolvidas, do carinho e preocupação do meu marido, da Júlia finalmente nos meus braços.  Quando saí do hospital, eu chorei, de felicidade por tê-la comigo e por imaginar que muitas mulheres não tiveram nunca essa chance.  Para alguém que espera nove meses, que deseja aquele ser que cresce em seu ventre, deve ser um golpe dos mais terríveis sair de barriga cortada (*ou, não*) e de mãos vazias do hospital.  Eu fui abençoada e continuo sendo. Mesmo com a dor do não-parto, algo importante, uma espécie de luto, há uma felicidade maior que do que tudo, já que recebi o maior de todos os presentes e das responsabilidades, também.

Tomoko Ninomiya estréia novo mangá na revista Kiss


Tomoko Ninomiya ficou famosa por conta do seu mega sucesso Nodame Cantabile (のだめカンタービレ) e, desde o seu término, ela não publicava na revista Kiss.  Agora, o Comic Natalie nos dá a boa notícia de que a autora, que está publicando 87 Clockers  (エイティセブン・クロッカーズ) na revista seinen Jump Kai, voltará a publicar uma série na Kiss, o primeiro capítulo sai no dia 25 de novembro.  Entendi por alto que os protagonistas ou são joalheiros, ou fazem design de jóias.  A série aparecerá na capa, que ficou muito bonita.  O nome da série é Nanatsuya Shinobu no Housekibako (七つ屋 志のぶの宝石匣) .


Já na edição atual da Kiss, temos a estréia de  Kakafukaka (カカフカカ), de Ishida Takumi.  Fora a capa belíssima com Ginban Kishi  (銀盤騎士), de Yayoi Ogawa.


Terceira temporada de Sherlock já tem data de estréia


Na minha atual situação, não sei se a notícia é nova, velha, ou velhíssima, de qualquer forma, o que começou com expectativa de estréia em outubro de 2013, agora, está confirmado para janeiro de 2014.  Sherlock, série da BBC de grande sucesso com Benedict Cumberbatch e Martin Freeman, começará sua temporada em 19 de janeiro.  O primeiro episódio, “The Empty Hearse” abre a temporada.  O título é uma referência ao caso do retorno de Holmes, “A Casa Vazia” (The Empty House), quando ele termina de desbaratar a gangue de Moriarty.  “Hearse” é rabecão em inglês.  Em 26 de janeiro, temos o segundo episódio é “The Sign of Three”, referência direta a “O Signo (*ou Sinal*) dos Quatro”, resta saber se Watson vai se casar... E, por fim, no dia 2 de fevereiro, “His Last Vow”, referência a “His Last Bow”, que não corresponde a uma coletânea completa, “O último adeus de Sherlock Holmes”, em português.  Mas, como está confirmada a quarta temporada, sabemos que a coisa não termina aí... Quer dizer, deve haver outra em 2016... quem sabe?

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Panini finalmente admite cancelamento de Otomen


Abro o post repetindo algo que já disse várias vezes (*aqui, no Shoujocast, na antiga coluna do Annime-Pró, etc.*): cancelamentos acontecem em qualquer mercado saudável, no Japão, vários títulos são cancelados por falta de popularidade, por exemplo; pouco importa se é seu mangá favorito, uma editora é uma empresa e precisa ter lucro, se o título não preenche as expectativas da editora, ela tem todo o direito de interromper a publicação pelo bem da sua saúde financeira.  O problema, aqui no Brasil, pelo menos, é que as editoras brasileiras costumam mentir, omitir, enrolar, enfim, não admitem o problema – a necessidade de descontinuar um mangá – e ficam enrolando os fãs-consumidores.  Para mim, este é a questão chave, junto com a culpabilização do produto, ou de uma demografia inteira (*O velho mantra “Shoujo não vende!”*) por um problema que, não raro, começa na má distribuição, passa pelos atrasos, e termina com o tradicional segredo em relação às vendagens.

Pois bem, ontem, no Facebook Oficial da Editora Panini, admitiu-se, pela primeira vez e de forma definitiva, que Otomen (オトメン(乙男) está cancelado: 


A gente já sabia, a gente já sabia... Custava um pouquinho mais de transparência?  Pois é, falta muito profissionalismo no mercado de mangá no Brasil e inexperiência não é mais a desculpa.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Riyoko Ikeda desenha poster oficial do filme Diana no Japão


Segundo o Comic Natalie, Riyoko Ikeda, criadora da Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら), desenhou o pôster oficial do filme Diana, com Naomi Watts, que estreou no Japão em 18 de outubro.  Esta não é a primeira vez, pois a autora desenhou uma ilustração, que veio como brinde, do filme A Royal Affair. Pena que não consegui encontrá-la em tamanho decente... 


Autora de Orange interrompe a aposentadoria


Em fevereiro passado, Ichigo Takano anunciou que estaria abandonando a carreira de mangá-ka e seu mangá, Orange (オレソジ), seria prematuramente interrompido.  Agora, o Comic Natalie anunciou que a auora decidiu continuar o seu trabalho, mas que Orange seria transferida da Betsuma, da Shueisha, para a revista on line Monthly Action (*típico nome de revista shounen*), da editora Futabasha.  Além de Orange, a autora vai publicar outra série na mesma revista, chamada Re Collection.  


Enfim, não sei por qual motivo a autora tomou esta decisão, tanto interromper e retomar a carreira, quanto sair de uma revista importante como a Betsuma, para uma on line de uma editora menor... Desconfio que houve rolo com a Shueisha... De qualquer forma, os fãs da autora estão comemorando.  O CN, também, coloca que os volumes #1 e #2 de Orange serão lançados em formato B6 (125 × 176) pela Futabasha.  No site oficial da autora há uma contagem regressiva até o retorno de Orange e estréia de Re Collection.


Mangá da Estrela do Sena ganha reedição no Japão



Consta que no auge do sucesso da Rosa de Versalhes, em 1974, Riyoko Ikeda foi assediada para ceder os direitos do seu mangá para uma animação para a TV. Ela negou, como todos sabem, e o anime de Lady Oscar só saiu em 1978/79.  Na impossibilidade de animar o grande sucesso, a Sunrise e a Fuji TV criaram uma série inspirada no material histórico da Rosa de Versalhes, mas com características muito menos realísticas e muito mais aventura capa e espada.  O nome da série é La Seine no Hoshi (ラ・セーヌの星), com uma heroína mascarada, usando um collant (body), que lutava pela justiça.  Mais tarde, e isso é um spoiler, a mocinha descobre que é irmã bastarda da Rainha Maria Antonieta.  Em alguns países do Ocidente, a série fez muito sucesso e foi rebatizada de Tulipano Nero (Tulipa Negra), nome do sujeito que também agia em prol dos fracos e oprimidos às vésperas da Revolução Francesa, ou seja, é anime de aventura e ação, logo, o herói tem que ser um homem.


Apesar dos nomes estrelados – quer dizer, em um futuro próximo seriam – envolvidos na produção, como Yoshiyuki Tomino, Akio Sugino, Shunsuke Kikuchi, etc., o anime é muito, muito ruim.  Vi alguns episódios em italiano e a santa chatice de Riyoko Ikeda dessa vez foi visionária.  A animação é pobre, também, e o character design do Sugino – que assumiu a direção de arte da segunda parte do anime da Rosa e quase escangalhou com a arte magnífica de Miki Himeno e Shingo Araki – não consegue impactar em nenhum momento. E, deixo claro, que o estilo de Akio Sugino funciona muito bem em séries que estão entre minhas favoritas de todos os tempos, como Ace Wo Nerae (エースをねらえ!).


Mas eis que o Comic Natalie noticia que uma versão mangá da série, que pelo que entendi nunca tinha sido completada, ganhou uma nova edição, com o fechamento do que tinha ficado pendente.  O mangá, que é de 1975, tem arte de Morimura Asuka e roteiro de Kaneko Mitsuru.  O volume #1 saiu agora, em outubro, o #2, sai em janeiro de 2014.  Achei a arte bonita, tenho um fraco por shoujo setentista mesmo, mas olhem para essa Maria Antonieta e me digam se não é plágio descarado da de Riyoko Ikeda?


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Júlia nasceu!



Conto em maiores detalhes quando estiver em casa. Fico no hospital até sábado e o processo foi bem dramático. O blog está out faz três dias por conta disso.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Mais um mangá que termina: chegou a vez de flat


flat, assim tudo minúsculo mesmo, é um mangá de Aogiri Natsu publicado na Comic Avarus.  A série junta dois favoritos, culinária e parentagem, ao focar na amizade entre  Heisuke, um jovem adulto, sem experiência com crianças, cujo hobby é cozinhar, e o menino Aki, que é filho único e reservado.  Os dois são primos e o mais velho é obrigado a tomar conta do menor.  O mangá vende bem e é capa da última edição da revista.  E é nela, segundo o Comic Natalie, que vem o anúncio de que a série chega ao final em 14 de dezembro, data de lançamento da edição de janeiro de 2014.  O volume sete acabou de sair no Japão, acredito que a série feche com oito ou nove volumes.


Livro celebra os Mangás de Culinária


Um evento no dia 2 de novembro irá celebrar o lançamento do livro Manga no Shokutaku – The Delicious Scenes in Comics (マンガの食卓), de Nobunaga Minami.  Segundo o Comic Natalie, trata-se de um livro sobre culinária nos mangás, aliás, o próprio subtítulo em inglês já sugere isso.  Participando do evento, imagino que uma mesa redonda com direito a coquetel comidinhas e bebidas inspiradas nos mangás, se entendi bem o CN,  Akira Fukaya, autor do mangá Spice Beam (スパイスビーム), e Yuko Umemoto, que lançou um livro – Manga Shokudou (マンガ食堂)  –  derivado de seu blog que reproduzia receitas que apareciam nos mangás.  Eu comentei sobre este livro no Shoujo Café.  Mangá de culinária, seja de qualquer gênero, parece ser um dos favoritos dos japoneses. :)

Chocolates de Sailor Moon para o Dia dos Namorados


Ontem, a Bandai anunciou mais um dos produtos de Sailor Moon (セーラームーン), uma linha de chocolates artesanais em parceria com a ARTismCHOCO.  Está tudo em pré-venda para fevereiro de 2014, o Valentine’s Day, comemorado no dia 14  em todo mundo, menos o Brasil, que comemora a data na véspera do dia de Santo Antônio.  No Japão, como já comentei em outros posts, o Valentine's Day é quando as mulheres presenteiam com chocolates.  Enfim, a Bandai está lucrando horrores com o aniversário da série e o anime foi recentemente confirmado para janeiro próximo.  Nem comentei em post separado, porque a previsão era dezembro/janeiro mesmo, então, não há nada de novo nessa informação a meu ver.  Agora, é esperar a liberação de alguma imagem do novo anime, porque isso, sim, me causa curiosidade.