sábado, 31 de janeiro de 2015

Mangá-kas desenham 101 personagens da História do Japão


Existe uma revista de mangá chamada Shuukan Manga Nihonshi, na verdade, não sei se é uma só, acredito que não seja, mas elas são ligadas publicadas pelo grupo responsável pelo jornal Asahi.  Como não poderia deixar de ser, a revista é especializada em material histórico e já tinha feito posts sobre uma versão para crianças com personalidades mundiais (*Ayrton Senna incluso*) e, outra, com 50 nomes da História do Japão.  Agora, a revista publicará 101 biografias com mangá-kas como Satonaka Machiko, Arakawa Hiromu, Riyoko Ikeda, Tomoko Ninomiya, Nobuhiro Watsuki, Oh! Great, entre muitos outros desenhando.  Se entendi bem, 50 os mangás são republicações (*as que eu já citei em outro post*) revisadas e 51 são novas.  Bom saber disso, porque quase que este post não sai, porque estava feito louca tentando traduzir 202 nomes... 


Se entendi bem o Comic Natalie, o objetivo da revista é chegar a uma coleção de 450 personalidades da História do Japão, ou que a editora lançou uma coleção de cards com esse montão de gente... Na verdade, não duvidaria que eles conseguissem chegar nas 450 biografias com o tempo.  Enfim, o nº1 custa 180 ienes e vem com nove cards de brinde.  Quem comprar os números de 1-10 pode enviar um formulário pedindo um brinde, um clear file, se bem entendi.  De resto, deve ser uma coleção bem legal.  

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Hachimitsu ni Hatsukoi chega ao final em março


O Manga News anunciou que a série Hachimitsu ni Hatsukoi (ハチミツにはつこい), de Ai Minase, caminha para seu final.  O último volume será publicado em 20 de março na revista Sho-Comi.  A previsão é que o mangá feche com 12 volumes.  A série, que sempre aparece bem nos rankings de vendagem, conta a história de dois amigos de infância, Koharu e Natsuki.  Eles são tão próximos que muita gente acredita que são namorados, porém, ao entrarem no colegial Natsuki se interessa por uma garota e Koharu começa a perceber que, talvez, seus sentimentos em relação ao velho amigo não sejam tão simples quanto ela pensa.  Na França, a série é publicada pela Panini e tem como título Inseparáveis (Inséparables).  Em um mercado saudável, este seria um título certeiro aqui no Brasil, mas este não é o caso, claro... 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

JBC anuncia mais um mangá da CLAMP


E, por acaso, é um shoujo, Wish (ウィッシュ).  Não pensem que eu não acho que é um lançamento importante, pois é, sim, mas o fato de ser shoujo é irrelevante, pois a JBC irá lançar a obra por ser CLAMP, marca forte e sinônimo, acredito eu, de boas vendagens no Brasil.  No entanto, recomendo que vocês parem para assistir o Henshin Online 27, pois é nele que o Cassius Medauer, gerente de conteúdo da JBC, diz que a editora não se preocupa com rótulos, explica como eles selecionam seus lançamentos, que não podem satisfazer todo mundo, blá-blá-blá.  São informações válidas, ainda que o papo de não ligamos se o mangá é shoujo, shounen, josei, seinen é uma piada.  A graça é que lá pelos 6:45 do vídeo ele começa a dizer que vai usar um rótulo pela última vez, afinal, vocês pediram shoujo, não pediram?

O caso de amor da JBC com a CLAMP é antigo e nada mudou na política da empresa, mas desejo que Wish, um mangá curtinho, seja um sucesso.  Houve tempo em que eu desejava intensamente a vinda dessa série, achava o mangá fofinho e havia a temática dos anjos... hoje, não tenho fortes sentimentos a respeito.  De resto, apesar de dizer que não gosta de rótulos, Medauer avisou que a JBC lançaria mais dois nos próximos meses... Há quem já esteja apostando que são outros shoujo da CLAMP: Clover (クローバー) e Suki。Dakara Suki (すき。だからすき).  Eu não duvidaria...

Falando de um aspecto realmente importante do Henshin Online 27, há o aviso de aumento de preços.  Enfim, não há como as editoras segurarem os valores com o dólar tão alto.  Eu acredito em um recuou consistente nos próximos meses, mas sabemos que preços que sobrem não descerão jamais, salvo no caso dos hortifrutigranjeiros.  É isso, mangás terão os preços reajustados.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Kobayashi ga Kawai Sugite Tsurai!! entra em seu arco final


Kobayashi ga Kawai Sugite Tsurai!!  (小林が可愛すぎてツライっ!!) é o mangá atual de Gō Ikeyamada e já vendeu mais de 2,300,000 de cópias.  A autora faz muito sucesso no Japão e seus mangás sempre aparecem bem posicionados nos rankings de vendagem.  Segundo o ANN, a autora anunciou que o arco final de Kobayashi ga Kawai Sugite Tsurai!!  ou So Cute It Hurts!!, seu título em inglês, começa no volume 11.  Acredito que será o mangá mais longo de Ikeyamada.


So Cute It Hurts!! Conta a história de um par de gêmeos, Mitsuru e Megumu Kobayashi, que decidem trocar de lugar e frequentar a escola um do outro.  O que Megumu descobre é que o irmão frequenta uma escola de delinquentes ao ser atacada por um grupo de bullies.  É neste momento que ela conhece um garoto misterioso que usa tapa-olho... Eu tenho trauma de Ikeyamada, odiei tanto o único mangá que li dela que não consigo tentar outro, mas como registrei no primeiro parágrafo, ela vende bem, tem muitos fãs e, bem, não sei por qual motivo nenhuma de suas obras virou animação para a TV.  Kobayashi ga Kawai Sugite Tsurai!!  começará a ser publicado nos EUA este ano.

Prefeitura japonesa planeja homenagem ao Centenário do Teatro Takarazuka


Para comemorar o centenário do Teatro Takarazuka, a prefeitura de Hyogo, lar da Revue, planeja erigir uma estátua comemorativa.  Três projetos foram colocados apresentados e o vencedor recebeu 497 votos dos 698 depositados.  A estátua será colocada Estação Takarazuka da Hankyu Railway.  O lugar não foi escolhido à toa, Ichizo Kobayashi foi tanto o fundador da Revue (1913), quanto da Hankyu Railways.  A estátua de bronze terá 2 ,3 metros, incluída a base, e estará pronta em agosto.  O custo será de 12 milhões de ienes e a prefeitura está aceitando doações de moradores e de fãs do Takarazuka.


O Teatro Takarazuka, ou Revue, é composto somente por mulheres que encenam peças musicais.  A Revue mantém diálogo constante com o universo dos mangás, inspirando – vide a obra de Tezuka – e se inspirando – caso das peças derivadas da Rosa de Versalhes  (ベルサイユのばら) e outras séries – nos quadrinhos japoneses.  A notícia estava no ANN.  

Saga de Fushigi Yuugi ganha mais um mangá e uma peça de teatro


Fushigi Yuugi (ふしぎ遊戯) não é um primor de mangá, nem rendeu um anime maravilhoso, mas tem um lugar no meu coração pelo papel que teve na minha vida de fã iniciante de mangá e anime.  E eu já era adulta, claro, mas FY era uma alternativa shoujo em um momento em que se falava muito de Cavaleiros do Zodíaco (聖闘士星矢) e Evangelion (新世紀エヴァンゲリオン).  Foi um dos animes mais longos que eu colecionei via fansuber e o único que me fez encarar uma maratona de episódios para assistir a um evento em particular... acho que foram 11 episódios de enfiada... sei lá, algo assim.  Mas chega!  Vamos para as notícias!


O Rocket News 24 (*e o ANN, também, acabei de ver, e no Comic Natalie...*) anunciou que teremos uma peça de teatro de Fushigi Yuugi, o primeiro, o original, o da Miaka com Tamahome.  Trata-se de uma versão pautada na percepção de Tamahome sobre os acontecimentos.  O ator escalado para viver a personagem é Yutaka Kyan, do grupo visual kei chamado Golden Bomber.  Miaka será encarnada pela atriz Risako Ito de 18 anos.  E o resto do elenco está escalado: Ikkei Yamamoto (Hotohori), Toshiyuki Someya (Nuriko), Yuta Kogawa (Chichiri), Masato Saki (Tasuki), Yusuke Hirose (Mitsukake), e Miku (Chiriko). Já como os antagonistas temos Namiko Ito, no papel de Yui, Yu Yoshioka como Nakago, e Reo Sawada como Amiboshi.   Estréia em 19 de março no Clube X do Prince Hotel em Tokyo.  A peça ficará em cartaz até o dia 29 do memso mês.  Ingressos variando de 7 mil a 9 mil ienes com direito a brinde.   Pré-venda começa em 14 de fevereiro no site oficial.


A outra notícia é que Yuu Watase vai desenhar a história de mais uma das sacerdotisas dos quatro deuses.  Watase começou com Suzako e Seiryu no mangá original, contou a história de Genbu em Fushigi Yuuki: Genbu Kaiden (ふしぎ遊戯 玄武開伝), e, agora, chegou a vez de Byakko.  Fushigi Yuugi: Byakko Ibun (ふしぎ遊戯 白虎異聞) começa no dia 28 de fevereiro na revista Flowers.  Será mais um sucesso?  Vamos esperar.




terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ranking do Comic List


Sei que já perdi uma semana do ranking do Comic List, porque ele se atualiza frequentemente, mas consegui traduzir pelo menos o que cobre o período de 18-24 de janeiro.  Tenho outro meio salvo no meu laptop, mas n’ao consegui postar quando estava no Rio.  Se tiver como, faço a publicação com uma data anterior, mas vamos lá.  Esta semana foi boa para os mangás femininos com 6 volumes no top 30 geral, o único josei da lista é Kuragehime, que está com filme no cinema.  Pelo menos uma delas, se despede, Hiyokoi encerrou sua jornada com este volume #14.  De resto, espero para breve algum anúncio referente a Pochamani, muito provavelmente, um dorama ou filme para o cinema.

7. Kimi ni Todoke #23
14. Soredemo Sekai wa Utsukushii  #9
21. Pochamani #15
22. Shitsuji-sama no Okiniiri  #19
26. Hiyokoi #14
29. Kuragehime #15

Em shoujo temos forte presença dos mangás da Betsuhana, destaque para Madame Petit, que parece ser interessante, mas não tem scanlations; mangás da revista Princess e da Mystery Bonita.  Ao Haru Ride saiu do top 10, mas deve ter todos os seus volumes entre os 30 shoujo mais vendidos.  Fukumenkei Noise, apesar de toda a propaganda investida nele, não conseguiu brilhar no ranking geral. Talvez, seja questão de tempo... 

SHOUJO
1. Kimi ni Todoke #23
2. Soredemo Sekai wa Utsukushii  #9
3. Pochamani #15
4. Shitsuji-sama no Okiniiri  #19
5. Hiyokoi #14
6. Fukumenkei Noise #5
7. Madame Petit #5
8. Usotoki Rhetoric  #4
9. Kuro Hakushaku wa Hoshi wo Mederu #2
10. Watashi ga Motete Dousunda #5
11. Ao Haru Ride #12
12. Watashi wa Kawahara Izumi  #4
13. 9 Banme no Musashi ~Red Scramble~  #12
14. Romantica Clock  #7
15. Yajikita Gakuen Douchuuki  II #10

Em josei, temos a presença de séries das revistas mais modernas e mais tradicionais.  Kuragehime lidera, Madame Joker, que sempre aparece muito bem no ranking de josei, não tem scanlations.  Outra coisa a pontuar, é que há vários mangás josei que são longuíssimos e sem previsão de encerramento, a gente nem se liga nisso, as séries raramente têm scanlations e os doramas podem ser antigos, vide o caso de Inochi no Utsuwa.  E ele não é o único.  Há certos casos em que a autora até parte a série, recomeçando em uma nova fase da vida da protagonista, caso de Seito Shokun!, e há ainda as séries de mistério que devem ser episódicas.  Imagino que seja o caso de Akari to Shiro no Shinrei Yawa.  Enfim, nessas horas lamento muito não ler japonês para poder proporcionar informações de maior qualidade.

JOSEI
1. Kuragehime #15
2. Madame Joker #16
3. Takadaike no Hitobito  #3
4. Tokyo Alice #14
5. Shin Ishakoi ~Shinkon Isha no Koi Wazurai~ #5
6. Ashi-Girl #5
7. Douse Mou Nigerarenai  #8
8. Akari to Shiro no Shinrei Yawa #20
9. Baby Doll ~Gifu to Gikei ni Ubareta Yoru~
10. Shi to Kanojo to Boku Ikiru  
11. Ice☆Prince #1
12. Ouhi Margot  #3
13. Gensui Ouji no Hanayome  
14. Inochi no Utsuwa  #65
15. Urameshiya Gaiden: Kagome ~Taishou Youkai Kiran~ #2

P.S.: Só para constar, o ranking virou e Kimi ni Todoke está em primeiro no top 30 geral com Takadaike no Hitobito em oitavo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Brinde de Nana com a revista Cookie


O Comic Natalie anunciou que a última edição da revista Cookie trouxe um memo pad - uma espécie de agenda - com 15 páginas (*se entendi bem*) e ilustrações de Nana.  Pelo tom da nota no CN, parece que o material é novo.  Ai Yazawa deixou o mangá inacabado faz anos e todos têm esperança de que ela retome a obra.  O CN avisa, também, que o primeiro volume de Nana está disponível na Margaret Book Store para leitura gratuita.  Esta promoção segue até o dia 9 de fevereiro.  


Falando de Nana, não houve notícia oficial de que a autora não retomaria a obra.  O que corre por aí são boatos de gente ansiosa e, claro, há a preocupação real com a saúde da autora.  Aqui, no Brasil, Nana é publicado pela JBC.  E mais uma coisa, Glass Mask (ガラスの仮面) ficou parado por dez anos. Nana tem muito chão pela frente até bater este record. 



Novo mangá da autora de Reimei no Arcana


Faz algum tempo que Rei Touma encerrou seu mangá Reimei no Arcana (黎明のアルカナ) faz algum tempo.  A série fazia sucesso e vendia bem no Japão.  Agora, o ANN anunciou que ela irá iniciar uma nova série chamada Suijin no Ikenie  (水神の生贄).  Fiquei um tempo procurando como escrever o título do mangá em kanji, porque, bem, o ANN tinha escrito que a série se chamava Suijin no Hanayoume.  Parece, e não sei japonês para dizer com certeza, que hanayoume e ikenie podem ser sinônimos.  De qualquer forma, no dicionário que eu uso, ikenie é oferenda, sacrifício.  Esta aliás, é a idéia da sinopse: uma moça é escolhida como sacrifício pelos habitantes de sua vila para apaziguar o deus das águas que, quando zangado, causa uma série de calamidades.  Enfim, a estréia do mangá é em 24 de fevereiro na revista Cheese.

Heroine Shikkaku vai para o cinema


Depois de mais de um ano do encerramento do mangá, Heroine Shikkaku (ヒロイン失格), da mangá-ka Momoko Kōda, vai apra o cinema.   Realmente não imaginava.  A série é muito divertida e tem uma protagonista enlouquecida que acredita que é uma heroína de shoujo mangá e que por conta disso, e somente por causa disso, ela vai casar com seu amigo de infância no final da história.  A série é cheia de referências a mangás clássicos e outros shoujo mais recentes.  A autora também desenha a personagem fazendo umas caras hilárias.  É muito divertido.  


Enfim, segundo o Comic Natalie, a protagonista, Hatori Matsuaki será interpretada pela atriz Mirei Kiritani.  A atriz diz que é fã do mangá original e a mangá-ka soltou uma nota dizendo que está imaginando como as caras engraçadas da protagonista serão feitas por Matsuaki.  Há fotos de todo o elenco principal no CN e no ANN, basta visitar.  O diretor do filme será Tsutomu Hanabusa.  O filme é para o verão japonês.


Heroine Shikkaku foi publicado na Betsuma entre 2010 e 2013 e teve 10 volumes.  Exatamente por causa das citações, é uma série complicada para se publicar em países que não tem tradição na exibição de animes e no lançamento de mangás shoujo.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Vem aí anime de Akagami no Shirayuki-hime? Acredito que sim.


Akagami no Shirayuki-hime (赤髪の白雪姫), mangá de Sorata Akiduki, vende bem e sempre aparece bem posicionado nos rankings de vendagens. A história gira em torno de uma garota que é curandeira e tem um volumoso cabelo vermelho, algo raro em seu país. Um dia, o príncipe do seu país lhe faz uma proposta de casamento, a moça recusa e passa a ser perseguida. Ela foge para o país vizinho e conhece Zen, o príncipe local. O rapaz admira seu talento e a convida para ser médica em sua corte... Aposto que será um anime. O mangá começou a ser publicado na LaLa em 2006 e chegou ao seu 12º volume. É uma boa margem para uma série de TV. A notícia está no ANN e no Comic Natalie.


Taiyou no Ie chega ao seu final


Acredito que perdi o anúncio do encerramento desta série no Comic Natalie, porque, bem, o último capítulo já saiu.   Taiyou no Ie (たいようのいえ) terminou na última edição da Dessert.  Na mesma revista, o ANN noticiou, a mangá-ka Taamo anunciou que haverá um gaiden centrado na personagem Sugimoto.  Taiyou no Ie começou em 2010 e deve fechar com 13 ou 14 volumes.  A série teve dois drama CD e venceu o 38º Kodansha Award na categoria shoujo.  Eu apostava que este mangá teria anime, agora, com o encerramento, acho que não terá mais.  Errei. :)  De qualquer forma, é forte candidato a ser licenciado nos EUA e, talvez, no Brasil.


Fui procurar e encontrei a notícia do encerramento no CN, mas não vi nada antecipando que faltavam X capítulos para o fim.  Não acho que valha a pena procurar mais.  De qualquer forma, Taiyou no Ie, ou House of the Sun é uma série bem simpática.


sábado, 24 de janeiro de 2015

Prêmio Francês celebra os quadrinhos feitos por mulheres


Anualmente, a l’Association Artémisia premia quadrinhos feitos por mulheres.  Criado por francesas, trata-se de uma celebração da bande dessinée (banda desenhada ou quadrinhos) feminina e a vencedora e anunciada sempre no dia 9 de janeiro, aniversário de Simone de Beauvoir.  O prêmio foi criado em 2007 e, desde então, premia mulheres quadrinistas de várias nacionalidades.  Nenhuma japonesa, mas um prêmio como este, imagino eu, faria pouco sentido para uma mangá-ka.

Antes que alguém pergunte da validade de prêmios assim, cabe lembrar que, pelo menos no Ocidente, quadrinhos ainda são vistos como uma atividade masculina e o seu público prioritário, mesmo em uma França, também o é. Assim, em premiações mais gerais, e muito valorizadas, dificilmente vemos mulheres em evidência.  Elas estão produzindo, claro, mas os júris de seleção podem facilmente passar batidos pelos seus trabalhos.  O Artémisia pretende exatamente dar visibilidade aos excelentes trabalhos feitos por mulheres que poderiam passar despercebidos já que os homens recebem muito mais atenção, simplesmente, por serem homens. 

Este ano, o prêmio Artémisia prestou homenagem aos mortos na Charlie Hebdo, homens cujo crime foi desenhar. Já o quadrinho premiado foi o álbum Irmina, da alemã Barbara Yelin.  A obra tem 272 páginas e acompanha a jovem alemã Irmina, que segue para a Inglaterra em 1934 para estudar e trabalhar.  Buscando sua independência, ela conhece um estudante de Oxford, inteligente, atraente, mas que tinha um pequeno problema, imigrante de Barbados, ele era negro.  O racismo dificulta o romance.  Irmina passa por problemas financeiros e precisa retornar para a Alemanha nazista e se enquadrar... Casa-se com um militante nazista, mas seu coração não compartilha da ideologia dominante, como tantos outros alemães.  O que fazer?  O resumo da obra está aqui.  


A entrega do prêmio será no dia 27 de janeiro, e será feita homenagem aos desenhistas da Charlie, e à Elsa Cayat, psicanalista que tinha coluna na publicação e única mulher morta no atentado à revista satírica francesa. Sim, vocês acreditaram mesmo que fundamentalistas só matam homens? Outra homenageada é a cartunista Catherine Meurisse, que se salvou do atentado à Charlie, porque chegou atrasada à reunião de trabalho.  Ela é uma sobrevivente, vejam que nenhuma das duas recebeu qualquer menção na grande imprensa.  Sobre essas mulheres, o silêncio, e olha que era uma mulher entre os 12 mortos, somente uma.  Será que se fosse o contrário, 11 mulheres e 1 homem, não fariam questão de marcar o seu nome?

Agradeço ao Pedro por ter me passado as informações e link sobre o Prêmio Artémisia.  Curiosamente, minha amiga Natania também me falou dele.  Acabaria tropeçando em alguma informação, mais cedo, ou mais tarde, sobre esta premiação, mas não fazia idéia de que ela existia.  Acredito que se as quadrinistas brasileiras conseguissem publicar na Europa poderiam ser candidatas ao Artémisia. 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Fanbook para os fãs de Yumiko Ōshima


Yumiko Ōshima é  uma das grandes mangá-kas que revolucionaram o shoujo mangá nos anos 1970.  Seu mangá The Star of Cottonland (綿の国星, Wata no Kuni Hoshi) é celebrado por sua arte, que era bem simples em uma época marcada pelo rebuscamento, roteiro, e por ter criado as meninas com orelhinhas de gato, que hoje são artigo fácil em vários animes e mangás.  Enfim, o Comic Nataie anunciou que foi lançado no Japão um belo fanbook com cerca de 170 ilustrações da autora, além de entrevistas e outros materiais que normalmente enriquecem este tipo de material.  Por exemplo, há participação de Hagio Moto, contemporânea de Ōshima, e de Tomoko Ninomiya, que deve falar como fã do trabalho da mangá-ka veterana.  Vou checar o preço e, talvez, traga este livro para a minha casa.  O livro tem um subtítulo em francês: Livre pour les fans de Yumiko Ōshima.  O CN lista todos os trabalhos que aparecem no fanbook, mas seria muito trabalhoso traduzir, ainda mais com a conexão que eu tenho aqui no Rio.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Ranking da Oricon


Apesar do compromisso de regularidade, foram já duas semanas sem postar o ranking da Oricon, então, já são três contando com o de ontem.  A última postagem de rankings da Oricon reuniu o mês de dezembro inteiro, desta vez, não chegamos a tanto, mas foi quase.  Os shoujo e josei estiveram bem representados nas três  primeiras semanas do ano, no entanto, o desempenho não foi nada excepcional.  Salvo pela último ranking, não houve mangá feminino no top 10. Este último ranking, aliás, é meio a meio, dois josei, dois shoujo. Se Hiyokoi não subir no ranking, acho que isso significa uma perda de fôlego nas vendagens, ainda que consiga boa colocação no top 30.  Outra característica dessas primeiras semanas é que não houve repetição.  Quem estava semana passada, não entrou nesta e o mesmo vale para a semana anterior.  Obviamente, Ao Haru Ride #12, só para citar um exemplo, estava nos rankings anteriores.  Agora, resta saber quanto tempo Kuragehime ficará no top 30, lembrando que o filme live action está no cinema.



Semana de 12-18 de Janeiro 
7.  Kuragehime #15
15. Hiyokoi #14
17. Watashi ga Motete Dōsunda #5
28. Tokyo Alice #14

Semana de 5-11 de Janeiro 
13. Last Game #7
22. Otogimoyou Ayanishiki Futatabi #5

13. Kobayashi ga Kawai Sugite Tsurai!!  #9
15. Mune ga Naruno wa Kimi no Sei #5
19. Ao Haru Ride #12
21. Hachimitsu ni Hatsukoi #10
24. Ato nimo Saki nimo Kimi dake #8

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Yoshihiro Togashi recomenda mangá de Kozueko Morimoto


O mangá Takadaike no Hitobito (高台家の人々), de Kozueko Morimoto, chegou ao seu volume #3.  O encadernado será lançado no dia 23 de janeiro.  Não seria nada demais, ou de menos não tivesse o volume uma recomendação de Yoshihiro Togashi, de HUNTER X HUNTER e YuuYuuHakusho ((幽☆遊☆白書).  Ele escreve um recadinho provavelmente no obi - o cinto de papel que envolve o mangá -  dizendo que o mangá era interessante.  Aliás, a série entrou no  Kono Manga ga Sugoi! (このマンガがすごい! ) deste ano.  Para comemorar o lançamento do volume, 200 canecas com ilustrações da autora serão sorteadas.  Para participar, segundo o Comic Natallie, é preciso ter os três obi dos volumes lançados para enviar até o dia 23 de fevereiro para o endereço que está na última edição da revista YOU.

Comentando Loucas pra Casar



Como já aconteceu antes, comecei o ano com um filme nacional.  Loucas pra Casar é divertido,  ainda que cheio de clichês, mas boa parte do elenco é tão competente que eu me entreguei ao riso fácil, às piadas meio óbvias, e me diverti muito.  Há um bônus no filme, também, e não falo somente das cenas pós-créditos, mas de um final surpreendente até certo ponto.  Enfim, assistir uma comédia nacional é uma das maneiras de poder ir ao cinema com uma amiga querida que não compartilha dos mesmos gostos que eu.  Ela prefere filmes dublados, de ação e comédias.  O meio termo entre nós é encarar uma comédia nacional protagonizada por mulheres.  E, curiosamente, já é o terceiro filme com Ingrid Guimarães... Além disso, os cinemas da Baixada Fluminense, onde passo minhas férias longas, se especializaram em filmes nacionais e dublados.  É isso, ou ir para longe.  Agora, com Júlia, a coisa ficou mais complicada.

Loucas pra Casar começa com uma noiva em fuga, Malu (Ingrid Guimarães), depois de descobrir que seu quase marido, Samuel (Márcio Garcia), tem mais duas noivas.  Ela pretende se matar, mas descobre que suas duas rivais, Lúcia (Suzana Pires) e Maria (Tatá Werneck).  Tiveram a mesma idéia. A partir de então, voltamos no tempo e acompanhamos o desenrolar dos acontecimentos até que Malu tomasse sua trágica decisão.  A protagonista tem 40 anos e trabalha como assistente de Samuel, o homem de sua vida, em uma grande construtora. Apesar de estarem namorando há três anos, não há o menor indício de que um pedido de casamento esteja por vir. Um dia Malu percebe que faltam algumas camisinhas no estoque pessoal do namorado e logo deduz que ele tem uma amante. Após contratar um detetive particular, ela descobre outras duas mulheres na vida de Samuel: a dançarina de boate Lúcia e a fanática religiosa Maria. A partir daí, as três vão disputar o amor e a atenção de Samuel tentando desbancar as rivais e se tornar a única na vida do amado.

A resenha será breve, ou assim espero.  Em primeiro lugar, Loucas pra Casar foi apontado como um filme machista em 100% das resenhas que li, curiosamente, todas elas escritas por homens.  Todos os textos focaram no fato de Malu, uma mulher profissionalmente bem sucedida, grande responsável pelo progresso da empresa na qual trabalha, algo que é reconhecido publicamente pelo seu chefe e noivo, ser obcecada pela idéia de casamento, como se isso fosse a solução para todos os seus problemas.  Uma mulher moderna e bem sucedida não precisa disso, claro, mas o que tem se perdido de vista, talvez para não entregar parte do final interessante do filme, é que Malu é uma mulher doente, muito doente.


A personagem de Ingrid Guimarães pegou o buquê em todos os casamentos nos quais esteve presente desde os anos 1980, no entanto, ela não consegue se casar.  Traída por todos os seus noivos e pretendentes, ela decidiu compensar sua frustração focando no trabalho e no controle de todos os aspectos da sua vida, tudo é milimetricamente planejado, todos os objetos têm seu lugar, há etiquetas até no nécessaire que leva em viagens, nenhuma poeira, mancha, ruga no lençol escapam dos seus olhos treinados.  Isso rende boas piadas, sem dúvida, mas entregam, também, as neuroses da protagonista.  E TOC, transtorno obsessivo compulsivo, é somente um deles.

Mais adiante, descobrimos que Malu tem uma mãe que é doente psiquiátrica, coisa que não vi em nenhuma resenha.  Parkinson ou outra coisa, o filme não esclarece, mas trata-se de uma mulher frágil, carente da atenção e suporte financeiro da filha.  Descobrimos, também, que ela foi abandonada pelo marido e aí começou o seu desmoronamento emocional e debilitação.  Malu precisa encontrar o homem perfeito para não cair na situação da mãe, seja o abandono, seja a solidão.  Ao focar no drama familiar de Malu, o filme mostra o quanto é caro manter e cuidar de um paciente psiquiátrico, e como Samuel é um apoio na sua vida nesse aspecto.  Homem de posses, ele gasta do seu bolso para que a sogra tenha algum conforto e bons serviços médicos; amoroso, ele consola e anima Malu.  Como não amar um homem assim?


Estou focando nesses aspectos, porque mesmo sendo uma comédia frenética, com todos os vícios do humor nacional ancorado em esquetes e piadas que se esticam demais (*vide a cena da igreja com Tatá Werneck interpelando o padre*), acredito que há mais para se discutir do que uma suposta fixação das mulheres pelo casamento.  Algo que não se sustenta quando olhamos o social com muitas mulheres solteiras e felizes, mas que, tampouco, se afasta daquilo que é vendido pelas novelas e outras mídias populares.  E a questão da maternidade nem entrou em discussão...  Loucas pra Casar não faz a louvação do casamento como destino, ainda que durante boa parte do filme, seja esta a crença de Malu.  Ela precisa se desdobrar, lutar para manter o “seu homem”, ainda que isso implique em se submeter às fantasias mais loucas... 

E as suas competidoras?  Lúcia, a personagem de Suzana Pires, é a dançarina de boate desbocada, com muita experiência com os homens, mas que se tornou “exclusiva” de Samuel.  Ela o ama, tem a chave de seu apartamento, seu número de celular, ... Ela não pensa em casamento até que conhece Malu e Maria. Ela está feliz até perceber que seu amante tem outras.  Suzana Pires está muito bem no papel, eu não a imaginava capaz de passar naturalidade fora das personagens classudas que a vi interpretando na TV e no cinema, mas ela consegue.  A jogadinha de cabelo então! Ainda assim, se não fosse a personagem de Tatá Werneck, o confronto entre Lúcia e Malu poderia ganhar ares mais dramáticos e menos cômicos. 


Tatá Werneck não convence como uma mocinha de 21 anos que parece ter menos.  Não convence mesmo!  No entanto, quem se importa quando a atriz é tão competente na arte de fazer rir?  O que foi aquela cena em que ela sai rolando pela porta como se fosse um tatu-bola?  E ela fez umas caras alucinadas que me deram medo.  A moça não é religiosa, é doida mesmo, e com cara de perigosa.  Fora isso, não fala coisa com coisa e, em alguns momentos, parece possuída por alguma entidade. A própria personagem se diz incorporada.  Ela se desdobra para fazer a vontades de Samuel fazendo a linha “Amélia”, mas, bem lá no fundo, tudo é uma estratégia para subir ao altar.  Sexo com ela é sem penetração, pois o “cabaço” só depois de casar.  Se Lúcia joga na cara de Malu que faz na cama aquilo que ela não faz, Maria diz para a protagonista que tem a juventude que lhe falta.  

Daí para frente, elas planejam estratégias para obrigar Samuel a se posicionar, escolhendo uma das três, ou competindo entre si.  No entanto, em nenhum momento o filme investe pesado nas sabotagens das mulheres umas contra as outras.  Elas se vêem como inimigas, querem ser a única na vida de Samuel, mas não há exagero nos confrontos entre elas.  Mesmo a inimizade fruto da disputa e da traição é relativizada em alguns momentos por Lúcia e Malu, já Maria é lunática, não dá para contar.  Obviamente, o mais razoável – e quem disse que um filme precisa ser razoável? – seria dispensar o sujeito e ir tocar a vida, mas sabemos que isso é muito raro e sempre acontece depois de decepções.  Um final como o de Recruta Benjamim, uma comédia feminista, é ao mesmo tempo empoderador e solitário.  Por mais cafajeste que Samuel possa ser, como Malu, ou as outras, podem esquecer do quanto são felizes com ele?  No caso de Malu, como não levar em conta o suporte financeiro e emocional que ele lhe da com a mãe?


De resto, a disputa entre as três segue até o altar com Malu cada vez mais alterada e perdendo controle sobre sua vidinha regrada.  O elenco de apoio conta com a talentosa Fabiana Karla como Dolores, a amiga confidente e lésbica de Malu. Dolores tem um caso amoroso com uma travesti – embora eu acredite que o termo adequado neste caso fosse transexual – que é citada tantas vezes no filme que seria frustrante não conhecer a figura.  Sim, ela aparece no final.  Já Lúcia tem, também, o seu amigo gay, Rubi (Edmilson Filho), seu coreógrafo e companheiro na investigação para descobrir quem é Malu. Alívio foi ver que o papel não era de Rodrigo Sant'Anna, a Valéria do Zorra Total, porque ele é figura fácil nas comédias nacionais atualmente.  Enfim, só Maria não tem um amigo ou amiga gay, como é um clichê insistente, só serviu para comprovar quão anômala é a personagem... 

Tudo caminhou para o altar, claro, e o retorno para a cena do suicídio.  Não posso entregar o final do filme, e isso compromete um pouco o meu texto.  Façamos o seguinte, abaixo do trailer haverá mais uns dois ou três parágrafos discutindo a reviravolta que torna Loucas pra Casar tão interessante.  De resto, trata-se de uma comédia divertida, se você desliga parte do cérebro, mas que parece reforçar a idéia de que a felicidade de uma mulher se completa com o casamento. Obviamente, o noivo era rico, compreensivo, fogoso e tinha a cara do Márcio Garcia.  Será que não cabe um desconto?  Dito isso, acredito que a película seja mais irônica do que interessada em reforçar o estereótipo da mulher casamenteira.  


Não preciso dizer, também, que o filme cumpre sem problemas a Bechdel Rule, ainda que o papo entre as personagens femininas normalmente seja Samuel, há alguns poucos diálogos que escapam. Isso, claro, não torna o filme feminista, aliás, Loucas pra Casar está bem longe disso, mas traz algumas boas sacadas e possibilita, sim, alguma reflexão sobre transtornos mentais e como as mulheres convivem com eles.   De resto, Loucas pra Casar é sucesso de público como tantas outras comédias nacionais.  No entanto, não imagino que possa ter continuação.  O final, aquele que não é possível comentar sem estragar o prazer de assistir ao filme, inviabiliza um segundo filme caça-níqueis.  E isso, aliás, é um alívio.  


Sim, se você está lendo este  parágrafo, ou viu o filme, ou não se importa que eu comente o final.  Pois bem, Malu não tinha rival alguma, tanto Lúcia, quanto Maria, eram invenções da sua própria mente.  Aliás, Malu = Maria Lúcia.  Apesar de haver matado a charada lá pelo meio, afinal, a personagem de Tatá Werneck era muito surreal, e havia várias coisas estranhas como três casamentos no mesmo dia e na mesma hora com o mesmo sujeito, fiquei bem angustiada com a cena na qual Malu descobre sua doença e se desespera.  A cena quer ser cômica, mas o efeito em mim foi de lenta tortura  com as três noivas caminhando para o altar e, ao mesmo tempo, todas as personagens vendo somente uma mulher falando sozinha...  

O suicídio de Mallu não era fruto da traição, mas da descoberta da doença, do fato de ter três  personalidades.  Suspenso o casamento, ela vai se tratar e temos um salto no tempo e uma nova chance para Malu e Samuel.  Eu preferia Malu tocando a vida, seguindo em frente, sem que a história de “um novo amor” fosse trazida para  a tela e ela finalmente se casasse.  No entanto, só de admitirem que havia uma doença e, não, mulheres disputando um homem, o lugar comum, foi um grande alívio.  A admissão do espaço para a fantasia - Malu via um belo Samuel onde ele não existia, também - é salutar, mas achei complicado ver as duas outras personalidades reaparecendo no final... 

Alguns podem acreditar que foi a obsessão pelo casamento a fonte da doença de Malu,  para mim, ela foi sintoma de problemas mais profundos.  A relação familiar conturbada, o abandono do pai. produziram na personagem a necessidade de perfeição.  Se a mãe tivesse sido perfeita para seu pai teria sido abandonada? Conheci mulheres  inteligentes, competentes, que se sentiam compelidas a aceitar migalhas de amor, porque, lá atrás,  faltou alguma coisa, normalmente,  amor de pai, um lar estável, o elogio ou a correção na hora certa, etc.  Mesmo com mães lutadoras e presentes, a sociedade parece reforçar que sempre falta alguma coisa e fica subentendido que a mulher falhou e, por isso, o homem foi embora.  E a  personagem de Márcio Garcia oferecia mais do que migalhas.  Não vejo o filme como um reforço de que as mulheres devem se submeter a todas as fantasias de seus parceiros, mas que há lugar para as fantasias, sim, só que Malu não fantasiava conscientemente ser  Maria e/ou Lúcia, elas eram parte de um quadro de transtorno mental.  Tratar disso em uma comédia é raro, ainda que nada tenha sido aprofundado realmente, o que é uma pena.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Indicados ao 8º Manga Taisho Awards


Saíram os indicados para o Manga Taisho Awards, cujo nome oficial em inglês é Cartoon Grand Prize. Esta é a 8ª edição do prêmio e podem participar da premiação mangás lançados em 2014 ou que tenham oito volumes ou menos entre 1 de janeiro e 31 de  dezembro do ano da votação. Este é o prêmio para as novas séries, em linhas gerais.  Muito bom ver um mangá de Akiko Higashimura indicado, além, claro, do engraçadíssimo Gekkan Shōjo Nozaki-kun.  Segue a lista dos indicados deste ano:

Innocent (イノサン) de Shin'ichi Sakamoto
Ōsama-tachi no Viking (王様達のヴァイキング) de Sadayasu, Makoto Fukami
Kakukaku Shikajika (かくかくしかじか) de Akiko Higashimura
Kasane (累 ―かさね―) de Daruma Matsuura
Gekkan Shōjo Nozaki-kun (月刊少女野崎くん) de Izumi Tsubaki
Koe no Katachi (聲の形) de Yoshitoki Ōima
Kodomo wa Wakatte Agenai (子供はわかってあげない) de Rettou Tajima
Dimitri Tomkins (ドミトリーともきんす) de Fumiko Takano
Blue Giant (BLUE GIANT ) de Shinichi Ishizuka
Hōseki no Kuni (宝石の国) de Haruko Ichikawa
Ballroom e Yōkoso (ボールルームへようこそ) de Tomo Takeuchi
Boku dake ga Inai Machi (僕だけがいない街) de Kei Sanbe
Boku no Hero Academia (僕のヒーローアカデミア) de Kōhei Horikoshi
Mahō Tsukai no Yome (魔法使いの嫁) de Kore Yamazaki


Segundo o Comic Natalie, 92 pessoas, normalmente funcionários de livrarias responsáveis pelo setor de mangás, votaram em 234 trabalhos, os 14 mais votados foram indicados.   A segunda votação definirá o vencedor.  O úlltimo vencedor do Taisho Awards foi Otoyomegatari (乙嫁語り) de Kaoru Mori.  Além do Comic Natalie, minha outra fonte foi o ANN.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Problemas de Conexão: Blog muito devagar


Estou na minha última semana fora de casa e a conexão na casa dos meus pais está horrorosa. Claro ou Oi, nada presta. Não sei se quando ela estiver funcionando melhor, terei como estar no computador.  Na verdade, não posso ficar no computador mais do que poucos minutos, no tablet um pouco mais, no entanto, não ajuda muito. Enfim, talvez não tenhamos tantos posts durante a semana, os úlltimos dias de férias sempre são de correria.  Não estranhem a ausência, ontem, por exemplo, não consegui postar coisa nenhuma.  É isso.  Só para ninguém se surpreender.   

Se tudo correr bem, coloco no ar mais um texto sobre a Charlie Hebdo hoje.  Sim, censura, auto-censura por medo, justificação do massacre dos cartunistas, covardia diante de ações de fundamentalistas, etc. são assunto do blog, também, porque são questões que me incomodam como ser humano, mulher, professora de História e feminista.   Daqui a pouco, a minha roupa, a forma como falo, se falo com homens que não são meus parentes, o fato de ser mulher e estar na rua podem incomodar fundamentalistas e isso não lhes dá  o direito de me agredirem, matarem, constrangerem a mim ou outras mulheres, nem me torna culpada de qualquer perseguição sofrida pela comunidade X, Y ou Z, ou pelo colonialismo ou imperialismo... Dê uma unha e te pedirão a mão, depois o braço e o corpo inteiro.  Por isso, #JeSuisCharlie

Mas falo disso depois... se conseguir.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Taxas de suicídio no Japão mantém queda pelo quinto ano seguido


Ainda que o Japão tenha a maior taxa de suicídios  no mundo, o governo japonês soltou as estatísticas de 2014 e a taxa se mantém em queda.  Boas notícias, sem dúvida!  Foram 25.374 casos registrados e as razões listadas foram as seguintes:

Problemas de saúde (15,000)
Causa desconhecida (7,000-10,000)
Problemas Econômicos (5,000-8,000)
Problemas Familiares (4,000)
Problemas no Trabalho (2,000)
Problemas de Relacionamento (1,000)
Problemas  na Escola (400)
Outros (1,500)

Quando os números são desmembrados, temos 17.354 (68.4%) masculinos e 8.020 (31.6%) femininos.  No entanto, não é surpresa, por razões várias, todas de ordem sócio-cultural,as mulheres tendem a compensar os problemas de outras formas.  Da última vez que chequei, o único país com taxas de suicídio entre mulheres superiores às encontradas entre os homens era a China.  Segundo o Rocket News 24, minha fonte, somente em 1990 as duas taxas se aproximaram com 61,6% dos suicídios sendo masculinos

Há uma campanha do governo japonês para diminuir as ainda muito elevadas taxas de suicídio.  O ápice foi o ano de 2003, com 34.427, em 2007, ano de lançamento do programa de nove passos para prevenir o suicídio, houve 33.093 mortes.  O objetivo é diminuir em 20% as taxas a partir dos números de 2007 até 2017.

Qual o bishounen de óculos favorito dos japoneses? Lista com personagens da Kodansha


A Kodansha, via Yahoo Japan, selecionou vinte das suas personagens masculinas de óculos e colocou em votação para que o público decidisse qual a sua favorita.  Ultimamente, aliás, personagens de óculos são aquelas mais coo de uma série, é o sujeito que tem controle sobre seus nervos e mantém a pose mesmo nas piores situações, pode não ser o protagonista, ou ficar com a mocinha, mas, normalmente, tem uma legião de fãs.  Segundo o Rocket News 24, o Arata de Chihayafuru manteve a liderança por algum tempo, mas acabou perdendo no final.  Os cinco mais votados foram:

1. Miyuki Kazuya – Ace of Diamond
2. Arata Wataya – Chihayafuru
3. Saruhiko Fushimi – K: Days of Blue
4. Kengo Akechi – Akechi Case Files
5. Kazuma – Noragami



Outras personagens de mangá feminino que identifiquei nas imagens são Hikaru Hoshi de Kirara no Hoshi e Shuu Koibuchi de Kuragehime.  Se há outros, a imagem que consegui é  muito pequena e não consegui descobrir quem era.  Também dá para identificar uma personagem de Sayonara Zetsubou-sensei, o RN24 diz que seu nome é Nozomu Itoshiki e Kouseki Arima de Shigatsu wa Kimi no Uso (Your Lie in April).  Mas  eu aqui querendo adivinhar e o ANN publicou a lista de todos os competidores:

Kazuma (Noragami: Stray God)
Kōsei Arima (Shigatsu wa Kimi no Uso)
Hikaru Hoshi (Kirara no Hoshi)
Hikari Tsutsui (3D Kanojo)
Nozomu Itoshiki (Sayonara, Zetsubou-Sensei)
Shū Koibuchi (Kuragehime)
Kuro Gokokuji (Yokai Doctor)
Masazumi Kaneda (Dakara Kaneda-ha Koi-ga Dekinai)
Asuka Mitarai (Swing Joker)
Kōdai Hino (Megami-no Libra)
Ginjirou Sannomiya (Hatsukoi Monster)
Rindou Hayashida (Shimashima)
Youta Koizumi (Ani-ga Imouto-de Imouto-ga Ani-de)
Gowther (The Seven Deadly Sins)
Shinji Karasuma (Liar x Liar)
Hōsaku Samon (Kyojin no Hoshi)



A  pesquisa foi feita on line entre os dias 28 de novembro e 18 de dezembro do ano passado.  O resultado final foi anunciado em 9 de janeiro.  

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Sailor Moon Crystal nas TVs japonesas em abril


O novo anime de Sailor Moon (美少女戦士セーラームーンCrystal) já fechou a sua primeira temporada, foram 13 episódios assistidos por streaming (*on line*) no site NicoNico.  Não sei se foi a primeira vez que um anime, ainda mais um tão esperado, foi oferecido on line antes de ir para a TV, mas, com certeza, foi a primeira vez que uma série foi legendada em tantos idiomas, português, inclusive, e disponibilizada para o mundo todo simultaneamente.  Outra novidade, era a exibição quinzenal, o normal, no Japão é que os animes sejam semanais.  Há exceções, mas são isso mesmo, exceções.


Segundo o Comic Natalie (*vi primeiro no ANN*), a primeira temporada  estréia nas TVs japonesas em abril.  Já a nova temporada, contada a partir do capítulo 14, vai ao ar amanhã no site NicoNico.  Teremos Chibi Moon e outras personagens estreando no anime.  Já o quinto box de Blu-ray será lançado em 11 de fevereiro. A capa é Sailor Vênus.  Me pergunto se a versão que vai para a TV é a corrigida, a dos Blu-rays, ou a exibida on line originalmente.

Os 20 Animes Musicais Favoritos dos Japoneses


E a semana da música parece que nunca termina!  Será que tem alguma data ligada à música rolando no Japão esses dias?  Três pesquisas... Enfim... Desta vez, o ANN publica os resultados de uma pesquisa feita pelo site Goo Ranking com 500 participantes.  E quem ficou na frente?  Nodame Cantabile!  O ANN diz que K-ON! ficou logo atrás, mas venhamos e convenhamos, 13% a menos não é logo ali, não!  E eu gosto de K-ON!, trata-se de um anime sobre nada muito, muito divertido e fofinho. :D

Continuando a lista, temos mais shoujo e josei no top 10, La Corda D'Oro me deixou perplexa, mas a série tem se mantido em evidência graças aos games, que são, aliás, a sua origem.  Temos NANA, claro, mas não em primeiro lugar como na pesquisa com as mulheres somente, mas Nodame não apareceu por lá, porque não tinha banda.  E temos ainda Sakamichi no Apollon, Suite Precure, Uta no Prince-sama (*parece que esta série tem muitos fãs mesmo... ainda não olhei.*), Kaikan Phrase, Pretty Rhythm e Mermaid Melody: Pichi Pichi Pitch.  Curiosamente, as mahou shoujo idols dos anos 1980 ficaram de fora.  Já Bremen 4: Angels in Hell é do início dos anos 1980, criação de Osamu Tezuka e produção da Nippon. É o anime mais antigo do grupo.

1. Nodame Cantabile - 33.6%
2. K-ON! - 20.2%
3. Macross F - 14.0%
4. NANA - 13.2%
5. La Corda D'Oro - 5.6%
6. Detroit Metal City - 5.4%
7. Piano no Mori- 4.8%
8. Sakamichi no Apollon - 4.6%%
9. Shigatsu wa Kimi no Uso  - 4.4% (empate)
10. Suite Precure - 4.4% (empate)
10. Uta no Prince Sama - 4.2%
12. THE IDOLM@STER - 4.0%
13. Symphogear - 3.2%
14. Kaikan Phrase - 2.4%
15. Bakumatsu Rock - 2.0%
16. Polyphonica - 1.8%
16. Tari Tari - 1.8% (empate)
16. Pretty Rhythm - 1.8% (empate)
19. Mermaid Melody: Pichi Pichi Pitch 1.4%
20. Bremen 4: Angels in Hell 0.4%

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Japoneses escolhem suas séries com idols favoritas


As idol são uma instituição no Japão.  As de carne e osso são mistura de modelo, cantora, animadora de auditório, atriz, não raro, começam bem jovens em grupos de cinco ou muito mais meninas (*pensem AKB48*) e devem levar uma vida regrada para que sejam idolatradas pelos fãs.  Fonte de dinheiro, elas habitam, também, os animes e mangás.  Nos anos 1980, havia muitos mahou shoujo no qual a menininha se transformava em uma idol.  Um site japonês  perguntou para 500 pessoas, não sabemos idade, nem sexo, mas pelo resultado aposto em votantes mais maduros, quais suas séries animadas – não filmes, então não estranhem a falta de Perfect Blue – com idols.  Muitos shoujo na lista, curiosamente, Uta no Prince Sama é bem recente.  Lynn Minmay, que muita gente diz odiar, e Creamy Mami são as  mais amadas. :)  Aliás, da lista, Macross foi o único anime que assistimos no Brasil.

1. The Super Dimension Fortress Macross - 19.2%
2. Magical Angel Creamy Mami - 11.4%
3. THE IDOLM@STER - 9.4%
4. AKB0048 - 7.2%
5. Love Live! School idol project - 6.8%
6. Aikatsu! - 6.2%
7. Uta no Prince Sama - 6.0%
8. Kirarin Revolution - 5.4%
9. Chō Kuseninarisou (I'll Make a Habit of It) - 4.6%
10. Full Moon o Sagashite - 3.6%
11. Locodol - 3.0%
12. Wake Up, Girls! - 2.0%
13. Pretty Rhythm series - 1.4%
14. PriPara - 1.4%
15. Magical Emi - 1.0%
16. Fancy Lala - 0.8%

P.S.: Os resultados da pesquisa estão no ANN.