domingo, 31 de outubro de 2010

Voto em Dilma não porque ela é mulher, mas porque eu sou mulher



Meu post eleitoral hoje não está aqui, pois teria que ser político-partidário mesmo; o outro, no 1º turno, não precisou ser. Então, quem quiser saber meus motivos para votar em Dilma, ou, melhor dizendo, não votar em Serra, é só visitar o meu outro blog. Comentários somente lá, por favor! Só postarei alguma coisa, caso ela seja eleita, porque ter uma mulher presidente, e comentar isso, tem o mesmo peso que comentar a eleição de Obama e isso cabe no Shoujo Café.

Revista Kiss dá cartão de Ano Novo assinado por suas autoras



Se entendi bem o Comic Natalie (*estou em dúvida quanto a isso*), todas as autoras da revista Kiss e Kiss Plus, da Editora Kodansha, assinaram um cartão de Ano Novo que foi presenteado na edição de 25 de outubro. É o tipo de presente para guardar com todo o carinho. Ainda segundo a nota, as autoras participante foram as seguinte: Ninomiya Tomoko, Akiko Higashimura, Itou Risa, Yayoi Ogawa, Chiya Toriko, Tanikawa Fumiko, Hiura Satoru, Isoya Yuki, Umino Tsunami, Erisawa Seiko, Ozawa Mari, Ichikawa Youko , Kari Sumako, Kurihara Mamoru, Koyama Yukari, Tsubana, Nishimura Shinobu, Nishiyama Yuriko, Hinata Natsuo, Yonezawa Rika, Rokuhana Chiyo, Kuze Banko, KeiKei, Suzuki Yumiko, Tsuge Aya e Nonaka Nobara. Não tenho imagem do cartão, mas, de repente, ele aparece em algum fórum por aí.

sábado, 30 de outubro de 2010

Todas as Estradas levam ao Banho: O que os antigos romanos e japoneses atuais teriam em comum?



Thermae Romae (テルマエ・ロマエ) é um dos mangás de sucesso do momento e fala sobre uma paixão compartilhada por antigos romanos e japoneses atuais, os banhos públicos. O jornal Mainichi publicou uma matéria em inglês sobre o mangá com direito até a entrevista com o protagonista da história, o arquiteto Lucius Quintus Modestus, segundo o Comic Natalie. Eu só conseugi achar a primeira página, então, decidi traduzir assim mesmo. queria a continuação, pois o texto terminou meio que no ar. De qualquer forma, os mangá de Mari Yamazaki parece ser muito engraçado e bem doido.

Todas as Estradas levam ao Banho

Alguma vez você já pensou sobre o que os japoneses e os antigos romanos poderiam ter em comum?

Os ávidos leitores dos livros de Shiono Nanami responderiam “sim” e seriam capazes de citar algumas semelhanças, mas a questão nem seria levada em consideração pela maior parte dos japoneses.

Entretanto, isso começou a mudar quando a personagem de mangá Lucius Quintus Modestus, um arquiteto da Roma Antiga especializado em termas, começou a sua jornada pelo tempo até o Japão atual. Estranhamente, sua viagem da Roma do século II para o Japão do século XXI só se limita aos lugares relacionados com o banho, como o “sento,” as águas termais, e os banheiros das casas das pessoas.

A viagem temporal pelos banhos de Lucius foi reunida em um mangá, “Thermae Romae” por Yamazaki Mari, no final de 2009. O mangá conseguiu tamanha popularidade que três meses depois de sua publicação recebeu o "Manga Taisho 2010," baseado nos votos de vendedores de livrarias, e ganhou o Tezuka Osamu Cultural Prize na categoria de histórias curtas em abril. Além disso, o segundo volume parece ter vendido mais de 1 milhão e meio de cópias.

Como um resultado do sucesso do mangá, mais japoneses do que antes começaram a pensar sobre as similaridades entre os antigos romanos e eles mesmos. Para Lucius, a maior semelhança entre os orgulhosos romanos e a “tribo de cara achatada”, que é como ele chama os japoneses, é o amor pelos banhos e o entusiasmo e esforços investidos para criar um ambiente confortável para desfrutá-los.

Os antigos romanos que tinham fornecimento de água e um sistema moderno de encanamentos avançado para a sua época, amavam as “termas,” ou casas públicas de banho, tanto que praticamente toda ruína romana descoberta tem vestígios de um banho público. Fora um punhado de pessoas extremamente ricas tinhas seus próprios banhos em casa, pessoas de todas as classes – indo dos relativamente ricos até os escravos – utilizava os banhos públicos. O propósito do banho não era somente lavar os corpos, mas também relaxar, passando o tempo na banheira da mesma forma que os japoneses amam fazer. Este amor pelo banho compartilhado por antigos romanos e japoneses modernos pode parecer ultrapassado, considerando que nos países ocidentais modernos as casas de banho não gozam da popularidade que eles têm no Japão. (Continua?)

Recomendação: Mateus, o Balconista



Não sei como esbarrei nesta série que foi feita para celulares pela Oi TV, ma so fato é que passei um bom tempo agora pela manhã assistindo episódio depois de episódio no Youtube. Acho o Mateus Solano um grande ator, excelente mesmo. Vê-lo atuando era a única coisa que me fazia olhar um pouco para a última novela das oito do Manoel Carlos. Agora, essa pequena pérola. Mateus, o protagonista, é fã de Tarantino e atendente de uma videolocadora no bairro do Humaitá (*em um episódio da 3ª temporada, por acaso sobre racismo, isso é dito*) e passa por todo o tipo de situação inusitada... A inspiração, para mim, é óbvia, o filme O Balconista (The Clerks), que é muito bom. E eu, que trabalhei atendendo clientes na Credicard, entendo bem o que ele passa... :) Enfim, eu recomendo. Saiu em DVD e acabei encomendando o meu, porque um bom trabalho merece ser prestigiado.

Livro de Monteiro Lobato pode ser banido por racismo



Hoje me deparei no Jornal O Dia com a seguinte matéria “Livro de Monteiro Lobato pode ser banido por racismo”. Segundo a matéria,
O Conselho Nacional de Educação (CNE) quer proibir nas escolas públicas do País o livro ‘Caçadas de Pedrinho’, um clássico da literatura infantil escrito por Monteiro Lobato. Os 12 conselheiros do órgão acataram por unanimidade denúncia da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, que considerou a obra racista. Conforme parecer do Conselho, o racismo estaria na abordagem da personagem Tia Nastácia e referências a animais, como urubu e macaco.
OK, eu não tenho dúvidas de que o livro tem passagens racistas, ou que a própria estrutura do Sítio do Pica-Pau Amarelo, como a Tia Nastácia trabalhando sem que se fale – que eu me lembre – em remuneração, se remeta à questão dos agregados e à escravidão. No entanto, quando foi escrito o livro? O livro é de 1933! Por que não deixar que os professores desmontem o racismo do livro em discussões com seus alunos e alunas? Que chance perdida de se ensinar, como diz a matéria, História do Brasil, e de se questionar as representações sociais sobre os negros e a "democracia racial" na literatura. Enfim, essas coisas realmente me dão um desânimo danado, sabe? É mais fácil censurar. Tempos atrás, nos Estados Unidos, houve uma discussão semelhante sobre Huckleberry Finn, de Mark Twain. Alguns queriam banir o livro das escolas por seu conteúdo racista. Mas o livro era do século XIX...

Veja bem, não estou negando o racismo. Ele está lá. Estou apontando o caráter anacrônico de certas medidas e a proposta de censura, ao invés da discussão. Qual o sentido da educação, afinal? Será que a obra de Monteiro Lobato é daninha? Eu não acho. Li pouco dos livros, mas cresci assistindo o seriado da Globo de 1977. Amava a Tia Nastácia de Jacyra Sampaio, que não era a única personagem negra, porque tínhamos o Malasarte e o Tio Barnabé. Não creio que Lobato escritor ou sua tradução para a TV tenham nos tornado mais ou menos racistas, aliás, eu aqui, que fui formada com este material, estou refletindo sobre a questão. Sempre me ofendi muito com as novelas, por exemplo, do Manoel Carlos, com seu racismo rasgado e romantizado, seus pobres idiotizados, suas empregadinhas (*negras e mestiças em sua maioria*) seduzidas ou sedutoras. Pobre do Monteiro Lobato... E pobres das crianças se forem simplesmente privadas de lê-lo.

Não acredito que o racismo vá acabar, porque escondemos um livro com trechos racistas. Talvez o racismo termine se discutirmos o problema e criarmos políticas para combatê-lo. Censurar livros, sem levar em conta quando e por quem foram escritos, claro, não é a saída. Nunca é. Curiosamente, raramente a mesma discussão é transferida para os livros misóginos, ou filmes misóginos, ou arte misógina. Sabe por quê? Negros também podem ser homens, mas, com as mulheres, quem é que se importa? Nós somos "o outro" sempre. E, repito, não estou defendendo a política ou negando o racismo, só tentando apontar o que me parece ridículo em toda essa situação.

Reiko Okano estréia novo mangá na revista Melody



Segundo o Comic Natalie, em dezembro (*acho que entendi a data direito*) será lançado o novo mangá de Reiko Okano, Onmyouji: Tamatebako (陰陽師 玉手匣(たまてばこ)), prequel do mangá Onmyouji (陰陽師). Se entendi direitinho, na edição de estréia a capa será de Onmyouji e as leitoras receberão um calendário da série de brinde. Nesta edição da revista Melody também teremos brindes de Ōoku (大奥), de Fumi Yoshinaga, para comemorar o lançamento do filme. Além disso, Kuro Tsubaki (玄椿), de Masumi Kawasou, entrou na sua reta final.

Lançado o volume #46 de Glass Mask



Como prometido, ontem, dia 29 de outubro, chegou às lojas japonesas mais um volume de Glass Mask (ガラスの仮面), foram dois com a diferença de pouco mais de um mês. Espero que Suzue Miuchi não me pare esse mangá e conclua tudo até o volume #50... NO MÁXIMO! Eu não entendi bem a notinha do Comic Natalie, mas vamos lá! Enfim, o mangá retorna à Betsuhana em 26 de novembro e haverá calendário e apêndice de Glass Mask nessa edição. Parece que o calendário é com o Masumi… Estou quase encomendando essa edição na Fonomag! Ah, sim! Vi na página da Betsuhana que foi lançado um fanbook de Shitsuji-sama no Okiniiri (執事様のお気に入り). A série parece estar fazendo muito sucesos no Japão.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ranking da Oricon



Eis o último ranking da semana, o do Oricon. A diferença em relação aos outros top 10 é que há dois shoujo entre os dez mais vendidos e que Saiunkoku Monogatari está entre os dez shoujo mangá mais vendidos da semana. Ele nao aparecia no top 10 da Taiyosha, por exemplo. De resto, nenhum josei entre os 30 e nove shoujo entre os mais vendidos. Uma boa semana, vamos ver se na semana que vem o volume #46 de Garasu no Kamen puxa o volume #45 para os 30 mais vendidos.

1. Skip Beat! #26
10. Shitsuji-sama no Okiniiri #9
12. Boku o Tsutsumu Tsuki no Hikari #9
13. Love So Life #5
21. Good Morning Kiss #6
25. Kimi ni Todoke #12
28. Seiyū ka—! #4
29. Saiunkoku Monogatari#6

Sete volumes de Kimi ni Todoke atingem 1 milhão de cópias vendidas



Segundo o ANN, Kimi ni Todoke (君に届け), mangá de Karuho Shiina, conseguiu, pela sétima vez consecutiva vender mais de 1 milhão de cópias de um de seus volumes. O volume 12 foi também o que mais rápido atingiu a marca do milhão. A marca foi atingida em 5 semanas e todos os volumes da série se encontram entre os 100 volumes de mangá mais vendidos do ranking do Oricon (*toda semana eles liberam as 30 melhores vendagens*) em setembro. Ano que vem, vocês sabem, tem mais anime e o filme baseado no mangá está nos cinemas japoneses desde 25 de setembro. (*Falando nisso, fizemos um Shoujocast sobre shoujo e josei mangá no cinema. Você já ouviu? O link é este aqui, ó!*) Apesar de não ser fã da série, motivo pelo qual ela não e muito comentada aqui, Kimitodo é uma série shoujo que foi além do seu público alvo e conta com muitos fãs do sexo masculino, mesmo no Japão.

DVDs de Kuragehime já tem data de lançamento no Japão



O anime de Kuragehime mal estreou e já temos informações sobre o lançamento em DVD e Blu-Ray. :) Segundo o Comic Natalie, o primeiro volume de quatro sairá no dia 28 de janeiro de 2011 e trará uma pelúcia de Clara, a água-viva. (*veja imagem no post do review dos dois primeiros episódios da séire*) Não entendi muito bem a notícia, mas acho que sairá um box com os quatro volumes. De qualquer forma os brindes previstos com os DVDs são um booklet; ilustrações especiais feitas pela autora, Akiko Higashimura; biografias das personagens; entrevistas com o elenco e o diretor; e episódios especiais do anime (*será que é isso mesmo?*). Enfim, deve ser mais ou menos isso. ^_^

Comentando os dois primeiros capítulos de Kuragehime



Acabei de assistir os dois primeiros episódios de Kuragehime, baseado no mangá de mesmo nome de Akiko Higashimura. Como é material do Noitanima, eu já sabia que havia 99% de chance de ser muito bom, e não me decepcionei. A abertura do anime, cheia de referências nerds e de cinema já é um espetáculo, vai ficar na história! Temos Guerra nas Estrelas (Star Wars), Cantando na Chuva, Mary Poppins, Contatos Imediatos do 3º Grau, A Primeira Noite de um Homem. No primeiro episódio há, também, uma referência à Heide, anime clássico dos anos 1970 baseado em um famoso livro infanto-juvenil. A animação dos primeiros dois episódios é de grande qualidade, ou seja, investiram dinheiro na série.

Para começar, a idéia de uma protagonista, Tsukimi, apaixonada por água-vivas é bem original e maluca... Afinal, água-vivas ou medusas, podem até ser bonitas, mas são bem perigosas. Mas a protagonista só vê beleza nelas e desenha todo o tipo de água-vivas. Tsukimi queria ser uma princesa e vive se desculpando com a mãe, já morta, por ter se tornado somente uma otaku. Ela é desenhista e tem muitas imagens de água-vivas pelo seu quarto. Ela desenha como são na natureza, elas são mostradas assim no anime, mas tem bichinhos de pelúcia estilizados e, quando olha para elas, as vê fofinhas, também. Tipo as bactérias de moyashimon.

Além de Tsukimi temos um elenco de mulheres otakus/nerds que moram em uma república, uma espécie de irmandade chamada AMARS. Há aficionada por samurais, a fanática por trens, a especialista em roupas de bonecas, a super-tímida que freqüenta butlers café (*ela é fã de alguma coisa... mas não entendi bem o que... acho, pela abertura, que ela curte homens mais velhos... enfim...*). As figuras têm uma aparência muito engraçada, especialmente Banba, a fanática por trens e que tem a capacidade de identificar carne vermelha de grande qualidade. E a misteriosa mangá-ka BL reclusa e de hábitos noturnos e que não apareceu ainda, mas exerce sua influência sobre o grupo. É uma espécie de mentora. É ela que proíbe terminantemente que algum homem possa alugar quartos na república. E quem trouxer um homem para lá, como Tsukimi descobrirá, merece a morte! O grupo de garotos forma uma irmandade que faz analogia com um mosteiro feminino budista: são virgens, não têm namorados, travam perto de pessoas estilosas (homens ou mulheres). A própria Tsukimi não fala com um homem, fora seu próprio pai, desde o ginasial.

Mas Tsukimi precisa salvar uma água-viva – que ela chama de Clara (Kulala) – de um aquário onde está com uma outra espécie que pode matá-la. Ela precisa falar com o funcionário, mas é um homem bonito e estiloso... Ela trava, se esforça, mas o rapaz acaba se estranhando com ela, afinal, trata-se de uma otaku! É aí que aparece uma “princesa”, uma inda mulher, que coloca o sujeito no seu lugar e Tsukimi sai com a sua água-viva. Aliás, ela se chama Clara pro causa da personagem de Heide... Vai entender? Enfim, a “linda mulher”, do tipo que Tsukimi lamenta não ter se tornado, desaba na cama dela. E, no outro dia, o que ela encontra? Um lindo bishounen, só de cueca, no seu quarto. Choque! ^_^ A partir daí, o anime deslancha.

O segundo capítulo se centra em como tirar o sujeito do quarto, no fato de Tsukimi estar meio-apaixonada por ele (*que diz não ser gay, drag queen ou travesti, só gosta de se vestir com roupas feminas*), na descoberta de que ele é filho de um poderoso ministro e que se dá mal com o pai... e, claro, no fato do sujeito voltar, vestido de mulher (*já que ela disse que homens são proibidos*), para se socializar com as moças. E, claro, no início não dá certo... enfim, se puder assistam!

Kuragehime é um material muito criativo. Como não tem scanlations, não sei o quanto o anime é fiel, aliás, agora com a série de TV, os fãs devem se mexer para traduzir o mangá. Acredito que a série não consiga cobrir os cinco volumes de mangá que temos até agora. Se fizer sucesso, talvez tenhamos um efeito Nodame, com dorama ou filme, talvez mesmo a continuação do mangá. Como autora, Akiko Higashimura, está em evidência, acredito que seja uma grande possibilidade. Fora o fato do mangá ser muito simpático mesmo. Eu queria a Clara de pelúcia.

Ranking da Tohan



Agora, vamos ao ranking da Tohan para tirar o atraso. O topo d alista, já tinha avisado, é Skip Beat! Único shoujo, mas em posição de honra, na frente da CLAMP. Mas vou dar destaque para um seinen BL (shounen-ai). Ah, acham que não existe? Aí está Kinou Nani Tabeta? da Fumi Yoshinaga para provar. ^_^ É por isso que eu digo que qualquer coisa pode ser seinen. Enfim, da semana passada são poucos sobreviventes e Siamond no Ace não conseguiu emplacar os primeiros lugares.

1. Skip Beat! #26
2. XXXHolic #18
3. Kekkaishi #31
4. Fairy Tail #23
5. Shijou Saikyou no Deshi Kenichi #40
6. Ahiru no Sora #29
7. Kinou Nani Tabeta? #4
8. Giant Killing #17
9. Zettai Karen Children #23
10. Diamond no Ace #23

Ranking da Taiyosha



Postando bem atrasado o ranking da Taiyosha. Aliás, se tuiver fôlego, hoje posto um montão de coisas... Enfim, no topo da lista geral, aliás, no topo de todos os rankings dessa semana, Skip Beat! Não leio o mangá, não gostei do início, mas o pessoal ama a série que parece não se esgotar mesmo com 26 volumes. Muito bem, na lista de shoujo, quase tudo mudou, os resistentes são Kimi ni Todoke e Good Morning Kiss. Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru teve anime e tem um recorte meio BL, mas é shoujo mesmo. Jiujiu é um mangá sobre uma irmandade de assassinos. Não vi nada da série, mas parece ter um traço bem alternativo, a julgar pela capa. Em josei, saem os Harlequin e entram todos os volumes de Kuragehime. Já não era sem tempo, aliás. O anime está uma graça. De resto, Heavenly Kiss deslocou o topo do ranking e a outra estréia é Bokura wa Minna Shinde Iru ♪. Dessa última série, eu não sei nada...

SHOUJO
1. Skip Beat! #26
2. Boku wo Tsutsumu Tsuki no Hikari #9
3. Shitsuji-sama no Okiniiri #99
4. Love So Life #5
5. Seiyuu Ka-! #4
6. Kimi ni Todoke #12
7. Good Morning Kiss #6
8. Jiujiu #3
9. Kyou mo Ashita mo 。#7
10. Uragiri wa Boku no Namae o Shitteiru #8

JOSEI
1. Heavenly Kiss #6
2. Seito Shokun! Kyoushihen #22
3. Usagi Drop #8
4. Kiss & Never Cry #9
5. Kuragehime #5
6. Kuragehime #3
7. Kuragehime #2
8. Kuragehime #1
9. Kuragehime #4
10. Bokura wa Minna Shinde Iru ♪ #1

Nova imagem do filme de Paradise Kiss



Um... Mal posso esperar...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Patrulha Estelar sai do anime e voa rumo ao cinema em dezembro



Olha, não acredito, não acredito MESMO, mas saiu no Correio Braziliense a notinha repetindo o que já estamos sabendo: o filme de Patrulha Estelar estréia em 1º de dezembro no Brasil. Se estrear, estou lá na primeira sessão, mas, até lá, permaneço cética. Segue a notinha do principal jornal de Brasília.

Patrulha Estelar sai do anime e voa rumo ao cinema em dezembro

A longa série de anime Patrulha Estelar , criada em 1974 por Leiji Matsumoto e exibida pela Rede manchete nos anos 1980 vai chegar aos cinemas do Brasil no dia 1° de dezembro. Na ficção, a equipe do navio de guerra espacial Yamato parte para o planeta Iscandar com o objetivo de adquirir um dispositivo que pode curar a arruinada Terra. O elenco conta com os atores Tsutomu Yamazaki, Takuya Kimura, Koyuki (I), Teruyuki Kagawa, Meisa Kuroki.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Boas notícias: Fansuber decide concluir projeto "Ace Wo Nerae"



Eis uma excelente notícia para encerrar o meu dia, o grupo BlueFixer Subs anunciou que pretender concluir a legendagem da série original de Ace Wo Nerae! (エースをねらえ!). A primeira série, baseada no mais famoso dos shoujo mangá de esportes, é de 1973-74, tem 26 episódios, e contou com a direção de Osamu Dezaki. Para se ter uma idéia, as Technogirls começaram a legendagem quando eu nem era casada ainda. Cheguei a encomendar um dos DVDs delas. Sim, na época da internet à lenha, vinha pelo correio e tudo mais. Elas faziam um trabalho primoroso, cheio de notas, tradução perfeita. Depois, o ILA Fansubs assumiu o projeto, levaram até o episódio 17 e pararam. Agora, o BlueFixer Subs já fez até o episódio 21. Na página do grupo há links para donwload de todos os episódios feitos até agora.

Ace Wo Nerae é uma das minhas séries favoritas. Os acordes iniciais do Shoujocast foram tirados da música de abertura da série. Ace Wo Nerae teve ao todo duas séries para a TV (*51 episódios*), um movie animado, duas séries de OAVs (*25 episódios*) e um dorama. O mangá original de Sumika Yamamoto teve 18 volumes. Eu tenho a edição bunko aqui em casa. O anime mudou algumas coisas, mas, no geral, é bem fiel. Ace Wo Nerae é citado em vários animes, como Gunbuster Top Wo Nerae (*homenagem até no título*). Eu não vi Prince of Tenis todo, mas duvido que não tenha menção à Ace Wo Nerae nessa série. Eu até pensei que a técnica dos garotos poderia ser a Ranko Midorikawa, mas me enganei. Eles perderam a chance de uma homenagem e tanto. Ah, sim, e a Reika Ryūzaki (Ochōfujin), volta e meia ainda aparece em pesquisas sobre as personagens mais bonitas dos animes e mangás. Se puder assistir Ace Wo Nerae, não perca, porque vale a pena.

Ranking do New York Times



Meio atrasado, eu sei! :) Mas aí vai o ranking americano da semana passada. Hetalia recupera uma posição, o topo da lista, com Black Bird em segundo, se mantém. O shoujo Dengeki Daisy, que deixei passar na semana passada, ainda permanece entre os dez. Alice retorna, o que indica que estava na periferia do top 10 este tempo todo. E, pasmem, um volume de One Piece resistiu por duas semanas. Mas caiu posição. Então, é muito cedo apra dizer que a série emplacou nos EUA. Muito, mesmo!

1. Naruto #49
2. Black Bird #6
3. Hetalia - Axis Powers #1
4. Yu-Gi-Oh! GX #5
5. Maximum Ride #3
6. Inuyasha #53
7. One Piece #55
8. Bleach #32
9. Dengeki Daisy #2
10. Alice in the Country of Hearts #4

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Calendário Escolar e Artbook de Hetalia lançados simultaneamente no Japão



Segundo o Comic Natalie, em fevereiro próximo (*notícias tão longínquas esses dias*) será lançado o Himekuri Hetalia School Calendar (日めくりヘタリア スクールカレンダー) ou Calendário Escolar Diário de Hetalia e, no mesmo dia, sai o Artbook de Hetalia com o nome de Hetalia Axis Powers Gashuu (Kari) (ヘタリア Axis Powers 画集(仮) ). As reservas (pre-order)começam agora e seguem abertas até 30 de novembro. Isso quer dizer que acredita-se que o calendário, pelo menos, se esgote até então. A popularidade de Hetalia é muito grande. O preço de ambos, se entendi bem, ficará por volta de 1995 ienes. Para quem não sabe, o mangá de Hetalia está para sair aqui no Brasil pela editora NewPop.

Livro de contos de Fada de Hagio Moto publicado no Japão



Segundo o Comic Natalie, dia 27 de outubro chegará às livrarias o livro Gin no Fune to Aoi Umi (銀の船と青い海), com o título em inglês Silver Ship and Blue Sea. Se entendi bem, não é uma coletânea de mangás, mas contos de fada ilustrados, escritos pela autora desde os anos 1970. Alguns dos 28 contos (*tem a lista no Comic Natalie*) nunca foram publicados. A matéria ressalta que o livro é uma oportunidade de apreciar a bela arte de Hagio Moto, pois são mais de 50 ilustrações feitas, principalmente, com aquarela.

Jane Austen vira notícia "de novo"



A Adriana Zardini do site JASBRA (Jane Austen Sociedade do Brasil) fez uma matéria muito interessante chamada "Jane Austen não sabia escrever?". O objetivo do post é discutir uma série de matérias com título sencacionalista que desqualificavam Jane Austen como autora. Motivo? Ela teve um editor que, talvez, tenha feito "correções" ao seu inglês. Enfim, é para isso que editores servem, também. Mas dentro do saco de gatos que foram as tais matérias, houve uma que era um primor "Jane Austen, na verdade, era homem". E, de novo, voltamos ao esforço para mostrar que, uma das maiores mulheres escritoras, era medíocre e, claro, toda a sua "grandeza" foi fruto da ação masculina. Alguém gritou misoginia? Pois é, eu até tinha feito um post aqui chamado "Jane Austen era mulher, mesmo?" ou Por que Muita Gente Acha que Autoras de Sucesso são Homens Disfarçados? Parece até disco quebrado... Mas, enfim, leiam o texto da Adriana que é muito bom. O do Jane Austen's World (em inglês) sobre a mesma questão também ficou ótimo.

Shinrei Tantei Yakumo tem booklet na revista Asuka



Shinrei Tantei Yakumo (心霊探偵八雲) ou Psychic Detective Yakumo é o anime shoujo mais importante da temporada (*acabei de baixar o primeiro episódio que estreou no início de outubro*), derivado de light novel, ele também tem mangá publicado na revista Asuka. Pois bem, segundo o Comic Natalie, a edição da revista Asuka veio com um booklet da série chamado Yakumo Walker. No booklet há entrevistas, FAQ da série, imagens especiais, etc.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Drama CD de Suki-tte Ii na yo em janeiro



Se entendi bem o Comic Natalie, no dia 13 de janeiro de 2011 será lançado o volume 6 do mangá Suki-tte Ii na yo (好きっていいなよ。), de Kanae Hazuki . Além da edição normal, haverá uma edição especial com um Drama CD. O preço da edição especial ser de 1950 ienes e ela já tem página oficial. Eu não li nada desta série, que é publicada na revista Dessert, mas sei que ela faz muito sucesso e sempre aparece nos rankings de vendagem.

domingo, 24 de outubro de 2010

Shoujocast #30 no Ar: Nossos Professores Inesquecíveis


E chegamos ao nosso trigéssimo programa! O Shoujocast dessa semana é sobre professores da ficção, anime, mangá, filme, dorama, etc., além de contar causos do nosso tempo de escola. Neste programa contamos de novo com a participação da queridíssima Tanko, do Blyme Yaoi, que apresenta o Shoujocast comigo, Valéria Fernandes, e a Lina. Espero que vocês gostem. Se você quiser comentar, use o espaço do post, ou mande um e-mail para shoujocast@yahoo.com.br Para assinar o nosso feed, clique aqui. Se quiser baixar o nosso programa, clique neste link. Para ouvir o programa no próprio site, é só clicar no player abaixo:
 
Durante o programa, falamos de alguns filmes. Um deles, o do professor de matemática boliviano (*eu coloquei na cabeça que era colombiano*) se chama O Preço do Desafio (Stand and Deliver), o post do Dia dos Professores que eu fiz para o blog é este aqui. Dos filmes que citei lá, e foram falados no nosso cast, os disponíveis em DVD são Ao Mestre com Carinho, O Milagre de Anne Sullivan, Sociedade dos Poetas Mortos, O Clube do Imperador, A Escola do Rock, Mentes Perigosas, Nenhum a Menos e IF. Será que esqueci alguém? Os doramas citados foram Dragon Zakura (ドラゴン桜), Jyoou no Kyoushitsu (女王の教室), Gokusen (ごくせん) e GTO - Great Teacher Onizuka (グレート ティーチャー オニヅカ).

 

Aogeba Toutoshi é a música japonesa tradicionalmente utilizada para homenagear os professores e professoras. Ela foi comentada no cast. Eu adoro essa seqüência de Azumanga Daioh e eu chorei muito quando vi esse episódio a primeira vez, foi quando conehci a música. E, claro, a seqüência com a música de Ao Mestre com Carinho (To Sir With Love). Ah, sim! Conforme prometido, as fotos das canecas da futura promoção. Coloquei uma delas aqui, as outras vocês podem ver no meu Twipic. Para quem interessar, a Lina achou o site das canecas (*eu tinha perdido*), é o Nezumi Studio.

 
Ah, quem quiser adquirir um dos artesanatos que a Lina faz, é só visitar o Inverse Craft. Ela faz coisas muito fofas, como esses chaveiros de Moyashimon que ela me deu de presente. ^_^ E visitem o site da Lina, também. Eu acho que vale a pena. Agradecemos, também, aos meninos do Jcast pelo áudio que nos enviaram. Obrigada pelo carinho. E aceitamos o convite, sim! ^_^ E para quem quiser conhecer o trabalho da Natania, o blog dela se chama Gibiteca.com

Ranking da Oricon



Semana um pouco magra para os shoujo mangá no ranking da Oricon, é verdade, mas, ao mesmo tempo, mostra o vigor de alguns títulos. Kimi ni Todoke permanece bem colocado, já o clássico Glass Mask resiste bem e, daqui a pouco, vem o volume seguinte e com a propaganda toda, acho que os volumes 45 e 46 ainda vão se encontrar em um top 30, pelo menos. Good Morning Kiss é uma seqüência do mangá Good Morning Call de Yue Takasuka. O primeiro sai na revista Cookie e o segundo saiu na Ribon. Mas acho que o destaque é Seito Shokun! Kyoshi-hen, continuação josei de Seito Shokun!, um dos mangás shoujo que eu mais gosto. A série atual pega a personagem de maior destaque no original e acompanha a sua carreira como professora. Aliás, a tradução do título básico “Seito, Shokun!” é “Atenção, Alunos!”. Seito Shokun! Kyoshi-hen teve dorama em 2007.

13. Kimi ni Todoke #12
14. Kinkyori Renai #8
17. Glass no Kamen #45
23. Seito Shokun! Kyoshi-hen #22
25. Good Morning Kiss #6

Elas cansaram de ser fãs... Época fala de jovens escritoras



Posto a matéria por curiosidade somente, já que fala de mulheres (jovens) escritoras. Agora, o curioso é que no infográfico só se fala de autores e personagens do sexo masculino. Eu conheço dezenas de livors criados por fás de Jane Austen, por exemplo, com mulheres e inspirados nas personagens da autora... e não somente no Mr. Darcy, que fique claro! Mas a matéria é somente silêncio sobre isso, não toca nem no Infográfico. Fora, claro, que as tais escritoras, se inspiraram em autoras, como J.K.Rowling e a Stephanie Meyer. Segue a notícia da Época.

Elas cansaram de ser fãs

Depois de ler todos os best-sellers, jovens autoras resolvem criar seus próprios romances
Danilo Venticinque

Com 18 anos recém-completados, a australiana Alexandra Adornetto tinha tudo para ser uma típica fã de romances juvenis, daquelas que dividem seu tempo entre as aulas, as amigas e as páginas de Crepúsculo e Harry Potter. Mas dois detalhes a tornam muito diferente: um lugar na lista de mais vendidos do The New York Times e um contrato invejável com a MacMillan, uma das maiores editoras do mundo. Autora do best-seller juvenil Halo (Agir, 472 páginas, R$ 39,90), Alexandra é um exemplo de uma nova estratégia no mercado editorial: recrutar fãs de autoras cultuadas para escrever livros sobre assuntos da moda. E fazer sucesso.

Basta ler as primeiras páginas de Halo para perceber que cada detalhe do livro foi pensado para agradar aos fãs de Crepúsculo. Os paralelos entre as duas obras são evidentes: há presença constante de seres fantásticos, detalhes do cotidiano de adolescentes no colégio, uma paixão proibida e a descoberta da sexualidade. Seguindo a moda dos anjos, que parecem ter substituído os vampiros no topo da lista de preferências das leitoras, o livro narra a história de Bethany, a caçula de uma família angelical que se vê dividida entre Xavier, o capitão do time de futebol americano, e Jake, um jovem misterioso cujas intenções ela é incapaz de desvendar. “Eu queria fazer um livro que tivesse o mesmo apelo de Crepúsculo, mas fosse um pouco diferente”, diz Alexandra. Antes mesmo de publicar Halo, ela assinou um contrato para escrever mais dois livros para a série.

No Brasil, pelo menos duas escritoras são candidatas a seguir os passos de Alexandra. Nascida em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, a estudante Gabriela Diehl, de 17 anos, também pode ser considerada um sucesso, ainda que em proporções muito menores. Embora ainda seja aluna do ensino médio, Gabriela conseguiu publicar seu primeiro livro, As bruxas de Westfield (Giz, 139 páginas, R$ 29,90), e já faz planos para completar uma trilogia. Levemente inspirado nas histórias de Harry Potter, o livro conta a aventura de um grupo de garotas que tenta desvendar uma série de assassinatos envolvendo magia negra. “Quando comecei a criar o livro, estava de férias e lia muito Harry Potter”, diz Gabriela. A história agradou aos fãs do bruxo e venceu um prêmio para jovens escritores.

A trajetória de Gabriela é semelhante à de Carolina Munhóz, de 22 anos. Fanática por Paulo Coelho e J.K. Rowling, a estudante trabalhava em um site de fãs de Harry Potter quando decidiu misturar suas duas paixões. O resultado foi o livro A fada (Arte Escrita, 141páginas, R$ 36): uma história repleta de magia e espiritualidade, em que a adolescente Melanie descobre ter poderes mágicos e parte para uma aventura em Londres, na Inglaterra. O contato direto com as fãs de Harry Potter a ajudou a divulgar o livro. “Várias pessoas que liam meus textos sobre Harry Potter ficaram curiosas e procuraram meu livro”, diz Carolina. Assim como suas colegas, ela está escrevendo uma trilogia. Também passou a usar a internet para manter contato com outros autores, como Eduardo Spohr e seu ídolo Paulo Coelho.

Até agora, a madrinha das fãs que se tornaram escritoras é a americana Cassandra Clare, autora de Cidade dos ossos (Galera Record, 462 páginas, R$ 39,90), o primeiro livro de – adivinhe – uma trilogia sobre anjos. Nos Estados Unidos, o livro chegou ao primeiro lugar na lista de livros juvenis mais vendidos do The New York Times, à frente de escritores consagrados. Aos 37 anos, Cassandra é a mais velha da nova geração de autoras, e também a mais bem-sucedida. Antes de criar seus próprios personagens, tornou-se conhecida como autora de fanfiction: histórias criadas por fãs envolvendo seus personagens favoritos (leia no quadro abaixo) . Sua carreira resume o lema das autoras fãs: imitar seus ídolos até ter confiança para criar suas próprias histórias, mas manter-se fiel ao estilo de suas escritoras favoritas.

O estudo da imitação é um dos temas recorrentes na história da crítica literária. Uma das teorias mais célebres sobre o assunto é a da angústia da influência, forjada pelo crítico americano Harold Bloom. Segundo ele, desde a Antiguidade a relação de escritores com os livros escritos no passado é fruto de constante inquietação: é inevitável se deixar influenciar, mas o grau de influência do passado pode comprometer o valor da obra. O assunto também foi abordado pelo poeta e crítico Ezra Pound, que criou categorias de escritores com base em sua originalidade. No topo estão os inventores – autores que estão à frente de seu tempo e subvertem a tradição. Na categoria mais baixa estão os diluidores – escritores que se contentam em imitar os grandes mestres, sem criar suas próprias fórmulas.

Se para os críticos os diluidores são autores com pouco valor, para as editoras eles são uma grande fonte de dinheiro. Quando se estabelece uma nova moda, como os romances juvenis de fantasia, a demanda dos leitores por histórias do tipo supera muito a velocidade de produção dos autores consagrados. Para suprir essa demanda (e vender mais livros), as editoras recorrem a romances semelhantes, mas de menor qualidade. Normalmente, o papel de escrevê-los cabe a autores caça-níqueis – um exemplo clássico são os imitadores de Dan Brown, autor de O código Da Vinci.

No caso dos livros juvenis, porém, a tarefa é mais complicada: são poucos os escritores que conhecem com profundidade o cotidiano e o comportamento dos adolescentes. “Já li livros juvenis em que um garoto de 18 anos tem o vocabulário de um senhor de 50”, diz Alexandra. Transformar as fãs em escritoras parece resolver esse problema: além de ter acesso direto ao universo jovem, elas sabem exatamente o que lhes agrada – e, ao menos em tese, o que vai agradar a outros fãs. Talvez por isso, também parecem ter menos medo de arriscar e introduzir elementos novos no gênero. Ao contrário de um autor caça-níqueis, uma boa autora fã tem potencial para se tornar uma nova best-seller, como fizeram Alexandra e Cassandra. Para as fãs, é a realização de um sonho. Para o mercado editorial, um excelente negócio.

Ranking da Taiyosha



Com atraso de quase uma semana, posto o ranking da Taiyosha. Não há shoujo no top 10 geral dessa vez... quer dizer, não que isso realmente importe no caso da Taiyosha. No ranking de shoujo, vários mangás resistem da semana passada, como Kimi ni Todoke, que recuperou e manteve o primeiro lugar, Garasu no Kamen (Glass Mask) e Machi de Uwasa no Tengu no Ko, que subiu para sétimo lugar. Das estréias, destaque para Kinkyori Renai (*mangá que me deixa com a pulga atrás da orelha por conta das suas capas*) e Good Morning Kiss. Em josei, finalmente o anime de Kuragehime começa a surtir efeito e dois volumes da série aparecem no top 10. Kiss & Never Cry tem uma boa estréia, e eu sempre preciso lamentar que pararam os scanlations, Chihayafuru parece começar a se despedir. Seito Shokun! Kyoushihen pega o primeiro lugar e Usagi Drop se mantém em boa posição. Três Harlequin marcam presença, além de 30 Kon Miso-com.

SHOUJO
1. Kimi ni Todoke #12
2. Kinkyori Renai #8
3. Garasu no Kamen #45
4. Good Morning Kiss #6
5. Hyakki Yakoushou #19
6. Chotto Edo Made #4
7. Shugo Chara! #12
8. Machi de Uwasa no Tengu no Ko #7
9. Tableau Gate #7
10. Junai Tokkou Taichou! Honki #3

JOSEI
1. Seito Shokun! Kyoushihen #22
2. Usagi Drop #8
3. Kiss & Never Cry #9
4. Shakunetsu no Sheik ni Torawarete
5. Sheik wa Kikenna Koi
6. 30 Kon Miso-com #11
7. Chihayafuru #10
8. Kuragehime #1
9. Barairo no Giwaku 2 – Benibara to Shirayukihime
10. Kuragehime #2

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Fruits Basket vai virar filme nos EUA



A Lina me passou essa notícia ontem e achei um outro link na internet com a mesma notícia. Enfim, abro dizendo que duvido que este filme saia. DU-VI-DO! Foi sucesso nos EUA? Foi, mas se nem Alita, nem Cowboy Bebop parecem ter deslanchado, quanto mais Fruits Basket. Dito isso, vamos à notícia. Segundo o site que consultei, a mesma equipe, a 1212 Entertainment , que diz estar trabalhando na adaptação de Cowboy Bebop com Keanu Reeves, vai adaptar Fruits Basket para o cinema. Eles já avisam que o filme terá um recorte mais realista que a versão em mangá/anime e sem, por exemplo, a parte inicial na qual Toruh mora em uma barraca de acampamento. E é só isso que temos. Como não é primeiro de abril, acho que a notícia é de verdade, a promessa é que deve ser como as promessas de campanha de José Serra. Todo mundo sabe que ele não vai cumprir mesmo. A Saouri me passou o link de um site japonês que também falou do filme. Ela fez um post bem detalhado para o La Ventana de Saouri 2.0 sobre o "futuro" lançamento. :)

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

(Finalmente) Duas notícias sobre shoujo e josei no Japão



Esses dias tenho dado poucas notícias de shoujo e josei, e, se continuar assim, o blog se descaracteriza... Na verdade, deixei uma série de notícias caducar sem postá-las e o horário de verão e a correria, diminuiu o fluxo de postagens. Enfim, decidi juntar duas notícias em uma só. Segundo o Comic Natalie, Yuki Kodama dará uma entrevista para o programa (*acho que de Tv*) Aosama no Brunch (王様のブランチ), em inglês, KING's BRUNCH, no dia 23 de outubro. O assunto, claro, não poderia ser outro senão o se mangá Sakamichi no Apollon (坂道のアポロン). Para quem não sabe, é aquela série (*sem uma scanlation sequer*) que fala sobre um grupo de estudantes do interior, que nos anos 1960, decidem montar uma banda de rock. O protagonista, segundo o Mangaupdates, é um rapaz que é obrigado a se mudar sempre por causa do emprego do pai e sofre com isso. Esta série tem tudo para virar anime ou dorama... Vamos ver se eu estou certa.

Já a segunda notícia é sobre o lançamento do Drama CD do mangá Shitsuren Chocolatier (失恋ショコラティエ), que tem subtítulo em francês Um chocolatier de l’amour perdu, de Setona Mizushiro. Se entendi bem o Comic Natalie, serão dois CD, um saindo em 22 de dezembro e o segundo em janeiro de 2011. O primeiro drama CD trará material do volume 1 do mangá. Setona Mizushiro é uma daquelas autoras polivalente, que faz várias séries ao mesmo tempo. Seu mangá de vampiros Kuro Bara Alice (黒薔薇アリス), para mim, é forte candidato a licenciamento nos EUA. Afinal, vampiros vendem.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Comentando o quadrinho nacional Bando de Dois



Vi uma das mensagens do Alexandre no Twitter e fiquei curiosa a respeito de Bando de Dois, quadrinho brasileiro de Danilo Beyruth, publicado pela editora Zarabatana. Encomendei, afinal, a proposta de um álbum sobre dois cangaceiros e assumidamente com espírito de faroeste poderia ser interessante. A história tem como protagonistas dois cangaceiros, Tinhoso e Cavêra di Boi, sobreviventes do massacre de seu bando perpetrado pela volante do Tenente Tenório. O tenente sádico cortou as cabeças dos cangaceiros e deseja exibi-las. Era algo comum na época da guerra contra o cangaço, inclusive porque a medicina forense da época defendia que observando a cabeça de um sujeito poderíamos descobrir os motivos do seu desvio para a criminalidade. Pois bem, a alma dos cangaceiros mortos não quer descansar em paz e Tinhoso é atormentado pelos fantasmas do comandante Otônho e seus outros companheiros mortos. Trata-se do toque de realismo fantástico. Já Cavêra di Boi tem outros motivos para tentar encontrar as cabeças dos companheiros mortos...

Não esperava tanto de Bando de Dois. A sensação ao ler o material é que estava assistindo um filme e, ao terminar, queria que fosse, pelo menos, trinta páginas mais longo. A narrativa é cinematográfica, dinâmica, os ângulos lembram os bons filmes de bangue-bangue que assistia com meu pai. A homenagem ao filme de Sergio Leone não é engodo de contracapa, está lá no material. A própria história poderia ser filmada, e nem precisariam incrementar muito. Está quase tudo pronto e eu já imagino um possível elenco. Por que não filmar Bando de Dois? Será que ninguém se interessa?

A idéia do álbum era colocar em cena os cangaceiros, sem se ater aos maniqueísmos. Eles são heróis? Eles são bandidos? Não há discussão sobre banditismo social e suas causas. E nem precisa. Temos um cenário hostil, a caatinga. Dois sujeitos que tem uma missão, e um adversário à altura, o Tenente Tenório. Temos uma crítica social bem colocada, na figura dos habitantes da vilazinha que serve de palco para o conflito final. A passividade da população diante de dois sujeitos com uma história muito mal contada. Temos o coitado do Zeca, o cangaceiro aposentado que é forçado a se engajar na missão. No melhor estilo “não é possível fugir da sua sina!” Aliás, a cena do passarinho na gaiola é ótima. E tem a graúna do Henfil escondida em um quadro... Ache se puder!

Enfim, Bando de Dois foi um achado, e eu agradeço ao Alexandre por ter twittado sobre o material. Já incluí o álbum entre os melhores materiais nacionais que já li, junto com Drácula, que já comentei aqui. Bando de Dois não tem nada de mangá, não naqueles recursos fáceis que muita gente costuma usar para marcar que está fazendo mangá fora do Japão. É simplesmente um material brasileiro, com um traço esmerado... mas curto! Custava ser um pouquinho maior?

Para quem quiser, a página oficial do quadrinho é esta. O autor também tem um blog. E o site do Judão publicou uma entrevista com o Danilo Beyruth. E algo que precisa ser dito: a editora é a Zarabatana, mas o álbum só foi possível porque contou com o apoio do PROAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo).

Ranking da Tohan




Saiu o ranking da Tohan e temos somente um shoujo resistindo. Aliás, é uma semana de manutenção, e Kimi ni Todoke foi mais resistente do que Glass Mask. As novidades, e são poucas, vide o ranking da semana passada, fica por conta do topo da lista, com Fairy Tail, XXXHolic e Ahiru no Sora, mais o hit Lucky☆Star e Diamond no Ace que estreou lá embaixo, o que, para mim, é surpresa.

1. Fairy Tail #23
2. XXXHolic #18
3. Ahiru no Sora #29
4. Bleach #47
5. Kateikyoushi Hitman Reborn! #31
6. Gintama #36
7. Lucky☆Star #8
8. Bakuman。 #10
9. Diamond no Ace #23
10. Kimi ni Todoke #12

P.S.: O upload de imagens do Blogger está em manutanção, por isso, a capa de Kimi ni Todoke virá depois.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Começam as filmagens de Sherlock Holmes 2



Veio do site Enchanted Serenity. Previsão é dezembro de 2011. Para mais fotos, visite o site, mas é pouca coisa ainda. Essa continuação eu quero ver! ^_^

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ōoku pode ser lançado na América do Norte



Um amigo me enviou o link para uma notícia que fala do sucesso de Ōoku (大奥), dizendo que Kazunari Ninomiya, que faz o protagonista, levou mais de um milhão de pessoas ao cinema no Japão (Falei sobre a bilheteria aqui.). Isso fz com que viessem as propostas internacionais. A exibição na Ásia, parece estar certa, e isso não é lá muito incomum para filmes japoneses, a boa notícia é que o filme pode estrear na América do Norte. Eu não tenho esperança de ver Ōoku nos cinemas do Brasil, mas um lançamento em DVD seria bem vindo. Segundo o diretor do filme, Fumiki Kaneko, “Eu acho que o filme mostra questões culturais que somente um japonês poderá ser capaz de compreender, mas, talvez, a inversão dos papéis de gênero possa tornar o filme compreensível (a outras culturas)”. Perfeito. Afinal, se existe algo que pode ser dado como universal em nossos dias é a desigualdade de gênero, e, claro, ver os homens na condição que se encontram no primeiro volume e filme de Ōoku deve incomodar bastante. A matéria fala em continuação e o diretor desconversa. Bem, se a idéia for seguir o mangá, o elenco inteiro tem que mudar no segundo filme, ou então, iremos para o final da série e ela ainda tem, pelo menos, uns seis volumes para terminar, já que Fumi Yoshinaga disse que a série fecha no volume 12.

Ayashi no Ceres anime relançado no Japão



Acredito que seja uma nova versão de Ayashi no Ceres (妖し の セレス), como a que saiu de Fushigi Yuugi (ふしぎ遊戯). Segundo o Comic Natalie, o lançamento será em 22 de dezembro, mas as reservas, se entendi bem, começam no dia 14 de novembro. Além dos 24 episódios originais do anime, haverá material extra promocional, além de ilustrações especiais de Yuu Watase. Já está na hora de sair outro anime shoujo baseado em Yuu Watase no Japão e de termos outro mangá dela aqui no Brasil.

Questões de Gênero: Mulheres japonesas se indignam com político que diss que mulheres tem “prazer” em ficar em casa



Esta semana foi publicado o ranking do Banco Mundial sobre desigualdade de gênero. O Brasil, como vocês devem desconfiar, não está lá muito bem, mas o Japão consegue ser o pior colocado dentre os países desenvolvidos. Se o Brasil está em um desconfortável 85º lugar, tendo caído quatro posições, o Japão está em 94º lugar. Subiu algumas posições, verdade, mas está rankeado entre os países mais pobres e os islâmicos, ou seja, aqueles nos quais as mulheres são cidadãs de segunda classe. Motivo? Leis que não favorecem as mulheres, baixa participação em cargos de poder (*políticos, administrativos*), baixa participação das mulheres casadas no mercado de trabalho, etc. E, aqui é importante enfatizar, porque culturalmente muitos japoneses esperam que as esposas fiquem em casa e as próprias empresas fazem questão de despachar as mulheres casadas. Com a crise econômica, primeiro foram os empregos dos estrangeiros, depois os empregos das mulheres. E isso contra o discurso dos economistas, que advogam a necessidade das mulheres contribuírem com a força produtiva e o sustento da casa, e das feministas que defendem que a equidade de gênero só poderá ser alcançada com uma maior participação das mulheres no espaço público. Enfim, eu nem ia comentar de novo este ano sobre o Ranking, mas a Sahra, que participou conosco do Shoujocast sobre Hanadan, me passou uma notícia interessante do Mainichi Daily News.

Pois bem, o Japão além de patriarcal, ainda é gerontocrático, isto é, os homens velhos estão nos postos de maior poder e esperam ficar lá. Como a expectativa de vida no Japão é alta, vão ficando mesmo, independente de terem ou não contato com o “mundo real” lá fora. E este mundo real significa, um número cada vez menor de nascimentos, mulheres que não querem se casar ou retardam ao máximo a idade de casamento, porque querem ter uma profissão, ou, pelo menos, independência. Daí, eis que acontece um seminário internacional com mulheres empresárias, mais de 300 de 21 países do fórum de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, fora americanas e outras convidadas. Chamam para falar o vice-ministro da economia, indústria e comércio japonesa, Yoshikatsu Nakayama, um senhor até jovem, com seus 65 anos. E o que ele diz? “As mulheres japonesas encontram prazer no trabalho doméstico e isto tem sido parte da cultura japonesa”. Sei, sei... as pobres camponesas que o digam! A questão é que nem sempre o trabalho feminino foi remunerado – e isso vale para o Japão, a Europa, ou a América – mas apropriado pela família como se fosse uma “dádiva”.

Mas o sábio político foi além dizendo que isto é “Algo que deveria receber mais crédito através do aumento (dos salários dos maridos), mas isso se tornou impossível conforme a situação (econômica) em torno dos homens se tornou mais severa”. A terceira autoridade do país na pasta de economia ainda acrescentou que as donas de casa é que exercem o poder “por trás do trono” e que é parte da cultura japonesa que as mulheres fiquem em casa. Como as afirmativas iam contra o próprio objetivo da conferência, segundo a notícia do Mainichi Daily News, o “Twitter bombou” e o movimento nas redes sociais, passando o discurso absurdo adiante, foi intenso. “Eu fiquei envergonhada, porque as afirmações dele mnostram o quanto o Japão é atrasado,” disse uma empresária japonesa que atendia à conferência. Uma participante americana disse que ninguém diria isso em público nos EUA, por mais sexista que fosse. Olha que eu não garantiria isso, não, talvez nenhuma autoridade dissesse, mas movimentos ultra-conservadores pululam nos EUA.

Ainda segundo a notícia, um grupo de mulheres se reuniu em 7 de outubro e exigiu que Nakayama, membro da Dieta japonesa e do partido do governo, se retrata-se e se desculpasse. Algumas delas se disseram decepcionadas com o Partido Democrático, pois acreditavam que ele via como positiva a promoção da participação social das mulheres. O político já declarou para o Kyodo News na última quinta-feira que “lamenta” e que faria todo o possível, ainda que pouco, para que as mulheres pudessem ter maior participação no mundo dos negócios. Segundo a reitora da Universidade Feminina de Showa, Mariko Bando, “Encorajar as mulheres a ficarem em casa é uma política do século XX (*só se for no Japão*). O Japão pontua baixo (*no ranking de igualdade de gênero*), porque muitos políticos não prestam atenção a realidade do mundo”. Eu fico muito feliz com a reação dessas mulheres e com a saia justa em que este político ficou.

P.S.1: Eu acho o ranking de desigualdade de gênero muito válido, no entanto, ninguém me convence que é melhor ser mulher na África do Sul – com seu altíssimo índice de estupros e poligamia – do que em vários países da Europa Ocidental. Tem algum “problema” nessa análise de dados.
P.S.2: Para ilustrar que as mulheres japonesas sempre trabalharam fora e que este ideal da esposa de classe média dona de casa foiimposta por uma articulação de vários discursos, especialmente no pós-guerra, como parte de um projeto de recuperação econômica e de construção de uma sociedade burguesa, peguei essas fotos antigas. Duas vieram do excelente site Old Photos of Japan e a última veio deste outro aqui.

domingo, 17 de outubro de 2010

Seriados ajudam a divulgar a ciência e rediimir os nerds



Eu continuo achando The Big Bang Theory uma delícia. Tenho a impressão, no entanto, que ela não pode durar muito, especialmente se os episódios começarem a se centrar pesadamente no Sheldon e na Penny usando os demais como escada. O Leonard era o protagonista... ou, pelo menos, eu achava isso. Mas enquanto existir, estou lá. O quarto episódio da temporada atual já deixou um pouquinho a “sheldoncentria”. Enfim, mas se a série serve para divulgar a ciência e mostrar que ela pode ser legal, já está ganhando pontos. Eu queria um seriado pelo menos em que quando alguém dissesse “Sou historiador”, logo não viesse à cabeça “Lá vem o babaca e/ou mala do episódio.”. Em Jornada nas Estrelas era de dar desespero. A matéria a seguir veio da Folha de São Paulo.

Físicos aprovam "séries nerds" de TV

Para eles, programas como "The Big Bang Theory", "The Mentalist" e "Numb3rs" são cientificamente precisos. Para físico que colabora com roteiros de "The Big Bang Theory", uso de estereótipos não deve ser visto como problema.

RICARDO MIOTO
DE SÃO PAULO

"Todo mundo na faculdade de física adora "The Big Bang Theory", a gente fala "bazinga!" toda hora, pra tudo", diz Luiza Maurutto, 19, aluna de física na USP. "Bazinga!" é a marca registrada de Sheldon Cooper, físico nerd que é protagonista dessa série de televisão. Ele usa a expressão sempre que quer deixar claro que está sendo irônico -físico estereotipado, entre as suas limitações sociais está o fato de ele não compreender o sarcasmo, e por isso achar que ninguém mais consegue.

Impressiona, então, que, em vez de irritar os físicos, a nerdice e a incapacidade de Sheldon de se relacionar com outros seres humanos normalmente tenham feito que ele ganhasse uma vasta legião de fãs nos departamentos de física. Paulo Nussenzveig, professor de física da USP, conta, por exemplo, que é fã da série e já ter até levou cenas para a sala de aula. A admiração pelo personagem e pelo programa de TV, que já vai para a sua quarta temporada nos EUA, tem ao menos dois grandes motivos.

PIADA, MAS COM RIGOR

O primeiro é que os físicos consideram – e eles se importam tremendamente com isso – que a série é cientificamente precisa. Os personagens, dizem, não cometem uma única impropriedade, e mesmo as piadas não perdem o rigor científico. O grande responsável por isso é David Saltzberg, físico da Universidade da Califórnia em Los Angeles e consultor da série. Ele decide quais equações estarão nas lousas, quais livros-texto os personagens vão carregar e quais comentários científicos farão.

"The Big Bang Theory" é a série mais popular, mas outras com temática científica têm consultores semelhantes – e também conquistaram os pesquisadores. Uma delas é "Numb3rs", em que um gênio da matemática usa o seu conhecimento para resolver crimes, mas há várias. "Aprecio "The Mentalist", "House", "CSI" e outras dessa leva de séries no estilo "smart is the new sexy" [algo como "sexy agora é ser inteligente']", diz o professor de física da USP Osame Kinouchi. "É um refresco, depois de décadas de séries como "Buffy, a Caça-Vampiros"."

ABRAÇO DE CIENTISTA

No caso de "The Big Bang Theory", o segundo motivo pelo qual os físicos gostam da série é que, afinal, eles têm mesmo muitos colegas que lembram o Sheldon. "Tenho vários amigos assim, a série é muito verdade. Bem nerds, que só falam de física. Amigos que, quando todos estão almoçando, ficam fazendo conta num papelzinho, que tem dificuldade para se relacionar, para abraçar, até para falar com mulher", diz Maurutto.

Saltzberg, o consultor da série, comentou para a Folha esse fenômeno da onipresença de sheldons nas turmas de físicos pelo mundo. "Todo mundo diz conhecer um Sheldon, mas ninguém diz ser um. A matemática não bate", brinca. "Mas talvez surpreenda que aqui na minha universidade, a UCLA, eu tenho visto muitas jovens mulheres totalmente apaixonadas pelo Sheldon."

FÍSICO NÃO É COITADO

Os físicos apontam, ainda, mais fatores que agradam nessas séries. "Os nerds em "The Big Bang Theory", por exemplo, são arrogantes o suficiente para estarem por cima. É diferente de Friends, em que o cientista, o paleontólogo Ross, era um coitado... embora ele tenha ficado com a Jennifer Aniston", diz Kinouchi. "E acho que os físicos gostam também porque (quase) todos estamos procurando nossa Penny, não?", brinca, em referência à atraente garçonete loira que é personagem da série e acaba se envolvendo com o físico que mora com Sheldon.

Alguns cientistas, porém, até gostam da série, mas fazem algumas ressalvas sobre a criação de estereótipos. Um deles é o colunista da Folha e professor do Dartmouth College (EUA) Marcelo Gleiser, que acha que levar à televisão a imagem do cientista como um ser com dificuldades para se ajustar socialmente pode acabar ridicularizando a carreira. A maioria dos cientistas ouvidos pela Folha, porém, discorda. Estereótipo é parte da comédia. É ele que provê todo o pilar da piada. Eu não levo seu uso tão a ferro e fogo assim", diz Daniel Doro Ferrante, físico brasileiro da Syracuse University (EUA). Saltzberg segue essa linha. "Os físicos de "The Big Bang Theory" mostram uma profunda paixão pelo que eles fazem, a mesma paixão que os melhores cientistas têm."

Professor põe ciência na versão final de roteiro

DE SÃO PAULO

Quando Leonard, físico da série "The Big Bang Theory", começa a se relacionar com uma outra cientista, eles romanticamente definiram um beijo como uma "exploração biossocial com alguma sobreposição neuroquímica". O responsável por esse tipo de piada, engraçada tanto para os cientistas que reconhecem o jargão quanto para o leigo que acha divertido o jeito estranho de encarar a coisa, é David Saltzberg.

O físico da UCLA recebe os roteiros com algumas lacunas. São diálogos como "eu ouvi sobre o seu último [colocar aqui alguma ciência] – 20 mil tentativas e nenhum resultado significativo!". Ele, então, propõe algo científico que faça sentido – e aproveita para corrigir que físicos não gostam muito da palavra "tentativas". "Ouvi sobre o seu último experimento de desintegração de antiprótons – 20 mil tomadas de dados e nenhum resultado significativo" é o que acaba indo para as telas.

Mas ele lembra que os roteiristas da série também amam ciência. Quando Sheldon diz que "essa é uma circunstância que gente pouco familiar com a lei dos grandes números chamaria de coincidência", então, talvez o texto não seja dele. Eles são, diz, fãs de todo o folclore nerd, "de quadrinhos até Star Trek". A parceria funciona: mesmo "Lost" teve menos audiência nos EUA do que a série. Salzberg tem um blog sobre a ciência por trás de cada episódio da série. O endereço é thebigblogtheory.wordpress.com. Há uma versão em português em thebigblogtheorybrpt.wordpress.com. (RM)

A revista Comic B's-LOG Kyun! dá muitos brindes no seu aniversário



Segundo o Comic Natalie, estreou na revista josei Comic B's-LOG Kyun! o mangá Starry☆Sky, com roteiro honeybee e arte de Haru Minagawa e baseado em um otome game. A própria revista, a B's-LOG Kyun! se vende como a revista favorita das otome (*para quem não sabe, seria mais ou menos o feminino de “otaku”*) e fujoshi, que só se aplica às fãs hardcore de yaoi. Na mesma edição estréia també o mangá Jidaraku Yousei Yururumon (自堕落妖精ユルルモン) de Rize Shinba. A edição (*e realmente não entendi por que o Comic Natalie colocou duas capas, talvez esteja falando de duas edições, a atual e a próxima*) também vem com um drama CD de bônus, mas quebrei a cabeça e não descobri de qual série, mas outro brinde será um booklet animado em DVD da série Togainu no Chi (咎狗の血), de Suguro Chayamachi e Nitro+CHiRAL, que já teve anime. Aliás, da B's-LOG Kyun! tem saído alguns animes josei, como Hakuoki (薄桜鬼), que é desenhado por Sachi Ninomiya . Também na mesma edição, se entendi bem, temos posters de Cubism Love (キュビズム・ラブ), de Yuri Shibamura , como brinde. Parece que se trata de uma edição de aniversário da revista que virá com quatro brindes ao todo, o que significa que ficou faltando um nesta minha tradução capenga (posters + drama CD + booklet animado + ?). Talvez o quarto brinde seja o sorteio – cupom na revista – de 50 convites para um evento em Yokohama chamado Neo Romance Series Star Light♥Christmas 2010 (ネオロマンス スターライト♥クリスマス2010) e que acontecerá no dia 4 de dezembro. Parece que haverá uma apresentação teatral baseada na última encarnação da série Angelique (アンジェリーク) que é derivada de um otome game.

sábado, 16 de outubro de 2010

Ranking do New York Times


Saiu o ranking americano e temos dois shoujo no top 10: Black Bird e Stepping On Roses. Como já aconteceu outras vezes, quandoum novo volume de Black Bird aparece no top 10, eu sempre fico na dúvida se encomendei, ou não... E, claro, não encomendei... Daí, corro e entro em contato com a Cultura e tome quatro semanas para chegar... tsc... tsc... eu mereço pela minha desatenção. Enfim, com a estréia de um novo volume de Naruto, desta vez Black Bird só conseguiu entrar na lista em segundo lugar. É bem compreensível. Já Stepping On Roses (Hadashi de Bara o Fume – 裸足でバラを踏め), da interessante Rinko Ueda, faz sua segunda aparição no ranking americano, já que o segundo volume tinha aparecido uma vez. Hetalia continau fazendo uma bela carreira, e se mantém firme no top 10. Da turma que apareceu esta semana, é certo que One Piece e Yu-Gi-Oh! não durem, aposto em mais na permanência de Hetalia. Já Stepping On Roses será surpresa se continuar no ranking na semana que vem.

1. Naruto #49
2. Black Bird #6
3. Yu-Gi-Oh! GX #5
4. Hetalia - Axis Powers #1
5. One Piece #55
6. Dengeki Daisy #2
7. Maximum Ride #3
8. Stepping On Roses #3
9. Dance in the Vampire Bund #8
10. Berserk #34


Ah, sim! Tinah deixado passar um shoujo da lista. Vi que estava lá e, na hora de escrever esqueci, tanto que nem peguei a capinha, é Dengeki Daisy. Obrigada por me lembrar, Kadu!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Be Love traz brindes de Chihayafuru



Segundo o Comic Natalie, a edição da revista josei Be Love que chegou às lojas hoje traz brindes de um dos mangás sensação do momento (*e o anime ou o dorama já está demorando*), Chihayafuru, de Yuki Suetsugu. Se entendi bem, a revista vem com um notebook todo ilustrado com 68 páginas (*imagem no site*) , e vem com calendário, também. Parece ser muito bonito. Já a capa é feita pela veterana Youko Shouji, que publica Seito Shokun! Kyoushihen (生徒諸君! 教師編) na revista. Não sei se este novo mangá dela, Maria Teresa (マリア・テレジア), é oneshot, nem qual é a Maria Teresa em questão... Deve ser a mãe da Maria Antonieta, eu suponho, mas há muitas princesas/rainhas/imperatrizes Habsburgo com esse nome. A estréia da revista fica por conta de Hiromi Ookubo com 1 Choume no Miyutachi (1丁目の心友たち).