quarta-feira, 31 de março de 2010

Murinho da Vergonha 2: Os Otakus se fazem conhecer no Twitter



Eu decidi usar esse título não para comentar algo que tenha sido dito aqui para mim (*ou sobre mim*), mas por causa de um ataque sofrido pelo autor Walcyr Carrasco no twitter ontem. Para quem não sabe, ele é um dos mais bem sucedidos autores de novela da atualidade, responsável na Manchete por Xica da Silva, e na Globo por elevar os patamares do combalido horário das 18h da emissora. Não gosto das suas últimas novelas, dentre elas o mega sucesso espiritualista Alma Gêmea, mas ele é importante. Mas você não vê novela, certo? Pois bem, como começou a confusão chamada de #OtakusContraAGlobo no Twitter?

Surgiu um boato de que a próxima novela do autor, novela das sete já que ele parece caminhar a passos firmes para o horário nobre, teria seus primeiros capítulos gravados no Japão e que falaria da cultura japonesa. A novela nem escrita foi, se estrear será somente em 2011, mas o boato e as fotos de viagem do autor foram o suficiente para que uma horda de autodenominados otakus entrasse no Twipic (*fotos mais atacadas? Adivinhe? As que ele tirava fotos com lolitas. Lembra alguma coisa?*) do autor e em seu Twitter, o xingassem, e colocassem nos trending topics brasileiros, no dia da final do BBB10, este TT #OtakusContraAGlobo. Bonito, não? Sabe qual foi o resultado? O autor não nos conhecia, mas agora conhece: “Eu não pretendo falar sobre Otakus na minha próxima novela. Mas se fosse falar, agora estaria com uma péssima impressão depois das agressões!” Olha, depois do que fizeram com ele, se eu fosse o autor, eu falaria dos otakus, e não seria nada elogioso. Aliás, na novela atual, a péssima Tempos Modernos, há um otaku esterotipado, não vi escândalo por causa disso.

Os fãs de anime e mangá e moda de rua japonesa conseguiram se fazer conhecer da pior forma possível, da forma mais facista e mal educada possível. Mas, parece, que a falta do que fazer corrói os neurônios das pessoas. Houve tempo em que eu defendia o uso do termo “otaku” no Brasil, via nele a neutralidade, um sinônimo de “fã” de anime/mangá/cultura pop japonesa e era assim mesmo. De uns tempos para cá, porém, “otaku” passou a ter o mesmo significado que no Japão: FANÁTICO por alguma coisa, do tipo que não vê nada além de seu hobby. Com um temperinho brasileiro, claro.

No Japão, o termo se aplica a qualquer fanático, aqui somente aos fãs de cultura pop japonesa. Aqui no Brasil, além do fanatismo também agregamos uma típica falta de educação genuinamente nossa, com termos chulos, ofensas de toda sorte, e uma grosseria de envergonhar.

Volta e meia me perguntam se já fui discriminada por ser fã de mangá, anime, etc. eu respondo que não. Mas, talvez, chegue o dia que isso possa, sim, ser um problema, me tornar mal vista no meu trabalho, igreja e família. Não por minha causa, mas por conta dessa geração problemática de fãs que fazem essas coisas. Talvez, chegue o tempo em que tenhamos, assim como no Japão, que nos esconder. Mas tem gente que ama tanto o Japão que talvez isso seja a glória!

Senti muita, muita, muita vergonha. Mas o meu post não é o melhor sobre o caso. Visitem o Gyabo!!! e o Japan Pop Cuiabá que fizeram excelente cobertura, muito melhores que o meu post aqui.

Ranking da Tohan



Salvo por Fairy Tail, que resistiu em 2º lugar, todos que estavam no ranking da Tohan semana passada foram rebaixados ou sumiram. Dito isso, as estréias foram tão fortes que somente Suki desu Suzuki-kun!! conseguiu representar os shoujo. É uma pena, porque eu queria Black Bird entre os dez. Não vai chegar no da Oricon também. Mama Wa Tenparist também não conseguiu subir. Mas vamos ver mais tarde quem aparece no ranking da Oricon.

1. Billy Bat #3
2. Fairy Tail #20
3. Piano no Mori #17
4. Major #75
5. Working!! #7
6. Uchuu Kyoudai #9
7. One Piece #57
8. Diamond no Ace #20
9. Suki desu Suzuki-kun!! #7
10. Sora no Otoshimono #8

terça-feira, 30 de março de 2010

Japonesas querem maridos que compartilham gostos



Muitas vezes leio pesquisas feitas no Japão que ressaltam o fato de as japonesas desejarem casar com homens ricos. Aliás, esses sites normalmente querem fazer ver que as japonesas seriam bem “mercenárias” ao escolherem um marido. Mas eis que o Made in Japan publicou uma notícia que aponta para outro lado, com a renda ficando somente em nono lugar:
Uma pesquisa recente mostra que cerca de 62% das mulheres japonesas trabalhadoras, na faixa dos 25 aos 44 anos, desejam se casar com homens que compartilham suas preferências e gostos. Esse foi o critério de escolha mais citado entre as 600 mulheres que responderam ao estudo, realizado pela companhia de seguros AXA. O segundo critério mais citado pelas japonesas foi “o homem ter os mesmos hábitos de consumo” (com 27%). Em terceiro lugar ficou “o homem ter um emprego estável” (com 26,3%). No fim da década de 80 e no começo da década de 90, período da “bolha econômica” japonesa, os critérios mais citados eram “alta renda”, “alta formação educacional” e “alta estatura”. A renda caiu para nono lugar na pesquisa mais recente, que foi conduzida em fevereiro de 2010.
Outra pesquisa no mesmo site diz que as jovens japonesas querem felicidade no casamento, ao contrário de outras gerações que buscavam. Claro, que a base da pesquisa é muito pequena, mas, ainda assim, é uma amostragem.

Propaganda japonesa junta Alice, Disney e Páscoa



Bem, bem, eu me perguntava se os japoneses também tinham incorporado a Páscoa da mesma forma festiva e comercial que fizeram com o Natal. Parece que, sim. Essa propaganda estava no Japanator e é da Disney do Japão. Não resisti à fofura.

Erica Sakurazawa participa de um talk show de lançamento do filme Kakera



Tempos atrás comentei que Love Vibes de Erica Sakurazawa estava sendo adaptado para o cinema com o nome de Kakera. Pois bem, o filme será lançado no dia 3 de abril. Segundo o Comic Natalie, a mangá-ka participará de um talk show em uma livraria em Shinjuku. Junto com o lançamento do filme, que, assim como o mangá original tem um recorte yuri (lésbico), serão relançados em um mesmo volume Love Vibes e Between Sheets. Este último foi lançado nos EUA, e eu tenho aqui em casa. Eu gosto muito dos trabalhos da Erica Sakurazawa.

Clássicos revisitados??



A revista Época trouxe uma pequena matéria falando dos “mash-up”, isto é, os livros caras de pau que misturam clássicos coisas “pop”. Quer dizer, a matéria era para falar da grande estrela desse novo “gênero” que é o Seth Grahame-Smith de Pride & Prejudice, & Zombies. Parece que os outros livros dele vão sair aqui, como Abraham Lincoln – O caçador de vampiros e Sense & Sensibility, & Sea Monsters. Bem, bem, ainda não comecei a ler de verdade minha edição de Pride & Prejudice, & Zombies (*a brasileira já está nas lojas*), mas o que eu via até agora é muito engraçado, mas basicamente é o mesmo clássico... basicamente... A matéria propõe que clássicos nacionais poderiam virar “mash-up” também, mas não dá para salvar as imagens. A matéria é só para assinantes.

Atenção: clássicos contaminados
Livia Deodato

Quase 145 anos após sua morte, uma revelação: Abraham Lincoln – 16º presidente dos Estados Unidos, salvador da unidade do país na Guerra de Secessão e libertador dos escravos – também era caçador de vampiros. Soa absurdo? Pois a história contada no novo livro de Seth Grahame-Smith, que acaba de ser lançado nos Estados Unidos, tem convencido grande parte da crítica. O elemento improvável, fantástico e um tanto grotesco inserido em uma narrativa histórica já provou o sucesso. Pelo diário mantido pelo ex-presidente americano é possível acompanhar os pormenores de seu mandato – a luta que trava com os vivos e... com os mortos sanguessugas.

Abraham Lincoln – O caçador de vampiros é o segundo livro do autor, que está criando (ou recriando) um novo gênero literário, por enquanto apelidado de “mash-up”. O termo, “mistura” na tradução do inglês, foi emprestado de um método de composição da música pop dos anos 90.

A ideia de transpor essa técnica para a literatura foi do americano Jason Rekulak, dono de uma editora então obscura, a Quirk Books. “Eu me inspirei pelo movimento de infração criativa que se vê hoje na internet: jovens remixando músicas, videoclipes, filmes etc.”, diz Rekulak. “Percebi que eles não consomem só mídia. Agora, têm a tecnologia para transformá-la.” Rekulak encomendou um livro a um amigo roteirista, Seth Grahame-Smith, hoje com 34 anos. O resultado foi Orgulho e preconceito e zumbis. O livro entrou para a lista dos mais vendidos do jornal New York Times em abril de 2009, um mês após seu lançamento. Já vendeu 1 milhão de exemplares e fez da Quirk um fenômeno de inovação. Grahame-Smith levou seis semanas para escrever o romance. A julgar pelo título, com enumeração redundante, trata-se de mais uma obra tosca e oportunista. Mas não é bem assim. O autor inseriu tão bem os maltrapilhos mortos-vivos no romance Orgulho e preconceito, de 1813, que eles parecem fazer parte das famílias Bingley e Bennet retratadas por Austen. Como no original, continua a fixação da mãe de Elizabeth, Jane, Lydia, Mary e Kitty em arranjar marido para elas. A diferença é que elas precisam sobreviver aos ataques inesperados de zumbis. As criaturas ganham vida quando chuvas caem sobre a cidade fictícia de Meryton. A terra fica mais permeável e facilita a saída dos “não mencionáveis”, como são chamados no livro.

Os dotes das garotas Bennet nesta nova versão vão muito além de corte e costura. Elas são treinadas por mestres orientais, que lhes ensinam golpes fatais com o manejo de adagas. Orgulho e preconceito e zumbis é o primeiro dos mash-ups a chegar ao Brasil (Intrínseca, 320 páginas, R$ 29,90, tradução de Luiz Antonio Aguiar), com tiragem de 20 mil exemplares. O próximo título da Quirk a ser lançado por aqui no segundo semestre (seguido por Abraham Lincoln – O caçador de vampiros) é Razão e sensibilidade e monstros marinhos, mash-up com outro clássico de Jane Austen pelo escritor Ben H. Winters.

A moda tem tudo para fazer sucesso entre os jovens no Brasil. A editora Desiderata anuncia que até o fim do ano sairá o primeiro de uma série de mash-ups nacionais. Machado de Assis será “premiado” com uma versão remix de um famoso livro seu: Memórias pós-túmulo de Brás Cubas e os zumbis. O autor da obra ainda não foi escolhido. Grahame-Smith já demonstrou interesse. “Estou pensando em fazer um Dom Casmurro e lobisomens”, diz. Capitu terá traído Bentinho à luz da lua?

segunda-feira, 29 de março de 2010

Hilary Swank fala de Amelia Earhart



Eu estou doida para assistir este filme sobre Amelia Earhart, até porque, confio na competência da Hilary Swank e da Mira Nair. O porblema, é que, assim como o filme sobre Darwin, ele não apareceu aqui em Brasília. A entrevista está na revista Época, somente para assinantes.

Hilary Swank: "Até hoje é difícil para a mulher ser livre"
A protagonista de "Amelia", filme sobre uma pioneira da aviação, compara a condição feminina de hoje à do início do século XX
Marcelo Bernardes, de Nova York

Com mais de 100 biografias lançadas e dezenas de teorias sobre seu desaparecimento em 1937, enquanto tentava cruzar o globo terrestre num avião Electra, Amelia Earhart, a primeira aviadora a atravessar o Atlântico sozinha, continua a fascinar os americanos. A atriz Hilary Swank, que interpreta essa pioneira da aviação numa cinebiografia dirigida pela indiana Mira Nair, também ficou obcecada. Leu diversos livros, assistiu a vários filmes e até aprendeu a pilotar aviões. A obsessão foi tanta que, em determinados momentos, Mira Nair tinha de intervir na caracterização de sua protagonista: "Hilary, por favor, seja menos Amelia!". Amelia, porém, resulta numa cinebiografia burocrática. Mas ninguém pode culpar Hilary, que, aos 35 anos, já coleciona dois Oscars. Ela conversou com a reportagem de ÉPOCA na frente de um raro Electra, estacionado num aeroporto de Nova Jersey.

ÉPOCA - O que você descobriu sobre Amelia Earhart enquanto se preparava para interpretá-la?
Hilary Swank - Tudo o que tinha aprendido sobre ela veio de livros de história. Mas não bastava. Pus pressão em mim mesma, pois é sempre uma tremenda responsabilidade interpretar alguém que existiu, e principalmente uma mulher tão icônica quanto Amelia. Mira Nair e eu ouvimos muitas das histórias sobre ela ao passar um dia com o Gore Vidal, que costumava dormir na casa de Amelia quando ele era pequeno. O que mais me chamou a atenção foi seu magnetismo. Ela é até hoje um mito. As pessoas a admiram por ela ter vivido a vida que quis ter. Ela nunca pediu desculpas por dizer: "Esta é minha vida, é assim que eu a vejo, e é assim que eu quero que as coisas sejam feitas". Acho que isso é algo muito raro nos dias de hoje, especialmente para as mulheres.

ÉPOCA - Por quê?
Swank - Nós ainda vivemos num mundo dominado pelos homens. Em diversos segmentos de nossa sociedade, os homens ainda conseguem levar a vida que eles querem, sem nenhum empecilho. As mulheres nem tanto assim. Até hoje é difícil para a mulher ser livre. Por isso é incrível ver uma mulher como Amelia, que viveu nos anos 20 e 30, quando as mulheres estavam começando a poder votar. A vida de Amelia foi curta, porém ela conquistou muita coisa. E isso funciona como uma espécie de lembrete para nós. A vida é uma só, então por que não vivê-la de nossa maneira? Um dia, paramos para pensar e nos surpreendemos com quantas coisas costumamos fazer só para agradar a nossa mãe, ao marido ou aos amigos. Com tanta interferência assim, é fácil perder o rumo de nossas prioridades mais pessoais.

ÉPOCA - Quando você cita que Amelia viveu a vida que ela queria, isso tem também a ver com o fato de ela ter tido um casamento aberto. Qual é sua opinião sobre ela ter tido um marido e um amante?
Swank - O mais importante da decisão dela de transitar entre dois homens que a amavam é que ela não machucou nenhum dos dois. Tenho um respeito incondicional por pessoas que são honestas em relacionamentos e tendem a expressar livremente suas ideias e o que elas esperam de seu parceiro. Boa parte do que acontece em nossos relacionamentos amorosos é tentar decifrar a charada de quem somos nós dentro daquela relação e o que a outra pessoa representa para nós. Ter alguém que já decifrou esse mistério e sabe o que quer já é mais do que meio caminho andado - e algo muito raro (risos).

ÉPOCA - Você quis aprender a voar para fazer o filme. Como foi essa experiência?
Swank - Seria totalmente errado interpretar Amelia Earhart sem saber pilotar. Quando somos pequenos, temos sempre aquela lembrança inesquecível de nossa experiência de aprender a ler e de andar de bicicleta sem rodinhas. Essas coisas deixam você eufórica. E aí você cresce, e o prazer das novas experiências diminui, a euforia se esvai. Quando decidi aprender a voar, fiquei muito eufórica. Você fica em contato com todos os seus sentidos, completamente imersa e focada em si mesma. Mas jamais poderia imaginar o monte de cálculos de que uma pessoa precisa para aprender a voar. Quando fiz meu primeiro pouso, minha camisa estava encharcada (risos). O Electra, avião de Amelia, era uma fera do ar, um aparelho muito difícil de pilotar, de manter no ar. É realmente extraordinária a travessia dela pelo mundo com aquele avião.

ÉPOCA - Recentemente, a atriz Uma Thurman disse que ficou tocada por sua performance e que você deveria ter sido indicada ao Oscar de Melhor Atriz.
Swank - É sempre uma honra ouvir um elogio assim de uma atriz que você admira, como é o caso da Uma. Amelia sempre deu a maior força para outras mulheres aviadoras. Mas eu sinto que a maioria de nós, mulheres, nem sempre apoia a força e as conquistas de outras colegas de profissão.

ÉPOCA - Mulheres ainda são muito competitivas entre si?
Swank - Mulheres poderosas costumam dar força e proteger as mulheres mais fracas, principalmente aquelas que estão sofrendo ou que vivem num plano de desigualdade. Mas, quando o assunto é a força de outra mulher, que vive num plano de igualdade, acredito que as mulheres ainda tendem a achar um pouco difícil de digerir o sucesso da colega e reconhecer isso publicamente.

Ranking da Taiyosha



O ranking da Taiyosha saiu certinho esta semana. Antes da meia noite já estava no ar. Enfim, Nenhum shoujo no top 10 geral, mas eu apostaria que pelo menos Suki desu Suzuki-kun!! aparecerá no ranking da Tohan e no da Oricon, na verdade, aposto em Black Bird, também, que tem uma capa muito bonita.

Em shoujo temos esses dois títulos fortes em primeiro, seguidos por Shinrei Tantei Yakumo, que terá anime em breve (*de repente, até já estreou e eu não vi, desculpem*) e Five, que sempre aparece bem no ranking. Engraçado que esta é a primeira capa de Five que eu acho bonitinha. A partir daí, temos alguns títulos que resistiram da semana passada, fora Work in que é um yaoi e, claro, não deveria estar listado em shoujo. Já Zone-00 com sua capa escandalosa com uma freira peituda de roupa de couro é shoujo mesmo, ainda que tenha a capa mais não-shoujo que eu já vi.

Em Josei, Mama Wa Teparist roubou o primeiro lugar e deve ter sido de lavada. Surpreendente é ver Do Da Dancin'! passando Chihayafuru. De qualquer forma, Chihayafuru está com dois volumes no top 10. Kuragehime, que terá anime em breve, resiste muito bem. Seito Shokun, Ohitorisama Monogatari e Pride resistem bravamente. Estréias são poucas.

SHOUJO
1. Suki desu Suzuki-kun!! #7
2. Black Bird #10
3. Shinrei Tantei Yakumo - Akai Hitomi wa Shitteiru #2
4. Five #13
5. Oresama Teacher #7
6. Momogumi Plus Senki #8
7. Berry Berry #2
8. Work in
9. Orange Chocolate #3
10. Zone-00 #7

JOSEI
1. Mama Wa Tenparist #3
2. Do Da Dancin'! - Venice Kokusaihen #7
3. Chihayafuru #8
4. Kuragehime #4
5. Seito Shokun! Kyoushihen #20
6. Ohitorisama Monogatari #2
7. Pride #12
8. Ice Age II #3
9. Yoru no Douwa
10. Chihayafuru #1

Orgulho & Preconceito: Bela Imagem



Até hoje não entendi os motivos pelos quais a Marvel entregou o quadrinho de Orgulho & Preconceito para um inepto como o Hugo Petrus e deixou o Sonny Liew fazendo somente as capas. Quem olha a galeria dele percebe que ele conhece nem que seja os filmes e minisséries baseados em Jane Asuten. Tem um traço muito simpático, também. Sorte é que ele vai desenhar Razão & Sensibilidade e na galeria dele há várias sketches. Vale a pena dar uma olhadinha. Agradeço a @olga_lopes por ter me passado o Deviantart do Sonny Liew. Aliás, fazia quase uma semana que eu não conseguia acessar o Deviantart. Agora virou bug repetido aqui em casa, pelo menos dois dias da semana, não conseguimos entrar neste site.

Shoujocast #18 no ar: Nostalgias e Velharias



Fico feliz em anunciar que agora não estou mais sozinha. Tenho uma companheira para gravar o Shoujocast que é a @Lina_inverse do live journal Lina no Ie. A especialidade dela é doramas e nosso primeiro programa é sobre nossas lembranças dos anos 80 e 90, como nos tornamos fãs de anime e mangá, como era o drama de ser fã antes da internet. Não pensem que as sugestões que os colegas fizeram foram esquecidas, aliás, agradeço os comentários no último Shoujocast. ^_^ Quer nos ouvir? Para baixar o programa, clique aqui. Para assinar o nosso feed (*já é o novo*), clique aqui. Para ouvir o cast no blog, use o player abaixo.



Se quiser comentar, e nós agradecemos, use o espaço para comentários, ou deixe um recadinho no Twitter, o meu é @shoujofan. Pode enviar um e-mail também para shoujofan@gmail.com.

domingo, 28 de março de 2010

Duas bombas nucleares não foram o suficiente



Todo mundo que é minimamente informado sabe que os Estados Unidos nunca fez uma autocrítica oficial sobre o lançamento das bombas nucleares de Hiroshima e Nagasaki, mais do que isso, durante o funesto governo Bush, chegaram a exigir que o Japão se desculpasse oficialmente por Pearl Harbor. Dito isso, um pequeno escândalo movimentou o universo dos fãs de anime e a política norte americana nesses últimos dias.

Segundo o ANN e outros sites, no dia 24 de março um site do Partido Republicano (*a história é surreal*) denunciou o deputado estadual democrata por New Hampshire, Nickolas Levasseur, por ter feito um comentário sobre anime na sua página do Facebook. O digno deputado escreveu “anime é o principal exemplo do porque duas bombas atômicas não foram o suficiente...” ("anime is a prime example of why two nukes just wasn't enough....." ). Esse absurdo, leia-se debochar da dor de milhões de pessoas e de algo sério como bombas atômicas, aqui no Brasil terminaria com um “Eu só estava brincando”, mas nos EUA é coisa séria.


Pois bem, a coisa foi parar na TV, houve bate-boca entre os membros dos dois partidos, e intervenção do governador, que é democrata, para que “membros do seu partido parassem de participar de tal comportamento vergonhoso”. Enfim, Levasseur, além de fechar as atualizações da sua página no Facebook, se desculpou publicamente. Segue a resposta que o deputado enviou para o ANN:
Eu gostaria de me desculpar profundamente por minha insensibilidade no meu post. Foi um comentário feito de forma não refletida, feito de brincadeira em minha página privada do facebook. Isto, claro, não serve de desculpa para o comentário. Esse tipo de discurso não deve ser usado nem em privado nem em público. Ele não representa uma opinião verdadeira, política ou pessoal. Meu passado na Câmara de New Hampshire mostra comprometimento com a igualdade e a justiça social. Este é um passado do qual eu me sinto orgulhoso. Este comentário desapontou não somente o povo de New Hampshire, a quem eu tenho o privilégio de servir, mas também ao meu próprio código moral e minhas crenças.
Então, por que não pensou antes de escrever? Na verdade, para além dos animes, algo superficial, está o desprezo pelas vidas japonesas ceifadas pelas bombas, pelos milhares que sofreram e sofrem com a contaminação, e a falta de sensibilidade em relação a algo tão sério quanto um ataque nuclear. É como a gente conversa aqui em casa, os americanos são tão beligerantes, porque nunca sofreram uma invasão, um bombardeio ou uma guerra. Não conta a Guerra de Independência ou de Secessão que estão muito distantes, Pearl Harbor é piada, o mais próximo que eles tiveram foi o 11 de Setembro. E, ainda assim, a reflexão foi quase ZERO.

Mas há um mérito, os americanos se desculpam preocupados com a opinião pública, ainda que somente com sua base eleitoral, não com os japoneses vítimas da bomba, e tentam se retratar, pois político não tem vida privada. Já os nossos aqui, fingem que não sabiam, ou assumem o que disseram cientes que não serão punidos por opiniões que ofendam ou humilhem certos segmentos da população do país.


Shinjo Mayu comanda o projeto multimídia Koe Man



Hoje o Comic Natalie trouxe notícias de um projeto multimídia encabeçado por Shinjo Mayu, o Koe Man (声マン), “voz dos homens”. Parece que é um mangá para celular que vai contar com dublagem ou, pelo menos, algumas partes terão. A ação se passa em um dormitório de escola masculina construída em uma ilha fictícia e brinca com os diversos sotaques e dialetos do Japão. No elenco haverá personagens de Yokohama (横浜 ), Owari (尾張 ), Tosa (土佐 ), Osaka (浪速), e mais uma região que não consegui traduzir. O quadrinho com efeitos sonoros, que parece ser um 4koma (tirinha), será distribuído por cinco companhias de serviços para celular e em junho terá um drama CD. O elenco já está escalado e há foto deles em vários lugares, como aqui. Além do básico, parece que os interessados poderão contratar features para o mangá, como novos cenários e diálogos. Enfim, parece ser algo bem curioso. O mangá já transcendeu às fronteiras do papel faz muito tempo e é exatamente por isso que eu não acredito que o mercado de quadrinhos japonês está em crise como muitos querem crer.

Revista Chorus traz o "homem vitruviano" de Akiko Higarashimura



A revista Chorus deste mês trouxe de brinde um booklet de Mama Wa Tenparist (ママはテンパリスト) de Akiko Higarashimura. O livrinho traz na capa uma versão do “homem vitruviano” de Leonardo Da Vinci com a protagonista do mangá. A capa também é da série de Akiko Higarashimura que está na mídia quase todo dia. Além de um capítulo intitulado Kaitai Chinsho (解体珍書) algo como destruindo livros raros, coisas que bebês costumam fazer... Já as últimas cinco páginas trazem um diálogo entre Akiko Higarashimura e Shungiku Uchida. Eu realmente acabei ficando curiosa em relação ao mangá Mama Wa Tenparist, tamanha a propaganda em cima dele. Na mesma edição, segundo o Comic Natalie, há também a estréia do mangá Tanin Kurashi (他人暮らし) de Fumiko Tanikawa. Já na próxima edição estréia Anokoro Bokura ga (あのころ僕らが) de Haruka Kawachi.

sábado, 27 de março de 2010

Nana tem data de retorno



Segundo o Pro Shoujo Spain a página da revista Cookie anunciou que Nana já tem data de retorno. A série retorna, depois de mais de um ano, na edição 9 que sai no final do mês de julho. Parece que Ai Yazawa está se recuperando e eu torço muito para que ela possa permanecer com boa saúde e feliz, pois ela faz falta.

Ranking do New York Times



Black Bird #3 sumiu do ranking do New York Times. Pode voltar? Talvez, quem sabe. Fora Skip Beat! , que parece se despedir, todos os shoujo melhoraram de posição. Vampire Knight foi de 6º para 4º, Os dois volumes de Alice subiram uma posição. Mantiveram-se os três shounen que ocupavam os primeiros postos. Negima, como eu supunha, começou a descer e deve sair logo, talvez na semana que vem. Há o OEL (Original English Language) Maximum Ride que entra na lista, acho que, na verdade, trata-se de um retorno.

No mais, o ANN avisa que o quadrinho de Crepúsculo vendeu 66 mil exemplares em uma semana, mas foi arrolado na lista de Graphic Novels com capa dura e não na de mangás. Talvez, se estivesse em mangá roubasse o primeiro lugar de Naruto... Talvez... E não pensem que eu considero Crepúsculo ou Maximum Ride como mangás, mas se um entra em mangá, o outro também tem que estar. Aqui cabe também um esclarecimento, quando o ICV faz suas listas de mangás mais lucrativos do mercado americano, esses produtos nacionais são excluídos, o que, para mim, demonstra bom senso. Então, pessoal, não adianta procurar por eles.

1. Naruto #47
2. Bleach #30
3. Black Butler #1
4. Vampire Knight #9
5. Soul Eater #2
6. Alice in the Country of Hearts #2
7. Alice in the Country of Hearts #1
8. Negima! Magister Negi Magi #25
9. Maximum Ride #1
10. Skip Beat! #20

sexta-feira, 26 de março de 2010

Anunciado um gaiden de Kiyoku Yawaku



Segundo o Comic Natalie, a revista Cookie trouxe uma matéria sobre o filme Dareka ga Watakushini Kisu Wo Shita (誰かが私にキスをした), também chamado de Memoirs of a Teenage Amnesiac, e uma entrevista com o protagonista Kenichi Matsuyama e a mangá-ka Ryou Ikuemi. Não consegui entender se ela vai desenhar uma versão mangá do filme, mas, talvez, seja isso. Além disso, é anunciado que a próxima edição da Cookie trará um gaiden de Kiyoku Yawaku (潔く柔く) de Ryou Ikuemi que acabou de terminar. Além disso, nesta edição (*acho*) temos um one-shot de Fumiko Tanikawa chamado Haruou (春追い).

Comentando o vencedor do Oscar de Melhor Filme estrangeiro: O Segredo de Seus Olhos



Ontem, depois da prova teórica do Detran, fio ao cinema assistir O Segredo dos Seus Olhos (El Secreto de sus Ojos). Queria assistir este filme antes mesmo do Oscar, apesar de ter apostado em A Fita Branca. Estava com um medo danado que ele saísse de cartaz hoje, mas eis que ele continua por pelo menos mais uma semana. Então, se você mora em Brasília, aproveite!

A história básica do filme é a seguinte: Benjamín Espósito (Ricardo Darín), que é policial ou funcionário da promotoria (*não entendi mesmo, desculpem*) está aposentado. O ano é 1999 e ele decide escrever um romance revisitando um caso de 1974 que ele não pode resolver, o brutal estupro e assassinato de uma professora de 23 anos. O investigador, penalizado pela sorte da moça e pela fidelidade e dor de seu marido, havia jurado resolver o caso e arrasta para a investigação seu subordinado alcoólatra, Pablo Sandoval (Guillermo Francella), além da inteligente, aristocrática e bonita promotora (*é o que eu acho que ela é*) Irene Menéndez-Hastings (Soledad Villamil). Mas as coisas não correram muito bem e o investigador termina frustrado, não somente por não ter cumprido a promessa, com terríveis desdobramentos para si mesmo e Sandoval, mas, também, por não conseguir se declarar para Irene. Mas em 1999 ele tem uma chance de revisitar o passado e resolver os assuntos pendentes.

Eu tenho pouquíssima experiência com o cinema argentino. Na verdade, assisti somente três filmes deste país: A História Oficial, que deu o primeiro Oscar para a Argentina; O Filho da Noiva e o O Segredo de Seus Olhos, esses dois últimos têm a mesma equipe e ator protagonista. É muito pouco e, ao mesmo tempo, eu tenho perfeita noção da altíssima qualidade e da coragem dos roteiristas e argentinos. Porque História Oficial, por exemplo, é um filme de 1985 que fala de uma das piores feridas da ditadura Argentina, as crianças seqüestradas, arrancadas de suas mães que eram mortas, e adotadas ilegalmente. A ditadura tinha terminado no ano anterior (1976-83). Enquanto isso, nós aqui no Brasil pisamos em ovos para falar da nossa, e indicamos filmes insípidos ao Oscar, como Olga e O que é isso Companheiro?, ou coisas caricatas como Tieta, ou filmes com criancinhas e velhinhos, porque a Academia gosta disso, vide O Ano em que meus pais saíram em viagem de Férias. E deixamos Tropa de Elite, vencedor de Berlim, de fora.

Eu assisto muito filme nacional, e sei que tem muita coisa muito melhor, mas, claro, é preciso aprender com os argentinos e sabemos que aqui, ninguém gosta de ouvir ou ler isso. O segredo de Seus Olhos não tem velhinhos, criancinhas, é violento (*mostra o corpo brutalizado da moça, o criminoso colocando as genitais para fora em atitude de intimidação*), é político sem tratar diretamente dos conflitos que conduziram à ditadura Argentina, mostram o que de pior a América Latina tem com os desmandos dos poderosos e a corrupção, e tem muito palavrão. Aliás, todos eles foram censurados. A gente ouvia os palavrões cabeludíssimos e a legenda absolutamente aguada. Aliás, como andam horrorosas as legendas atuais. Enfim, O Segredo dos Seus Olhos é um filme muito corajoso e com interpretações brilhantes. Por que não indicaram nenhum deles? Eu sei que isso só acontece em caso de exceção, mas o trio principal merecia.

E preciso destavar o papel da juíza (*em 1999, ela é juíza*), além da atriz ser ótima, ela é importante na história, pintada como competente lutando por um espaço em um mundo masculino. E, mais, ninguém a desqualifica por ser mulher, seus colegas a respeitam, seus superiores, também, e não parece ser só porque ela é de família rica e poderosa. Eu não sei se havia promotoras no Brasil de 1974, mas juízas as primeiras são de meados dos anos 80. E a moça assassinada era belíssima. Não tinha falas, mas representou bem o seu papel, não sei se é atriz ou modelo, mas muito, muito bonita. O que tornou a visão da sua morte ainda mais horripilante,.

As resenhas de O Segredo dos Seus Olhos me enganaram. Elas me fizeram pensar que o crime nunca foi resolvido, mas ele foi. São os interesses políticos que fizeram o criminoso sair livre. E, caramba, quando Esposito e Hastings confrontam o juiz corrupto e direitista (*os protagonistas não se posicionam politicamente*) meu estômago revirou. Não estou exagerando. Aquela cena, com o juiz dizendo que na promotora ele não poderia tocar, porque ela era filha de gente muito importante, mas que Esposito estava perdido, é tão Brasil, tão nosso país, que a identidade e o nojo foi imediato. E o assassino estuprador saiu livre e logo depois acontece outra tragédia... Mas não vou contar mais.

Se puder, assista O Segredo dos Seus Olhos. As atuações, a história, as reviravoltas na hora certa, a sensação de que o filme estava acabado e ele recomeçando de novo, sem barriga, mas com pleno vigor, foi ótimo. Não passei a acreditar que as pessoas não mudem por causa do filme, mas confirmei o quanto o cinema argentino pode ser mais corajoso que o nosso. E pior, podemos fazer filmes tão bons quanto e temos ótimos filmes, mas ainda somos muito medrosos no confronto com a nossa própria história, defeitos e limitações. Vou atrás de outros filmes argentinos.

Brindes de Glass Mask na Betsuhana



Segundo o Comic Natalie, haverá o relançamento de 11 dos 45 volumes de Glass Mask (ガラスの仮面) agora em maio. Não sei se são mais volumes da edição bunko – eu tenho dois desses volumes – ou uma nova edição em outro formato, ou ainda reedição do formato original. Eu me pergunto se e quando a autora vai terminar a série, pois é isso que me importa. Ler sobre Glass Mask sempre me força a comentar isso. Além da reedição, a notinha fala de uma peça de teatro ou musical baseado em Glass Mask que será remontada (*se entendi bem a original é de 2008*) em agosto de 11 até 27. Os ingressos começam a ser vendidos em junho e devem esgotar. De brinde na Betsuhana – que tem essa capa fofa de Otomen (オトメン) – cartões postais de Glass Mask. O Alexandre do Maximum Cosmo conseguiu para mim e eu coloquei para download aqui. De resto, só uma coisa a dizer: são todas imagens antigas. Nenhuma delas é realmente nova. Suzue Miuchi bem que poderia se empenhar um pouquinho mais.

Mais séries da BBC no Brasil: Norte & Sul + Razão & Sensibilidade



Segundo o JASBRA, a Logon e a Livraria Cultura vão lançar em abril mais duas séries da BBC, Norte & Sul e Razão & Sensibilidade. Para completar, sairá um box com as três séries baseadas em Jane Austen: Emma, Orgulho & Preconceito, e Razão & Sensibilidade. Eu comprarei as duas séries, mesmo tendo Norte & Sul na edição norte americana. Se trouxer todos os extras, teremos entrevista com o Richard Armitage.


Norte & Sul, baseado em romance de Elizabeth Gaskell, é de 2004 e projetou a carreira de Richard Armitage com um efeito similar ao acontecido com Colin Firth. A série, obviamente, não é tão famosa pelo mundo como Orgulho & Preconceito, mas é muito, muito boa. E fiz um post sobre ela. Já Orgulho & Preconceito é de 2008 e é uma série excelente. Com elenco muito afinado e cobrindo o livro de forma muito mais efetiva do que o filme da Emma Thompson. Tem o mala do Dominic Cooper, mas eu consigo esquecer disso. Recomendadíssimo!

Essas propagandas japonesas...



São curtinhas. A primeira é sobre cup noodles (*que eu detesto*) incrementados por alienígenas, neste caso, o queijo e a pimenta. A segunda são de cachorrinhos que preparam a sua própria comida. A ração é vendida como haute cousine, mas os bichinhos não usam garfo e faca.

Como alguém pode não querer um live action de Maria-sama?



Na quarta-feira postei aqui no blog sobre o live action, ou dorama (*quem sabe? Faltam detalhes*) de Maria-sama ga Miteru (マリア様がみてる). Vocês já devem ter visto que é possível votar se gostou do post/notícia. Mais pessoas gostaram, claro, mas há três votos no "não gostei". Sei que há gente que entra aqui e sai votando que não gostou de tudo (*e as coisas mais variadas*), são os meus inimiguinhos, os revoltados, os que receberam resposta atravessada no formspring ou que não tiveram comentários publicados. É de praxe. Só que três votos é acima da média e mostra que realmente houve quem não gostou. E para Maria-sama? Por quê? Então fiz a enquete abaixo. Se você quiser votar:


Trailer de Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru, o anime



Como as estréia está próxima, o trailer de Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru (裏切りは僕の名前を知っている) ou Uraboku, já está no ar. O mangá é publicado na revista Asuka e o anime estéia no próximo mês. Com a proximidade, o mangá entrou na lista dos mais vendidos da Taiyosha esta semana.

Mais um mangá de Mayumi Yokoyama no Brasil



Passei o dia todo na rua hoje e quando cheguei alguém me perguntou no formspring se eu iria comprar o novo shoujo da Panini. Eu não tinha visto a notícia, mas logo vieram me contar que a Panini vai lançar um dos últimos mangás de Mayumi Yokoyama, Bijojuku (美女塾) no Brasil. Dito isso, cai por terra qualquer idéia alucinada de que a autora não faz sucesso no Brasil, afinal, a Panini não insistiria com uma autora que não tivesse repercussão nas vendas. Como não gosto de Mayumi Yokoyama, esse mangá eu não vou comprar. Achei inclusive muito desagradável o subtítulo "Cursinho de sedução" quando o nome do mangá é traduzido por "Escola da Beleza". Mas, talvez, ele sinalize o que as pessoas esperam que Yokoyama ofereça.

Enfim, antes que alguém pergunte qual o resultado da enquete que iniciei no ano passado, ela fecha em quatro dias e, até agora, está 50/50 com Galism tendo grande rejeição, ou a autora tndo grande rejeição e muito mais entre quem se identifica como mulher. De qualquer forma, isso é irrelevante, já que, como pontuei no primeiro parágrafo, a autora deve vender bem no Brasil. É isso que importa para a editora.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Comentando Black Bird #3: É bom ser surpreendida



Eu já comentei os volumes #1 e #2 de Black Bird. Acho um mangá simpático, mas estilo fast food. A trama básica com a menina, Misao, que vê youkais e cuja carne lhes dá imortalidade, o sangue confere incríveis poderes e o sexo pode conferir superioridade sobre todos os demais pode caminhar para a o repetitivo. E o volume começou assim, um pouco cansativo e pendendo para o dramalhão.

Misao agora sabe que ama Kyo, o tengu. Isso, claro, faz com que ela comece a desejar fazer amor com ele. Mas ela tem medo, algo perfeitamente normal. Só que um componente interessante foi incluído neste caso, não se trata do medo de donzela somente, e, sim, do temor de ter que abandonar sua família e amigos. Muitas heroínas de shoujo mangá, tanto os antigos, quanto os modernos, se mostram muito pouco apegadas à família. Há razões culturais e históricas para isso, mas é bom quando alguém parece tentar pensar para além de um clichê. Dito isso, Misao parece ter grandes possibilidades de desenvolvimento. Estou gostando disso e Black Bird ganhou alguns pontos a mais.

Segunda questão deste volume: Kyo desconfia que se fizer amor com Misao poderá lhe causar um grand emal ou mesmo matá-la. Um de seus vassalos, que já se enquadrou no perfil Ilbani de Anatolia Story, isto é, o conselheiro que tem visão política e fará aqui o que é necessário para que seu senhor chegue/mantenha o poder, aconselha que ele resolva a questão logo e que se dane Misao. Kyo, claro, recusa. Esse drama pode se tornar potencialmente chato. Essa história de “sexo é perigoso” pode ser metáfora para uma série de coisas, entretanto o recorte geralmente é conservador. Mas há um tal livro, o Senka Roku, que mantém registros de casos anteriores e do que aconteceu com a noiva humana.

O Senka Roku, no entanto, está nas mãos do inimigo, o youkai raposa que se mostra um canalha de marca maior. Eu não esperava, foi a primeira surpresa. Aliás, eu esperava que o irmão malvadão-bonitão do Kyo fosse o vilão oficial e ele nem dá as caras neste volume. Já a youkai cobra apaixonada por Kyo retorna. O nome dele á que é um problema: Kiyo. Eu realmente fiquei confusa com a arte e demorou para entender quem era quem em alguns quadros. A autora tem uma arte boa, mas precisa diferenciar melhor algumas personagens e usar nomes muito parecidos não ajuda muito.

A youkai cobra tem um irmão que, ao contrário de todos os youkais, não é bonito (*mas feio de shoujo mangá raramente é feio de verdade*). Youkais, segundo Kyo, precisam ser mais bonitos que os humanos normais. Mas o sujeito é bonzinho e acaba caindo nas graças de Misao, e nas minhas, também.

Momento mais engraçado do volume foi quando depois que o youkai raposa engana Misao, que tira o pendente que Kyo fez para protegê-la, atraindo-a para sua casa, o raposa é derrotado, e diz que entrega o Senka Roku (*Misao caiu na armadilha por causa dele*) para Kyo. Então, um dos seus vassalos diz que prefere tocar fogo no livro e em si mesmo para não entregá-lo. O raposinha diz que ele pode queimar o livro e se matar, porque ele fez backup em DVD e que daria à Kyo. ^_^ Mas depois explica que é uma versão "editada", só com as partes mais terríveis.

E a surpresa maior foi o final sanguinolento desse volume. Não esperava gente desmembrada e sangue para todo o lado neste tipo de série. Muito menos uma execução a sangue frio com a exigência de que a mocinha assistisse. Foi uma luta sangrenta e um desfecho no melhor estilo honra samurai. E não acredito que tenha volta. Morreu, acabou. E o sujeito, segundo Kyo, precisava morrer por ter ferido Misao e invadido a sua casa. Não vou dar mais detalhes, mas eu realmente acreditava que Black Bird seria diversão leve e só isso.

Demorei muito mais lendo este volume e ele não me decepcionou. Já disse que a trama do “sexo é perigoso” pode cansar, mas a autora mostrou que pode conduzir uma história sem decepcionar as leitoras. Se o shoujo top dos EUA é Vampire Knight, eu realmente tenho esperanças de que Black Bird, mesmo sem vampiros, arranque esse posto. Afinal, se a disputa é entre shoujo populares, sem grandes complexidades, Black Bird para mim está ganhando com folga.

Ranking da Oricon



Saiu o ranking da Oricon. Os mesmos dois mangás femininos no top 10 da Tohan. A colocação de Chihayafuru está, no entanto, mais para Taiyosha do que para Tohan.Não foi uma semana tão favprável quanto as anteriores, mas, ainda assim, o resultado foi bom para os josei, especialmente, pois três dos josei mais bem colocados na Taiyosha estão muito bem. Até esperava Mama Wa Tenparist, dada a popularidade que Akiko Higarashimura alcançou, mas não esperava Do.Da.Dancin'. Entre os shoujo o resultado foi pobre. Mas vamos esperar a próxima semana. O shounen de Yuu Watase, Arata Kangatari, aparece em 26º lugar no geral.

8. Chihayafuru #8
10. Strobe Edge #8
12. Mama ha Tenparist #3
18. Berry Berry #2
20. Ore-sama Teacher! #7
23. Orange Chocolate #3
28. Do Da Dancin'! Venetia Kokusai-Hen #7

quarta-feira, 24 de março de 2010

Live Action de Maria-sama Ga Miteru



Olha só que notícia legal e inesperada, Maria-sama Ga Miteru (マリア様がみてる) vai ter live action. A série de romances curtos (novels) Oyuki Konno já vendeu mais de 5.4 milhões de exemplares, teve quatro temporadas animadas, além de mangá. Segundo o ANN, o filme está previsto para o outono, não se sabe se será para cinema ou TV.

Drama CD de Kaichou Wa Maid-Sama como degustação do anime



Segundo o Comic Natalie, chegou hoje às lojas a edição da Lala com um Drama CD que serve de teaser para o anime que estréia no dia 1 de abril. Não tenho como dar certeza, mas acredito que o elenco de dubladores esteja todo no drama cd, com direito a entrevistas, também. Veja só que legal! Além disso, exposição de ilustrações de Hiro Fujiwara em vários pontos do Japão, a maior com 30 ilustrações e a menos com 6. Depende do tamanho da loja, acho.

Mei-chan no Shitsuji na França



Mei-chan no Shitsuji (メイちゃんの執事) é um dos shoujo mangá que mais recebeu atenção em 2009 no Japão. O dorama foi um sucesso e as vendas foram mega-alavancadas chegando em 4 milhões com 11 volumes lançados. Agora, segundo o Manga News, a Glénat francesa anuncia que a série vai começar a sair no Japão em 7 de julho com o nome de Mei's Butler. Trata-se do primeiro país a licenciar o mangá no Ocidente. Aliás, acredito que logo, logo, apareça também nos EUA. Podem anotar.
Corrigindo: o mangá já está licenciado na Itália, também, mas sem data definida para o lançamento. Obrigada, Laura!

Ranking da Tohan



Saiu o ranking da Tohan. E Chihayafuru melhorou uma posição, mostrando sua força. Essa série vai substituir Nodame como o josei de maior destaque, podem esperar. Já Strobe Edge manteve o sétimo lugar. Agora é aguardar o ranking da Oricon.

1. Fairy Tail #20
2. Diamond no Ace #20
3. One Piece #57
4. Hajime no Ippo #91
5. Chihayafuru #8
6. GTO Shonan 14 Days #3
7. Strobe Edge #8
8. Major #75
9. Kaiouki #43
10. Naruto #50

Ranking da Taiyosha



O ranking da Taiyosha saiu ontem, mas eu só tive tempo para terminar de arrumar agora. Quer dizer, tempo, eu não tive, estou roubando de outras coisas. No top 10 geral temos um josei, Chihayafuru em nono lugar e nenhum shoujo. Já dei uma espiada no ranking da Tohan e vi que ele está lá também, mas em quinto lugar. Falando em josei, metade do grupo ficou e Chihayafuru continua liderando, e deve ser com folga. Se eu tivesse que apostar em algum outro título no top 30 seria Mama Wa Tenparist que estreou esta semana junto com Do Da Dancin'!. Como eu queria que houvesse scanlations deste mangá! Já em shoujo, o topo ainda é Strobe Edge e nenhum dos mangás que estrearam conseguiu alcançá-lo. De resto, temos algumas estréias. Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru terá anime em breve.

SHOUJO
1. Strobe Edge #8
2. Berry Berry #2
3. Oresama Teacher #7
4. Orange Chocolate #3
5. 1=1 #9
6. Kairaishi Lin #10
7. Rasetsu no Hana #8
8. Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru #7
9. Momo #4
10. Kyou, Koi wo Hajimemasu #8

JOSEI
1. Chihayafuru #8
2. Mama Wa Tenparist #3
3. Do Da Dancin'! - Venice Kokusaihen #7
4. Kuragehime #4
5. Seito Shokun! Kyoushihen #20
6. Ohitorisama Monogatari #2
7. Pride #12
8. Shi to Kanojo to Boku Meguru #2
9. Wonder ! #10
10. Real Clothes #9

terça-feira, 23 de março de 2010

Autora de Yamato Nadeshiko ilustra CD do grupo New Roteka



Eu sou uma nulidade em música pop japonesa, mas precisava postar a notinha do Comic Natalie. Segundo este site, Tomoko Hayakawa, autora de Yamato Nadeshiko Shichi Henge(ヤマトナデシコ七変化) ilustrou o CD da banda New Roteka. Se entendi bem, o álbum se chama My Life Revolution.

Arabesque, clássico do shoujo de balé, é relançado



Como eu tenho o bunko no 1 de Arabesque (アラベスク), trata-se de um relançamento em edição definitiva (kanzenban) ou, talvez, em formato aizoban, já que 8 volumes viraram dois. O aizoban da Rosa de Versalhes, por exemplo, transformou 10 volumes em 2. Segundo o Comic Natalie, a edição de Arabesque tem ilustrações originais coloridas, além de um apêndice com informações, e cartões postais especiais. Enfim, é obrigatório para os fãs... Nem quero saber o preço!

Arabesque, apesar de ter iniciado em 1970, é considerado o mais importante shoujo mangá de balé até hoje e ajudou a projetar Ryouko Yamagishi. Confesso que tenho dificuldade em achar Arabesque melhor que Swan - Hakuchou (スワン-白鳥) de Kyouko Ariyoshi . A arte de Arabesque é bem primária se comparada com a de Swan, muito, muito mesmo. E como não sei de scanlations de Arabesque fica difícil comparar. Mas o fato é que eu pretendia colecionar Arabesque, peguei o volume #1 e vi que a arte era muito primária, como em outro mangá da autora, Shiroi Heya no Futari (白い部屋のふたり).

segunda-feira, 22 de março de 2010

No Japão a moda é o “uniforme de mentirinha”



O Japan Trends e o Japanator trouxeram matérias sobre uma moda que parece ter começado no Japão em 2002, o dos Nanchatte seifuku (なんちゃって制服), ou uniformes de “brincadeira”. Há todo um fetiche em torno do uniforme, que vai desde o gosto por usá-los até o seu uso para conseguir atrair parceiros amorosos e sexuais. Postei aqui uma matéria com meninas japonesas que reclamam que nas suas escolas não se usa uniforme e que isso seria fundamental para tornar a sua adolescência feliz. Enfim, a maioria das meninas japonesas usa uniforme e algumas escolas até permitem a estilização dos uniformes para torná-los mais atraentes, ou o uso de acessórios de marca, coisa que pelos regulamentos deveria ser proibida. Me pergunto se essas escolas não se importam de verem seu uniforme usado por não-alunas, ou vêem isso como propaganda. Há lojas que vendem uniformes de segunda mão para mulheres que até já passaram da idade de usá-los. Vide o plot do mangá Cosplay★Animal (コスプレ★アニマル), que terminou recentemente. A protagonista vestia uniforme colegial e se fingia de estudante para conseguir namorados em idade colegial.

Segundo as matérias as duas lojas mais importantes do setor dos uniformes de mentirinha, a tradicional Conomi, e a mais recente cecile. Mas elas não são as únicas, há outras lojas e usar uniforme sem precisar é uma moda. Alguns uniformes japoneses são bem simpáticos e as meninas ficam muito bonitinhas com eles, mas minha lembrança de uniformes no tempo de escola não é dos melhores. Eu hoje entendo a sua função, e não falo da anulação da individualidade dos meninos e meninas, mas da economia, mas ser obrigada a usá-los é muito ruim. Eu só gostei de um dos uniformes que usei em tempo de escola... e durou pouco, só um ano. Engraçado que o redator do Japanator, que é americano, mostra seu estranhamento em relação aos uniformes, já que as escolas públicas americanas não usam, e compara com o uniforme horroroso que é usado por seus primos australianos, que seria bom se fosse como no Japão, para eles. Eu volta e meia navego por páginas de colégios para ver uniformes e concordo. São bem feinhos os que eu vi.

Anatolia Story #28: O final, afinal!



Eu já terminei a leitura de Anatolia Story (天は赤い河のほとり) faz mais de um mês. Se vocês se lembram da resenha do volume 27, sabem que a série já tinha encerrado ali. Nakia derrotada, Yuuri vitoriosa e só faltava de fato o casamento e a coroação. Mesmo o gancho final, especialidade de Chie Shinohara, foi fraco. Nem a capa final foi Kail e Yuuri, logo o último volume da série! Dito isso, o final da série não me decepcionou, até porque eu já estava careca de saber como terminaria faz anos, mas o volume final foi somente mediano, muito aquem do que Chie Shinohara ofereceu ao longo dos outros 27 volumes. Mas o que temos nele? (Cuidado: a partir daqui você pode encotnrar algum spoiler!)

Ele inicia com o capítulo final. Kail pede Yuuri em casamento. Até aí, nada, o que ficou até ridículo foi Yuuri fazer draminha “Oh, você tem certeza que quer realmente casar comigo?”. Caramba, ela quase morreu várias vezes, liderou exércitos, matou e abandonou a sua própria família por esse homem, o cara está ali de joelhos e ela faz doce? Muito mau, Chie Shinohara deveria ter feito melhor. Aqui cabe um, porém: eu leio a edição americana e não confio muito na tradução. Ao longo da série houve censura e imprecisões em vários pontos e não tenho como afirmar com certeza que a tradução foi fiel.

Depois foi festa, anuncio de um rebento a caminho e coroação. Esquisito foi Shinohara terminar o capítulo falando da ruína do Império Hitita. Uma das coisas que eu amo em Anatolia é a pesquisa histórica que a autora fez. Só que ela realmente comprou a lorota que os egípcios contaram e acreditou que a Batalha de Kadesh foi o início do fim dos hititas. Só que já se sabe de um bom tempo que foi empate. E tem até uma piadinha no livro do Cartoon History of the Universe 1 do Larry Gonick em que a princesa hitita (*neta de Yuuri por sinal*) que casa com Ramsés II debochando das mentiras ufanistas do marido.

O resto do volume é somente gaiden. Um centrado em Kikuri, o mordomo de Kail, e contando o que eu já sabia, que ela tinha pego a personagem de uma fonte bem antiga, que é o primeiro manual sobre adestramento de cavalos. Kikuri seria o autor dela. Nesse volume damos uma olhadinha na vida de casado de Kail e Yuuri, seus filhos, o fato dela continuar a mesma guerreira de sempre. Ficamos sabendo também que Kikuri é estrangeiro e que casou com as duas gêmeas. O segundo gaiden foi a grande decepção. Ver Yuuri fazendo bobagem e sendo chamada à atenção pelo filho foi ridículo. Colocá-la mãe de quatro crianças e com aparência juvenil, idem. E a história da menina que se tornaria concubina do príncipe herdeiro não faria diferença. Em suma, foi a parte inútil do volume e a única parte da série que eu pegaria e jogaria fora.

E o último volume se fecha com Orontes no Renka, um gaiden que já tinha sido traduzido faz muito tempo, bem antes da VIZ licenciar Anatolia. Esse gaiden reforça a idéia da autora de que o Império Hitita estava balançando nas bases depois da batalha de Kadesh. E retoma algo que Ramsés I tinha dito lá atrás: Yuuri deveria ter uma filha para que se casasse com um filho seu. E o que vemos é uma neta de Yuuri sendo casada com o velho Ramsés II, neto do primeiro faraó com esse nome. É claro que as coisas não acontecem bem assim, mas não darei spoiler. Orontes no Renka merecia um desenvolvimento melhor, talvez uns dois volumes para que conhecêssemos bem as personagens e suas motivações. Mas foi só isso.

COMENTÁRIOS GERAIS SOBRE A SÉRIE

Daria uma nota 6 para este volume em especial e uma nota 8,5 para a série como um todo. Eu me apaixonei por Anatolia, passei a estimar Chie Shinohara, adorei a maioria das personagens, de Yuuri e Kail, passando por Ramsés e o Príncipe das Trevas, até chegar em Nakia. A pesquisa histórica foi primorosa e convincente, a arte mais que adequada, e a sensualidade na medida certa. A coragem de matar personagens adoráveis como o Príncipe Zananza também é digna de nota. Como foi triste aquela passagem... muito mesmo!

Seria difícil escolher meus momentos favoritos, mas a morte de Zananza, o volume do “toma que o filho é seu” com a Princesa Güzel, o início quando Yuuri consegue lutar e matar o gigante, todas as aparições do Príncipe das Trevas (*que começou jovem e depois virou um coroa enxuto*), quando Kail leva Yuuri ao túmulo de sua mãe e jura amá-la, a morte da Úrsula, a coragem de Hadi em enfrentar Kail para que ele não violente Yuuri (*Sim, isso ocorre*) e a bronca que ele toma de Ilbani depois, o final de Uhri e Nakia, a primeira aparição de Ramsés... São muitas passagens. Muitas mesmo.

Mas o que faltou em Anatolia Story? Uma das omissões foi a volta, ainda que temporária, de Yuuri ao presente, com Kail indo atrás dela, talvez. Ser uma menina do futuro foi pouco utilizado ao longo da série. Fez diferença em uma ou duas ocasiões, e foi só isso. Ela desistiu muito fácil da família, faltou sofrimento, faltou dor, uma dor, por exemplo, que a protagonista de Black Bird vem demonstrando diante da possibilidade de casar com um youkai e perder família e amigas. Ora, Yuuri estava 14 séculos distante dos seus e levou isso com muita tranqüilidade. Claro, que ela iria ficar com Kail, mas faltou alguma coisa a mais. Já vi gente acusando Yuuri de ser egoísta. Outro ponto relacionado à Yuuri é a resistência do senado hitita em aceitá-la como rainha. Depois de tudo o que ela fez e sendo avatar da deusa Ishtar, esse tipo de posição por tanto tempo foi inconsistente.

Outro ponto fraco da série é o uso inconsistente da magia, especialmente por Kail. Ele tem poderes, mas por questões éticas ou sei lá o que, só a usa em momentos muito específicos. Ora, se não é para usar, não precisa ter, ainda mais quando você tem uma inimiga como Nakia capaz de tudo. Se não fosse o Ilbani, uma das minhas personagens favoritas, Kail teria perdido o reino e a vida, senão a sua, pelo menos a de Yuuri. Se Kail era tão poderoso, tanto quanto Nakia, e estava ameaçado, deveria mostrar seu poder. O recurso foi subaproveitado. A parte “sua boca diz não, mas seu corpo diz sim” com Ramsés deveria ter sido evitada. Foi um recurso clichê dos que eu mais odeio.

É isso. Anatolia foi o mangá mais longo que eu já acompanhei e faria tudo de novo. É uma pena que a vIZ não tenha traduzido de forma confiável, é uma pena não ter Anatolia no Brasil, ou que o anime – que chegou a ser anunciado – não tenha saído. Mas quem sabe algo ainda acontece? Melhor não eprder as esperanças. O vídeo aí em cima eu fiz há muito, muito tempo, quando estava começando a usar o movie maker, mas ele fala da minha empolgação pela série e decidi colocar no post. É isso, quem quiser maiores informações, eu tenho uma página de Anatolia Story no Shoujo House.

domingo, 21 de março de 2010

Drama CD de Love So Life na Hana to Yume



Segundo o Comic Natalie, o mangá Kaizoku to Ningyo (海賊と人魚 –Piratas e Sereias) de Tatsuya Kiuchi chegou ao seu final. Esse mangá já teve Drama CD. Falando nisso, aliás, Kaede Kouchi retomou o mangá Love So Life (ラブ ソー ライフ) e junto com a retomada teremos o Drama CD e um brinde especial da série sobre a menina babysitter de duas crianças gêmeas na Hana to Yume.

Exposição marca o lançamento do Drama CD de Carnival



Segundo o Comic Natalie, para marcar o lançamento do Drama CD do mangá Carnival (カーニヴァル) de Touya Mikanagi haverá uma exposição de ilustrações especiais da série na Sanseido Culture da estação d eChiba. A exposição durará um mês e irá de 25 de março, data do lançamento do Drama CD, até 25 de abril. O mangá Carnival é publicado na revista Comic Zero-Sum que tem um recorte de fantasia, ficção científica, às vezes, com uma pitada de BL.

O domínio de qual assunto por uma garota te faria dizer "Oh"?


O site What thinks Japan volta e meia publica umas pesquisas curiosas. Esta me parece – e ao webmaster de lá, também – carregada de sexismo e estranheza. A pergunta foi algo como “O domínio de qual assunto por uma garota poderia impressioná-lo?”, na verdade, te faria dizer “Oh!”. Enfim, entre os dias 22 e 23 de janeiro de 2010 um grupo de 1.102 pessoas foram entrevistadas pela internet. Dentre os entrevistados, 52.7% eram mulheres (!!!),12.6% eram adolescentes, 18.4% na casa dos vinte, 27.9% na casa dos trinta, 25.5% na casa dos quarenta, 9.3% na casa dos cinqüenta, e 6.3% com sessenta anos ou mais. Agora, me pergunto por que conhecimentos de História seriam de causar espanto, ou de shounen/seinen mangá quando todo mundo sabe que a mulherada lê e ajuda a sustentar a Jump e outras revistas. E animes de robô? Eles são os favoritos das garotas. Estou postando pela curiosidade e pelo ridículo da coisa mesmo... :P

** Personal digital assistants

Me perguntaram no Formspring 2



Já tinha feito um post anterior com perguntas do formspring. Selecionei algumas outras, dentre as mais recentes, e trouxe para cá. Espero que valha a leitura. Muitas das perguntas do que me fazem no formspring renderiam uns bons posts ou podcasts.
Se você pudesse escolher 5 shoujo (ou josei) mangás para serem publicados no Brasil, quais você escolheria? Por quê? Kadu

Um... vamos tentar escolher somente 5:

Mars de Fuyumi Souryou – tem uma trama bem construída, personagens humanas e realistas. Mesmo que as protagonistas sejam adolescentes seus dramas tocam os adultos, também. Acredito que faria muito sucesso.

Waltz wa Shiroi Dress de de Chiho Saito – é meu mangá preferido da Chiho Saito, tem personagens bem interessantes e uma ambientação histórica consistente, ainda que não realista. Além disso, é uma série carregada de romantismo sem exagerar. As fãs de romance Harlequin poderiam gostar.

Kimi wa Pet de Ogawa Yayoi – tem humor, uma história dinâmica e moderna, a arte é muito boa (*ainda que a autora hoje esteja desenhando ainda melhor*) e tem uma protagonista com personalidade. Fora o Momo que é uma fofura. Acredito que faria sucesso.

Midnight Secretary de Ohmi Tomu – tem uma história interessante que combina drama e humor, as personagens são simpáticas, há certo clima de mistério. É sexy sem cair na pornografia. E, sim, vampiros vendem.

Orgulho & Preconceito de Reiko Mochizuki – agora que a série da BBC saiu por aqui e anunciaram Orgulho & Preconceito, e Zumbis, acho que seria boa pedida lançar o mangá baseado no livro de Jane Austen. Não é uma obra-prima, mas adapta bem o livro. Fora isso, vi a histeria em torno das scans que fiz e sei que as fãs do livro iriam se interessar.

Se você fosse uma editora de uma grande editira e tivesse que escolher 5 shoujo (ou josei) mangás para publicar, mas o retorno financeiro fosse essêncial e as obras tivessem que ser recentes (mais ou menos de 2000 em diante), quais você escolheria?

Se que quisesse dinheiro? Só dinheiro? Sem nehuma preocupação com conteúdo ou ética ou valores ou qualquer coisa? Pegava steamy shoujo, nem vou citar títulos. Pegava material da Kayono (*que eu aprecio*), Miki Aihara, Minami Kanan, Aoki Kotomi. E du-vi-do que não iria vender.

Valéria, o que você acha do Miyazaki? O que você pensa sobre Nausicaä? O que você acha das personagens femininas do Miyazaki?

Eu acho que o Miyazaki mostra que mulheres podem ser personagens de ação e ainda consegue fazer dinheiro com isso. Eu gosto muito dos trabalhos dele, gosto, na verdade, do material da Ghibli. a preocupação ecológica, a sensibilidade, a forma como constrói as personagens, a visibilidade que dá às mulheres. Pegue um Kiki, é a típica história de amadurecimento que no Ocidente teria um menino como protagonista, a Ghibli faz diferente.

Adoro a Pixar, mas não fizeram até hoje um desenho protagonizado por uma mulher, menina ou fêmea de qualquer espécie. Quanta diferença em relação ao Miyazaki!

O que lhe chamou a atenção em Nodame e o que tem em Nodame , que é de Nodame, quero dizer que não é copiado de nenhuma outra obra do gênero?

Nodame é legal e simpático, me faz rir com o canto da boca, gargalhar raramente, quase chorar às vezes. Isso me basta. Tem também citações de obras que eu amo, como A Rosa de Versalhes, Touch, Glass Mask, O Túmulo dos Vaga-Lumes. Não leio nada procurando por algo absolutamente genial e único, sei que se encontrar algo assim nos dias de hoje será muito mais pela minha ignorância da imensa produção japonesa do que por méritos de uma obra. Então, já aviso que eu não me sinto capacitada a dizer que tal coisa/persoangem/cena "[...] não é copiado de nenhuma outra obra do gênero". Não tenho conhecimento para avaliar essas coisas, nem a pretensão de julgar esse tipo de questão.

Não sei se sou só eu que tem esa impressão. Mas você não acha que, as vezes, parece que as editoras de mangá tem "medo" de contrariar os leitores otakus hardcore?

Sinceramente, não. Acho que as editoras estão abrindo bem o leque, ou, pelo menos, a Panini o faz. A JBC investe no que é sucesso ou em títulos desconhecidos que podem ser sucesso. Não vejo essa influência dos otakus hardcore, não. Vejo, sim, muita gente que fala e pede, mas que não deve comprar os mangás quando eles saem aqui. Gente que critica as editoras, coisa que eu também faço, mas pega os mangás nacionais, scaneia e coloca na net ou vive atrás deles. Algumas dessas pessoas volta e meia me procuram ou percebo que chegam ao Shoujo Café em busca de scans de material que está saindo aqui.

Valéria você sabe onde posso encontra romances harlequin comics para ler online? Beijos

Tente o e-Manga, mas tem que pagar.

Quais são suas personagens favoritas?(no geral, não só em animes e mangás) by DestroyedHeart

Um... Sherlock Holmes, Sr. Spock, Drácula, Garak de DS9, Oscar da Rosa de versalhes, Utena, André da Rosa de Versalhes, Kaoru no Kimi de Dear Brother, Jo de Little Women, Lizzie e Mr. Darcy de Orgulho e Preconceito, Emma de Emma, Anne Elliot de Persuasão, Coronel Brandon de Razão e Sensibilidade, Snape de Harry potter, Erminia de Paros no Ken, Jane e Mr. Rochester de Jane Eyre... Há outros, mas basta, não é?

Riyoko Ikeda pode ser considerada a maior artista shoujo de todos os tempos?

Essa história de "maior artista de todos os tempos" geralmente não se sustenta. Ela produziu, sim, um dos mais importantes mangás, nem se trata de somente shoujo mangá, de todos os tempos, pela sua influência, pelas citações, pela perenidade, e ajudou a revolucionar o gênero shoujo nos anos 1970. Há uma grande dívida com Riyoko Ikeda, mas não daria a ela esse rótulo de "a maior artista shoujo de todos os tempos".

vc acha que a alguma editora brasileira ja tenha condições de lançar revistas que publiquem capitulos de mangás semannalmente? uma shonen e uma shoujo de preferencia, ou uma mista

Condições, acredito que, sim. Semanal, eu duvido. Aliás, no Japão não existe revista shoujo semanal faz mais de uma década. Se seria interessante e se venderia, aí já não sei. Vou ser franca, eu não compraria uma revista coletânea, a não ser que ela oferecesse mais que os mangás.

O que vc acha de historias como Merupuri, onde ela tem 15 e ele apenas 7 anos? O fato dele aparecer a maior parte como adulto não acaba ocultando a verdade e os leitores assim aceitam o romance?

Merupuri é um negócio tão vazio de interesse para mim que li e deletei boa parte da história. Mas se me lembro bem, o cidadão ficava em corpo de adulto boa parte do tempo. Pode ser disfarce? Pode. Mas a moça não estava se agarrando com um garoto de 7 anos. Pegue Negima e temos um garoto com moças mais velhas que ele; pegue Loveless e temos um adulto flertando com um menino de 12 anos e querendo tirar as suas orelhinhas extras (*i.e., a virgindade do moleque*).

Mas eu não consigo desgostar de séries como Please Save My Earth, porque uma moça de 16-17 termina descobrindo que sua alma gêmea reencarnou em uma criança de 7 anos e decide esperar que ele cresça. Não consigo MESMO. Sabe por que? Porque não há MOE, não há fanservice, nem forçação de barra, mas um roteiro consistente e personagens que te convencem em seu drama.