segunda-feira, 31 de março de 2014

Coleção Studio Ghibli: Absolutamente imperdível!


Para quem não sabe, a Versátil irá lançar  no Brasil a Coleção Studio Ghibli - Blu-Ray ou DVD - com três títulos do mestre Hayao Miyazaki: Nausicaä do vale do vento (風の谷のナウシカ - Kaze no Tani no Naushika) - 1984, Meu amigo Totoro (となりのトトロ - Tonari no Totoro) - 1988, e Princesa Mononoke ( (もののけ姫 - Mononoke-hime) - 1998.  Para quem é velha de guerra, como eu, deve ter ficado a lembrança de que Princesa Mononoke foi dublado para exibição e lançamento no Brasil, que a dublagem em português-BR apareceu em DVDs e Blu-Ray vendidos em outros países, e o filme nunca estreou ou foi lançado em home vídeo por aqui.  Enfim, meu povo, não sei se a qualidade do lançamento faz justiça aos três filmes selecionados, mas torço para que faça, pois é compra mais que obrigatória para os fãs de Miyazaki, de anime e de animação em geral.  O lançamento está previsto para  02/05/2014 e está em pré-venda em várias lojas, como a Livraria Cultura.  Já reservei o meu box Blu-Ray, mas há a opção em DVD, também.  O preço é mais que decente.  Então, que tal juntar uns dinheiros e comprar essas três grandes obras do mestre Miyazaki em lançamento nacional?


domingo, 30 de março de 2014

Rankig da Oricon


Eis o ranking da Oricon da última semana.  (*Estou postando enquanto Júlia dorme e a conexão funciona, é preciso correr!*)  Apesar o desempenho de Skip Beat!, que sempre aparece bem no ranking, foi uma semana muito fraca para os shoujo e josei, na verdade, só temos shoujo mesmo... Vamos esperar a próxima quarta para ver como fica.

5. Skip Beat! #34
26. Hiyokoi 12
28. Hanakun to Koisuru Watashi 8

P.S.: Se conseguir, volto a postar o ranking do Comic List.  Apesar das imprecisões, ele é fundamental para sabermos quais shoujo e josei estão em evidência no Japão.

Atenção! Problemas Técnicos


Pessoal, boa tarde!

Estou fora de casa temporariamente, fui passar o aniversário da minha mãe junto com ela e, claro, levar Júlia para ver os avós. Resultado disso, estou com aquela conexão miserável que mal me permite navegar.  E, bem, quando ela está minimamente aceitável, ou estou com a Júlia, ou muito cansada para fazer qualquer coisa.  Fora isso, Júlia está resfriada e seus primeiros dentes parecem estar nascendo. Não me sobra muito tempo...

Sendo assim, até o dia 8 de abril, o blog estará lento, talvez, quase parando.  Farei o possível para postar alguma coisa, mas não sei se manterei a regularidade de, pelo menos, 1 mísero post por dia.

É isso!

sexta-feira, 28 de março de 2014

Para mais da metade dos brasileiros, comportamento da mulher justifica o estupro


A imprensa publicou ontem os vergonhosos (*sim, é um daqueles momentos que sinto vergonha do Brasil*) dados de uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostrando que para 58,5% dos 3.810 entrevistados em 212 cidades de todos os estados do país, entre maio e junho de 2013, teríamos menos estupros se as mulheres “soubessem se comportar”.   É um resultado aterrador, porque mostra que para mais da metade de um grupo de entrevistados significativo, a culpa do estupro é da vítima, ea vítima, claro, é do sexo feminino.  Se pegarmos outra pesquisa, descobrimos que 50,7% das vítimas de estupro no Brasil têm até 13 anos e que em 2011 mais de 89% dos estuprados eram mulheres e, desse total, 70% eram crianças e adolescentes.  Juntando as duas pesquisas, imagino que estupro é castigo para “menina mal comportada”.

Enfim, o que esta pesquisa deixou à mostra é que mais da metade dos entrevistados considera que o estupro é legítimo a depender do comportamento da vítima.  Deixe-me ver, e vou linkar uma série de matérias com mulheres estupradas, isto é, que não sabem se comportar: secretária de uma igreja estuprada por sujeito atendido pelo serviço social; passageira de transporte coletivo cheio estuprada e agredida; menina de 9 anos estuprada e morta à caminho da escola; adolescente que se negou a fazer sexo com um desconhecido que invadiu sua casa de madrugada e quase foi morta; adolescente de 13 anos atacada em sua própria casa, estuprada por quatro e esfaqueada; idosa de 78 anos que dormia em seu quarto quando foi assaltada e estuprada; mulher de 60 anos estuprada e morta na frente da mãe de 100 anos.  Todas mulheres muito mal comportadas, eu suponho.  Ah, mas alguém pode estar pensando: E a garota que saiu com o cara e disse “não”?  E a mulher que bebeu demais?  E a que usa roupas curtas? E... 


Bem, se você tivesse um mínimo de respeito pelas mulheres, não estaria sequer cogitando essas perguntas.  Você certamente seria um dos que responderiam que estupro é coisa que a mulher pede, quando estupro, na verdade, é um ato criminoso no qual uma pessoa, geralmente um homem, se apropria do corpo de outra, mulher ou criança, para mostrar que tem poder (*normalmente personificado em um órgão chamado pênis*) e que pode, sim, exercê-lo como, quando e como quiser.  A maioria dos estupradores não é doente, ou teríamos que considerar doentes uma grande parcela de nossa população, a que estupra e a que acha que estuprar em algumas situações é legítimo. E, sim, há mulheres que acreditam que outras merecem ser estupradas, que elas, por serem boas mulheres, nunca seriam estupradas.  Lamento informar, você é muito machista e está muito equivocada.  Espero que você reflita que mulheres são estupradas por serem mulheres, jovens ou idosas, magras ou gordas, de qualquer cor ou classe social, são estupradas por serem mulheres.

Mas a pesquisa é extensa, vamos lá!  Por exemplo, 65,1% dos quase 4 mil entrevistados disseram concordar total ou parcialmente que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.  Para quem acha que a roupa que se veste faz diferença, como se roupas fizessem diferença, como se roupas estuprassem.  No Egito, país no qual 72% das mulheres afirmam usarem hijab (véu + roupas “modestas”, isto é, que ocultam as formas do corpo*) ou niqab (*aquela vestimenta preta que só deixa os olhos à mostra, porque geralmente vem acompanhada de luvas e meias pretas*), 86% das mulheres já sofreram alguma forma de assédio sexual.  Vejam que o problema parece ser com um tipo de masculinidade agressiva e uma cultura permissiva em relação aos estupros e, não, ao que as mulheres usam ou deixam de usar.  A não ser, claro, que saber se comportar seja ficar em casa, não sair para trabalhar ou estudar.  Mas eis que dentro de casa a violência também acontece.


Aí, temos outros dados chocantes da pesquisa: 63% concordaram, total ou parcialmente, que “casos de violência dentro de casa devem ser discutidos somente entre os membros da família”; 89%, somando aqueles que concordaram totalmente e parcialmente, disseram concordar que “a roupa suja deve ser lavada em casa”;  82% acreditam que “em briga de marido e mulher não se mete a colher”; 68,8% concordaram, total ou parcialmente, que o “homem deve ser a cabeça do lar”. Temos, portanto, uma visão patriarcal de família, somado ao princípio burguês de que o que ocorre em casa é algo privado e não interessa a mais ninguém.

Cabe aqui historicizar o que chamo de burguês. A partir do século XVIII, vários discursos partindo  de membros da burguesia – filósofos, médicos, advogados, economistas, moralistas, religiosos – vão enfatizar o individualismo, a livre iniciativa, que todos os homens do sexo masculino são nascidos iguais (*ou você acha que as mulheres estavam incluídas???*), a importância da família nuclear, da maternidade como destino das mulheres, do direito do pai (*vide o Código Napoleônico*) sobre o resto da família, da necessidade de uma intimidade e ligação maior entre o casal (*daí o amor romântico*), etc.  A idéia de privacidade – portas fechadas, corredores, quarto do casal, etc. – é muito recente.  A residência do camponês (*e de muitos pobres até hoje*) só tinha um cômodo, ados nobres tinha um cômodo que dava para outro e outro e outro, nada de corredores, por exemplo.  Era uma outra forma de ver o mundo, não melhor, ou pior, mas muito mais pública.  O triunfo da burguesia no século XIX (*há controvérsias, claro!*) deu muito poder ao pai, muita importância à família nuclear e desdobrou-se em pesquisas como essas aí...


Se “roupa suja se lava em casa”, bem, como tratar um caso de estupro dentro da família?  Bem, e estatisticamente muito da violência contra as mulheres ocorre em casa; quando se trata de estupro contra crianças e adolescentes então... Se “em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”, vilão é quem chama a polícia ou diz para a mulher que ela tem direitos, que não precisa, nem pode se submeter a violência conjugal.  Dai, ah, as contradições dos brasileiros e brasileiras, é meio cômico que “91% concordaram, total ou parcialmente, que “homem que bate na esposa tem que ir para a cadeia”. E 78% concordaram totalmente com a prisão para maridos que batem em suas esposas.”.  Fica engraçado, não é?  E o princípio da privacidade e do domínio do homem sobre mulher e filhos?

Enfim, essa pesquisa me deixou bem mais descrente dos tempos nos quais vivemos.  Culpar a vítima, não o agressor, perguntar para a mulher ou menina estuprada “o que você estava vestindo?” ou “o que você fazia nesse lugar a essa hora?” devem ser a regra para mais da metade dos entrevistados.  Mundo triste esse em que vivemos; país triste este tão machista e reacionário no qual estuprar é crime somente em alguns casos.   E repito, não se engane, mulher machista, você se acha livre das agressões por ser pura, modesta e recatada, por não ser puta ou periguete, mas continua sendo mulher.  Não está livre das agressões de caráter sexual, sejam verbais, sejam físicas.  Depois desta pesquisa, será que ainda vai aparecer alguém falando seriamente que não precisamos dos feminismos para nada?  

quinta-feira, 27 de março de 2014

Kaoru Mori é a vencedora do 7º Taishō Award


Hoje, o Comic Natalie publicou o resultado 7º Manga Taishō Award. Desta premiação podem participar séries novas, lançadas entre 1 de janeiro e 31 de dezembro do ano anterior, ou que tenham oito volumes ou menos. Em 2013, foram 98 votantes, este ano não deve ter sido muito diferente, já que Otoyomegatari terminou com 94 pontos. O comitê do Taishō Award é composto, principalmente, por funcionários de livraria que trabalham diretamente com mangá.  Otoyomegatarie tinha ficado em segundo lugar em 2013, perdendo para o mangá josei Umimachi Diary (海街diary) de Akimi Yoshida.  Para quem não conhece Otoyomegatari – a autora é obrigatório conhecer, viu? – a série se passa no século XIX, na Ásia Central, e acompanha a vida de várias noivas em tribos de povos islamizados da região.  Kaoru Mori está apaixonada pelo povo, pela época, pelos costumes e criou uma espécie de mangá etnográfico, por assim dizer.  Eu acho a arte de Mori espetacular, mas cansei da história faz algum tempo...   


Enfim, segue a lista com os participantes deste anos e suas pontuações: 

94pt: Mori Kaoru – Otoyomegatari (乙嫁語り)
82pt: Sanbe Kei – Boku dake ga Inai Machi  (僕だけがいない街)
66pt: Takeda Kazuyoshi – Sayonara Tama-chan  (さよならタマちゃん)
59pt: Suzuki Nakaba – Nanatsu no Taizai  (七つの大罪)
54pt: Kui Ryoko – Hikidashi ni Terrarium(ひきだしにテラリウム)
46pt: Matsuda Naoko – Juuhan Shuttai!  (重版出来!)
43pt: One e Murata Yuusuke – Onepunch-Man  (ワンパンマン)
32pt: Miura Tsuina e Sakurai Gamon – Ajin  (亜人)
31pt: panpanya – Ashizuri Suizokukan (足摺り水族館)
9pt: Sano Nami – Sakamoto Desu ga?  (坂本ですが?)

P.S.: A imagem que ilustra o post foi feita pela autora para comemorar o resultado.

Mangá Harlequin em formato E-Book


Estava passeando pelo site da Livraria Cultura e entrei na parte de material em formato e-book.  Há vários quadrinhos disponíveis, comics, BD, material nacional, e mangá.  A graça é que acabei tropeçando exatamente em um mangá Harlequin e descobrindo que há muito, muito mais!  O importante é que, caso um site como o Amazon não permita que brasileiros comprem, você pode comprar na Cultura.  O material é da eManga e há não somente Harlequin, mas mangás de Tezuka, BL, Hentai, novels, etc.  E há a possibilidade de várias línguas tais como italiano, francês, coreano, espanhol.  As capas que estão no post foram escolhidas aleatoriamente, a lista completa do material Harlequin em inglês está aqui.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Chika Umino leva o 18º Tezuka Awards


Finalmente, porque Sangatsu no Lion (3月のライオン) já tinha sido indicado antes, Chika Umino vence o prêmio principal do Tezuka Awards.  Ela merece, claro!  E mais mulheres foram premiadas este ano.  O prêmio para Estreantes (*Será que é isso?  O ANN traduziu como “New Birth”*) foi para Machiko Kyō com Mitsuami no Kami-sama (みつあみの神様), que acompanha uma garota nos dias que se seguiram ao terremoto e Tsunami de 11 de março.  O prêmio para trabalho curto foi para Onnoji (オンノジ) de Yuuki Shikawa.  Engraçado... Não estava na lista de indicados que eu postei.  Será que esqueci dessa obra?  O prêmio especial foi para Fujiko Fujio A com Ai… Shirisomeshi Koro ni…(愛…しりそめし頃に…), mangá que conta a trajetória de Maga Michi e Shigeru Saino, que foram inspirados em Akibo e no próprio Hiroshi Fujimoto (Fujiko F. Fujio), criadores de Doraemon. O prêmio escolha dos leitores foi para Space Brothers, ou Uchuu Kyoudai  (宇宙兄弟), de Koyama Chuuya.  A entrega dos prêmios será em 30 de maio.


terça-feira, 25 de março de 2014

Primeiro volume de 31 Ai Dream de Arina Tanemura tem lançamento especial


O Comic Natalie noticiou que quem comprar 31☆Ai Dream (31☆アイドリーム), de Arina Tanemura, lançado hoje, 25 de março, ganhará um cartão postal de brinde.  O quarto volume de Neko to Watashi no Kinyoubi  (猫と私の金曜日0, mangá da autora na Margaret, foi lançado ao mesmo tempo, se entendi bem o CN, ganham os cartões postais quem comprar um dos volumes nas lojas Animate.  Quem comprar os dois volumes das respectivas séries, pode concorrer a um clear file autografado.  É a tentativa de multiplicar as vendas.


31☆Ai Dream sai na revista Melody, que deveria ser josei, mas é shoujo, e conta a história de uma mulher de 31 anos frustrada com sua vida e sem namorado.  Ela era a garota mais popular do colegial, presidente da classe e tudo mais, e lamenta ter recusado o amor de um garoto, apesar de gostar dele.  Depois de uma reunião de ex-colegas, ela decide se matar, mas acaba recebendo a chance de voltar a ter 15 anos, sabendo de tudo que sabe aos 31... Peggy Sue seu Passado a Espera versão mangá?  Queria scanlations, mas acredito que não existam ainda.

Entrevista com a autora de Tonari no Kaibutsu-kun comemora lançamento de artbook


Segundo o Comic Natalie, a última edição da revista Dessert trouxe uma longa entrevista com Robiko, autora de Tonari no Kaibutsu-kun (となりの怪物くん).  A série, que teve anime em 2012, já está encerrada, mas o artbook sai no dia 28 de abril.  Um dos objetivos da entrevista é falar dele.  Aliás, com o sucesso da série, duvido que outros produtos de Tonari não sejam lançado em breve.


segunda-feira, 24 de março de 2014

Ashita no Joe ganha mais uma reedição


Se entendi bem o Comic Natalie, Ashita no Joe (あしたのジョー), uma das séries mais amadas de todos os tempos, ganhará uma reedição em forma especial com o selo (*será que é isso?*) Manga Archivos.  Trata-se de uma publicação semanal, imagino que capítulo a capítulo, em formato tablóide.  O destaque é que ao final de cada capítulo temos um artigo sobre box, sobre a importância da série, sobre os autores (* Tetsuya Chiba e Asao Takamori*) e por aí vai.  O CN publicou o link do site de Tetsuya Chiba com o que parece ser o formato dessa nova edição.  É grande e bonita, mas exatamente prlo tamanho deve ser difícil de guardar em uma casa japonesa padrão.

Revista ITAN ganha versão eBook


Segundo o Comic Natalie, a revista ITAN da Kodansha ganhará uma versão on line da revista a partir da edição #19, a atual, que traz entrevista com Katsuhiro Otomo.  Se entendi bem o CN, será possível comprar a mesma edição em versão papel e pelo eBookJapan em versão eletrônica.  Ambas as edições sairão no dia 7 de abril e sera possível fazer assinatura da edição eletrônica.  

Comentando o último capítulo de Ace wo Nerae!


Parei para ver o último episódio de Ace wo Nerae! (エースをねらえ!)  e rascunhei este texto em poucos minutos.  Ele é fruto da emoção que sempre me causa ver e rever esta série que é uma das minhas top favoritas de sempre.  O último capítulo estava no meu HD fazia muito tempo, quer dizer, não muito, porque terminaram de legendar os últimos quatro episódios recentemente.  Acho que foram mais de 13 anos, três ou quatro fansubers, começando pelas Techno Girls, até que alguém conseguissem fechar os 26 episódios da primeira série.  Eu não vou me estender muito, como eu esperava – e sabia, porque tenho o mangá – o final foi épico.  

Para quem não conhece a série, Ace wo Nerae! acompanha a carreira como tenista  da jovem Hiromi Oka, da sua entrada no colegial, quando era uma menina comum, até o estrelato mundial. Até que chegue lá temos muito suor, lágrimas e sangue.  Quando começamos o capítulo, os treinadores estão selecionando os atletas, cinco rapazes e cinco moças, para competir no campeonato nacional juvenil.  As personagens estão em uma espécie de concentração, treinando e se preparando.  



O grupo dos garotos está fechado, mas os treinadores acreditam que só quatro meninas merecem ir, as demais, estão todas no mesmo nível e bem abaixo das quatro top.  Jin Munakata, treinador de Hiromi Oka, quer que sua pupila entre no grupo, os demais treinadores discordam e ele ameaça abandonar o campo de treinamento e seus outros atletas.  Pressionados, um dos treinadores faz a proposta final: Hiromi poderá entrar no grupo se derrotar Ryuuzaki Reika.  Ryuuzaki, ou Ochoufujin, é simplesmente a maior promessa do tênis feminino do Japão e foi a inspiração de Hiromi para começar no esporte.

Ochoufujin nunca foi derrotada por Hiromi, a menina nem chegou perto de vencer a atleta, ainda que a própria Ryuuzaki já tenha percebido o grande potencial da colega de equipe.  Mas Hiromi aceita o desafio e segue em frente.  Aí, temos um jogo épico.  Ochoufujin parece muito superior no início, mas Hiromi persevera, o jogo se torna atroz, o calor é forte.  Ochoufujin tem câimbras, Hiromi machuca seriamente a sua mão direita. Ambas as jogadoras desejam vencer e a partida se estende já por quatro horas. E tome cenas antológicas, jogo de câmera, luz, cor, sombra, olhares vidrados, suor, sangue e  o impecável cabelo de Ochoufujin se desmanchando. 


Por fim, o treinador que tinha proposto o jogo vai até Munakata e pede que ele interrompa a partida, pois uma das atletas pode se machucar seriamente e ele já entendeu, porque o jovem técnico confia tanto da capacidade da menina.  Munakata simplesmente – sim, com sua voz profunda e solene – diz que ninguém tem o direito de interromper uma partida como aquela.  E não tem mesmo!  Por fim, Hiromi, com sua mão sangrando em bicas, vence.  Reika lhe dá os parabéns dizendo que aquela derrota foi melhor do que qualquer de suas vitórias.  

Se eu tivesse emendado vários episódios, aposto que teria chorado, porque, sim, Ace Wo Nerae! é um dos melhores animes que já vi, uma série que mobiliza, comove, arrebata, o shoujo anime de esportes por excelência.  Brilhante!  Sumika Yamamoto criou uma série fantástica, mas  a equipe de animação – Osamu Dezaki, Akio Sugino e outros – deram um tempero todo especial para o mangá, a começar pelo tema de abertura.  Agora, é torcer que um dia alguém legende a segunda temporada e os OAVs da série.


Ah, sim!  Para quem não sabe, Ace Wo Nerae! foi a fonte principal de Gunbuster ~Top wo Nerae!~  (トップをねらえ!) um dos grandes animes da Gainax.  Trata-se de uma homenagem do início ao fim.  E, o mais surpreendente, é um anime que tem momentos excepcionais e que entrou na história como uma das melhores produções da Gainax.

O mangá de Ace Wo Nerae1 foi publicado na Margaret entre 1973 e 1980.  Teve duas séries para a TV, a primeira com 26 episódios (1973/74), a segunda com 25 episódios (1978/79); um movie animado resumão em 1979; uma série com 13 OAVs em 1988; outra série de OAVs com 12 episódios em 1989; e um dorama com 10 episódios em 2004.  O dorama usou a música de abertura clássica cantada por Aya Ueto, que também interpretou Hiromi.  O mangá também inspirou videogames e várias citações em outras obras.  Gunbuster foi só a maior homenagem, não a unica.

domingo, 23 de março de 2014

9 Anos de Shoujo Café


Ano passado descobri que o Shoujo Café foi criado em 23 de março de 2005.  Se não me engano, o Diego Hatake me perguntou e fui procurar a data do primeiro post.  Enfim, faz um bom tempo que estamos por aqui.  Nesse período, vários blogs já nasceram e morreram, alguns deixando muitas saudades.  Quando o blog foi criado ele tinha como objetivo divulgar notícias de sites estrangeiros, normalmente em inglês e italiano, sob uma ótica feminista.  Sentia falta de sites de notícias em português focados em shoujo e josei, aliás, ainda sinto.  No início, era tudo muito pobre, eu nem colocava imagens, queria mesmo só passar a informação.

Mais tarde, graças a uma indicação do Lancaster, cheguei ao Comic Natalie, site japonês que é fonte de grande parte das minhas notícias.  Outro site que ajuda muito o Shoujo Café é o francês Manga News.  Descobri que os sites franceses, ás vezes, são mais rápidos que o CN e servem de fonte para o badalado Anime News Network, outra das minhas fontes importantes.  Com o fechamento do Pro Shoujo Spain, não tenho mais fonte recorrente em espanhol. 


De site de notícias, o Shoujo Café cresceu um pouco mais, passei a publicar resenhas diversas – mangás, animes, filmes, livros, documentários, novelas – e alguns textos de opinião.  Eu não consegui evitar, claro... Nos últimos meses, por conta da gravidez e da Júlia na minha vida, o blog ficou mais lento.  Menos resenhas, menos traduções de artigos, menos notícias, menos tudo!  Fora o Shoujocast que congelou... :( Mas, ainda assim, vocês continuam visitando o blog e eu agradeço!

Há quem acredite – e na página do Facebook volta e meia o pessoal solta isso – que o Shoujo Café é feito por uma equipe.  Não, pessoal, o site é feito por uma pessoa só, a Valéria.  Até gostaria de ter gente escrevendo para o blog sobre coisas que eu entendo pouco ou nada, como moda e música, mas até para organizar essas coisas me falta tempo.  Se vocês, por exemplo, olharem o banner rotativo, verão que ele está defasadíssimo.  Até tentei atualizar, mas o blogger mudou o sistema e eu não consegui e nem tive tempo e energia para procurar saídas... Se alguém puder me ajudar, agradeço muito mesmo!


Ano que vem, espero poder comemorar uma década de blog em alto estilo, com template nova (*Aceito de presente, viu?*), com mais mangás shoujo no mercado nacional, podendo ir ao cinema e resenhar os filmes, com menos notícias ruins para comentar, comentando as estripulias da Júlia, Sailor Moon caminhando para o final da sua publicação no Brasil, etc. Espero que o blog continue ainda por muitos anos, que continue relevante de alguma forma.  E, mais uma vez, agradeço a visita de vocês, os votos no Top Blog 2013 e tudo mais.  É isso! 

Revista Rakuen ~Le Paradis~ ganha edição especial on line


Se entendi bem o Comic Natalie, a revista Rakuen ~Le Paradis~ vai ganhar edições on line temáticas seguindo as estações do ano.  A primeira edição, a de Primavera, saiu no dia 10 de março e conta com 28 one-shots de 24 autoras da revista.  A edição sofrerá atualização, com a inclusão das histórias (*ou assim imagino*) até o dia 20 de abril.  Não achei a entrada para a página da edição de primavera dentro do site oficial da revista.  Atualmente, está à venda e edição 14 da Le Paradis.


Game BL ganha animação para a TV


Segundo o ANN, o game BL de aventura e ficção científica DRAMAtical Murder (ドラマティカルマーダー) vai ganhar animação para a TV e a estréia está prevista para o verão japonês.  Já existe um trailer no site oficial (*ele está aí embaixo*) e o tema de abertura se chama Slip on the Pumps.  DRAMAtical Murder foi lançado pela Nitro+CHiRAL em março de 2012 como jogo para Windows PC e, no ano passado, lançaram uma continuação com o nome de DRAMAtical Murder re:connect.  No ANN estão listados os responsáveis pela produção e elenco de dubladores, para quem quiser olhar. 

Revista de moda japonesa dá brined de Sailor Moon


O Comic Natalie trouxe a notícia de que a revista de moda ViVi dará para as suas leitoras uma bolsinha de medindo 14.5cm x 19cm como brinde.  A bolsa traz a imagem de Sailor Moon, as Inner Senshi e Chibi Moon. Além disso, há uma matéria especial com a modelo Rola – que pode ser vista na capa – vestida como Sailor Moon.


sábado, 22 de março de 2014

Cantora homenageia mangá Aozora Yell em um clipe


O clipe da música principal do primeiro single da cantora Suzu é uma homenagem ao mmangá Aozora Yell  (青空エール), de Kawahara Kazune.  O nome da canção, que será lançada oficialmente em 2 de abril, é You Can do It.  Achei muito fofo, gostei dos atores e, bem, se eu não tivesse lido o que era pensaria que era o trailer de um dorama... Outro mangá da autora, Koukou Debut (高校デビュー) teve dorama e Aozora Yell vende bem no Japão. Aliás, eu realmente acredito que tenhamos dorama ou anime ou filme de algum mangá de Kawahara em breve, talvez, não, Aozora Yell, mas Ore Monogatari!!, para mim, é certeza.  O vídeo está aí embaixo.

Comentando os primeiros capítulos de Baraou no Souretsu, novo mangá da autora de Otomen


Esta semana consegui um tempinho para ler os três primeiros capítulos de Baraou no Souretsu (薔薇王の葬列), novo mangá de Aya Kanno, autora de Otomen  (オトメン).  O texto, claro, eu comecei a escrever e tive que interromper inúmeras vezes.    Baraou no Souretsu é um mangá histórico, com toques de sobrenatural e sem nenhum traço aparente do humor que consagrou a autora colocou em Otomen.  Não chamarei esta nova série de evolução, porque não acho que a comédia seja inferior a outros gêneros, mas é uma mostra da versatilidade de Kanno.  O traço parece um pouco mais sério, é o que a história pede, aliás, mas continua bonito, e ela mostra um esmero extremo principalmente no desenho das armaduras ainda por aparecer.  E há muitas, porque a história da série se passa durante a Guerra das Duas Rosas, que dizimou a nobreza da Inglaterra por 30 anos (1455-85).  No geral, pelo enfoque dados pela História, Baraou no Souretsu lembrou-me Cantarella (カンタレラ), de You Higuri, publicado, aliás, na mesma revista Princess.

Baraou no Souretsu conta a história de Ricardo III, começando no seu nascimento.  A personagem,  por muito tempo uma das mais odiadas da História da Inglaterra, cujos restos mortais foram encontrados, ou melhor, finalmente confirmaram que eram dele, no ano passado, está em evidência e, talvez, isso tenha impulsionado a autora a criar a série.  Os três primeiros capítulos cobrem a sua infância e parte da adolescência.  Imagino que a série termine com sua morte, Ricardo foi o último rei da Inglaterra a morrer em batalha.  Na série, o protagonista é vendido na primeira página título como o mais perverso ou mau (*eles usaram wicked, em inglês) de todos os heróis de shoujo mangá.  Bem, Ricardo é meio páreo duro para César Borgia, eu diria, fora que é sempre apresentado como feio e deformado – culpem Shakespeare, principalmente – enquanto o Borgia é sempre “gatinho”, para a sua época, claro.  


O mangá de Aya Kanno não é muito complacente com Ricardo, mas ele tem uma aura andrógina que pode transformá-lo em queridinho do público, especialmente, se o maga fizer sucesso.  Fora o protagonista, todos os homens que apareceram são bonitões, o pai de Ricardo é a beleza madura do mangá, os outros todos são bem bishounen, em especial, o rei Henrique VI.  É o último rei Lancaster que aparece nas imagens mais divulgadas da série junto com a protagonista em uma espécie de montagem luz & sombra.

Quando o mangá de Aya Kanno começa, já estamos na guerra entre os Lancaster – que detém nominalmente o trono e cujo símbolo é a rosa vermelha – e os York, que usam a rosa branca.  Ambas as casas são Plantageneta, descendendo dos muitos filhos rei Eduardo III.  Nasce Richard – vou chamá-lo assim daqui para frente – e ele não é uma criança normal, parece não ter o seu sexo definido.  Sua mãe, Cecily Neville, quer rejeitá-lo, mas o pai, Richard Plantageneta, Duque de York, acolhe o filho e lhe dá seu nome.  Por aí, vocês tiram que Richard o venera.  Ao longo dos três primeiros capítulos, o menino estimula o pai a sair da condição de regente e derrubar o rei Henrique VI do trono, tomando o trono para si.


Richard menino lembra o protagonista de Ge Ge Ge no Kitaro (ゲゲゲの鬼太郎).  É baixinho, com um farto cabelo preto que lhe cobre um dos olhos.  Ele tem um olho de cada cor.  O garoto não tem o amor da mãe e tem um relacionamento frio com o irmão do meio, mas é devotado ao irmão mais velho, Eduardo, que, nessa altura do mangá, acompanha o pai nas batalhas.  Richard é atormentado pelo espírito de Joana D’Arc, que teria amaldiçoado os ingleses da fogueira.  Joana é descrita no mangá como “igual à Richard”, sem sexo definido, e como bruxa.  Ela parece tentar enlouquecer o menino.  Acredito que a personagem, que está longe de ser qualquer coisa que eu já tenha imaginado como Joana D’Arc, terá grande destaque na história.  De resto, Richard é inteligente e militarmente capaz, e se sente deprimido por não acompanhar o pai nas batalhas.

Já no segundo capítulo, a tensão entre os Lancaster e os York aumenta.  O duque e seu filho mais velho partem para a batalha e Richard, sua mãe e o irmão, George, ficam no Castelo do Conde de Warwick. Lá, Richard conhece a sua futura esposa, Anne Neville, que é desenhada bem menininha e com um traço bem fofinho.  Parece que Richard vai realmente gostar dela, dentro das suas condições de produção, claro.  Richard também toma como animal de estimação um raro javali branco, o filhote está ferido e ele cuida do bicho, mostrando que, sim, ele tem algo de bom no coração.   O pai de Richard é derrotado em batalha e obrigado a recuar, o protagonista, irmão e mãe são capturados pelos Lancastristas.  Mas há uma passagem secreta da prisão e Richard consegue entrar e sair com a ajuda do javali.  Lá fora, Richard encontra um bishounen lindo, encantador, e que não fala coisa com coisa... Depois, acabamos por descobrir que é o rei Henrique VI.


Henrique VI entrou para a história como sendo mentalmente doente e muito religioso, não estando apto a liderar os exércitos em batalha, nem muito disposto a fazê-lo.  O mangá parece fiel nesse ponto e a personagem feminina que aparece com mais força até o momento é exatamente a rainha de Henrique, Margaret D’Anjou.  Ela é que dá as ordens e parte para o ataque.  Sim, a imagem que até agora temos da Rainha acompanha o que a maioria das fontes dizem dela.  A família real se completa com o jovem príncipe Eduardo, o único herdeiro do trono da Inglaterra a morrer em batalha.  Aí, sim, a autora do mangá deu asas para a imaginação.  Eduardo tem aquela cara de maluco que gosta de torturar e ser mau gratuitamente, ou seja, parece que será o psicopata da história.  Ele não gosta de Richard e quer tortura-lo no terceiro capítulo, deseja tirar a roupa do rapaz para ver seu corpo “deformado”.  Pois bem, e isso é um spoiler dos grandes: Eduardo é uma garota.  Sim, é isso que é revelado no fim do capítulo.

De resto, o que mais dizer?  Gostei muito do que li.  Acho que o mangá promete.  Dada a velocidade desses três primeiros capítulos e a possibilidade de explorar personagens como Eduardo – que morreu com míseros 17 anos – acredito que a autora não vá fazer uma obra curta.  Para se ter uma idéia, Anne Neville foi casada primeiro com o príncipe Eduardo, depois, já viúva, com Richard.  Enfim, estou curiosa para ver se Aya Kanno vai transformar Richard lentamente em um monstro, ou mantê-lo como uma personagem contraditória e rica.  Torço pela segunda opção.  Também espero que ela não siga a linha de Shakespeare e jogue dúvidas sobre a autoria de alguns crimes tradicionalmente creditados à Richard, como o assassinato dos filhos de seu irmão mais velho.  


Hoje, há muito mais especialistas que defendem que foi Henrique Tudor, o grande vencedor da Guerra das Duas Rosas, que mandou dar sumiço nos meninos.  Richard poderia não ser flor que se cheirasse, mas, ao que parece, ele não era o grande monstro que os vencedores tentaram pintar.  Enfim, a autora enxugou um pouco o elenco, por exemplo, Richard tinha vários outros irmãos e irmãs, sobraram somente dois, mas, ainda assim, terá que lidar com uma quantidade enorme de acontecimentos, mesmo focando em Richard, ela não terá como fugir deles; se tentar se esquivar, poderá comprometer a qualidade da série.  Espero que ela costure bem fantasia e história, pois, até o momento, a série está bem interessante.  Recomendo a leitura.

sexta-feira, 21 de março de 2014

Estudo do Governo Japonês sobre animes de Robô Gigante disponível em inglês


Já sabia, e eu acho que vocês, também, que anime, mangá e outros produtos da cultura pop são coisa séria no Japão. Só que muito do material que o Governo do Japão produz sobre o assunto, fica em japonês e, portanto, inacessível para a maioria de nós. Passando pelo Rocket News 24, vi uma matéria falando que um extensivo estudo sobre robôs gigantes foi bancado pelo governo japonês e (Tá-Dá!) está disponível em inglês para download. :D O material é da Agência Japonesa para Assuntos Culturais e Escritório de Informações sobre Mangá, Animação, Games, e Media Art. Chique, não? O nome do relatório livro é Japanese Animation Guide: The History of Robot Anime. Assim, sera que eles produziram e vão disponibilizar algum sobre shoujo mangá ou animes de garotas mágicas? Para baixar, é só clicar aqui.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Ranking da Oricon


Ontem saiu o ranking da Oricon e temos uma boa representatividade dos mangás femininos no top 30.  Da semana anterior sobraram Ore Monogatari!! e Toshokan Sensou: Love & War.  Acredito que só o primeiro continue na semana que vem.  No top 10, temos somente Hana-kun to Koisuru Watashi.  Há ainda um josei, Seito Shokun! ~Saishuushou Tabidachi ~, e um BL, Haru wo Daite Ita ALIVE, no grupo.  Variedade é tudo.

7. Hana-kun to Koisuru Watashi #8
13. Hiyokoi #12
15. Ore Monogatari!! #5
16. Toshokan Sensou: Love & War #13
21. Seito Shokun! ~Saishuushou Tabidachi ~ #11
28. Haru wo Daite Ita ALIVE #1

Jornal de Brasília fala de Sailor Moon


Eu não sabia da matéria, porque não compro, nem leio, o Jornal de Brasília, mas eles publicaram uma matéria sobre Sailor Moon (美少女戦士セーラームーン) destacando o lançamento do mangá que "(...) só agora, 23 anos desde o início da publicação original, que o mangá que inspirou a animação chega ao Brasil" e as expectativas dos fãs.  A diagramação da matéria, que vocês podem ver no post, ficou muito bonita, mas o texto está on line na página do jornal para que todo mundo possa ler com tranqüilidade.  É só clicar aqui.  2014 será um ano notável, pois teremos o mangá no Brasil e o novo anime em julho.  Espero que ambos sejam um sucesso, será difícil não ser, claro, mas nunca se sabe... o mangá de Sailor Moon será lançado com festa em São Paulo no dia 29 de março.


quarta-feira, 19 de março de 2014

Japoneses elegem os 50 melhores animes do século XX


O Sankaku Complex (+18/NSFW) publicou uma pesquisa feita pelo jornal Nikkei com 1000 japoneses – homens e mulheres – entre 25 -54 para saber quais os melhores animes já feitos.  Só podiam entrar séries entre a década de 1960 e 1990, ou seja, nada muito recente.  Valia filme, OAV e animação para a TV.  O resultado foi este aqui:

1. Gundam (1979) 
2. Dragon Ball (1986)
3. Tonari no Totoro (1988)
4. Space Battleship Yamato (1974)
5. Laputa (1986)
6. Doraemon (1979)
7. Lupin III Series 2 (1977)
8. Sazae-san (1969)
9. Ginga Tetsudou 999 (1978)
10. City Hunter (1987)
11. Neon Genesis Evangelion (1995)
12. One Piece (1999)
13. Lupin III: The Castle of Cagliostro (1979)
14. Slam Dunk (1993)
15. Alps no Shoujo Heidi (1974)
16. Nausicaa of the Valley of the Wind (1984)
17. Manga Nihon Mukashibanashi (1975)
18. Touch (1985)
19. Fist of the North Star (1984)
20. Kiki’s Delivery Service (1989)
21. Yu Yu Hakusho (1992)
22. Detetive Conan (1996)
23. Mahoutsukai Sally (1966)
24. Candy Candy (1976)
25. Ghost in the Shell (1995)
26. Cowboy Bebop (1998)
27. Mirai Shounen Conan (1978)
28. Chibi Maruko-chan (1990)
29. Rose of Versailles (1979)
30. Bishoujo Senshi Sailor Moon (1992)
31. Kyojin no Hanashi (1968)
32. Cyborg 009 (1968)
33. Ashita no Joe (1970)
34. Yattaman (1977)
35. Dr. Slump (1981)
36. Urusei Yatsura (1981)
37. Haikara-san ga Tooru (1978)
38. Cat’s Eye (1983)
39. Tetsuwan Atom (1963)
40. Flanders no Inu (1975)
41. Crayon Shin-chan (1992)
42. Gegege ni Kitarou (1968)
43. Youkai Ningen Bemu (1968)
44. Rurouni Kenshin (1996)
45. Tiger Mask (1969)
46. Hakushon Daimaou (1969)
47. Maison Ikkoku (1986)
48. Ginga Eiyuu Densetsu (1988)
49. Obake no Qtarou (1965)
50. Initial D (1998)


Agora, comentando a lista.  No geral, ela foi bem representativa, incluindo muitos dos animes que marcaram sua época.  São 11 títulos dos anos 1960, 14 dos anos 1970, 14 dos anos 1980 e 11 dos anos 1990.  Eu considero os anos 1970 a era de ouro dos animes, então, achei muito justo.  Entrou muito de Ghibli, como não poderia deixar de ser.  One Piece está na lista só por ser essa febre que é, mesmo.  Eu considero injusta a presença.  Se fosse mangá, seria outra história.  Achei estranho que Touch não ficasse no top 10, mas vá lá, mais estranhos seria não estar na lista.

Falando em shoujo anime, são 6 ao todo, Chibi Maruko-chan representa os anos 1980, Sailor Moon entra nos anos 1990 e Mahoutsukai Sally é o representante dos anos 1960. Eu incluiria Shoujo Kakumei Utena nos anos 1990, acho que merecia ter entrado.  Exclui Sazae-san e Heide, porque tecnicamente não são shoujo.  Sazae-san era tirinha de jornal, algo “para toda a família”, por assim dizer, a autoria feminina não o transforma em shoujo, apesar de ser um marco em sua época e sucesso até hoje.  Já  Heide, faz parte de uma série de animes que adaptavam clássicos da literatura mundial.  Da mesma série é Flanders no Inu, que junto com Heide sempre aparece em qualquer lista decente dos favoritos dos japoneses.  Confesso que fiquei surpresa em ver Haikara-san ga Toruh e mais ainda de não ver Ace Wo Nerae.  Considero a grande ausência, a maior de todas mesmo.  Eu até tiraria A Rosa de Versalhes para por Ace Wo Nerae.  É bom ver Mahoutsukai Sally na lista, pois foi o primeiro shoujo anime e primeiro mahou shoujo.    

10 autores de Shoujo mangá contam suas experiências em livro


O Comic Natalie trouxe matéria sobre o lançamento do livro Akogare no, Shoujo Manga-ka ni Ainiiku。(あこがれの、少女まんが家に会いにいく。), que entrevista 10 mangá-kas que tiveram e tem importância para o gênero até hoje.  São 10 entrevistas, mas um artigo de conclusão, bio dos entrevistados, cronologia e história do shoujo mangá, e outras coisas que eu não entendi.  Coloquei autores no título, porque a capa do livro e a primeira entrevista são do veteraníssimo Macoto Takahashi, um dos responsáveis pela definição da estética dos shoujo mangá.  Além de Takahashi, são entrevistadas no livro Kana Sachiko, Hagio Moto, Sasaya Nanae, Kawasaki Hiroko, Tachikake Hideko, Ogura Fuyumi, Okikura Ritsuko, Takaguchi Satosumi e Shitou Kyoko.  É um item obrigatório para os interessados em shoujo mangá, pena que meu japonês não dê para a leitura... :(


terça-feira, 18 de março de 2014

Ranking da Oricon


Antes que saia o próximo ranking, eis os shoujo – não há josei, nem BL – que estão no top 30 do Oricon.  Há uma mistura de alguns títulos estreantes, como o sempre bem vendido Toshokan Sensou: Love & War, único no top 10, e outros que já estão no ranking há algumas semanas, como Suki-tte Ii na yo。, que parece finalmente estar se despedindo, e títulos que estão descendo depois de uma ou duas semanas no top 10, como Ore Monogatari!!  Ainda assim, temos uma boa representatividade dentro do ranking geral.  Além de Toshokan Sensou, o outro título novo é  Sennen no Yuki , mangá de vampiro de Bisco Hatori, autora de Ouran Host Club, que ficou parado por vários anos.  

10. Toshokan Sensou: Love & War #13
11. Ore Monogatari!! #5
16. Hyakushō Kizoku #3
19. Otogimoyou Ayanishiki Futatabi #4
25. Switch Girl!! #25
28. Himitsu no Ai-chan #12
29.Suki-tte Ii na yo。 #12
30. Sennen no Yuki   #4

segunda-feira, 17 de março de 2014

Coisas que antes eu não sabia...


Faz tempo que não falo das minhas experiências no reino da maternidade.  Nem sei se interessa muito para quem freqüenta o blog esse tipo de post, enfim, mas este é meu espaço para reflexão, também. Preciso confessar que agora entendo algumas coisas que antes não conseguia compreender ou sentir.  Fui visitar duas creches hoje.  Minha licença maternidade caminha para o final e Júlia precisa ir para a escola.  Eu achava que seria bem mais tranqüilo mandar minha filhinha para a creche, não é.  Na verdade, se pudesse, abriria mão do meu salário para ficar pelo menos 1 ano com ela.  Já era a favor de uma licença maternidade de 1 ano (*ou mais*), agora, acho que é algo fundamental mesmo.

Não pensem que eu desejo me tornar dona de casa, longe disso, prendas domésticas, salvo cozinhar, já que gosto de comer, não me apetecem, queria, simplesmente, mais tempo com minha filha. Eu fico boa parte do tempo sozinha com ela, é algo que me alegra e agustia, à vezes. Enfim, vi vários bebês menores que ela nas duas creches.  Crianças que provavelmente tiveram que ser parcialmente desmamadas, que tiveram que começar a comer antes da hora, porque suas mães não podem gozar nem de seis meses de licença.  E isso quando esse é o período recomendado pelo Ministério da Saúde para a amamentação exclusiva... E ainda vai vir gente dizer que licença maternidade prejudica as mulheres no mercado de trabalho, o que prejudica todos nós, seres humanos, é essa falta de cuidado com nosso bem estar e com as próximas gerações.  


E não pensem que eu acho que as creches e berçários públicos e particulares são ruins, simplesmente, acredito que o melhor para um bebê tão novinho é estar em família, com mãe, pai (*sim, eles deveriam poder gozar de licença maior e/ou dividir com a mãe*), avós... Eu fiquei com minha avó durante meus primeiros dois anos de vida e ela me levava até a escola da minha mãe, que ficava bem perto, para que eu pudesse mamar.  Por conta dessa urgência em mandar minha filha para uma creche, eu já estou tendo pesadelos e chorando pelos cantos.  

Não queria me separar da minha filha nem por algumas míseras horas, o ideal seria que o meu trabalho tivesse um berçário.  Minha avó e mãe dizem que as fábricas nas quais trabalharam, em que minha bisavó trabalhou nos anos 1030, tinham berçários.  Eu daria aula com ela no sling se pudesse.  Fora isso, algumas creches têm horários muito rígidos.  Se escolher a melhor que vi hoje, terei que optar por um pacote de seis horas, mesmo não precisando deixar a menina lá esse tempo todo de segunda à sexta.  Mas o que fazer?  Há creches com outros modelos, vou visitar ainda, mas periga elas serem muito mais caras.


Enfim, é isso.  Agora, entendo perfeitamente as mães que não querem voltar ao trabalho, que desejam ficar com suas crias por pelo menos três anos, ou trabalhar em casa.  Eu amo o meu trabalho e preciso, sim, do dinheiro, mas sinto-me bem infeliz no momento.  Pode ser que eu não veja os primeiros passos da Júlia, não ouça suas primeiras palavras.  Isso dói.  Cada vez que olho para aquela coisinha pequena, sinto que não é justo com ela ou comigo – que sou a cuidadora principal – essa separação tão cedo.  Mas é a vida e a vida não é justa mesmo.  Ah, sim!  Amanhã Júlia completa 5 meses... O tempo voa!

Shueisha oferece Hana Yori Dango para leitura gratuita on line


Segundo o Comic Natalie, a Shueisha lançou um aplicativo para celular chamado Margaret Book store, para leitura on line dos mangás da Margaret e Betsuma. Não sei se ele já existia antes, não lembro de ter visto o anúncio, mas o CN está dando destaque ao fato da editora ter disponibilizado gratuitamente o mangá Hana Yori Dango (花より男子), de Youko Kamio, para fazer propaganda do programa. A partir de 17 de março, hoje, serão colocados on line 12 volumes ou capítulos até o dia 28 de março. O mangá estará disponível para leitura gratuita até 30 de março. 


 Hana Yori Dango era, e acredito que continue sendo, o shoujo mangá mais vendido da história no Japão. Quando NaNa estava em publicação, a série estava por um fio de perder o primeiro lugar, mas, desde o hiato da série de Ai Yazawa, não vi outro levantamento de vendagens publicado, então, acredito que Hanadan esteja ainda no topo.