terça-feira, 31 de março de 2015

Canais do Youtube para fãs do Teatro Takarazuka e da Rosa de Versalhes


Anos atrás, quase perdi minha conta no Youtube, porque subi um documentário do canal NHK sobre o Teatro Takarazuka.  Curiosamente, descobri três canais com espetáculos completos.  Deve haver mais, claro, é só procurar, eu imagino.  Por conta disso, decidi dividir com vocês. :)  

No Canal me301111 há duas peças relacionadas à Rosa de Versalhes  (ベルサイユのばら), Oscar to André Hen (2006) e Marie to Fersen Hen (1991).  Além de vídeos pequenos, a pessoa ainda subiu o filme live action da Rosa de Versalhes.  A película, de 1979, foi filmada na Europa, com elenco internacional, diretor francês (Jacques Demy) e falado em inglês.  Uma lambança, eu sei, mas para quem tem curiosidade mórbida... 


Já o Canal  g gg tem At the End of a Long Spring / Canon de 2012, a mesma versão de Oscar to André Hen (*se não me engano*), Phantom de 2011, a primeira parte de E o Vento Levou gravado da NHK  e vários outros vídeos de meia hora em média, e um espetáculo que não pude identificar.  O Canal de rei tukimura tem vários espetáculos completos, ou a sua versão para a NHK, talvez.  Identifiquei Oscar to André Hen, E o Vento Levou, mas há outros, além de vídeos não relacionados ao Takarazuka.


Falando em Takarazuka, subi para o Vimeo o documentário sobre a importância da Rosa de Versalhes para a Revue.  Acredito que fique mais tempo lá do que ficou no Youtube.  É isso.


segunda-feira, 30 de março de 2015

Quais mangás e animes desconhecidos os japoneses recomendam?


O site japonês Charapedia fez uma pesquisa com dez mil pessoas para saber quais animes e mangás desconhecidos eles e elas recomendariam.  Foram 45,4% de mulheres e 54,6% de homens, 72,9% dos votantes na casa dos 20 anos e 27,1% na casa dos 30.  A coleta de dados foi feita entre 19-25 de março, a divulgação dos resultados foi feita no dia 26.  Bem, essa coisa de desconhecido é sempre muito relativa, mas valos lá, apareceram coisas interessantes no meio da lista.  Comentarei ao lado o que achar que vale a pena.

1. Baccano!
2. Kill Me Baby!
3. Corpse Party
4. Gakuen Utopia Manabi Straight
5. S-cry-ed
6. Fractale
7. Choubakuretsu Ijigen Menko Battle: Gigant Shooter Tsukasa
8. The Daily Lives of High School Boys (Danshi Koukousei no Nichijou)
9. Cute High Earth Defense Club LOVE! -> O primeiro mahou shounen.  Dei uma olhada no episódio 1 e, bem, ri de nervoso, é muito absurdo aquele troço e, ao mesmo tempo, muito corajoso.
10. Kaleido Star -->  O anime passou na TV por assinatura no Brasil.  Era um anime shoujo like, feita direto para a TV, isto é, qualquer pessoa que coloque os olhos em cima vai fazer a associação imediata.  A ação se passava em um circo e muita gente lembra da série com carinho aqui, no Brasil, e percebe-se que, também, no Japão.  Nunca me empolgou, mas não gosto de circo, especialmente os tipo Cirque De Soleil, inspiração óbvia da série, e eu já estava meio velhinha quando foi exibido.


11. Ef: a Tale of Memories
12. Inumarudashi
13. Tanaka-kun wa Itsumo Kedaruge -> Apareceu no Guia Kono Manga ga Sugoi 2015 entre os mangás shoujo e josei.  É publicado em revista on line, começou em uma revista shounen e mudou para uma shoujo.  É uma série muito elogiada e tem scanlations.
14. GA: Geijutsuka Art Design Class
15. Shoujo Kakumei Utena -> Lembraram de Utena!!!!!!  Deve ser o anime.  Não vou mentir que foi o maior motivo para eu publicar esse post. ^_^  Anime pós-moderno e aberto para interpretações.  Diferente do mangá, o final do anime é muito mais libertador, apesar da pergunta "Onde está Utena?".  Um amigo acredita que aquele colégio de Utena é uma espécie de purgatório e que todas as personagens estão mortas... :)  Interpretações ao gosto do freguês.
16. Bokurano
17. Haibane Renmei -> Anime muito curioso este.  Baseado em doujinshi escritos pelo autor de Serial Experiments Lain, conta a história de uma garota que nasce de um ovo e mora em uma cidade de anjas, mas há anjos, também, só que não onde a protagonista nasce.  Suas asas crescem, ela interage, trabalha, mas fica intrigada porque a cidade é isolada por um grande muro e ninguém pode cruzar as fronteiras... Meu marido acha que a cidade é uma especie de purgatório e a coisa é aberta  a muitas interpretações.  Assim, anime cabeça e estranho. :)


18. Mangaka-san to Assistant-san
19. Psychic Detective Yakumo -> O anime do mangá que foi publicado aqui pela Panini, eu imagino.
20. Haven’t You Heard? I’m Sakamoto
21. Ashita no Nadja -> Imagine o seguinte, um anime começa fofinho, com uma história açucarada que se remete e faz homenagem aos mangás/animes de pobres órfãs louras como Candy Candy, Angel, Honey Honey.  Ele estréia na TV por assinatura (*sofrendo censura... vai entender?*) e você vê o início da série.  OK.  Depois, por acaso, liga a TV e vê um capítulo perto do 30 e o anime se tornou dark, hostil, a heroína está na prisão, e apareceu uma adolescente vilã muito, muito, muito malvada.  Sim, Ashita no Nadja é um anime estranho e muito interessante.
22. Star Driver: Kagayaki no Takuto
23. Hybrid Child
24. Dennou Coil
25. Jormungand
26. BPS: Battle Programmer Shirase
27. The Big O
28. Drifters
29. Jinzou Konchuu Kabutoborg VxV
30. The Flowers of Evil

P.S.: Usei o Sankaku Complex (+18-NSFW) como fonte.  A lista estava traduzida lá e judou bastante.

domingo, 29 de março de 2015

Grife japonesa lança coleção inspirada na Rosa de Versalhes


O ANN e o Comic Natalie anuciaram que a grife especializada no público otaku, a Sukiyaki Felissimo, lançou uma coleção inspirada no mangá Rosa de Versalhes (ベルサイユのばら).  Maria Antonieta e Oscar servem de ponto de partida para as criações, a maioria vestidos, e há algumas outras composições que poderiam se dizer inspiradas na protagonista, a de baixo é um exemplo. 


O ANN faz questão de registrar é que “o melhor” é que a coleção tem a aprovação de Riyoko Ikeda.  A mensagem da autora está no site oficial da coleção.  Não é surpresa para mim, só queria saber por qual motivo não conseguem a aprovação de Ikeda para uma nova série animada...


Enfim, o videozinho traz um ensaio com a modelo da coleção.  No CN há boas fotos de todos os vestidos, assim como na página oficial.

sábado, 28 de março de 2015

Revista Ciao está atraindo até os homens adultos. Saiba o motivo


A Ciao, da editora Shogakukan, é a revista shoujo mais vendida do Japão, a ARIA pode ter superado por causa dos gaiden de Shingeki no Kyoujin, mas é coisa de momento.  Pois bem, segundo o Rocket News 24, a revista para meninas de 9-15 anos está fazendo um grande sucesso fora do seu nicho por causa de um brinde, uma mini mesa de luz.  Para quem não desenha, mesas de luz são usada para copiar ou desenhar detalhes em desenhos.  


Normalmente, mesas de luz, como o nome sugere, são grandonas, mas a da Ciao é pequenininha e vem de brinde junto com um kit mangá-ka.  Esse tipo de kit é comum nas revistas para menina menores, como a Ribon, a Nakayoshi e a Ciao.  Eu tenho uma edição com um desses kits aqui em casa.  É uma coisa fofa e muito legal e, mais importante, não altera o preço da revista, neste caso, 570 ienes.


O RN24 trouxe um monte de fotos postadas por japoneses usando de forma criativa o kit de luz.  Coloquei só uma aqui.  Visitem, é muito legal de se ver.  Queria ver as vendagens desta edição.  Será que realmente houve grande impacto?



Coleção de postais de Hagio Moto com a nova edição da Flowers


Li essa notícia do Comic Natalie e comecei a contar os dinheiros... Enfim, a nova edição da revista Flowers, que tem capa de Chiho Saito, só para tornar ainda melhor, traz brinde uma coleção de postais dos trabalhos clássicos de Hagio Moto – Tooma no Shinzou (トーマの心臓), Poe no Ichizoku (ポーの一族), They Were Eleven (11人いる! Jūichinin Iru!), etc. –  mais suas última obra, AWAY.  São reproduções das capas e ainda temos mensagem especial da autora.  A capa tem a seqüência de postais em detalhe.


Uma outra informação dada pelo CN é que no próximo número da revista teremos um one-shot especial de Yumi Taura (Basara, 7SEEDS) com 120 páginas.  É isso. :D

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Yun Kouga comemora 30 anos de Carreira com Grande Exposição e evento nas lojas Animate


O Comic Natalie noticiou que para comemorar os 30 anos de carreira da Yun Kouga – autora de Loveless – haverá uma exposição itinerante de sua obra em várias – ou todas, não sei bem – as lojas da Animate (*página do evento aqui*).  No evento, quem comprar mais de 1000 ienes em trabalhos da autora receberá um prêmio especial.  Haverá uma campanha no Twitter com a hashtag #高河ゆん先生おめでとう(#KougaYunSenseiOmedetou).  Quem mandar mensagem para a mangá-ka participará de um sorteio de uma bormide especial autografada.  Serão 10 ao todo.  O evento da Animate vai do dia 1 de maio até o dia 16 da agosto, com a exposição circulando pelas lojas.  Já no stand da Ichijinsha no Comiket Special 6 – OTAKU SUMMIT 2015 haverá também comemoração hoje... quer dizer, já houve, pela hora.  

Lembrando que Loveless está sendo publicado no Brasil pela NewPop.  Trata-se da primeira obra da autora a sair por aqui.  Vi o volume #3 na banca esta semana.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Ace Wo Nerae e Attack Nº1 ganham exibição especial no Japão


E Kyojin no Hoshi (巨人の/Star of the Giants)  e Ashita no Joe (あしたのジョー), ou seja, os quatro pilares do gênero. Esta mostra de animação no Tokyo Matsuya, em Ginza, tem como objetivo celebrar os animes de esportes que fundaram o gênero, dois shounen e dois shoujo, e os 50 anos do estúdio TMS Entertainment, responsável pelas produções.  A mostra terá 4 filmes – sei que Ace Wo Nerae! (エースをねらえ!) e Ashita no Joe têm filmes, os outros, eu não sabia – entre os dias 26 de agosto e 7 de setembro.  Para quem não sabe, Attack Nº1 (アタックNo.1) foi o primeiro mangá e anime shoujo de esportes. Apareceu na esteira da vitória da seleção feminina de vôlei na Olimpíada de Tokyo, em 1964. Imagino que o evento tenha alguma mesa redonda, ou algo do gênero.  O Comic Natalie avisa que haverá mostra com acetatos originais e produtos das séries. :D


Quais as músicas de anime que os japoneses estão cansados de ouvir nos karaokês?


O site Nico Nico News fez uma pesquisa com 362 adultos, homens e mulheres, para saber quais as músicas de anime que eles não aguentam mais ouvir nos karaokês da vida no Japão.   O Rocket News 24 publicou o top 5 e indo até o site original consegui ver que não havia somente dois empates em quinto lugar, mas três.  Eis a lista:  

1.  “A Cruel Angel’s Thesis” (Neon Genesis Evangelion) – 40.6%



2.  “Touch” (Touch) – 12.5%



3.  “Uchuu Senkan Yamato” (Uchuu Senkan Yamato) – 9.4%



4.  Gatchaman Song (Gatchaman) – 4.7%



5.  “Cutie Honey” (Cutie Honey) – 3.1%
5.  “Ai wo Torimodose!!” (Hokuto no Ken) – 3.1% 
5. Let it Go! (Frozen) – 3.1% 
Enfim, a abertura de Evangelion arrebatou 40,6% dos votos, um massacre, o povo deve estar cansado mesmo.  Curiosamente, é a música mais recente de todas.  Yamato, Gatchaman, Cutey Honey todos são animes produzidos antes de 1975. :D  Touch e Hokuto no Ken são da primeira metade dos anos 1980.  Todas são músicas espetaculares, Cutey Honey é chiclete, Yamato me dá arrepios, sempre deu, Touch é gracinha... Como o povo do RN24 escreveu, se tem gente quo deia, tem muito mais gente que ama. :D  E, bem, uma lista assim evidencia que os votantes são adultos mesmo. ^_^

E eis que temos Let it Go! no pacote... Gente, qualquer animação, para os japoneses, é anime, o material Disney é amado na Terra do Sol Nascente e os japoneses se apaixonaram a tal ponto por Frozen que foram responsáveis por colocar o filme entre as cinco maiores bilheterias do cinema em todos os tempos.  Sim, é preciso viver com isso.

Ah, sim! Um detalhe sobre a música de Gatchaman: originalmente, ela não era a abertura, mas o encerramento, só que em um dado momento da primeira temporada houve uma troca.  Meu marido reclama que a animação não bate e odeia essa canção.  Ele é fã de Gatchaman.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Free! terá animação para o cinema


Segundo o Rocket News 24, Free!, o anime de natação que mobilizou as fujoshi em 2013, terá uma prequel no cinema estreando em 5 de dezembro.  O RN24 ressalta que Free! é um caso a parte, porque a animação japonesa não tinha experiência em colocar em tela séries sobre natação, que seria um esporte repetitivo em comparação com os queridinhos Baseball e Boxe.  Olha, minha experiência diz que é possível fazer bons animes/mangás de esporte, e para os japoneses balé é esporte, com qualquer coisa, fora que o que mobiliza o fandom de Free! não é bem a natação em si... 

Enfim, High Speed! Free! Starting Days (ハイ☆スビード!Free! Starting Days) vai se passar antes das duas temporadas do anime – Free! Iwatobi Swim Club, de 2013, e Free! Eternal Summer, de 2014 – com os meninos ainda no ginásio.  Os dubladores de Haruka, Makoto, Nagisa, Rei, e Rin serão os mesmos.  E Tatsuhisa Suzuki, que interpreta Makoto, já avisou que eles irão fazer as vozes parecerem bem mais jovens.  As fãs estão encantadas.  Eu não imaginava que esse anime fanservice iria tão longe, mas a Kyoto Animation não dá ponto sem nó.  A página oficial do filme é esta aqui.

terça-feira, 24 de março de 2015

Kakukaku Shikajika vence o 8º Manga Taisho Award


Kakukaku Shikajika (かくかくしかじか),  de Akiko Higashimura, é um mangá um pouco autobiográfico, porque acompanha a vida de uma aluna do terceiro ano colegial que sonha em se tornar mangá-ka.  A série começou em 2011, na primeira edição da revista Cocohana, substituta da revista Chorus, e terminou em janeiro de 2015.  Seu último volume, o quinto, sairá amanhã.  Pois bem, foi exatamente esta série de Higashimura que conseguiu mais votos  e levou o prêmio.  O Manga Taisho premia mangás com menos de 8 volumes e é a primeira vez que Higashimura vence.  Este ano eram 14 indicados.  A notícia estava no ANN.


segunda-feira, 23 de março de 2015

DEZ ANOS DE SHOUJO CAFÉ


Sim, o blog já tem 10 anos.  Quem diria?  Ele foi criado sem muitas pretensões, eram textos rápidos, sem imagens, traduções de notícias oriundas de sites estrangeiros, como o Shoujo Manga Outline.  Para se ter uma idéia, o primeiro post de verdade do blog foi sobre o anime de Paradise Kiss e até a minha gravidez acredito que consegui fazer pelo menos um post por dia.  Era questão de honra, mas, agora, não é mais possível.  Qualquer planejamento em relação ao blog pode ser frustrado por uma doença da Júlia ou algum problema de trabalho.  Eis a realidade da semana passada.

Como o Shoujo Café começou?  Bem, eu tinha um site antigo, acho que desde 2000, 2001, chamado Shoujo House.  Publicava resenhas e outras coisas mais. Participava ativamente de algumas listas de discussão, a maior delas a Anime-BR e, por causa da hostilidade com os fãs de shoujo, criei a Tomodachi no Shoujo (*deveria ser Shoujo no Tomodachi, mas analfabetismo em japonês era maior do que agora*).  Lá um colega (*que disse uma vez que nunca seria publicado Sailor Moon no Brasil e que se eu quisesse ver o mangá aqui tinha que criar minha própria editora e licenciá-lo, porque era velho, mal desenhado e seria um fracasso*) sugeriu que eu abrisse um blog para publicar as notícias que postava para a lista.  Deu preguiça, argumentei que não tinha tempo para fazer traduções, mas terminei abrindo o Shoujo Café e ele foi crescendo...


Acredito que o auge do blog foi na época do Shoujocast, nome dado pelo amigo Anderson, que espero sinceramente ver de volta um dia.  Nem n época que escrevia para a Neo Tokyo e o Anime-Pró tinha tanta circulação e boa recepção.  Conheci gente muito legal, a visitação aumentou muito, fora que conversava mais com a Lina, a Tanko e a Tabby.  Também, fez diferença publicar resenhas de seriados, filmes, livros.  Há gente que vem ao Shoujo Café para ler sobre isso e, não, sobre anime e mangá.  Textos de opinião ou feministas atraem muita gente, também.  Queria poder escrever mais, mas faço o que posso dentro das minhas condições de produção.

Talvez seja interessante registrar que o post com maior visitação do blog seja o sobre o filme Oya: Rise of the Orisha (Oya: A Ascensão dos Orixás).  Viralizou de tal forma que cheguei a ter mais de 100 mil visitas em um dia... A média é de 2500, acredito.  O segundo post mais visitado foi minha pequena e ridícula incursão pelo bara mangá com o título ridículo de Mangá para Macho que Gosta de Macho.  Difícil de entender, eu sei... Aliás, os caminhos que trazem as pessoas até aqui são bem misteriosos.


De resto, acredito que momento mais tenso desses anos todos, acredito, foi meu arranca rabo com as lolitas (*1 round aqui*).  Olhando em retrospectiva, acredito que poderia ter lidado melhor com as primeiras críticas e evitado parte do desgaste.  Isso não me faz relevar as agressões e a perseguição – algumas criaturas ficaram na minha sombra por meses – no entanto, um pouco menos de arrogância da minha parteno primeiro contato, poderia ter transformado a crise em possibilidade de aprendizado.

O blog já foi mais animado, considerado (*recebi em primeira mão a notícia de Paradise Kiss pela Conrad e de Fruits Basket pela JBC*) e até trollado  (*Saudades do Murinho da Vergonha!*).  Como os comentários não são abertos, meus trolls foram sumindo.  Acho que parte do ódio tenha vindo do fato de escrever para o Anime- Pró e para a Neo Tokyo, como larguei, eles acabaram arrumando o que fazer.  Quanto às notícias, ainda que considere o meu site o mais importante do seu nicho – shoujo mangá – há grandes portais, há sites com mais visibilidade e melhor conduzidos, enfim, o Shoujo Café é trabalho de uma pessoa só que nem a template do blog conseguiu mudar para o aniversário...


A graça é que em dez anos de Shoujo Café, o mercado de shoujo no Brasil pouco andou e o de anime recuou ainda mais... Sailor Moon, Honey e Clover, Kimi ni Todoke, Sunadokei, Shoujo Kakumei Utena, Fruits Basket, Vitamin são coisas muito boas, mas tivemos Peach Girl e Otomen sendo muito maltratados, temos um preconceito resistente contra os mangás femininos, o medo bobo de usar os rótulos... Ainda há quem venha discutir se Chobits é shoujo, porque tem romance... Enfim, há tanto caminho a percorrer ainda.  E há a crise econômica que coloca nuvens escuras no horizonte... 

Enfim, aprendi muito fazendo o Shoujo Café e continuo aprendendo.  Como já escrevi antes, se um dia acreditar que o site perdeu a sua relevância, eu o fecharei.  Como sei da importância do Shoujo Café, nem que seja por sua ótica feminista, ele fica.  Fora, claro, que me dá muito prazer escrever aqui.  Queria poder ter mais guestposts e colaboradores, queria um visual melhor, queria muita coisa, mas faço o que este dentro das minhas possibilidades.  Obrigada por me visitarem, pararem para um café.  Obrigada pelo carinho.  Sem vocês, fazer o Shoujo Café não teria a mesma graça.

[P.S.: Mais tarde, se for possível, posto mais alguma coisa... Tenho as homenagens recebidas e uns presentinhos para sortear.]

domingo, 22 de março de 2015

Downton Abbey já tem data para terminar e algumas considerações sobre Lady Edith


Gosto muito de Downton Abbey e resenhei as três primeiras temporadas (*1-2-3*).  A quarta está pendente, ainda não terminei o episódio especial de Natal, mas minha boa vontade em relação ao novelão inglês se revigorou depois da frustração que foi a terceira temporada.  Não vi a quinta temporada ainda, só passei os olhos, mas já torcia para que a série se encaminhasse para o fim.  Acho cansativo quando um bom material vai se esticando e se esticando, negligenciando algumas tramas e personagens, enrolando com outras.  

Pois bem, Dame Maggie Smith tinha anunciado que esta seria sua última temporada, dada a idade da personagem, sua morte seria mais que aceitável, só que chegou a notícia oficial de que a série termina em 2015.  Segundo o site TVLine, vários contratos de atores e atrizes importantes na série terminam este ano, e eles e elas querem seguir adiante.  Nada mais justo, quem saiu prematuramente, caso de Dan Stevens (Matthew) e Jessica Brown Findlay (Sybill), é que perdeu a chance de participar do seriado até o fim.  Sério, Sybill faz muita falta e ainda que eu não gostasse muito do Matthew, sua saída foi péssima para Lady Mary (Michelle Dockery), no início.


Agora, que sabemos que só falta uma temporada, há vários problemas a se resolver.  O de Lady Mary, aliás, é o menor deles.  Ela precisa realmente encontrar um novo amor?  Por mim, é irrelevante, a personagem tem se virado muito bem sem Matthew e ser mãe do herdeiro de Downton lhe garante a segurança que uma mulher como ela buscaria ter.  Branson (Allen Leech) longe em Boston... Pra que, gente?  Enfim, será que teremos episódio nos EUA?  Quem me preocupa de verdade são Edith (Laura Carmichael)  e Thomas (Rob James-Collier).

A terceira temporada, aquela que eu não gostei no geral, trouxeram bons desenvolvimentos para ambas as personagens.  Daí, veio a quarta temporada e, bem, um balde de água fria.  Thomas voltou a ser o conspirador desprezível.  Não o quero bonzinho, não é da sua natureza, e não sei o que rolou para ele na quinta temporada, só li alguma coisa sobre tratamento contra a homossexualidade, mas quero um final digno para uma personagem que, em seus melhores momentos, a gente amou odiar ou teve real simpatia. Já Lady Edith... 


Li recentemente um texto feminista (*que eu não achei, mas há vários*) se solidarizando com o drama da personagem, a mulher que se apaixona por um homem casado e tem um filho com ele e... OK, durante a terceira temporada, Edith, que era o patinho feio de Downton, invejosa, condenada a ser uma solteirona, que fazia parte da trama mais fail da série (*o soldado canadense desmemoriado que dizia ser o primo herdeiro morto no Titanic, lembram???*), abandonada no altar (*e a noiva mais bonita até agora*), flerta com o feminismo, para decepção do pai, passa a escrever para um jornal, ir a Londres com freqüência... Edith cresce e aparece!  

Edith passa a ser assertiva, ter objetivos próprios e tem o melhor figurino na terceira e quarta temporada, ainda mais com Mary curtindo o luto.  Só que lhe arranjam um interesse romântico com aquele velho papo do “minha esposa é doente, as leis inglesas não permitem divórcio...”.  Eles flertam, eles namoram publicamente, eles transam, ela engravida, o bofe some (*e depois é dado como morto...*), cogita-se o aborto, ela termina indo para o Continente ter a criança sob desculpa de estar estudando francês, Vovó a apoia, mas manda que ela esqueça a criança, e, depois, Edith consegue trazer a filha para perto de si... Quantas lágrimas mais ela terá que chorar?  


Sabe, eu fico imaginando que escolheram a personagem para saco de pancada e que, par a maioria, um novo amor resolveria tudo magicamente. Olha, dificilmente, especialmente para  criança, Marigold.  Na Inglaterra, Edith nunca poderá assumi-la.  Como vão dar uma saída legal para a personagem?  Não sei.  Agora, que Edith foi uma das melhores coisas de Downton para mim, sem dúvida.  O problema são esses reveses e reveses... Sei lá, Edith é que poderia pegar a filha e ir fazer a América, voltando anos depois, bem sucedida e sambando na cara da boa sociedade.

De resto, desejo mesmo que o final de Downton Abbey seja inesquecível.  Dramas, mas nada de exageros, , não precisam matar a Maggie Smith, por favor!  Alguns desfechos para casais que estão encaminhados, que nem a Ana (Joanne Froggatt), nem o Bates (Brendan Coyle), fiquem na cadeia por um capítulo sequer, por favor! Que o Thomas arrume um homem para chamar de seu, um trabalho mais legal e tome um rumo na vida.  Que o Branson volte, que Shirley MacLaine faça uma visitinha e que confirmem alguma participação especial de peso.  Cate Blanchett já se ofereceu.


De resto, acho que o autor, Julian Fellowes, vi amarrar bem o final.  E o homem já está trabalhando em outra série, The Gilded Age, para os americanos.  A série vai explicar como mulheres como Cora (Elizabeth McGovern) acabaram casando na nobreza inglesa.  Grandes expectativas.  É terminar Donwton Abbey e começar outro novelão do outro lado do Atlântico, com um monte de novos ricos tentando aparecer...

Conhecendo os/as Leitores/as do Shoujo Café


Queria conhecer um pouco os leitores e leitoras do Shoujo Café, os que vêm sempre e os que visitam só de vez em quando, o que gostam, o que preferem, como conheceram o blog.  Não é coisa demorada, não.  Se puder me ajudar, é só responder esta pesquisa.  Desde já, agradeço!

sábado, 21 de março de 2015

Novelando: Conservadores derrubam audiência da novela da Globo... Será?


[Queria tempo para escrever sobre a questão, Júlia não me deixa, pode ser que este texto nem entre agora, enfim...] Vi o primeiro capítulo de Babilônia e algumas cenas esparsas.  Tudo com uma qualidade quase perfeita e um dos maiores elencos negros que já vi em qualquer novela global, comparável ao de Salve Jorge.  Diferença?  Grife do Gilberto Braga.  Há quem goste, há quem não, não sou fã em particular, mas reconheço o seu talento.  Elegância, bom texto, elenco (quase) impecável são seu forte.  Agora, por favor, leiam este artigo e sigam meu breve texto.

A verdade é que audiências das novelas da Globo têm sido instáveis faz muito tempo.  Meus pais, por exemplo, não assistem novela alguma da emissora faz bem uns 5 anos.  As duas últimas que viram foi Amor e Revolução, do SBT, e aquela da favela da Record... Esqueci o nome.  Agora, papai não perde um capítulo de Rei do Gado, uma reprise de uma obra que tem quase 20 anos.  Portanto, duvido muito que o impacto da fala do Malafaia e outros tenha sido responsável pela queda da audiência da  atual novela das nove.  



Já se discutiu várias vezes o luto quando alguma boa novela ou personagens carismáticos se despedem.  Foi assim depois de Avenida Brasil, com a Globo explorando o sucesso antigo e prejudicando a nova novela, Salve Jorge.  Já tinha acontecido antes com Torre de Babel e A Favorita, só para citar mais dois exemplos.  A diferença, hoje, é que há Netflix, TV por assinatura até nas favelas (*Gatonet, ou não*), e a internet é muito mais disseminada, até a Globo já se acostumou com menos de 40 de IBOPE no horário das nove... só a imprensa e os religiosos, talvez, parecem continuar vivendo de polêmicas.

Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg, a primeira, mais que a segunda que faz a mãe complacente com a filha "do mal", são presenças magníficas em Babilônia.  Sabe Dame Maggie Smith em Downton Abbey ou qualquer outra produção, assim, do mesmo jeito.  Eu poderia ver a novela só pela Fernanda Montenegro, elegância, força, dignidade, ativismo, sim, tudo em um pacote só e convencendo.  E o que foi aquela chamada dizendo que a união das duas mulheres era, também, um ato político?  Nota 10 em feminismo, não importa o que façam da novela depois. E foi, sim, um golpe de mestre mostrar o casal se beijando no primeiro capítulo, sem alarde, sem campanha.   Afinal, o objetivo é que, um dia, ninguém perca seu tempo falando em "beijo gay". Casais se beijam, simples assim.  Surpresa é ver tanta gente que diz não assistir novela da Globo, comentando,  falando em ditadura gay, e clamando boicote... Afinal, meu povo, vocês assistem, ou não o que passa nesse canal que tanto satanizam?


Falando na vilã ninfomaníaca, Glória Pires está ótima.  Talvez, vilanias mais diluídas seriam melhor digeridas pelo público médio, mas o fato é que ela parece a Maria de Fátima de Vale Tudo amadurecida.  É bom ver Glória Pires em qualquer papel, mas ela é ótima como vilã.  É ela que afugenta o público com sua falta de saciedade sexual?  Não sei, mas vou dizer  que não gostei na novela até agora: Adriana Esteves e Camila Pitanga.

Adriana Esteves é uma grande atriz e não precisou de Carminha para provar isso, pelo menos para mim.  Não assisti Avenida Brasil e o que vi, não gostei.  Esteves é experiente e consegue encarar qualquer tipo de papel.  No entanto, a sua vilã me parecia uma stalker infantilizada com algum transtorno mental, sempre fora do tom.   Perder três capítulos não ajudou a melhorar a minha percepção da personagem.  Talvez, a atriz se assenhore do papel e me faça morder a língua, mas, até o momento, ela tem sido o elo fraco da corrente e ter cenas com a Glória Pires não ajuda muito, pois vira massacre.  Já Camila Pitanga... ai, ai... que mocinha chata!  Parece a cruza da Isabel de Lado a Lado, com a Raquel (mãe da Maria de Fátima) de Vale Tudo.  É tanta dignidade, tanto engajamento, tanta honestidade e trabalho duro em um pacote só que fica difícil convencer.  Um pouco mais de equilíbrio, menos ingenuidade, enfim, Pitanga está interpretando bem, coisa que a Adriana Esteves não parece estar fazendo, mas é uma mala pesada demais... 


Enfim, espero que ninguém cisme de censurar a novela (*e Império teve palavrões reduzidos e cesurados, se vocês não lembram*) por causa dessa falsa polêmica.  Pedir boicote de quem não costuma ver novela da Globo, ou não deveria ver, segundo seu líderes fundamentalistas, é meio que chover no molhado.  O fato da "nossa" bancada evangélica no Congresso Nacional se pronunciar à respeito é mais vergonha alheia do que motivo para real preocupação ou admiração, porque, bem, ameaça à família brasileira, para mim, é a crise econômica, a violência, a miséria, o péssimo desempenho nos índices de educação, a corrupção sem limites e sem partidos, etc. Os senhores, e algumas poucas senhoras, deputados deveriam arrumar o que fazer.

Um beijo lésbico (*que não foi o primeiro*) não-fetichista, com duas atrizes idosas e sem nenhuma necessidade de se promoverem com polêmicas, não me parece causa da baixa audiência, mas o luto e a debandada que tem se tornado comum a término das últimas novelas globais.  Cabe à sucessora chamar  audiência e ponto final.  Vai conseguir?  Méritos têm, e os ajustes não deveriam passar pela censura ao casal lésbico.  Mas é aquilo, a imprensa especializada precisa alimentar as polêmicas, outras novelas que começaram mal, ou patinaram na audiência, tiveram outros culpados, Juliana Paes e Lázaro Ramos que o digam.  


É isso.  Boa sorte para Babilônia, espero que a onda conservadora não intimide os autores e mutile a trama.  Já passou o tempo das explosões de shoppings, ou não?  Sim, espero que sim, ainda que o histórico de censura motivada por conservadorismo e hipocrisia sejam extensos.  Tais coisas, aliás, não são apanágio dos religiosos , basta ler o show de horrores que são os comentários nos grandes portais. Até hoje, Torre de Babel é o maior exemplo de censura e preconceito, mas não é o único. 

Ainda assim, é preciso sempre repetir que novela é obra aberta e é preciso sintonia entre os autores e a audiência, trocas e ajustes não necessariamente significam mutilação.  Pena que a grita seja sempre maior contra aqueles que criticam misoginia, racismo, classismos - "Ah, o maldito politicamente correto!" - do que contra os homofóbicos e os que acham que temas sérios e densos só podem aparecer em seriados americanos, não em nossas novelas que, historicamente, ajudaram e muito no avanço das discussões sobre questões polêmicas e necessárias.

Ninomiya Tomoko desenha mangá promocional para filme de Kenn Kiriyama


O Comic Natalie noticiou que Tomoko Ninomiya, que será sempre lembrada por Nodame Cantabile (のだめカンタービレ), desenhou um mangá promocional para o novo filme estrelado por Kenn Kiriyama, Gunjouiro no, Gunjyou Iro no, Toori Michi (群青色の、とおり道) que estréia no dia 28 deste mês.   A película conta a história da visita de um rapaz a sua cidade natal, depois de 10 anos longe.  O jovem abandonou a cidadezinha em busca de sucesso musical em Tokyo.  Ele obteve sucesso e volta para rever os cenários que marcaram sua infância e as pessoas que o apoiaram.


O mangá estará disponível como e-book apartir de link no site do filme (*formato Kindle e Kobo, se entendi bem) do dia 21 a 27 de março e,  depois, será vendido nos cinemas que exibirem o filme em formato impresso como capítulo 0.  Imagino que possa aparecer um mangá do filme, enfim... O CN diz que Tomoko Ninomiya é fã de  Kenn Kiriyama e, bem, de música ela entende.  

P.S.: Só para constar, tentei baixar o mangá em formato Kindle e não consegui.

Primeiro teaser-trailer de Akagami no Shirayuki-hime


Akagami no Shirayuki-hime (赤髪の白雪姫), mangá de Sorata Akiduki, terá anime estreando em breve.  O primeiro trailer do seriado foi exibido no evento Anime Japan 2015 (*página oficial em inglês*) e foi publicado pelo Comic Natalie.  Tem tudo para ser um anime simpático, com um fandom fiel, sem apresentar nada de muito surpreendente.  De resto, a página do seriado já está no ar.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Coletâneas de Aruko e Kazune Kawahara lançadas simultaneamente no Japão


Aruko e Kazune Kawahara assinam juntas um dos maiores sucessos do shoujo mangá atual, Ore Monogatari!! (俺物語!!), por conta disso, elas estão em evidência. No dia 18 de março foram lançados simultaneamente duas coletâneas de histórias curtas das autoras Aruko Renai Shoujo Tenpanshuu Love Letter (アルコ 恋愛女子短編集 ラブレター) e Kawahara Kazune Renai Shoujo Tenpanshuu 500 Miles (河原和音 恋愛女子短編集 500マイル). "500 Miles"Collected Love Stories, seu título em inglês, que conta histórias baseadas em cartas de amor escritas por pessoas que viajam em uma determinada linha de trem, já havia sido publicada em volume único, mas há outras duas histórias que eu não sei se entraram neste volume. Todos os one-shot foram publicados entre 1995 e 2002 na Betsuma e na Deluxe Margaret, são os trabalhos de início de carreira da autora ("early works"). Já o volume de Aruko, que tem um subtítulo em inglês "Love Letter" Collected Short Stories - Aruko Early Works, reúne histórias publicadas entre 200 e 2009 na Betsuma e na Deluxe Margaret. A notícia estava no Comis Natalie. O material serve de propaganda adicional para o anime de Ore Monogatari!!

terça-feira, 17 de março de 2015

Filhinha está doente


Minha filha está doente, não sei bem o que é ainda, acredito que um resfriadinho detonou uma forte crise de bronquite. Estou de saída para a emergência. Pode ser que ela se recupere bem ainda hoje, mas não posso garantir que o blog vai seguir regular. É isso. Minhas outras e maiores responsabilidades me chamam.

domingo, 15 de março de 2015

Depois de 30 anos, Mangá de Machiko Satonaka chega ao seu final


Fico feliz e ao mesmo tempo envergonhada quando descubro certas coisas.  Pois bem, eu não conhecia Tenjou no Niji  (天上の虹) , ainda que já tenha visto este mangá em capa de alguma revista... De qualquer forma, trata-se, segundo o Comic Natalie, da obra-prima de Machiko Satonaka.  Não sei se é para tanto, especialmente, se levarmos em conta que Satonaka começou sua carreira em 1964 com 16 anos e é o ponto de partida para a invasão de mulheres mangá-ka que tomou conta das revistas shoujo.  Satonaka produziu muita coisa e seu traço é sempre muito bonito e bem cuidado.


Tenjou no Niji começou a sua publicação em 1983 e foi mudando de revista até se acomodar na revista Kiss.  A série conta a história da 41ª governante do Japão, Jitō, que foi a terceira mulher a se tornar imperatriz-reinante do país (*ao todo foram oito: Suiko,Kōgyoku/Saimei, Jitō, Gemmei, Genshō, Kōken/Shōtoku, Meishō, e Go-Sakuramachi*).  Sim, foi a constituição do pós-guerra no Japão, com forte influência dos americanos, que proibiu as mulheres de reinarem e gerou toda essa comoção e pressão em torno do príncipe herdeiro e sua esposa (*que adoeceu e não mais se curou, ao que parece*) para que gerassem um herdeiro homem para o trono, mas vamos voltar para o ponto... Jitō  governou de 697 até 703, primeiro enquanto seu filho era menor; depois, com a morte deste, em nome do neto.


Tenjou no Niji terá seu último volume, o #23, publicado em 13 de março.  Não há scanlations de nenhum de seus capítulos.  Aliás, pouca coisa há traduzida de Machiko Stonaka para o inglês, infelizmente, mas tenho uma de suas obras publicadas na Itália aqui em casa.

E a Miss Japão 2015 é negra!


E lindíssima, pelo menos é o que as poucas fotos que vi no Rocket News 24 me mostram.  Pelo tom da notícia, acho que é a primeira vez que uma “haafu”, do inglês “half”, metade, consegue ser eleita.  Para chegar até o topo, pelo menos para quem segue esse caminho de miss, que fique claro, Ariana Miyamoto, representante de Nagasaki, enfrentou muito racismo.  Filha de um pai afro-americano, provavelmente um militar que serviu na base local, e de uma japonesa, ela nasceu e foi criada no Japão, estudou a high school nos EUA, mas se considera uma completa japonesa. 


Segundo o RN24, ela recebeu alguns ataques racistas depois de eleita, um deles dizia que ela tinha muito sangue negro para ser considerada japonesa, no entanto, houve muito apoio, também.  O RN24 ressalta em outra notícia que o Japão se comporta de forma meio esquizofrênica em relação aos mestiços.  Modelos mestiças são consideradas lindas e aparecem em grande número nas revistas locais, inclusive muitas japonesas procuram parceiros – par casamento, ou não – com o intuito de terem crianças mestiças, ainda assim, o racismo é grande.  


Enfim, é sempre curioso ver como países europeus, Israele até o Japão lidam com a beleza negra e o Brasil elege ano após anos misses socialmente brancas e cada vez mais parecendo clones de si mesmas.  Será que ainda verei uma miss Brasil oriental ou outra negra?  Falo outra, porque a primeira e única é Deise Nunes, que foi miss em 1986. Em um país tão diverso como o Brasil, trata-se de uma admissão de racismo sem possibilidade de defesa.

sábado, 14 de março de 2015

Exposição de Hagio Moto tem camisetas do Coração de Thomas como lembrança


Já falei aqui da exposição de Hagio Moto que está acontecendo no Japão entre os dias 8 e 15 de março. Tão exclusiva que é bem rapidinha, mas, ainda assim, uma linha de camisetas do Coração de Thomas (トーマの心臓 - Tooma no Shinzou) e da Família Poe (ポーの一族 - Poe no Ichizoku) foi lançada para comemorar. 


 Fora outros produtos como bolsas, réplicas de ilustrações, cartões postais, etc. 


Tudo muito lindo e, claro, fora do meu alcance. Para mais fotos, dê uma olhadinha no Comic Natalie.